Comunidades de Collembola (Arthropoda: Hexapoda) do solo em pomares de mamão com sistemas de produção integrada e convencional no Espírito Santo, Brasil

Resumo

Este trabalho estudou a influência da Produção Convencional em comparação ao de Produção Integrada, sobre os colêmbolos no Estado do Espírito Santo, com ênfase na identificação das espécies e na determinação da densidade dos colêmbolos no solo. A pesquisa foi feita em pomares de mamão nos municípios de Sooretama (pomares experimentais na Fazenda Experimental de Sooretama, INCAPER) e Linhares (pomares comerciais). Na Fazenda Experimental de Sooretama foram realizadas avaliações em um experimento com os sistemas de produção convencional, e o outro com produção integrada. Foram coletadas quatro amostras de solo de cada tratamento (produção convencional com irrigação por aspersão; produção integrada com irrigação por gotejo; produção integrada com irrigação por microaspersão), nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro de 2003. Em Linhares, foram avaliados dois pomares comercias com sistemas de produção convencional e dois com produção integrada, sendo coletadas três amostras por pomar, da mesma forma e nos meses descritos no experimento de Sooretama. Para a extração dos colêmbolos das amostras de solo foram usados os funis de Berlese-Tullgren. A quantidade média dos colêmbolos nos pomares variou de 14023 a 56001 colêmbolos por m². Nos pomares experimentais em Sooretama algumas espécies foram mais numerosas nos pomares de produção integrada em comparação com o pomar que utilizou o sistema de produção convencional. Esta diferença, no entanto, não foi aparente nos pomares comercias de produção integrada em comparação com os pomares comercias que utilizam o sistema convencional. Os resultados iniciais indicam que as populações de colêmbolos são relativamente elevadas em pomares de mamão no Espírito Santo e com ocorrência de diversas comunidades. São registradas pela primeira vez as ocorrências das espécies Willemia brevispina, Brachystomella agrosa, Pseudostachia sp.1, Mesaphorura amazonica, Arlea sp.1, Salina sp.1, e Sphaeridia cf. pumilis no Estado do Espírito Santo, e Acherontiella colotlipana e Friesea sublimes no Brasil.