Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras

Autores/as

  • Francisco Langeani Universidade Estadual Paulista, Departamento de Zoologia e Botânica, Laboratório de Ictiologia
  • Ricardo Macedo Corrêa e Castro Universidade de São Paulo, Departamento de Biologia, Laboratório de Ictiologia de Ribeirão Preto
  • Osvaldo Takeshi Oyakawa Universidade de São Paulo, Museu de Zoologia
  • Oscar Akio Shibatta Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Animal e Vegetal
  • Carla Simone Pavanelli Universidade Estadual de Maringá, Núcleo de Pesquisas em Limnologia Ictiologia e Aqüicultura
  • Lilian Casatti Universidade Estadual Paulista, Departamento de Zoologia e Botânica, Laboratório de Ictiologia

Palabras clave:

peixes, água doce, sudeste brasileiro, inventário, transposição

Resumen

É apresentada uma síntese sobre os peixes do Alto Paraná, com base em dados de coleções, dados de literatura e novas coletas. Trezentas e dez espécies, de 11 ordens e 38 famílias, são referidas para a drenagem, aumentando significativamente números anteriores. Dentre as espécies da área, 236 (76,1%) são autóctones, 67 (21,6%) alóctones e sete (2,3%) exóticas. As principais causas de ocorrência de espécies não nativas (alóctones e exóticas) foram a dispersão a partir do baixo Paraná, após a construção do Reservatório de Itaipu e o escape de pisciculturas. A maior parte das espécies referidas (65%) tem porte pequeno, sendo menor que 21 cm de comprimento; dentre essas, a maioria ocorre apenas em riachos e cabeceiras. Apesar da ictiofauna do Alto Paraná ser uma das melhor conhecidas e mais estudadas, o número de espécies descritas ou referidas para a área tem crescido exponencialmente, o que indica que a riqueza apresentada está longe de representar a realidade. De fato, várias novas espécies têm sido descritas nos últimos anos e cerca de 50 novas espécies, já reconhecidas, estão em fase de descrição. A melhoria no conhecimento sobre a ictiofauna do Alto Paraná é proporcional ao número de pesquisadores envolvidos em estudos na bacia e reflete, de modo inequívoco, iniciativas recentes que têm estimulado e incrementado pesquisas taxonômicas, facilitado o acesso ao material depositado em coleções científicas e aumentado as coletas em áreas e ambientes pouco amostrados. Entretanto, mantido o ritmo de descrições de novas espécies ocorrido até agora nessa última década, as 50 novas espécies já reconhecidas estariam descritas apenas dentro de dez anos, um tempo demasiadamente longo. Por essa razão é muito importante que a comunidade científica e os órgãos de fomento encontrem e viabilizem iniciativas de modo a aumentar esse ritmo de descrições de novos táxons e disponibilizar esses novos nomes mais rapidamente.

Publicado

01/01/2007

Cómo citar

Langeani, F., Castro, R. M. C. e, Oyakawa, O. T., Shibatta, O. A., Pavanelli, C. S., & Casatti, L. (2007). Diversidade da ictiofauna do Alto Rio Paraná: composição atual e perspectivas futuras. Biota Neotropica, 7(3). Recuperado a partir de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/350

Número

Sección

Artículos

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