Raphidophyceae de água doce do Estado do Rio de Janeiro, Sudeste do Brasil

Autores

  • Mariângela Menezes Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Laboratório de Ficologia
  • Carlos Eduardo de Mattos Bicudo Instituto de Botânica

Palavras-chave:

Gonyostomum, Vacuolaria, Merotrichia, flora, taxonomia, Rio de Janeiro, Brasil

Resumo

Este trabalho apresenta o inventário florístico de Raphidophyceae (Heterokontophyta) encontradas em três corpos d'água doce no Município do Rio de Janeiro. Cento e dezessete amostras foram coletadas bimensalmente entre setembro de 1988 a agosto de 1988, das quais oito com representantes de rafidófitas distribuídas em duas espécies de Gonyostomum, uma de Merotrichia e duas de Vacuolaria. Quatro espécies constituem novos registros de ocorrência para o Estado do Rio de Janeiro (G. semen, G. depressum, M. bacillata, V. virescens var. virescens) e uma é citada pela primeira vez para o Brasil (V. viridis). Gonyostomum semen e V. virescens var. virescens foram os táxons com maior distribuição na área de estudo totalizando 50 e 25% do total das amostras, respectivamente. Exceto M. bacillata e V. viridis, as demais espécies ocorreram principalmente em lago natural oligotrófico com águas ácidas reforçando a preferência do grupo a baixos valores de pH. Este estudo suporta a necessidade de realizar inventários taxonômicos mais extensivos sobre rafidófitas a partir de amostras de campo e de cultura com base em microscopia ótica e eletrônica para confirmar a identidade taxonômica das espécies já registradas e ampliar o conhecimento do grupo no Brasil. A floração de G. semen registrada neste trabalho aliada a sua gradual dominância em ambientes aquáticos no Estado do Rio de Janeiro parece suportar a recente expansão dessa espécie em novas áreas e pode ser visto como um potencial risco a saúde do meio ambiente.

Publicado

09/01/2010

Como Citar

Menezes, M., & Bicudo, C. E. de M. (2010). Raphidophyceae de água doce do Estado do Rio de Janeiro, Sudeste do Brasil. Biota Neotropica, 10(3). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/658

Edição

Seção

Inventários

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