Flora vascular do Parque Estadual de Porto Ferreira: uma área ecotonal no estado de São Paulo, sudeste do Brasil

Autores

  • Gabriel Pavan Sabino Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Departamento de Botânica https://orcid.org/0000-0003-1284-8781
  • Vitor de Andrade Kamimura Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Departamento de Botânica https://orcid.org/0000-0002-3276-5812
  • Renan Borgiani Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Departamento de Botânica
  • Rafael Konopczyk Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Departamento de Botânica
  • Ernesto Pedro Dickfeldt Instituto Florestal
  • José Eduardo de Arruda Bertoni Instituto Agronômico de Campinas, Divisão de horticultura, Seção de Floricultura e Plantas Ornamentais
  • Sonia Aparecida de Souza Evangelista Instituto Florestal
  • Gabriel Mendes Marcusso Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Departamento de Botânica https://orcid.org/0000-0002-7520-2876

Palavras-chave:

Mata Atlântica, Cerrado, florística, unidade de conservação, floresta estacional semidecidual

Resumo

Resumo: O Parque Estadual de Porto Ferreira (PEPF) está localizado no estado de São Paulo, sudeste do Brasil, em uma intrigante área de contato entre a Mata Atlântica e o Cerrado - ambos hotspots de biodiversidade -, representada principalmente pelo cerradão (CER), a floresta estacional semidecidual (FES) e pela variação dessa última, com influência aluvial (FESA). As áreas ecotonais desempenham um papel importante no conhecimento ecológico e fitogeográfico da flora e da vegetação. Mesmo com muitos estudos realizados no PEPF, as informações encontram-se dispersas. Dessa forma, produzimos um checklist atualizado da flora vascular, resultante da compilação de vouchers, estudos realizados no PEPF e de esforços de coleta realizados pelos autores entre os anos de 2014 e 2017. Além disso, para entender suas relações fitogeográficas, realizamos uma análise de similaridade florística entre o PEPF e outros levantamentos realizadas nas mesmas fitofisionomias da área estudada. Registramos 684 espécies pertencentes a 387 gêneros e 107 famílias. A FES foi a fitofisionomia mais rica (478 espécies), seguida pelo CER (418) e a FESA (231). As famílias mais ricas foram Fabaceae (64 espécies), Myrtaceae (41), Orchidaceae (39), Rubiaceae (37), Asteraceae (35), Bignoniaceae (26) e Malvaceae (20). Oito espécies ameaçadas em âmbito regional e nacional foram encontradas. Desde a última lista florística produzida para o PEPF, 412 espécies foram adicionadas. As formas de vida com maiores números de espécies foram: árvores (286 espécies), ervas (176) e arbustos mais subarbustos (123). A análise de similaridade corroborou o padrão de que áreas mais próximas geograficamente são mais similares entre si, e esse padrão foi encontrado, também, para áreas ecotonais envolvendo diferentes fitofisionomias. Os resultados encontrados colocam o PEPF entre as unidades de conservação com maior número de espécies vegetais sob o domínio de clima sazonal, possuindo, portanto, grande importância para a conservação de espécies de plantas no Sudeste do Brasil.

Publicado

01/01/2021

Como Citar

Sabino, G. P., Kamimura, V. de A., Borgiani, R., Konopczyk, R., Dickfeldt, E. P., Bertoni, J. E. de A., Evangelista, S. A. de S., & Marcusso, G. M. (2021). Flora vascular do Parque Estadual de Porto Ferreira: uma área ecotonal no estado de São Paulo, sudeste do Brasil. Biota Neotropica, 21(4). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1868

Edição

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