Morcegos do estado do Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil

Autores

  • Juan Carlos Vargas-Mena Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Ecologia, Centro de Biociências
  • Kleytone Alves-Pereira Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Psicobiologia, Centro de Biociências
  • Marília Abero Sá Barros Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Zoologia, Centro de Biociências
  • Eder Barbier Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Zoologia, Centro de Biociências
  • Eugenia Cordero-Schmidt Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Ecologia, Centro de Biociências
  • Sergio Maia Queiroz Lima Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Botânica e Zoologia, Centro de Biociências
  • Bernal Rodríguez-Herrera Universidad de Costa Rica
  • Eduardo Martins Venticinque Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Ecologia, Centro de Biociências

Palavras-chave:

Caatinga, Chiroptera, Espécies vulneráveis, Distribuição de espécies, Mata Atlântica

Resumo

Resumo O Rio Grande do Norte é um dos menores estados do Brasil, mas possui grande diversidade de ecossistemas, incluindo vegetação de Caatinga, Mata Atlântica, habitats costeiros, manguezais e grandes áreas cársticas com cavernas. No entanto, a fauna de quirópteros é pouco conhecida, e o estado contém lacunas importantes sobre a ocorrência e distribuição de morcegos no Brasil. Para reduzir essa lacuna de informação, com base em uma revisão da literatura científica e coleções regionais de mamíferos, listamos 42 espécies de morcegos, incluindo novas ocorrências para 13 espécies e discusões sobre seu estado de conservação. Os resultados mostram que mais de metade (54%) das espécies registradas são morcegos filostomídeos e cerca de um terço dos morcegos no estado se abrigam em cavidades subterrâneas. A Caatinga abrigou a maior riqueza de morcegos no estado, incluindo a ocorrência de quatro espécies vulneráveis (Furipterus horrens, Lonchorhina aurita, Natalus macrourus e Xeronycteris vieirai). A Mata Atlântica precisa ser mais amostradas, incluindo manguezais, habitats costeiros e áreas de Caatinga principalmente na região central do estado (planalto da Borborema), que são virtualmente inexplorados. Embora o recente aumento das investigações no estado em relação aos morcegos, estudos futuros devem complementar os métodos convencionais de captura com procura ativa de abrigos e monitoramento bioacústico para obter melhores dados na tarefa de desvendar a diversidade de morcegos do Rio Grande do Norte.

Publicado

01/01/2018

Como Citar

Vargas-Mena, J. C., Alves-Pereira, K., Barros, M. A. S., Barbier, E., Cordero-Schmidt, E., Lima, S. M. Q., Rodríguez-Herrera, B., & Venticinque, E. M. (2018). Morcegos do estado do Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil. Biota Neotropica, 18(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1512

Edição

Seção

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