Vivendo no topo da linha florestal: mamíferos de médio e grande porte em um ecótono alto-montano nos Andes Centrais Peruanos
Resumo
Resumo: Dentre as ecorregiões que compreendem a zona alto-andina dos Andes Tropicais, a Puna e as Yungas se destacam por abranger grande parte dos Andes Orientais peruanos. Localizado no ecótono entre estas duas ecorregiões, o Santuário Nacional Pampa Hermosa (SNPH) abriga uma das áreas prioritárias para conservação no Peru. No entanto, a biodiversidade da zona alto-andina do santuário e seu entorno permanece pouco estudada. Dessa forma, através de armadilhas fotográficas e transectos, buscamos inventariar pela primeira vez os mamíferos de médio e grande porte da região alto-andina do SNPH e de sua zona de amortecimento. Nós registramos 11 espécies nativas e três espécies domésticas de mamíferos de médio e grande porte. A riqueza observada dos mamíferos nativos atingiu 91,7% da riqueza estimada (S est.= 11,99 ± 1,85). Dentre as espécies nativas, Odocoileus virginianus foi a que apresentou a maior frequência relativa (56%). Registramos três mamíferos endêmicoss dos Andes Tropicais, Cuniculus taczanowskii, Tremarctos ornatus, e Pudu mephistopheles. A riqueza observada foi superior que a maioria dos levantamentos de mamíferos de médio e grande porte feitos em ecótono Puna-bosque no Peru, onde a riqueza reportada variou de 4 a 13 espécies. Além disso, os registros de Leopardus pardalis e Eira barbara são os mais elevados para toda distribuição destes dois carnívoros. Nossos resultados demonstraram que mais de 90% das espécies registradas foram encontradas nela, demonstrando que toda região alto-andina do SNPH e seu entorno tem um importante valor para a fauna de mamíferos local.Downloads
Publicado
01/01/2022
Como Citar
Melo-Dias, M., Huatuco, J. F. A., Arizapana-Almonacid, M. A., Castañeda-Tinco, M. I., Chanamé, F., Ninahuamán, J. U., & Passamani, M. (2022). Vivendo no topo da linha florestal: mamíferos de médio e grande porte em um ecótono alto-montano nos Andes Centrais Peruanos. Biota Neotropica, 22(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1898
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