Herpetofauna da Floresta Nacional de Nísia Floresta, Rio Grande do Norte, Brasil: Diferenças na riqueza e abundância entre florestas naturais e secundarias

Autores

  • Maria Beatriz de Andrade Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Marília Bruzzi Lion Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Winícius Mateus Magalhães Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Bryan André de Lima Egl Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Fabiany Herica Figueiredo Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Nicolas Vinicius A. A. Leite Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Daniel Victor Morais Marcos Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis https://orcid.org/0009-0003-0481-1927
  • Felipe de Medeiros Magalhães Universidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) https://orcid.org/0000-0001-5327-4337
  • Cícera Silvilene Leite Matias Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Aldenir Ferreira da Silva Neta Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • José Eduardo Gomes de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Igor Peres Puertas Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis https://orcid.org/0000-0001-5916-5369
  • Vitória Godeiro de Queiroz Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Daniel da Costa Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Willianilson Pessoa da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Ricardo Rodrigues da Silveira Filho Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Matheus Lucas Azevedo Soares Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis
  • Daniel Oliveira Mesquita Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Exatas e da Natureza, Departamento de Sistemática e Ecologia https://orcid.org/0000-0002-8174-6837
  • Adrian Antonio Garda Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Laboratório de Anfíbios e Répteis https://orcid.org/0000-0002-1178-1207

Resumo

Resumo Na Mata Atlântica, as distribuições de espécies não são uniformes. O bioma foi dividido em 8 sub-regiões biogeográficas, como o Centro de Endemismo de Pernambuco (CEP), no nordeste do Brasil. A Floresta Nacional de Nísia Floresta (Flona) é uma área protegida situada no município de Nísia Floresta, no Estado do Rio Grande do Norte, abrigando vegetação nativa (Mata Atlântica e "Restingas ou Tabuleiros"), bem como áreas em regeneração, com parcelas experimentais de plantas exóticas para produção de madeira. Aqui, apresentamos, pela primeira vez, uma lista de espécies da herpetofauna levantada na Flona ao longo dos últimos 10 anos, utilizando uma amostragem padronizada e de longo prazo, juntamente encontros visuais e ocasionais. Realizamos levantamentos mensais em toda a área utilizando 84 armadilhas de queda distribuídas aleatoriamente em 21 conjuntos ao longo das três zonas fitogeográficas da floresta (Restinga, Mata Atlântica e Regeneração). Além disso, caracterizamos a diversidade da herpetofauna terrestre nessas três zonas ao longo de um ano inteiro. Coletamos um total de 39 espécies de répteis (entre lagartos, serpentes, quelônios, crocodilianos e anfisbênios) e 24 espécies de anfíbios. A família mais frequente encontrada para os répteis foi Dipsadidae, seguida por Colubridae. Para anfíbios, Leptodactylidae foi a mais comum, seguida por Hylidae. A diversidade da herpetofauna em áreas de regeneração é menor do que em florestas, que por sua vez são marginalmente menos diversas do que a Restinga. Descritores da comunidade, como equidade, presença de espécies exclusivas e diferenças em abundâncias e composição indicam que estratégias de manejo distintas para cada área são necessárias para esta área protegida. Por fim, embora menor, a diversidade em áreas de regeneração é semelhante às áreas naturais, um resultado animador considerando o significativo desmatamento que a Mata Atlântica sofreu e a urgente necessidade de iniciativas de restauração.

Publicado

01/01/2024

Como Citar

Sousa, M. B. de A., Lion, M. B., Costa, W. M. M., Egl, B. A. de L., Figueiredo, F. H., Leite, N. V. A. A., Marcos, D. V. M., Magalhães, F. de M., Matias, C. S. L., Neta, A. F. da S., Oliveira, J. E. G. de, Puertas, I. P., Queiroz, V. G. de, Silva, D. da C., Silva, W. P. da, Silveira Filho, R. R. da, Soares, M. L. A., Mesquita, D. O., & Garda, A. A. (2024). Herpetofauna da Floresta Nacional de Nísia Floresta, Rio Grande do Norte, Brasil: Diferenças na riqueza e abundância entre florestas naturais e secundarias. Biota Neotropica, 24(3). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/2072

Edição

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