Os peixes de água doce da região da Costa Verde Fluminense do sudeste do Brasil

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Resumo

Resumo A região entre o Escudo Brasileiro e o Oceano Atlântico é caracterizada pela presença de inúmeras bacias hidrográficas isoladas por terrenos montanhosos que deságuam diretamente no oceano sem formar amplas planícies costeiras. No entanto, o conhecimento sobre a diversidade e distribuição de peixes de água doce em diversas áreas costeiras ainda é incipiente. Uma dessas áreas é a região da Costa Verde Fluminense, situada entre os municípios de Mangaratiba e Paraty no Estado do Rio de Janeiro. A fim de eliminar a lacuna de conhecimento sobre a ictiofauna de água doce desta região, elaboramos uma lista das espécies, chaves de identificação dicotômicas e ilustrações de todas as espécies. Examinamos material de expedições realizadas entre 1942 e 2019, depositado na Coleção Ictiológica do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. O material é proveniente de 29 rios costeiros continentais e quatro drenagens da Ilha Grande. Reconhecemos 54 espécies de peixes pertencentes a 16 famílias e 9 ordens. A ordem Siluriformes foi a mais diversa com 18 espécies, seguida de Characiformes com 14 espécies, Cyprinodontiformes com 10 espécies, Cichliformes com quatro espécies, Gobiiformes com três espécies, Syngnathiformes com duas espécies e Gymnotiformes, Salmoniformes e Synbranchiformes com uma espécie cada. Esses registros incluem duas espécies presumidamente não descritas e quatro espécies introduzidas. Phalloceros anisophallos foi a espécie mais amplamente distribuída, registrada em 24 drenagens. Mais da metade (52 %) das espécies nativas ocorrem exclusivamente em córregos costeiros, demonstrando a importância da área para estudos biogeográficos e de conservação.

Publicado

01/01/2023

Como Citar

Dopazo, M., Souto-Santos, I. C. de A., Ribeiro de Britto, M., Rangel Moreira, C., & Andreas Buckup, P. (2023). Os peixes de água doce da região da Costa Verde Fluminense do sudeste do Brasil. Biota Neotropica, 23(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1982

Edição

Seção

Artigos
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