Ictiofauna de riachos de cabeceira da bacia do rio Ribeira de Iguape, nos limites do Arco de Ponta Grossa, Paraná, Brasil

Autores

  • Augusto Frota Universidade Estadual de Maringá, Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura https://orcid.org/0000-0002-0532-4640
  • Hugo José Message Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia
  • Rachel Calil de Oliveira Universidade Estadual de Maringá, Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada
  • Evanilde Benedito Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia
  • Weferson Júnio da Graça Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia

Palavras-chave:

Biogeografia, drenagens costeiras, ictiologia, invasão, gradiente altitudinal

Resumo

Resumo: A bacia do rio Ribeira de Iguape (Estado do Paraná) é altamente relevante para a preservação de remanescentes da Mata Atlântica. Os seus altos níveis de diversidade e de endemismo de peixes explicam a dinâmica fluvial promovida pelo Arco de Ponta Grossa, estrutura geológica que promove eventos de captura de cabeceira e de isolamento entre as drenagens do alto rio Paraná, do rio Iguaçu e do rio Ribeira de Iguape. Aqui, nosso objetivo foi fornecer um inventário inédito para riachos de cabeceira da bacia do rio Ribeira de Iguape nos limites do Arco de Ponta Grossa. Encontramos 29 espécies de peixes representando quatro ordens e nove famílias. Siluriformes foi a ordem mais rica seguida por Characiformes. Nove espécies apresentaram alta abundância de indivíduos amostrados, contribuindo com 87,8% das coletas. Quatro espécies apareceram em menos de 25% dos locais amostrados (ocasionais), e seis espécies apareceram em mais de 50 % (constantes). Identificamos três espécies não descritas e uma (Coptodon rendalli) não nativa. Duas espécies tiveram sua distribuição geográfica ampliada e, a presença de Astyanax bifasciatus, endêmica para a bacia do rio Iguaçu, ratifica eventos recentes de captura de cabeceira entre drenagens costeiras e aquelas que fluem para dentro do continente. Estudos de divisores biogeográficos são necessários para explicar os processos de origem e dispersão de espécies a fim de direcionar estudos sobre diversidade e ações de manejo preventivas. Coptodon rendalli (Tilápia) é um registro alarmante sobre a introdução de espécies na região.

Publicado

01/01/2019

Como Citar

Frota, A., Message, H. J., Oliveira, R. C. de, Benedito, E., & Graça, W. J. da. (2019). Ictiofauna de riachos de cabeceira da bacia do rio Ribeira de Iguape, nos limites do Arco de Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Biota Neotropica, 19(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1612

Edição

Seção

Inventários

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Loading...