Pressão antrópica e áreas protegidas na Mata Atlântica brasileira: processos e padrões do Parque Estadual da Serra da Tiririca

Autores

  • Felipe Zuñe Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas https://orcid.org/0000-0001-5810-9031
  • Pablo José Francisco Pena Rodrigues Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro https://orcid.org/0000-0001-8054-3643
  • Cassia Mônica Sakuragui Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia https://orcid.org/0000-0003-4067-4686
  • Andrea Ferreira da Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas https://orcid.org/0000-0002-9200-4222
  • Guillermo Eduardo Delgado-Paredes Universidad Nacional Pedro Ruiz Gallo, Departamento Académico de Botánica https://orcid.org/0000-0001-5769-8209
  • Márcia Gonçalves Rogério Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas https://orcid.org/0000-0002-9329-5295
  • Nilber Gonçalves da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas https://orcid.org/0000-0002-2179-1898

Resumo

Resumo: As áreas protegidas são fundamentais para a conservação da biodiversidade e essenciais para os serviços ecossistêmicos. No entanto, as pressões antrópicas, como o crescimento da população humana, e os fatores ambientais, como as mudanças na temperatura e na precipitação, têm causado intensas alterações nesses locais, especialmente na Mata Atlântica, um hotspot de biodiversidade. Este estudo teve como objetivo descrever as mudanças no uso e cobertura da terra (LULC) ao longo de 38 anos em uma área protegida da Mata Atlântica e avaliar os efeitos de fatores antrópicos e ambientais sobre a dinâmica de LULC. Exploramos dados de mapeamento do MapBiomas, para o período entre 1985 e 2022, e correlacionamos esses dados com variáveis de densidade populacional humana, temperatura e precipitação por meio de modelos lineares generalizados. Observamos que as formações florestais e as restingas aumentaram sua cobertura em 2,99% e 20,68%, respectivamente. Em contrapartida, zonas húmidas, afloramentos rochosos, pastagens, zonas arenosas, zonas urbanas e corpos de água diminuíram a sua cobertura em cerca de 28,11%. O aumento da densidade populacional humana fora da área protegida é o principal fator das mudanças no uso e cobertura do solo no PESET. As previsões feitas a partir dos modelos mostraram que, dentro de dez anos, as áreas arenosas provavelmente estarão extintas. Nosso estudo sugere que mesmo as áreas protegidas permanecem vulneráveis às ações humanas e estão sujeitas a mudanças significativas no futuro.

Publicado

01/01/2025

Como Citar

Zuñe, F., Rodrigues, P. J. F. P., Sakuragui, C. M., Costa, A. F. da, Delgado-Paredes, G. E., Rogério, M. G., & Silva, N. G. da. (2025). Pressão antrópica e áreas protegidas na Mata Atlântica brasileira: processos e padrões do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Biota Neotropica, 25(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/2107

Edição

Seção

Artigos
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