Morcegos (Mammalia, Chiroptera) da Floresta Nacional de Nísia Floresta, com novos registros para o estado do Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil

Autores

  • Marília A. S. Barros Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências
  • Camila Martins Gomes Morais Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências
  • Bruna Maria Braga Figueiredo Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências
  • Gilberto Benigno de Moura Júnior Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências
  • François Fernandes dos Santos Ribeiro Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências
  • Daniel Marques Almeida Pessoa Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências
  • Fernanda Ito Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas
  • Enrico Bernard Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas

Palavras-chave:

Mata Atlântica, inventário de quirópteros, unidade de conservação, biodiversidade Neotropical, áreas protegidas

Resumo

Resumo O estado do Rio Grande do Norte é considerado uma lacuna de informações sobre ocorrência de morcegos no Brasil. O estado também é atualmente alvo de grandes empreendimentos com potencial impacto sobre a quiropterofauna, especialmente no setor de energia eólica e mineração. Além disso, apresenta poucas unidades de conservação, e estas não possuem sua quiropterofauna estudada de maneira sistematizada. A Floresta Nacional de Nísia Floresta (FNNF), uma unidade de conservação federal de 174 hectares, localiza-se na costa leste do Rio Grande do Norte e corresponde a um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica no estado e no limite norte do bioma. Foi realizado um inventário de morcegos na FNNF com a utilização de redes de neblina armadas no nível do solo, do por do sol ao amanhecer, de dezembro de 2011 a dezembro de 2012, totalizando 25 noites de amostragem. Nós capturamos 1379 morcegos pertencentes a quatro famílias e 16 espécies. Artibeus planirostris (Phyllostomidae) foi a espécie mais frequentemente capturada (n = 685; 50%), seguida por Myotis lavali (Vespertilionidae) (n = 248; 18%) e Phyllostomus discolor (Phyllostomidae) (n = 147; 11%). Peropteryx leucoptera, Phyllostomus discolor, Phyllostomus hastatus, Lophostoma brasiliense, Lasiurus blossevillii, Myotis lavali e Promops nasutus são novos registros para o Rio Grande do Norte, aumentando o número atual de espécies de morcegos no estado de 25 para 32. Inventários adicionais, especialmente utilizando amostragens acústicas com detectores de morcegos, tendem a acrescentar novas espécies à lista de morcegos da FNNF.

Publicado

01/01/2017

Como Citar

Barros, M. A. S., Morais, C. M. G., Figueiredo, B. M. B., Moura Júnior, G. B. de, Ribeiro, F. F. dos S., Pessoa, D. M. A., Ito, F., & Bernard, E. (2017). Morcegos (Mammalia, Chiroptera) da Floresta Nacional de Nísia Floresta, com novos registros para o estado do Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil. Biota Neotropica, 17(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1443

Edição

Seção

Inventários
Loading...