Simpatria entre espécies de Juliomys (Rodentia: Sigmodontinae) ao longo de um gradiente altitudinal no Parque Nacional Serra da Bocaina

Autores

  • Ana Cláudia Delciellos Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia https://orcid.org/0000-0002-0014-6558
  • Marcia Aguieiras Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Departamento de Zoologia https://orcid.org/0000-0003-0099-3279
  • Gabriela Colombo de Mendonça Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Mastozoologia e Biogeografia https://orcid.org/0000-0003-3015-1961
  • Ana Carolina Loss Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Mastozoologia e Biogeografia https://orcid.org/0000-0002-8298-8555
  • Oscar Rocha-Barbosa Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Laboratório de Zoologia de Vertebrados https://orcid.org/0000-0001-7838-2393
  • Lena Geise Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Departamento de Zoologia https://orcid.org/0000-0003-1239-8047

Palavras-chave:

Cariótipo, Filogenia, Mamíferos, Mata Atlântica, Unidade de Conservação

Resumo

Resumo O gradiente altitudinal encontrado na Mata Atlântica pode desempenhar um papel no estabelecimento de áreas de simpatria entre espécies congêneres de roedores sigmodontíneos. Para alguns gêneros com espécies crípticas, a elucidação de padrões espaciais de distribuição pode ser útil para entender os padrões de isolamento reprodutivo e de especiação, bem como fatores espaciais e temporais que determinam os limites das distribuições geográficas das espécies. Aqui, avaliamos a ocorrência de simpatria entre as espécies de Juliomys ao longo de um gradiente altitudinal no Parque Nacional da Serra da Bocaina (SBNP). Além disso, revisamos a ocorrência de J. rimofrons e adicionamos novos registros de ocorrência de espécies no SBNP, auxiliados por dados cariológicos e moleculares. O estudo foi realizado em quatro locais no SBNP, que variaram entre 770 e 1.200 m a.n.m.. Foram capturados 24 espécimes de Juliomys. Seis dos 24 espécimes foram coletados e cariotipados. Para J. pictipes, o cariótipo tinha 2n de 36 e um NF de 34, e para J. ossitenuis 2n de 20 e NF de 36. Dezessete dos 24 espécimes de Juliomys foram utilizados na filogenia do citocromo b: 12 espécimes agruparam com J pictipes e cinco com J. ossitenuis. Além disso, um espécime previamente identificado como J. rimofrons (MN 77793) se agrupou com J. pictipes. Juliomys pictipes e J. ossitenuis foram encontrados em simpatria em dois dos quatro locais em altitudes superiores a 1.000 m a.n.m.. Nossos dados cariológicos e moleculares forneceram a detecção de duas espécies de Juliomys no SBNP pela primeira vez (J. pictipes e J. ossitenuis) e desconsideraram o registro anterior de J. rimofrons. Nosso registro de simpatria entre J. pictipes e J. ossitenuis representa o quinto registro de simpatria entre essas espécies conhecido até o momento.

Publicado

01/01/2020

Como Citar

Delciellos, A. C., Aguieiras, M., Mendonça, G. C. de, Loss, A. C., Rocha-Barbosa, O., & Geise, L. (2020). Simpatria entre espécies de Juliomys (Rodentia: Sigmodontinae) ao longo de um gradiente altitudinal no Parque Nacional Serra da Bocaina. Biota Neotropica, 20(3). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1744

Edição

Seção

Short Communications
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