Preferências de forrageamento da abelha nativa sem ferrão Melipona seminigra pernigra (Apidae: Meliponini) em campo rupestre na canga da Serra dos Carajás, sudeste da Amazônia

Autores

  • José Tasso Felix Guimarães Instituto Tecnológico Vale https://orcid.org/0000-0002-5772-5104
  • Luciano Costa Instituto Tecnológico Vale
  • Daniela Cristina Zappi Instituto Tecnológico Vale
  • Wilson Filgueira Batista Junior Instituto Tecnológico Vale
  • Karen da Silva Lopes Instituto Tecnológico Vale https://orcid.org/0000-0002-1608-550X
  • Ronnie Cley de Oliveira Alves Instituto Tecnológico Vale
  • Luiza de Araújo Romeiro Instituto Tecnológico Vale
  • Edilson Freitas da Silva Museu Paraense Emílio Goeldi, Departamento de Botânica
  • Léa Maria Medeiros Carreira Museu Paraense Emílio Goeldi, Departamento de Botânica
  • Tarcísio Magevski Rodrigues Gerência de Meio Ambiente - Minas de Carajás, Departamento de Ferrosos Norte
  • Tereza Cristina Giannini Instituto Tecnológico Vale
  • Vera Lucia Imperatriz-Fonseca Instituto Tecnológico Vale
  • Ortrud Monika Barth Fundação Oswaldo Cruz

Palavras-chave:

Abelhas sem ferrão, Mel, Pólen, Amazônia, Mineração de ferro.

Resumo

Resumo: O conteúdo polínico de amostras de mel coletadas nos anos de 2017 e 2019 de apiários experimentais de Melipona seminigra pernigraMoure & Kerr 1950, instalado dentro de uma vegetação de campo rupestre em um afloramento de canga na Serra dos Carajás, sudeste da Amazônia, foi analisado para entender a variabilidade local dos recursos florais em áreas naturais e perturbadas. Aproximadamente 100% dos tipos polínicos foram identificados e pertencem principalmente às famílias Fabaceae, Myrtaceae e Euphorbiaceae (31, 6 e 5 espécies, respectivamente). Áreas de mineração apresentaram a maior riqueza de pólen, quase o dobro daquelas identificadas em áreas perturbadas. 80% dos tipos de pólen são raros com concentrações ≤ 2.000 grãos de pólen/10g, enquanto que os restantes foram os mais abundantes, frequentes e fontes primárias para as abelhas. Este últimos correspondem principalmente a plantas nativas como Tapirira guianensis Aubl., Protium spp., Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill., Mimosa acutistipula var. ferrea Barneby, Periandra mediterrânea (Vell.) Taub., Miconia spp., Pleroma carajasense K.Rocha, Myrcia splendens (Sw.) DC., Serjania spp. e Solanum crinitum Lam. Todos os tipos polínicos foram identificados durante ambas as estações, mas altas concentrações estão relacionadas ao período seco (junho-setembro). A análise estatística indicou que não houve diferença significativa nos dados de pólen de mel entre áreas naturais e áreas anteriormente degradadas, uma vez que as fontes primárias das abelhas deste estudo são amplamente utilizadas na revegetação de áreas mineradas.

Publicado

01/01/2021

Como Citar

Guimarães, J. T. F., Costa, L., Zappi, D. C., Batista Junior, W. F., Lopes, K. da S., Alves, R. C. de O., Romeiro, L. de A., Silva, E. F. da, Carreira, L. M. M., Rodrigues, T. M., Giannini, T. C., Imperatriz-Fonseca, V. L., & Barth, O. M. (2021). Preferências de forrageamento da abelha nativa sem ferrão Melipona seminigra pernigra (Apidae: Meliponini) em campo rupestre na canga da Serra dos Carajás, sudeste da Amazônia. Biota Neotropica, 21(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1800

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