Riqueza de espécies e composição de assembleias de serpentes em áreas pouco acessíveis na Amazônia Brasileira

Autores

  • Luciana Frazão Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Genética https://orcid.org/0000-0002-4715-2728
  • Maria Ermelinda Oliveira Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Parasitologia
  • Marcelo Menin Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia
  • Juliana Campos Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Genética
  • Alexandre Almeida Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Genética
  • Igor L. Kaefer Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia
  • Tomas Hrbek Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Genética https://orcid.org/0000-0003-3239-7068

Palavras-chave:

Bacia Amazônica, Brasil, métodos de amostragem, Ophidia, Squamata

Resumo

Resumo: Serpentes compõem um diverso grupo de animais vertebrados terrestres pertencentes à ordem Squamata. Apesar de serem um dos grupos mais diversos do mundo, na Amazônia, as informações acerca da taxonomia e distribuição de serpentes são limitadas quando comparadas com as disponíveis para outros grupos de vertebrados. Além disso, na Amazônia existe um viés de amostragem em áreas geograficamente próximas aos centros urbanos e locais densamente povoados. Isso por sua vez leva a falsas diferenças de distribuição em áreas pouco amostradas. Neste artigo nós apresentamos a composição de assembleias de serpentes em seis áreas na Amazônia brasileira, baseada em amostragens de campo padronizadas e realizadas durante quatro anos. Foram amostradas 70 espécies de oito famílias: Typhlopidae (n=1), Leptotyphlopidae (n=1), Anillidae (n=1), Boidae (n=5), Colubridae (n=15), Dipsadidae (n=35), Elapidae (n=7) e Viperidae (n=5). A maior riqueza foi registrada no Rio Trombetas e a menor no Rio Jatapu. A beta diversidade total foi de 0.40 e a substituição foi a principal força que estruturou as comunidades (72.5%). A Procura Visual Limitada por Tempo foi o método que registrou a maior abundância de serpentes nas áreas amostradas (44.1%) e também a maior riqueza (n=40). Entretanto, algumas espécies foram registradas somente por outros métodos como armadilhas de interceptação e queda. Apesar do grande número de espécies registradas, nenhuma das áreas compreendeu mais de 40% das espécies amostradas em todas as áreas, indicando que as serpentes são pouco detectadas mesmo com grande esforço amostral em diferentes áreas da distribuição das espécies.

Publicado

01/01/2020

Como Citar

Frazão, L., Oliveira, M. E., Menin, M., Campos, J., Almeida, A., Kaefer, I. L., & Hrbek, T. (2020). Riqueza de espécies e composição de assembleias de serpentes em áreas pouco acessíveis na Amazônia Brasileira. Biota Neotropica, 20(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1696

Edição

Seção

Artigos
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