Relação peso-comprimento e fator de condição para Prochilodus lineatus, um importante peixe comercial, em ambientes contrastantes em qualidade da água da bacia do médio rio Tietê, sudeste do Brasil

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Resumo

Resumo Este trabalho foi realizado com o objetivo de fornecer a relação peso-comprimento (LWR) e o fator de condição alométrico (Ka), bem como sua correlação com variáveis limnológicas, para Prochilodus lineatus da bacia do médio rio Tietê. Os peixes foram coletados com redes de espera em dois rios com condições ambientais contrastantes, totalizando 46 espécimes no altamente poluído rio Tietê, e 37 no rio do Peixe, um tributário relativamente bem conservado. Medidas ambientais foram obtidas concomitantemente à captura dos peixes. Os resultados mostraram um crescimento isométrico (b = 3,00) para os peixes do rio Tietê e um crescimento alométrico positivo (b = 3,23) para os peixes do rio do Peixe. O valor médio de Ka foi, inesperadamente, maior para o rio principal (Ka = 2,63) quando comparado ao seu afluente (Ka = 2,42), sendo estatisticamente diferentes entre si. Isso pode ser explicado pela disponibilidade muito maior de sedimentos orgânicos no rio principal, resultante de um longo processo de eutrofização. No entanto, as correlações positivas e estatisticamente significativas com o oxigênio dissolvido, para ambos os rios, bem como correlações significativas negativas com a condutividade elétrica, nitrogênio e clorofila a para o rio Tietê, indicam os efeitos negativos da deterioração da qualidade da água sobre o fator condição dos peixes. O trabalho contribui para a expansão do conhecimento sobre P. lineatus, o peixe de maior importância comercial da bacia do médio rio Tietê, severamente impactada por ações humanas não-sustentáveis.

Publicado

01/01/2023

Como Citar

Urbanski, B. Q., Brambilla, E. M., & Nogueira, M. G. (2023). Relação peso-comprimento e fator de condição para Prochilodus lineatus, um importante peixe comercial, em ambientes contrastantes em qualidade da água da bacia do médio rio Tietê, sudeste do Brasil. Biota Neotropica, 23(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/2002

Edição

Seção

Short Communications

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