Comunidade de oligoquetos aquáticos em riachos amazônicos, Floresta Nacional Saracá-Taquera, Pará, Brasil

Autores

  • Maria Silvina Bevilacqua Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Ecologia Aquática, Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Ambiental de Macaé
  • Mercedes Rosa Marchese Instituto Nacional de Limnologia
  • Rodrigo Weber Felix Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Ecologia Aquática, Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Ambiental de Macaé
  • João José Fonseca Leal Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
  • Marcos Paulo Figueiredo de Barros Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Ecologia Aquática, Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Ambiental de Macaé
  • Reinaldo Luiz Bozelli Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamentos de Ecologia
  • Francisco de Assis Esteves Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Ecologia Aquática, Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Ambiental de Macaé

Palavras-chave:

Macroinvertebrados aquáticos, biomonitoramento, riachos tropicais, substratos, hidrologia de riachos, atividades de mineração

Resumo

Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar a distribuição da comunidade de oligoquetos em relação às variáveis físico-químicas da coluna da água, variação estrutural do ambiente, e substratos predominantes em riachos amazônicos conservados na FLONA Saracá-Taquera, noroeste do Pará, Brasil. Oligochaetes são amplamente utilizados como bioindicadores para monitoramento de ambientes aquáticos, pois são muito sensíveis à poluição e às mudanças ambientais. Variáveis físico-químicas e estruturais de 100 trechos de riachos foram mensuradas para entender a distribuição de oligoquetos em riachos amazônicos. Amostras bióticas foram coletadas com amostrador Surber em três dos tipos de substratos mais predominantes em cada trecho. A PERMANOVA mostrou que há uma diferença significativa da comunidade de oligoquetos entre alguns substratos, possivelmente baseada nas diferenças no número do táxon mais comum. A Análise de Correspondência Canônica mostrou que as variáveis físicas controlam a distribuição da comunidade de oligoquetos em riachos amazônicos preservados, porque estas variáveis determinam a formação dos diferentes substratos ao longo do riacho, desde a nascente até a foz, favorecendo a presença de oligoquetos com necessidades ecológicas mais específicas em riachos de baixa ordem, e oligoquetos capazes de colonizar diferentes tipos de substrato e zonas mais profundas em riachos de ordem maior. Os resultados deste trabalho sugerem que a profundidade da água e a largura do canal são as variáveis que controlam a distribuição da comunidade de oligoquetos em riachos amazônicos, determinando a formação de substratos instáveis e de baixa qualidade, e consequentemente baixa colonização de oligoquetos, em riachos de ordem maior; e formação de substratos mais diversificados, mais estáveis e de qualidade em riachos de baixa ordem, favorecendo a colonização de diversos taxa de oligoquetos aquáticos em riachos amazônicos de baixa ordem.

Publicado

01/01/2020

Como Citar

Bevilacqua, M. S., Marchese, M. R., Felix, R. W., Leal, J. J. F., Barros, M. P. F. de, Bozelli, R. L., & Esteves, F. de A. (2020). Comunidade de oligoquetos aquáticos em riachos amazônicos, Floresta Nacional Saracá-Taquera, Pará, Brasil. Biota Neotropica, 20(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1686

Edição

Seção

Artigos
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