Anfíbios e répteis do Parque Nacional da Tijuca, Brasil, uma das maiores florestas urbanas do mundo

Autores

  • Thiago Arnt Dorigo Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes, Departamento de Ecologia
  • Carla Costa Siqueira Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes, Departamento de Ecologia https://orcid.org/0000-0002-5518-7090
  • Jane C. F. Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes, Departamento de Ecologia https://orcid.org/0000-0001-5084-1420
  • Luciana Ardenghi Fusinatto Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes, Departamento de Ecologia https://orcid.org/0000-0001-9354-1698
  • Manuela Santos-Pereira Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes, Departamento de Ecologia https://orcid.org/0000-0001-5819-8249
  • Marlon Almeida-Santos Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes, Departamento de Ecologia https://orcid.org/0000-0001-5222-2092
  • Thiago Maia-Carneiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes, Departamento de Ecologia https://orcid.org/0000-0002-9217-8783
  • Caroline N. C. Reis Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes, Departamento de Ecologia
  • Carlos Frederico Duarte Rocha Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes, Departamento de Ecologia https://orcid.org/0000-0003-3000-1242

Palavras-chave:

Mata Atlântica, Conservação, Endemismo, Herpetofauna, Inventário

Resumo

Resumo: O Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, Brasil, é considerado uma das maiores florestas urbanas do mundo, no entanto nenhum inventário sistemático de sua herpetofauna está disponível. No presente estudo, pesquisamos os anfíbios e répteis deste parque para acessar sua composição de espécies (incluindo dados secundários) e obter estimativas da riqueza e da abundância de espécies. Realizamos buscas ativas (460 horas) entre janeiro de 2013 e dezembro de 2015. Identificamos os taxa endêmicos da Mata Atlântica ou do estado do Rio de Janeiro, e verificamos o status de conservação de cada espécie nas listas vermelhas internacional, brasileira e estadual. Também estimamos a riqueza de espécies e a suficiência amostral através de curvas de rarefação e do estimador de riqueza Bootstrap, e analisamos a distribuição de abundância das espécies através de plots de Whittaker. Registramos 3.288 indivíduos ao longo dos 36 meses, representando 24 espécies de anfíbios e 25 de répteis. As curvas cumulativas de espécies, a rarefação, e a riqueza estimada indicaram que o esforço amostral foi adequado. A abundância das espécies se ajustou ao modelo de série logarítmica tanto para os anfíbios como para os répteis. As quatro espécies de anfíbios mais abundantes representaram 70% dos indivíduos registrados neste grupo, enquanto as duas espécies de répteis mais abundantes representaram 60% do total de indivíduos. A inclusão dos dados secundários elevou o número de espécies de anfíbios para 38 e o de répteis para 36. Aproximadamente 80% dos anfíbios e 28% dos répteis registrados são endêmicos da Mata Atlântica e seis espécies de anfíbios são endêmicos do estado do Rio de Janeiro. Seis espécies de anfíbios e uma de réptil estão classificadas sob alguma ameaça de extinção, e dois répteis constituem espécies exóticas. A considerável diversidade da herpetofauna do Parque Nacional da Tijuca, que inclui espécies endêmicas e ameaçadas, reflete a efetividade do reflorestamento dessa área protegida e enfatiza a importância de sua conservação.

Publicado

01/01/2021

Como Citar

Dorigo, T. A., Siqueira, C. C., Oliveira, J. C. F., Fusinatto, L. A., Santos-Pereira, M., Almeida-Santos, M., Maia-Carneiro, T., Reis, C. N. C., & Rocha, C. F. D. (2021). Anfíbios e répteis do Parque Nacional da Tijuca, Brasil, uma das maiores florestas urbanas do mundo. Biota Neotropica, 21(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1825

Edição

Seção

Inventários

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