Galhas de insetos em Myrtaceae: riqueza e distribuição nas restingas brasileiras

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Palavras-chave:

Mata Atlântica, diversidade, endemismo, interação inseto-planta

Resumo

Resumo: Inventários em restingas brasileiras indicam as Myrtaceae como a família de planta com maior riqueza de galhas de insetos. Uma compilação das informações publicadas acrescida de novos registros foi elaborada com o objetivo de estabelecer o número de morfotipos de galhas, produzir uma lista das espécies botânicas com galhas, indicar as características morfológicas predominantes das galhas, avaliar o conhecimento taxonômico dos galhadores, relacionar a fauna associada, e com base no endemismo das plantas hospedeiras e monofagia, propor o endemismo de algumas espécies galhadoras. As Myrtaceae hospedam 111 morfotipos de galhas de insetos (a maioria induzida por Cecidomyiidae, Diptera) em 25 espécies de plantas, 15 endêmicas. Eugenia L. destaca-se como o gênero botânico com o maior número de espécies hospedeiras e riqueza de galhas. A folha é o principal órgão hospedeiro. Há predomínio das formas globoides e fusiformes, coloração verde, superfície glabra e uma única câmara interna. O conhecimento taxonômico dos galhadores ainda é deficiente com muitos registros em categorias supraespecíficas. A fauna associada é rica e inclui parasitoides, inquilinos e predadores. Doze espécies de Cecidomyiidae, uma espécie de Curculionidae (Coleoptera) e uma espécie de Eriococcidae (Hemiptera) estão associadas exclusivamente a hospedeiros endêmicos e são propostas neste estudo como endêmicas também. A distribuição geográfica de diversas galhas e seus respectivos galhadores está restrita ao estado do Rio de Janeiro, onde a maioria dos inventários foi realizada. Pela primeira vez, Eugeniamyia díspar (Cecidomyiidae), previamente conhecida de uma área rural do Rio Grande do Sul e de áreas de restingas de São Paulo, é registrada no estado do Rio de Janeiro.

Publicado

01/01/2019

Como Citar

Maia, V. C. (2019). Galhas de insetos em Myrtaceae: riqueza e distribuição nas restingas brasileiras. Biota Neotropica, 19(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1597

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Revisões Temáticas

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