Potencial de invasão de Schefflera s.l.: espécies exóticas superam nativas filogeneticamente relacionadas?

Autores

  • Amanda Angélica Carmes Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas https://orcid.org/0000-0002-0766-9845
  • Rafael Barbizan Sühs Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia https://orcid.org/0000-0001-5921-7181
  • Pedro Fiaschi Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica https://orcid.org/0000-0002-5457-6369
  • Michele S. Dechoum Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia https://orcid.org/0000-0002-3484-2498

Resumo

Resumo As diferenças nos atributos biológicos relacionados à germinação de sementes e ao desenvolvimento de plântulas entre espécies nativas filogeneticamente próximas e espécies exóticas invasoras podem ajudar a explicar o potencial de invasão biológica em florestas subtropicais? A expressão desses atributos pode variar de acordo com as diferentes condições de luz quando avaliada experimentalmente? Para responder a essas perguntas, coletamos sementes de quatro espécies filogeneticamente próximas, duas das quais são nativas (Didymopanax angustissimus Marchal e Didymopanax calvus (Cham.) Decne. & Planch.) e duas espécies exóticas invasoras (Heptapleurum actinophyllum (Endl.) Lowry & G.M. Plunkett e Heptapleurum arboricola Hayata) em regiões costeiras do sul do Brasil. As sementes foram submetidas a diferentes condições de luz (100% e 50%) por um período de 180 dias. Comparamos a germinação das sementes, a sobrevivência e o crescimento das mudas entre as espécies nativas e as exóticas invasoras. A proporção de sementes germinadas foi maior para a espécie exótica invasora H. actinophyllum, comparada a nativa D. calvus, em condições de 100% de luz. Ao contrário do que se esperava, a espécie nativa D. angustissimus apresentou maior velocidade de germinação, em relação às espécies exóticas invasoras em 50% de luz. Por outro lado, a taxa de sobrevivência das espécies exóticas invasoras foi maior em 50% de luz. A maior proporção de germinação das espécies exóticas invasoras ajuda a explicar seu potencial de invasão em relação à intensidade de luz. Nossos resultados sugerem potencial de plasticidade em H. arboricola para alocação de biomassa na raiz: parte aérea sob diferentes condições de luz. As duas espécies exóticas invasoras são tolerante à sombra. Esta característica pode contribuir para seu estabelecimento e sucesso de invasão em ecossistemas florestais. Assim, tanto H actinophyllum quanto H. arboricola podem ser consideradas uma ameaça a florestas densamente fechadas.

Publicado

01/01/2025

Como Citar

Carmes, A. A., Sühs, R. B., Fiaschi, P., & Dechoum, M. S. (2025). Potencial de invasão de Schefflera s.l.: espécies exóticas superam nativas filogeneticamente relacionadas?. Biota Neotropica, 25(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/2098

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