Diversidade e ocorrência de Asteraceae em cerrados de São Paulo

Autores

  • Adriana Monteiro de Almeida Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas
  • Carlos Roberto Fonseca Universidade Estadual de Campinas, Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais
  • Paulo Inácio Prado Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas
  • Mário Almeida-Neto Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas
  • Umberto Kubota Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas
  • Marina Reiter Braun Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas
  • Rafael L. Galdini Raimundo Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas
  • Luciano Alves dos Anjos Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas
  • Tehra Gomes Mendonça Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas
  • Silvia de Melo Futada Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas
  • Thomas Michael Lewinsohn Universidade Estadual de Campinas, Depto. Zoologia, Laboratório de Interações Insetos-Plantas

Palavras-chave:

Asteraceae, cerrado, biodiversidade, São Paulo, Brasil

Resumo

De abril a maio de 2000 a 2002 oito localidades com remanescentes de cerrados sensu stricto no estado de São Paulo foram amostradas para o levantamento das espécies de asteráceas, uma das famílias mais representativas da flora herbáceo-arbustiva nestas formações. Foram feitas 23 amostragens e cada área de estudo foi amostrada em média uma vez por ano durante o pico de floração das plantas. Ao todo foram obtidas 399 amostras, nas quais foram reconhecidas 89 morfoespécies (74 foram identificadas como espécies conhecidas). Quarenta por cento das espécies foram registradas uma única vez (unicatas), indicando um grande número de espécies raras. Apenas 10% das espécies que ocorreram em mais de uma amostra foram obtidas de uma mesma área (sobreposição espacial) ou de um mesmo ano de estudo (sobreposição temporal). A riqueza de espécies em cada área foi estimada por meio de transeções e depois comparada à riqueza total observada em cada área de estudo, sendo esta na maioria das vezes mais alta que a estimada com base nas transeções. A lista de espécies obtida para os cerrados amostrados foi comparada a outras 24 listas publicadas para cerrados no Brasil. Embora a maioria das espécies mais comuns tenha coincidido, oito espécies (11% das espécies identificadas) não constam das listas publicadas. Concluímos que as áreas de cerrado sensu stricto estudadas no estado de São Paulo encontram-se isoladas, com uma grande parte da flora herbáceo-arbustiva composta por várias espécies raras e exclusivas. Diante deste quadro, sugerimos que a manutenção da biodiversidade de Asteraceae depende da conservação de todo o conjunto de remanescentes de cerrado do estado de São Paulo.

Publicado

01/01/2005

Como Citar

Almeida, A. M. de, Fonseca, C. R., Prado, P. I., Almeida-Neto, M., Kubota, U., Braun, M. R., Raimundo, R. L. G., Anjos, L. A. dos, Mendonça, T. G., Futada, S. de M., & Lewinsohn, T. M. (2005). Diversidade e ocorrência de Asteraceae em cerrados de São Paulo. Biota Neotropica, 5(2). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/144

Edição

Seção

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