Estrutura espacial de metacomunidades fitoplanctônicas e seus grupos funcionais em uma planície de inundação neotropical

Autores

  • Leonardo Beserra da Silva Universidade de Brasília, Faculdade de Planaltina, Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Limnológicas https://orcid.org/0000-0002-9459-828X
  • Ludgero Cardoso Galli Vieira Universidade de Brasília, Faculdade de Planaltina, Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Limnológicas https://orcid.org/0000-0002-9411-6666
  • Thallia Santana Silva Universidade de Brasília, Faculdade de Planaltina, Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Limnológicas https://orcid.org/0000-0003-2346-8223
  • Leonardo Fernandes Gomes Universidade de Brasília, Faculdade de Planaltina, Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Limnológicas https://orcid.org/0000-0003-2113-1117
  • Ana Caroline de Alcantara Missias Universidade de Brasília, Faculdade de Planaltina, Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais e Limnológicas
  • Flávio Roque Bernardes Camelo Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia
  • Regina Célia Gonçalves Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia

Resumo

Resumo Os padrões espaciais e temporais e a dinâmica da estrutura da comunidade biológica podem ser compreendidos por meio das lentes da teoria de metacomunidades, no qual o efeito dos processos locais (processos determinísticos, teoria do nicho ecológico) e regionais (processos estocásticos, teoria neutra) são destacados como os principais preditores do fitoplâncton. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de preditores ambientais locais, espaciais e de paisagem sobre a comunidade fitoplanctônica em lagos da planície de inundação do Rio Araguaia. Avaliamos as seguintes questões: (i) Qual é a importância específica das características físicas e químicas da água (preditores ambientais locais), dos processos dispersivos (preditores espaciais) e do uso e ocupação do solo (preditores de paisagem) na estrutura da metacomunidade fitoplanctônica, tanto para grupos taxonômicos quanto funcionais? (ii) O tamanho do buffer usado na medição do uso e da ocupação do solo ao redor das unidades de amostragem mostra diferenças na previsão da comunidade fitoplanctônica? Todos os preditores explicaram a estrutura do fitoplâncton, mas os espaciais foram os mais importantes. Os buffers mostraram diferentes habilidades preditivas, com a classificação taxonômica sendo relacionada a tamanhos maiores de buffers e grupos funcionais, o oposto. A grande influência dos preditores espaciais pode ser explicada pela dinâmica fonte-sumidouro, em que a dispersão é tão forte que pode diminuir os efeitos dos preditores locais e garantir um grande fluxo de organismos para as comunidades de sumidouros. Em conclusão, foi demonstrado que os processos dispersivos influenciam fortemente a estruturação espacial da metacomunidade de fitoplâncton e destacamos a necessidade de considerar o tamanho dos buffers ao avaliar o efeito da paisagem sobre as comunidades de fitoplâncton.

Publicado

01/01/2024

Como Citar

Silva, L. B. da, Vieira, L. C. G., Silva, T. S., Gomes, L. F., Missias, A. C. de A., Camelo, F. R. B., & Gonçalves, R. C. (2024). Estrutura espacial de metacomunidades fitoplanctônicas e seus grupos funcionais em uma planície de inundação neotropical. Biota Neotropica, 24(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/2060

Edição

Seção

Artigos
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