Dinâmica alimentar de Rhaphiodon vulpinus Agassiz, 1829 (Teleostei, Cynodontidae) no alto Rio Tocantins (GO) em relação ao represamento pela UHE Serra da Mesa

Autores/as

  • Andreza Cecília Gomes Pacheco Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Ciências da Saúde Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia
  • Renata Bartolette Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Ciências da Saúde Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia
  • José Filipe Caluca Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Ciências da Saúde Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia
  • André Luís Moraes de Castro Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Ciências da Saúde Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia
  • Míriam Pilz Albrecht Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Ciências da Saúde Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia
  • Érica Pellegrini Caramaschi Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Ciências da Saúde Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia

Palabras clave:

piscivoria, Cynodontidae, reservatório, alimentação, Bacia Tocantins-Araguaia

Resumen

A dieta e atividade alimentar de Rhaphiodon vulpinus foram estudadas antes e após o represamento do alto Rio Tocantins pela UHE Serra da Mesa, GO, em duas grandes áreas: reservatório e jusante. O conteúdo estomacal de 214 exemplares foi analisado, sendo 46 da fase rio (dez./95 a out./96), 100 da fase enchimento (dez./96 a abr./98) e 68 da fase operação (jun./98 a fev./00). A espécie confirmou-se como piscívora, com consumo eventual de insetos e material vegetal. Na área a jusante, dentre os peixes-presa identificados, nenhum foi comum às três fases. As presas mais importantes foram Geophagus cf. surinamensis, Hemiodus ternetzi e Pimelodus blochii nas fases rio, enchimento e operação, respectivamente. Anchoviella sp. foi exclusiva da fase operação. Já no reservatório, a riqueza de presas foi maior. Caracídeos de pequeno porte foram consumidos nas três fases, ao passo que H. ternetzi, Leporinus friderici e Tetragonopterus argenteus foram exclusivas da fase rio, Ctenobrycon hauxwellianus e Pimelodidae, da fase enchimento, e Satanoperca aff. jurupari, da fase operação, tendo a última sido a presa mais importante nessa fase. A atividade alimentar, dada pela proporção de estômagos com alimento (EcA%) e vazios (EV%), apresentou um aumento a cada fase de estudo na jusante. No reservatório, foi observado padrão inverso. Não houve correlação entre os tamanhos do predador e da presa; entretanto, predadores maiores consumiram presas de vários tamanhos.

Publicado

09/01/2009

Cómo citar

Pacheco, A. C. G., Bartolette, R., Caluca, J. F., Castro, A. L. M. de, Albrecht, M. P., & Caramaschi, Érica P. (2009). Dinâmica alimentar de Rhaphiodon vulpinus Agassiz, 1829 (Teleostei, Cynodontidae) no alto Rio Tocantins (GO) em relação ao represamento pela UHE Serra da Mesa. Biota Neotropica, 9(3). Recuperado a partir de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/525

Número

Sección

Artículos

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