Estrutura e composição da ictiofauna de riachos da bacia do Rio Grande no estado de São Paulo, sudeste do Brasil

Autores/as

  • Ricardo M. C. Castro USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Lilian Casatti Universidade Estadual Paulista, IBILCE, Departamento de Zoologia e Botânica
  • Hertz F. Santos USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Alex L. A. Melo USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Luiz S. F. Martins USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Katiane M. Ferreira USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Fernando Z. Gibran USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Ricardo C. Benine USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Murilo Carvalho USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Alexandre C. Ribeiro USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Tatiana X. Abreu USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Flávio A. Bockmann USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Gabriela Z. Pelição USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Renata Stopiglia USP, FFCLRP, Departamento de Biologia
  • Francisco Langeani Universidade Estadual Paulista, IBILCE, Departamento de Zoologia e Botânica

Palabras clave:

Bacia do Alto Rio Paraná, Rio Grande, Rio Turvo, Rio Pardo, Rio Sapucaí, peixes de riachos, diversidade, sudeste do Brasil

Resumen

O ponto médio de cada trecho foi georreferenciado via satélite com receptor GPS e o uso de metodologia padronizada de coleta de dados ambientais e peixes (baseada principalmente na pesca elétrica), possibilitou a obtenção das seguintes informações em cada local: 1) composição taxonômica da ictiofauna e contribuição, em termos de número de indivíduos e biomassa, de cada espécie para a ictiofauna local como um todo; 2) documentação fotográfica de espécimes representativos de cada espécie coletada com sua coloração natural; 3) descrição de cada ambiente coletado, com ilustrações fotográficas coloridas, e seus principais parâmetros bióticos e abióticos. No total foram coletados 3.070 exemplares, pertencentes a seis ordens, 18 famílias, 44 gêneros e 64 espécies, com biomassa total de 14,3 kg. Das espécies coletadas, aproximadamente 50% pertencem a ordem Characiformes, 26,5% a Siluriformes, 11% a Perciformes, 6% a Gymnotiformes, 5% a Cyprinodontiformes e 1,5% a Synbranchiformes. As espécies mais abundantes em termos de número de indivíduos foram Astyanax altiparanae (17,4%) e Hypostomus ancistroides (9%); aquelas com maior biomassa foram A. altiparanae (35%) e Geophagus brasiliensis (9%). Em termos de abundância e biomassa por família, a composição da fauna de peixes estudada indica a predominância expressiva de Characidae, seguida por Loricariidae e Cichlidae. Dentre os trechos amostrados, o trecho SG6 (26 espécies) e o PG4 (três espécies), apresentaram a maior e a menor riqueza em espécies, respectivamente, coincidindo com os valores obtidos para o índice de diversidade específica de Shannon-Wiener (H'= 1,08 e 0,26, respectivamente). A riqueza média encontrada foi de 12 espécies por trecho de riacho. Na estimativa de riqueza por extrapolação para o conjunto total de riachos amostrados na bacia do Rio Grande, obtivemos um valor de 93 espécies (erro padrão igual a três) indicando ser necessário um esforço amostral adicional moderado para atingir a assíntota da curva. Das 64 espécies coletadas, quatro (aproximadamente 6% do total) são seguramente novas, sete (aproximadamente 11% do total) possuem status taxonômico ainda indefinido, enquanto outras duas (aproximadamente 3% do total) são espécies certamente introduzidas. Analisando a estrutura trófica e espacial da ictiofauna estudada as 10 espécies numericamente dominantes nos riachos amostrados dividem-se, com base em dados de literatura, em ordem decrescente de importância numérica, em cinco guildas: onívoros nectônicos; invertívoros bentônicos; perifitívoros; algívoros e onívoros bentônicos. Uma chave de identificação para todas as espécies de peixes coletadas durante este estudo é fornecida ao final deste trabalho.

Publicado

01/01/2004

Cómo citar

Castro, R. M. C., Casatti, L., Santos, H. F., Melo, A. L. A., Martins, L. S. F., Ferreira, K. M., … Langeani, F. (2004). Estrutura e composição da ictiofauna de riachos da bacia do Rio Grande no estado de São Paulo, sudeste do Brasil. Biota Neotropica, 4(1). Recuperado a partir de https://www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1111

Número

Sección

Artículos

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