Flora vascular não-arbórea de uma floresta de grota na Serra da Mantiqueira, Zona da Mata de Minas Gerais, Brasil

Autores

  • Luiz Menini Neto Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Escola Nacional de Botânica Tropical, Programa de Pós-graduação em Diversidade Vegetal
  • Carolina Nazareth Matozinhos Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (Botânica)
  • Narjara Lopes de Abreu Universidade Federal de Juiz de Fora, Programa de Pós-graduação em Ecologia
  • Arthur Sérgio Mouço Valente Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Botânica
  • Kelly Antunes Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Botânica
  • Filipe Soares de Souza Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Botânica
  • Pedro Lage Viana Universidade Federal de Minas Gerais, Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal
  • Fátima Regina Gonçalves Salimena Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Botânica

Palavras-chave:

Serra Negra, floresta atlântica, campo rupestre, florística, ervas, arbustos, lianas, epífitas

Resumo

A região da Serra Negra constitui um importante remanescente de floresta atlântica situado no sul da Zona da Mata mineira, na Serra da Mantiqueira, composta por um mosaico de campos rupestres (nos afloramentos de quartzito) a arbustais nebulares, florestas estacionais semideciduifólias a perenifólias e florestas nebulares, de ambientes inferomontanos a superomontanos ripícolas a interfluviais. A área de estudo é um fragmento de floresta de grota (floresta perenifólia ripícola), de aproximadamente 0,9 ha, situada no Cânion do Ribeirão do Funil, na Vila do Funil, município de Rio Preto, localizada no sul da Serra Negra. O presente trabalho foi realizado entre os anos de 2004 e 2009 e teve como objetivos o conhecimento da flora vascular não-arbórea, a discussão dos hábitos e habitats das plantas e a descrição da fisionomia do fragmento. Foram registrados 157 táxons de plantas vasculares (sendo 41 pteridófitas e 116 angiospermas), pertencentes a 48 famílias (10 de pteridófitas e 38 de angiospermas). As famílias de maior riqueza específica foram Orchidaceae, dentre as angiospermas, com 27 espécies e Pteridaceae, dentre as pteridófitas, apresentando 11 espécies. O hábito mais representativo foi o herbáceo (124 spp.), destacando-se as espécies epífitas (42 spp.), que perfazem cerca de 25% de todas as espécies registradas na área. Doze espécies estão incluídas na lista de espécies ameaçadas de extinção no estado de Minas Gerais (duas pteridófitas e 10 angiospermas). O elevado número de espécies encontradas em uma área consideravelmente pequena ressalta a importância deste fragmento para a diversidade da Serra Negra e aponta para a necessidade de implantação de um plano de ação para sua conservação.

Publicado

12/01/2009

Como Citar

Menini Neto, L., Matozinhos, C. N., Abreu, N. L. de, Valente, A. S. M., Antunes, K., Souza, F. S. de, Viana, P. L., & Salimena, F. R. G. (2009). Flora vascular não-arbórea de uma floresta de grota na Serra da Mantiqueira, Zona da Mata de Minas Gerais, Brasil. Biota Neotropica, 9(4). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/575

Edição

Seção

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