Diversidade de aranhas (arachnida-Araneae) em um gradiente altitudinal na amazônia. seriam os padrões congruentes com o esperado pelo efeito do dominio central e pelo efeito rapoport?

Autores

  • André do Amaral Nogueira Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) https://orcid.org/0000-0001-6592-3437
  • Antonio D. Brescovit Instituto Butantan, Laboratório de Coleções Zoológicas
  • Gilmar Perbiche-Neves Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) https://orcid.org/0000-0002-5025-2703
  • Eduardo Martins Venticinque Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Departamento de Ecologia

Palavras-chave:

Aracnologia, restrições geométricas, ecologia de montanhas, gradientes ambientais, biodiversidade, Amazônia

Resumo

Resumo: O Efeito do Domínio Central (MDE) e o Efeito Rapoport (ER) são duas teorias biogeografias que fazem previsões sobre a distribuição da diversidade ao longo de gradientes. O MDE prevê maior riqueza nas porções centrais de um gradiente, se este estiver dentro de um domínio fechado. O ER prevê uma relação positiva entre altitude e tamanho da distribuição ao longo do gradiente altitudinal. Nosso objetivo foi o de registrar a distribuição de uma comunidade de aranhas ao longo de um gradiente altitudinal na Amazônia Brasileira, e testar se há uma influência do EDC e do ER sobre os padrões de diversidade da comunidade. Nosso estudo foi feito no Parque Nacional do Pico da Neblina (AM, Brasil), e nós amostramos aranhas em seis altitudes diferentes. Nós coletamos 3.140 exemplares adultos de 39 famílias, que foram divididos em 529 espécies/morfoespécies. A riqueza declinou com o aumento de altitude, mas o padrão não mostrou ajuste com as previsões feitas pelo EDC. O tamanho da distribuição altitudinal também não esteve relacionado ao previsto pelo ER. Por fim, a distribuição de abundância ao longo da distribuição altitudinal das espécies variou de maneira específica, o que impediu a ocorrência de um ER nos padrões da comunidade. A influência do EDC sobre os padrões observados foi baixíssima, uma consequência de características de nossa comunidade, já que esta é formada por espécies com pequena distribuição altitudinal. Espécies de distribuição altitudinal médias e grandes ocorreram em todas as partes do gradiente o que impediu a ocorrência de um ER. Por fim, o ER também não foi observado na distribuição de abundância das espécies ao longo do gradiente, já que essa variou de maneira específica.

Publicado

01/01/2021

Como Citar

Nogueira, A. do A., Brescovit, A. D., Perbiche-Neves, G., & Venticinque, E. M. (2021). Diversidade de aranhas (arachnida-Araneae) em um gradiente altitudinal na amazônia. seriam os padrões congruentes com o esperado pelo efeito do dominio central e pelo efeito rapoport?. Biota Neotropica, 21(4). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1862

Edição

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