Ictiofauna acompanhante na pesca artesanal do camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) no litoral sul do Brasil

Autores/as

  • Mário Cesar Sedrez Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar
  • Joaquim Olinto Branco Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar
  • Felipe Freitas Júnior Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar
  • Herbert Silva Monteiro Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar
  • Edison Barbieri Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Instituto de Pesca

Palabras clave:

Xiphopenaeus kroyeri, peixes demersais, impactos da pesca, pesca de arrasto, Porto Belo

Resumen

A pesca artesanal dirigida ao camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri), usando o método de arrasto motorizado com portas, tem sido praticada na costa de Santa Catarina, onde ele gera emprego e renda, e ajuda a manter a tradição cultural tradicional açoriana viva, desde 1960. Com o objectivo de analisar a qualidade e a quantidade das capturas acidentais da ictiofauna, efetuou-se sazonalmente, dois arrastos por isóbata (10-20‑30 m) entre novembro/2009 e agosto/2010, duração de 20 min/cada, velocidade média dois nós e, registrados temperaturas e salinidades da água de fundo. As capturas totalizaram 10868 peixe (208.34 kg), distribuídos em 31 famílias e 62 espécies, com uma proporção de peixe/camarão de 5,19/1 kg. A família mais abundante foi Sciaenidae (86.13%), seguido por Batrachoididae (2.70%) e Trichiuridae (2,44%). Os índices de diversidade e equabilidade apresentaram padrões similares de variação, os maiores valores ocorreram na Primavera na profundidade de 30 m e a mais baixa no inverno, a 20 m. A análise de Cluster formou quatro agrupamentos, sendo um deles, pequeno e dominante de Sciaenidae Stellifer brasiliensis, S. rastrifer, Paralonchurus brasiliensis, Isopisthus parvipinnis e Larimus breviceps. Os exemplares jovens dessas espécies e de outras, com pouco ou sem valor comercial, camarões miúdos e demais macro-invertebrados acompanhantes capturados são descartados ao mar, geralmente mortos. Além do impacto nas cadeias tróficas, essa prática contínua, pode agravar ainda mais a situação do pescador artesanal com o declínio desses recursos nas capturas futuras

Publicado

03/01/2013

Cómo citar

Sedrez, M. C., Branco, J. O., Freitas Júnior, F., Monteiro, H. S., & Barbieri, E. (2013). Ictiofauna acompanhante na pesca artesanal do camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) no litoral sul do Brasil. Biota Neotropica, 13(1). Recuperado a partir de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1066

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