Bionomia de Melipona mondury Smith 1863 (Hymenoptera: Apidae, Meliponini) em relação ao seu comportamento de nidificação
Palavras-chave:
Abelhas sem ferrão, arquitetura do ninho, conservação, manejo racional, substrato de nidificaçãoResumo
Melipona mondury Smith 1863 é uma espécie de abelha sem ferrão, importante polinizadora, produtora de mel e de pólen, mas ameaçada pela fragmentação dos habitats ao longo de sua área de ocorrência. Este artigo apresenta a identificação e a caracterização parcial dos substratos de nidificação e as características bionômicas, incluindo as populacionais, de M. mondury, comparando os dados de arquitetura do ninho entre colônias de cortiço e caixas rústicas. Dezenove colônias (13 em caixas rústicas e seis em cortiços) foram analisadas em relação aos substratos de nidificação, características do ninho (e.g.: comprimento e largura dos favos de cria, altura e diâmetro dos potes de pólen e mel) e população das abelhas. Foram encontrados volume e diâmetro médios da cavidade dos troncos nidificados por M. mondury, de 18,4 L e 15,8 cm; número médio de favos de cria de 9,26; diâmetro e altura médios dos potes de mel de 2,81 cm e 3,29 cm, sendo o volume médio de mel armazenado de 15,85 mL; altura e diâmetro médios dos potes de pólen de 3,21 cm e 2,93 cm, enquanto a massa média de pólen depositado foi de 12,56 g. A população variou de 3 537 a 10 281 indivíduos entre as colônias. Os resultados sugerem que a conservação de M. mondury deve envolver o reflorestamento com espécies nativas da Mata Atlântica; e as dimensões das caixas racionais foram definidas com base no tamanho médio dos ninhos no ambiente natural, para subsidiar estratégias conservacionistas e de manejo racional.Downloads
Publicado
07/01/2015
Como Citar
Viana, J. L., Sousa, H. de A. C., Alves, R. M. de O., Pereira, D. G., Silva Jr., J. C., Paixão, J. F. da, & Waldschmidt, A. M. (2015). Bionomia de Melipona mondury Smith 1863 (Hymenoptera: Apidae, Meliponini) em relação ao seu comportamento de nidificação. Biota Neotropica, 15(3). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1172
Edição
Seção
Artigos