Branqueamento severo de Siderastrea stellata no único atol do Atlântico Sul impulsionado por ondas de calor marinhas sequenciais

Autores

  • Tainá L. Gaspar Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Ecologia e Zoologia, Laboratório de Ecologia de Ambientes Recifais https://orcid.org/0000-0002-0582-766X
  • Juan P. Quimbayo Universidade de São Paulo, Centro de Biologia Marinha https://orcid.org/0000-0001-5346-3488
  • Renan Ozekoski Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Ecologia e Zoologia, Laboratório de Ecologia de Ambientes Recifais
  • Lucas T. Nunes Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório de Macroecologia e Biogeografia Marinha https://orcid.org/0000-0001-9543-4589
  • Anaide W. Aued Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Ecologia e Zoologia, Laboratório de Ecologia de Ambientes Recifais https://orcid.org/0000-0002-6101-0822
  • Thiago C. Mendes Universidade Federal de São Paulo, Instituto do Mar https://orcid.org/0000-0002-9959-064X
  • Amana G. Garrido Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva https://orcid.org/0000-0003-4924-026X
  • Bárbara Segal Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Ecologia e Zoologia, Laboratório de Ecologia de Ambientes Recifais

Palavras-chave:

Mudanças climáticas, Mortalidade de corais, El Niño (ENSO), Recifes brasileiros, Atol das Rocas

Resumo

Resumo: Ameaçados pelo aquecimento global e eventos climáticos extremos, como El Niño Oscilação Sul (ENSO) e Ondas de Calor Marinhas (MHW), os recifes de coral em todo o mundo enfrentaram o pior evento de branqueamento e mortalidade entre 2014 e 2017, induzido pelo ENSO 2015/2016. Nesse estudo, avaliamos os impactos dos episódios de ENSO e MHW nas frequências de branqueamento e mortalidade de Siderastrea stellata no Atol de Rocas, Atlântico Sudoeste, a partir de censos visuais realizados em 2016, 2017 e 2019. O branqueamento variou significativamente ao longo do período de amostragem (11,71% em 2016, 1,52% em 2017, e 88% em 2019), mas a mortalidade não, sendo sempre inferior a 4%. Eventos de branqueamento em recifes do Atlântico têm sido constantemente associados ao ENSO, até os eventos recentes dos últimos dois anos. Nós sugerimos que as MHW foram provavelmente o principal impulsionador do branqueamento observado, especialmente em 2019, quando as taxas de branqueamento observadas foram maiores do que nos períodos de ENSO. Embora os corais massivos do Atlântico Sudoeste sejam considerados mais resistentes ao estresse térmico quando comparados com corais recifais de outros oceanos, os fortes eventos registrados desde 2019 destacam a necessidade de monitoramento contínuo para entender melhor a dinâmica do branqueamento de corais e melhorar as previsões sobre os efeitos das mudanças globais na região.

Publicado

01/01/2021

Como Citar

Gaspar, T. L., Quimbayo, J. P., Ozekoski, R., Nunes, L. T., Aued, A. W., Mendes, T. C., Garrido, A. G., & Segal, B. (2021). Branqueamento severo de Siderastrea stellata no único atol do Atlântico Sul impulsionado por ondas de calor marinhas sequenciais. Biota Neotropica, 21(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1809

Edição

Seção

Short Communications
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