Diversidade de besouros serra-pau (Coleoptera: Cerambycidae) na região caribenha da Colômbia: variação temporal entre dois fragmentos de floresta seca tropical

Autores

Palavras-chave:

Abundância, biomassa, cerambicídeos, Neotropical, riqueza, estrutura

Resumo

Resumo: A floresta seca tropical está sob constante ameaça devido às muitas atividades antrópicas que são realizadas indiscriminadamente, modificando a floresta e, portanto, afetando espécies que se encontram muito relacionadas com a sua fenologia, tais como os besouros serra-pau (Cerambycidae). Foi analisada a variação espaço-temporal da diversidade de cerambícidos em dois fragmentos de floresta seca tropical ("Reserva campesina La Montaña e La Flecha") na região caribenha da Colômbia. Em cada localidade, quatro quadrantes foram delimitados e os besouros foram coletados usando armadilhas com isca de fruta, guarda-chuva entomológico, captura manual e armadilhas de luz. Quinhentos e oitenta e sete espécimes, de 128 espécies foram coletados, sendo os membros da tribo Ectenessini (Cerambycinae) os mais abundantes. Ao nível de subfamília, Cerambycinae foi a mais abundante (465 espécimes) e diversa (73 espécies), seguida de Lamiinae e Prioninae. Os valores mais altos de riqueza (110 espécies), abundância (428) e biomassa (21.18 g) foram encontrados durante as primeiras chuvas, assim como os valores mais altos de diversidade verdadeira (1D= 73.44, 2D= 34.30). Em relação à diversidade beta, a variação temporal foi determinada e principalmente explicada por uma alta porcentagem de substituição (> 70%). Por último, uma alta diversidade de Cerambycidae foi associada com altos valores de humidade relativa e cobertura vegetal durante a temporada de chuva, mostrando que a estrutura da comunidade de Cerambycidae na floresta seca tropical da Colômbia depende dessas variáveis, as quais são muito relacionadas com a precipitação.

Publicado

01/01/2021

Como Citar

García, K., Martínez, N. J., & Botero, J. P. (2021). Diversidade de besouros serra-pau (Coleoptera: Cerambycidae) na região caribenha da Colômbia: variação temporal entre dois fragmentos de floresta seca tropical. Biota Neotropica, 21(3). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1858

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