Etnotaxonomia de peixes dos pescadores artesanais de Ilhabela (São Paulo/Brasil)

Autores

  • Milena Ramires Universidade Santa Cecília, Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade de Ecossistemas Costeiros e Marinhos
  • Mariana Clauzet Universidade Santa Cecília, Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade de Ecossistemas Costeiros e Marinhos
  • Alpina Begossi Universidade Estadual de Campinas, Centro de Memória UNICAMP, Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários

Palavras-chave:

ictiofauna, biodiversidade, classificação biológica, ecologia humana, etnoecologia, recursos pesqueiros

Resumo

Este artigo investiga a etnotaxonomia de quatro comunidades de pescadores artesanais de Ilhabela/SP. A etnotaxonomia mostra como esses pescadores, identificam, nomeam e classificam os recursos pesqueiros no ambiente explorado por eles. Quarenta e dois pescadores de quatro diferentes comunidades locais de Ilhabela foram entrevistados através de um questionário estruturado e fotografias de espécies de peixes de ocorrência para a região sudeste do Brasil. Os entrevistados identificaram as 24 espécies listadas através de 50 nomes genéricos e 27 nomes específicos binomiais, principalmente relacionados com aspectos morfológicos como forma, cor e tamanho. Estes peixes foram classificados em oito grupos de acordo com critérios locais relacionados com a morfologia, ecologia e técnicas de pesca associados à captura de tais espécies. O aspecto morfológico foi identificado como o fator mais utilizado pelos entrevistados para nomear e classificar as espécies de peixes, seguidos por critérios relacionados à ecologia das espécies tais como, dieta, comportamento e habitat. A comparação dos critérios locais utilizados para os grupos foi semelhante aos critérios científicos de taxonomia, mostrando um detalhado conhecimento ecológico local deste grupo de pescadores.

Publicado

12/01/2012

Como Citar

Ramires, M., Clauzet, M., & Begossi, A. (2012). Etnotaxonomia de peixes dos pescadores artesanais de Ilhabela (São Paulo/Brasil). Biota Neotropica, 12(4). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1021

Edição

Seção

Artigos
Loading...