Estimativas de biomassa e estoque de carbono: o caso da Mata Atlântica

Autores

  • Simone Aparecida Vieira Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica
  • Luciana Ferreira Alves Instituto de Botânica de São Paulo, Seção de Ecologia
  • Marcos Aidar Instituto de Botânica de São Paulo, Seção de Ecologia
  • Luciana Spinelli Araújo Universidade de São Paulo, Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal
  • Tim Baker University of Leeds, School of Geography
  • João Luís Ferreira Batista Instituto de Botânica de São Paulo, Seção de Ecologia
  • Mariana Cruz Campos Universidade de Campinas, Instituto de Biologia
  • Plinio Barbosa Camargo Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica
  • Jerome Chave Université Paul Sabatier, Centre National de la Recherche Scientifique
  • Welington Braz Carvalho Delitti Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências
  • Niro Higuchi Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Departamento de Silvicultura Tropical e Manejo Florestal
  • Euridice Honorio Instituto de Investigaciones de la Amazonía Peruana
  • Carlos Alfredo Joly Universidade de Campinas, Instituto de Biologia
  • Michael Keller Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica
  • Luiz Antonio Martinelli Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica
  • Eduardo Arcoverde de Mattos Universidade Federal do Rio de Janeiro, CCS, Instituto de Biologia
  • Thiago Metzker Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica
  • Oliver Phillips University of Leeds, School of Geography
  • Flavio Antonio Maes dos Santos Universidade de Campinas, Instituto de Biologia
  • Mônica Takako Shimabukuro Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Divisão de Sensoriamento Remoto
  • Marcos Silveira Universidade Federal do Acre, Centro de Ciências Biológicas e da Natureza
  • Susan Elizabeth Trumbore University of California, Institute for Geophysics and Planetary Physics

Palavras-chave:

Mata Atlântica, biomassa acima do solo, modelo alométrico, carbono

Resumo

O principal objetivo deste artigo é apresentar e discutir a melhor forma para estimar a biomassa viva acima do solo (BVS) na Mata Atlântica. A biomassa viva acima do solo em florestas tropicais esta contida principalmente nas árvores. A biomassa das árvores é uma função do seu volume de madeira, obtido do diâmetro e da altura, de sua arquitetura e da densidade de sua madeira (peso seco por unidade de volume fresco). Ela pode ser quantificada pelo método direto (destrutivo) ou pelo método indireto onde a quantificação da biomassa é feita através de modelos matemáticos. Os modelos alométricos podem ser específicos para um determinado local, quando elaborado para um ecossistema particular, ou gerais, que podem ser utilizados em para estimar a biomassa em diferentes locais. Para a Mata Atlântica, a despeito de sua importância, existem somente duas medidas diretas de biomassa de árvores, que resultaram em modelos alométricos específicos para essas florestas. Para selecionar um ou outro modelo alométrico para estimar BVS, disponível na literatura, é necessário levar em conta o a questão a ser respondida e a facilidade com a qual é possível medir as variáveis independentes do modelo. Preferencialmente, deve-se utilizar modelos que apresentem estimativas mais acuradas, entretanto modelos mais simples (aqueles com apenas uma variável independente, normalmente o DAP) podem ser utilizados quando o foco for o monitoramento das variação no estoque de carbono através do tempo. Observações para a Mata Atlântica sugerem que o modelo pan-tropical proposto por Chave et al. (2005) podem ser utilizadas com confiança entre os biomas, uma vez que o mesmo engloba o DAP a altura e a densidade da madeira. Na Mata Atlântica, onde as lianas, bambus, palmeiras, fetos arborescentes e epífitas são um importante componente do sistema, recomenda-se a quantificação dos mesmos. Este artigo é o resultado do workshop "Estimativa da biomassa e estoques de carbono: o processo de Mata Atlântica", realizado em Ubatuba, São Paulo, Brasil, entre 4 e 8 de Dezembro de 2006 como parte do projeto temático BIOTA/FAPESP "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar", BIOTA Gradiente.

Publicado

06/01/2008

Como Citar

Vieira, S. A., Alves, L. F., Aidar, M., Araújo, L. S., Baker, T., Batista, J. L. F., Campos, M. C., Camargo, P. B., Chave, J., Delitti, W. B. C., Higuchi, N., Honorio, E., Joly, C. A., Keller, M., Martinelli, L. A., Mattos, E. A. de, Metzker, T., Phillips, O., Santos, F. A. M. dos, Shimabukuro, M. T., Silveira, M., & Trumbore, S. E. (2008). Estimativas de biomassa e estoque de carbono: o caso da Mata Atlântica. Biota Neotropica, 8(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/389

Edição

Seção

Pontos de Vista

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