Vertebrados da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins: faunística, biodiversidade e conservação no Cerrado brasileiro

Autores/as

  • Cristiano de Campos Nogueira Universidade de Brasília, Departamento de Zoologia, Conservação Internacional do Brasil, Programa Cerrado-Pantanal
  • Mariana Napolitano e Ferreira Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Ecologia
  • Renato Sousa Recoder Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Zoologia
  • Ana Paula Carmignotto Universidade Federal de São Carlos
  • Paula Hanna Valdujo Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Ecologia
  • Flávio César Thadeo de Lima Universidade de São Paulo, Museu de Zoologia
  • Renato Gregorin Universidade Federal de Lavras
  • Luís Fábio Silveira Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Zoologia
  • Miguel Trefaut Rodrigues Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Zoologia

Palabras clave:

cerrado, savanas, conservação, vertebrados, áreas críticas, inventários

Resumen

Inventários e estudos faunísticos detalhados sobre vertebrados são uma das fontes mais relevantes de dados para interpretações de padrões detalhados de diversidade biológica. Dados básicos e de boa qualidade sobre faunística são ainda mais urgentes em regiões pouco estudadas e sob intensa ameaça antrópica, tais como a região do Cerrado, um dos 34 hotspots globais para a conservação da biodiversidade. Apresentamos aqui uma síntese dos resultados dos inventários de vertebrados na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (~716.000 ha), a segunda maior unidade de conservação em todo o Cerrado. Foram registradas 450 espécies de vertebrados na EESGT e entorno imediato, incluindo 17 espécies ameaçadas, 50 espécies endêmicas do Cerrado e 11 espécies com distribuição potencialmente restrita. Do total de espécies amostradas, 180 são novos registros para a região do Jalapão. Ao menos 12 espécies amostradas foram consideradas potenciais espécies novas, das quais quatro foram descritas recentemente, a partir do material obtido no inventário. Os resultados evidenciam que a EESGT é uma das mais importantes áreas protegidas no Brasil central, contribuindo para a persistência de espécies ameaçadas, dependentes dos últimos grandes blocos contínuos de vegetação nativa de Cerrado. Nossos resultados indicam ainda que a conservação da EESGT e suas principais subunidades é crucial para a representatividade do sistema de áreas protegidas do Cerrado, protegendo potenciais endemismos restritos que aliam alta vulnerabilidade intrínseca e valor como indicadores de padrões e processos biogeográficos formadores da rica e cada vez mais ameaçada fauna Neotropical.

Publicado

03/01/2011

Cómo citar

Nogueira, C. de C., Ferreira, M. N. e, Recoder, R. S., Carmignotto, A. P., Valdujo, P. H., Lima, F. C. T. de, Gregorin, R., Silveira, L. F., & Rodrigues, M. T. (2011). Vertebrados da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins: faunística, biodiversidade e conservação no Cerrado brasileiro. Biota Neotropica, 11(1). Recuperado a partir de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/823

Número

Sección

Artículos

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