Dendrometria e produção de serapilheira de espécies arbóreas neotropicais pioneiras e secundárias iniciais

Autores

  • Glaci Benvenuti-Ferreira Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
  • Geraldo Ceni Coelho Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Departamento de Biologia e Química
  • Jorge Schirmer Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Instituto Regional de Desenvolvimento Rural, Departamento de Estudos Agrários
  • Osório Antônio Lucchese Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Instituto Regional de Desenvolvimento Rural, Departamento de Estudos Agrários

Palavras-chave:

restauração ecológica, sucessão secundária, alometria, categorias sucessionais

Resumo

A perda de cobertura florestal em regiões tropicais e subtropicais tem motivado o desenvolvimento de modelos de restauração florestal através do plantio de espécies arbóreas. Tendo como base o modelo sucessional, o uso concomitante de espécies de diferentes categorias sucessionais pode ser visto como uma estratégia no sentido de acelerar o retorno a condições prévias à perturbação. As espécies arbóreas têm ritmos de crescimento e necessidades ecológicas diferentes e este conhecimento é importante para o desenvolvimento de modelos de restauração florestal com alta diversidade. O objetivo deste estudo foi comparar o crescimento inicial e a queda anual de serapilheira de espécies arbóreas nativas pioneiras e secundárias iniciais em um sistema heterogêneo de plantio, determinando a correlação entre categorias sucessionais e medidas. A comparação entre espécies e categorias foi realizada considerando parâmetros dendrométricos e alométricos, e a queda anual de serapilheira. O estudo foi conduzido na Área Indígena Guarita, Tenente Portela-RS, Brasil, para sete espécies, incluindo as pioneiras arbóreas Mimosa scabrella Bentham, Trema micrantha (L.) Blume, Schinus molle L., Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong, e as secundárias iniciais Peltophorum dubium (Spreng.) Taub., Cedrela fissilis Vell. e Tabebuia alba (Cham.) Sandwith. A avaliação da produção da serapilheira foi feita nas primeiras seis espécies. As espécies pioneiras apresentaram maiores médias de altura, diâmetro do fuste e largura da copa. As pioneiras (com exceção de E. contortisiliquum) também apresentaram valores médios mais elevados de queda de serapilheira. Uma correlação interespecífica entre diâmetro do caule e produção anual de serapilheira foi observada. Os dados indicam que a escolha das espécies e guildas tem influência significativa sobre a qualidade da restauração. Entretanto, a arquitetura da parte aérea depende das características alométricas específicas das espécies e uma distinção entre guildas não foi verificada.

Publicado

03/01/2009

Como Citar

Benvenuti-Ferreira, G., Coelho, G. C., Schirmer, J., & Lucchese, O. A. (2009). Dendrometria e produção de serapilheira de espécies arbóreas neotropicais pioneiras e secundárias iniciais. Biota Neotropica, 9(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/463

Edição

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