Estimativas de densidade populacional em três táxons de aves ameaçados de extinção do Centro de Endemismo Pernambuco, nordeste do Brasil
Resumo
Resumo A determinação dos riscos relativos de extinção dos táxons ameaçados é importante para o delineamento de ações de recuperação e para o direcionamento dos investimentos em conservação. O Brasil é o país que possui o maior número de táxons ameaçados de aves, no entanto, informações sobre aspectos demográficos são inexistentes para a maioria deles. Neste trabalho são apresentadas estimativas de densidades populacionais, baseadas no método de amostragem por distância, para três táxons ameaçados de extinção endêmicos do Centro de Endemismo Pernambuco (CEP), a região mais degradada de toda a Mata Atlântica. Os táxons analisados foram a choca-lisa Thamnophilus aetiops distans (Ameaçada), o flautim-marrom Schiffornis turdina intermedia (Vulnerável) e a maria-de-barriga-branca Hemitriccus griseipectus naumburgae (Vulnerável). Os números de indivíduos/ha estimados para um fragmento de floresta de aproximadamente 1000 ha foram respectivamente 0,21, 0,14 e 0,73. Com isto, foi possível confirmar a premissa de que mesmo táxons classificados em uma mesma categoria de ameaça com base apenas em informações de hábitats podem possuir densidades populacionais bastante divergentes e portanto diferentes graus de riscos de extinção. Embora as densidades populacionais possam variar entre fragmentos, a extrapolação destes dados para toda a área do CEP confirmou a classificação de Vulnerável para o flautim-marrom e indicou as categorias Vulnerável e Pouco Preocupante para a choca-lisa e para a maria-de-barriga-branca, sugerindo que para as duas últimas, as classificações atuais baseadas nos tamanhos das suas Áreas de Ocupação (Ameaçada e Vulnerável) devem prevalecer.Downloads
Publicado
01/01/2022
Como Citar
Prado, L. C., Dias, T. da C., Lobo-Araújo, L. W., Silveira, L. F., & Francisco, M. R. (2022). Estimativas de densidade populacional em três táxons de aves ameaçados de extinção do Centro de Endemismo Pernambuco, nordeste do Brasil. Biota Neotropica, 22(3). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1925
Edição
Seção
Artigos