Pequenos mamíferos não-voadores (Didelphimorphia, Rodentia) em dois fragmentos de mata de restinga de Rio Grande, planície costeira do Rio Grande do Sul

Autores

  • Fernando Marques Quintela Universidade Federal do Rio Grande, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais
  • Maurício Beux Santos Universidade Federal do Rio Grande, Instituto de Ciências Biológicas, Laboratório de Genética
  • Alexandre Uarth Christoff Universidade Luterana do Brasil, Museu de Ciências Naturais, Departamento do Biologia
  • Adriana Gava Universidade Federal do Rio Grande, Instituto de Ciências Biológicas, Laboratório de Genética

Palavras-chave:

marsupiais, roedores, mata paludosa, mata arenosa ciliar, Oligoryzomys nigripes, restinga

Resumo

As matas de restinga representam formações vegetais originais na Planície Costeira do estado do Rio Grande do Sul. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição de espécies de pequenos mamíferos não-voadores em dois fragmentos de matas de restinga (mata palustre e mata arenosa ciliar) no município de Rio Grande, região sul da Planície Costeira do Rio Grande do Sul. Um total de 234 indivíduos pertencentes a três espécies de marsupiais (Didelphidae: Cryptonanus guahybae, Didelphis albiventris, Lutreolina crassicaudata) e oito espécies de roedores (Cricetidae: Deltamys kempi, Holochilus brasiliensis, Oligoryzomys flavescens, O. nigripes, Oxymycterus nasutus, Scapteromys tumidus; Muridae: Mus musculus, Rattus rattus) foi capturado. As espécies C. guahybae, D. albiventris, D. kempi, H. brasiliensis, O. nigripes, S. tumidus e M. musculus foram registradas no fragmento de mata palustre, enquanto que C. guahybae, D. albiventris, Lutreolina crassicaudata, D. kempi, O. flavescens, O. nigripes, S. tumidus e R. rattus ocorreram no fragmento de mata arenosa ciliar. Oligoryzomys nigripes e S. tumidus foram as espécies mais abundantes no fragmento de mata palustre, representando respectivamente 40,4 e 22,1% do total de indivíduos capturados. No fragmento de mata arenosa ciliar, as espécies mais abundantes foram O. nigripes e D. albiventris, representando respectivamente 63,4 e 12,4% do total de indivíduos capturados. Indivíduos de C. guahybae e O. nigripes foram capturados em estrato arbóreo (alturas entre 0,50 e 1,65 m) enquanto que todos os indivíduos das demais espécies foram capturados no solo.

Publicado

03/01/2012

Como Citar

Quintela, F. M., Santos, M. B., Christoff, A. U., & Gava, A. (2012). Pequenos mamíferos não-voadores (Didelphimorphia, Rodentia) em dois fragmentos de mata de restinga de Rio Grande, planície costeira do Rio Grande do Sul. Biota Neotropica, 12(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/922

Edição

Seção

Inventários
Loading...