Etnoecologia e socioeconomia em torno de um recife artificial: o caso da pesca artesanal do sudeste do Brasil

Autores

  • Juliano Silva Lima Universidade Estadual do Norte Fluminense
  • Camilah Antunes Zappes Universidade Federal Fluminense
  • Ana Paula Madeira Di Beneditto Universidade Estadual do Norte Fluminense
  • Ilana Rosental Zalmon Universidade Estadual do Norte Fluminense https://orcid.org/0000-0001-5888-9875

Palavras-chave:

pesca artesanal, conhecimento tradicional, manejo pesqueiro

Resumo

Resumo: O objetivo desse estudo é descrever os aspectos etnoecológicos, a valoração e a forma de comercialização das espécies-alvo capturadas na pesca artesanal praticada na costa norte do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas semiestruturadas realizadas com 60 pescadores da comunidade pesqueira Guaxindiba (21°29'S, 41°00'O), vinculados à colônia de pescadores Z-1. Oitenta e nove espécies foram citadas pelos pescadores e 44,1% desse total são importantes para o comércio da região. Os pescadores citaram cinco zonas distintas que são utilizadas para a pesca: zona da "borda" (68 espécies), estuário (41 spp.), recife artificial (27 spp.), "malacacheta" (24 spp.) e mar aberto (10 spp,). Os recursos pesqueiros foram classificados de acordo com suas características gastronômicas e econômicas: pescado-de-primeira (35 spp.), pescado-de-segunda (32 spp.), pescado-mistura (10 spp.), pescado-de-descarte (7 spp.) e pescado-isca (5 spp.). O preço das espécies-alvo aumenta ao longo da cadeia produtiva em decorrência do maior número de pessoas envolvidas, dos gastos com insumos e do processo de beneficiamento do pescado. Os dados desse estudo podem contribuir para o manejo da pesca local e apontam para o uso de recifes artificiais na manutenção dos recursos pesqueiros no norte do Rio de Janeiro.

Publicado

01/01/2019

Como Citar

Lima, J. S., Zappes, C. A., Di Beneditto, A. P. M., & Zalmon, I. R. (2019). Etnoecologia e socioeconomia em torno de um recife artificial: o caso da pesca artesanal do sudeste do Brasil. Biota Neotropica, 19(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1638

Edição

Seção

Artigos
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