A contribuição do Programa BIOTA/FAPESP para o avanço no conhecimento sobre os invertebrados terrestres

Autores

  • Fernando B. Noll Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Depto. Ciências Biológicas, 15054-000 https://orcid.org/0000-0003-0207-1067
  • Marina F. de C. Barbosa Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Depto, Entomologia e Acarologia, 13418-900
  • Eduardo F. Santos Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Depto. Ciências Biológicas, 15054-000
  • Raphael de C. Castilho Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Depto, Entomologia e Acarologia, 13418-900 https://orcid.org/0000-0002-1114-8137
  • Carlos J.E. Lamas Universidade de São Paulo, Museu de Zoologia, 04263-000 https://orcid.org/0000-0002-7750-590X
  • André V.L. Freitas Universidade de Campinas, Instituto de Biologia, Depto. Biologia Animal, 13083-862
  • Gilberto J. de Moraes Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Depto, Entomologia e Acarologia, 13418-900

Resumo

Resumo A variabilidade dos organismos em uma determinada área constitui o que se denomina biodiversidade, uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. A perda da biodiversidade tem sido uma grande preocupação para os cientistas, principalmente pelo papel desempenhado pelas atividades humanas, com potencial para desencadear circunstâncias irreversíveis. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) desempenha um papel importante no apoio às pesquisas nos mais diversos ramos da ciência. No final da década de 1990, a FAPESP lançou um grande programa de fomento à pesquisa em biodiversidade, denominado BIOTA/FAPESP. Até o momento, este programa financiou a realização de 26 projetos, envolvendo atividades na maior parte do Brasil, embora tenham como foco principal o estado de São Paulo. Esses projetos geraram cerca de 1.140 publicações em periódicos de alto impacto, fornecendo informações relevantes que incluem a descrição original de 1.187 espécies e 76 gêneros e a descrição complementar de 350 espécies, além de diversos trabalhos de inventário, estudos biológicos etc. O programa também tem sido fundamental para o estabelecimento ou adequação de instalações de pesquisa científica e o treinamento de novos taxonomistas. Os grupos de invertebrados terrestres mais estudados incluem os Insecta das ordens Hymenoptera, Lepidoptera e Diptera, e os Arachnida das subclasses Araneae e Acari. Projetos distintos também têm contribuído para a detecção de organismos potencialmente úteis como agentes de controle biológico e na determinação de mapas de áreas preferenciais para o estabelecimento de políticas públicas. No futuro, os grupos prioritários de estudo devem incluir os Annelida e os Nematoda, pelo potencial que ambos têm como organismos benéficos, ou pelo potencial que alguns Nematoda têm como organismos prejudiciais a plantas e animais.

Publicado

01/01/2022

Como Citar

Noll, F. B., Barbosa, M. F. de C., Santos, E. F., Castilho, R. de C., Lamas, C. J., Freitas, A. V., & de Moraes, G. J. (2022). A contribuição do Programa BIOTA/FAPESP para o avanço no conhecimento sobre os invertebrados terrestres. Biota Neotropica, 22(spe). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1957

Edição

Seção

Revisões Temáticas
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