Nota sobre dieta e comportamento de forrageio de Artibeus lituratus (Chiroptera, Phyllostomidae) em um parque urbano no sudeste do Brasil

Autores

  • Monik Oprea Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Estudos de Quirópteros, Departamento de Ciências Biológicas
  • Daniel Brito Conservation International, Center for Applied Biodiversity Science -CABS
  • Thiago Bernardi Vieira Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Estudos de Quirópteros, Departamento de Ciências Biológicas
  • Poliana Mendes Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Estudos de Quirópteros, Departamento de Ciências Biológicas
  • Sílvia Ramira Lopes Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Estudos de Quirópteros, Departamento de Ciências Biológicas
  • Ricardo Milanez Fonseca Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Estudos de Quirópteros, Departamento de Ciências Biológicas
  • Rafael Zerbini Coutinho Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Estudos de Quirópteros, Departamento de Ciências Biológicas
  • Albert David Ditchfield Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Estudos de Quirópteros, Departamento de Ciências Biológicas

Palavras-chave:

ecologia urbana, frugivoria, Maclura, morcegos

Resumo

Morcegos do gênero Artibeus estão entre os mais importantes dispersores de sementes em florestas em estágios iniciais de sucessão. Aqui descrevemos observações sobre o comportamento de forrageio de Artibeus lituratus no Parque Municipal da Pedra da Cebola, um parque urbano na cidade de Vitória, Espírito Santo, sudeste do Brasil. As observações foram feitas durante seis dias consecutivos (01 a 06 de Abril de 2006). Três redes de neblina foram abertas cada noite, próximas a uma árvore de Maclura tinctoria, Moraceae, permanecendo abertas das 18:00 às 22:00 horas, totalizando quatro horas por noite, e 24 horas de esforço amostral. Foram observados dois picos de atividade de forrageio, o primeiro entre 18:20 e 19:30 horas, e o segundo às 21:00 horas. Este é o primeiro registro de consumo de frutos de M. tinctoria por A. lituratus, adicionando mais um ítem para a dieta conhecida desta espécie. Os frutos de M. tinctoria possuem sementes de tamanho relativamente grande, que não são ingeridas pelos morcegos. Eles consomem a polpa dos frutos e descartam as sementes. Uma dieta de frutos com sementes grandes pode indicar um recurso importante que não é detectado em estudos de dieta baseados apenas na análise de fezes, e que será detectado apenas por observação direta ou através do estudo de sítios de alimentação. O uso de técnicas de amostragem variadas em estudos de dieta é de extrema importância, pois elas complementam umas às outras, e em conjunto nos fornecem informações melhores e mais precisas sobre a dieta de morcegos do que qualquer uma delas forneceria isoladamente.

Publicado

01/01/2007

Como Citar

Oprea, M., Brito, D., Vieira, T. B., Mendes, P., Lopes, S. R., Fonseca, R. M., Coutinho, R. Z., & Ditchfield, A. D. (2007). Nota sobre dieta e comportamento de forrageio de Artibeus lituratus (Chiroptera, Phyllostomidae) em um parque urbano no sudeste do Brasil. Biota Neotropica, 7(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/309

Edição

Seção

Short Communications

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