Anatomia foliar, morfologia e aspectos ecológicos das espécies da família Amaranthaceae da Reserva Particular do Patrimônio Natural Cara Preta, em Alto Paraíso, GO, Brasil

Autores

  • Suzane Margaret Fank-de-Carvalho Universidade Estadual de Campinas, Pós-graduação em Biologia Celular e Estrutural
  • Maria Salete Marchioretto Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Instituto Anchietano de Pesquisas
  • Sônia Nair Báo Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Laboratório de Microscopia Eletrônica

Palavras-chave:

Cerrado, anatomia kranz, morfologia, Froelichiella, Gomphrena, Pfaffia

Resumo

A família Amaranthaceae é formada por cerca de 2.360 espécies, 145 delas encontradas no Brasil. Cerca de 94 espécies da família subsistem em diversas fitofisionomias do Bioma Cerrado e 27 espécies aparecem em listas regionais de espécies ameaçadas de extinção. O objetivo deste trabalho foi inventariar e estudar a anatomia foliar e a morfologia de espécies da família Amaranthaceae de uma Unidade de Conservação de Alto Paraíso, GO, relacionando-as ao metabolismo fotossintético. Foram localizadas uma espécie de hábito subarbustivo (Pfaffia townsendii) e cinco espécies herbáceas (Froelichiella grisea, Gomphrena hermogenesii, G. lanigera, G. prostrata e P. gnaphalioides), a maioria demonstrando comportamento pirofítico e anemocoria, bem como sistemas subterrâneos bem desenvolvidos associados com anfiestomia foliar. A anatomia Kranz foi caracterizada em três espécies (todas do gênero Gomphrena), indicando o metabolismo fotossintético C4. Duas espécies são endêmicas da área e duas espécies são consideradas ameaçadas de extinção. Aspectos de anatomia e morfologia são discutidos em relação ao hábito das espécies, comportamento ecológico, duração das porções aéreas e significado funcional. Os dados demonstram a importância da família como indicadora da biodiversidade das áreas abertas dos cerrados e da importância da ampliação das pesquisas na Chapada dos Veadeiros, que tem potencial para o registro de novas espécies, inclusive endêmicas, dado o comportamento sazonal de algumas dicotiledôneas herbáceas e as dificuldades para localizá-las, identificá-las e coletá-las.

Publicado

12/01/2010

Como Citar

Fank-de-Carvalho, S. M., Marchioretto, M. S., & Báo, S. N. (2010). Anatomia foliar, morfologia e aspectos ecológicos das espécies da família Amaranthaceae da Reserva Particular do Patrimônio Natural Cara Preta, em Alto Paraíso, GO, Brasil. Biota Neotropica, 10(4). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/721

Edição

Seção

Artigos
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