Influências pretéritas e presentes do uso da terra sobre zonas ripárias tropicais: uma avaliação isotópica com implicações para a determinação da largura de florestas ripárias

Autores

  • Luiz Felippe Salemi Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica
  • Silvia Rafaela Machado Lins Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica
  • Elizabethe de Campos Ravagnani Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica
  • Marcelo Magioli Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Laboratório de Ecologia, Manejo e Conservação de Fauna Silvestre
  • Melissa Gaste Martinez Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica
  • Fernando Guerra Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Fertilidade do Solo
  • Natassia Bonini Vidas Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica
  • Aline Fransozi Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Laboratório de Hidrologia Florestal
  • Silvio Frosini de Barros Ferraz Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Laboratório de Hidrologia Florestal
  • Luiz Antonio Martinelli Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica

Palavras-chave:

Bacia hidrográfica, Degradação do solo, Matéria orgânica, Sedimento, Ciclagem de carbono

Resumo

Resumo Neste artigo, ao utilizar isótopos estáveis de carbono, nós avaliamos as influências presentes e pretéritas do uso da terra a que as áreas ripárias estão sujeitas quando situadas dentro de paisagens agrícolas. Ênfase é dada ao entendimento dos efeitos do Código Florestal de 2012 em tais áreas. Nós selecionamos cinco áreas ripárias em uma paisagem agrícola altamente dominada por plantas C4. Três delas apresentam faixa ripária de floresta nativa (FRFN) de 30 metros de largura e as outras duas apresentam FRFN de 8 e 0 m (i.e. sem FRFN). Nós utilizamos três transectos de 100 metros localizados a 5, 15 e 30 metros de distância do canal fluvial para obter amostras de solo (0 - 10 cm). Todas as áreas ripárias apresentaram assinaturas isotópicas do carbono do solo que não são C3 (floresta nativa) independentemente de apresentarem ou não FRFN de 30 metros. Os dois casos em que FRFN era menor que 30 m apresentaram maior contribuição de carbono oriundo de plantas C4. Todas as outras três áreas com FRFN de 30 m também apresentaram, em algum grau, carbono oriundo de plantas C4. Todas as outras três áreas com FRFN de 30 m também apresentaram, em algum grau, carbono oriundo de plantas C4 que foi atribuído è deposição de matéria orgânica de plantas C4 originada das áreas cultivadas e, em um caso, è persistência de gramíneas exóticas pré-existentes. Com o Código Florestal de 2012 permitindo FRFN mais estreitas (< 30 metros), nós esperamos que a contribuição de plantas C4 para a matéria orgânica permaneça alta em áreas ripárias e rios dentro de paisagens agrícolas dominadas por plantas C4 onde a FRFN de 30 m não é mais uma obrigação. Tais contribuições irão, provavelmente, continuar a ter efeitos prejudiciais è qualidade de água dos rios e à sua biota.

Publicado

01/01/2016

Como Citar

Salemi, L. F., Lins, S. R. M., Ravagnani, E. de C., Magioli, M., Martinez, M. G., Guerra, F., Vidas, N. B., Fransozi, A., Ferraz, S. F. de B., & Martinelli, L. A. (2016). Influências pretéritas e presentes do uso da terra sobre zonas ripárias tropicais: uma avaliação isotópica com implicações para a determinação da largura de florestas ripárias. Biota Neotropica, 16(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1395

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