Leguminosae em um gradiente altitudinal na Floresta Atlântica do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil

Autores

  • Edson Dias da Silva Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Biologia Vegetal, Instituto de Biologia
  • Ana Maria Goulart de Azevedo Tozzi Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Biologia Vegetal, Instituto de Biologia
  • Leonardo Dias Meireles Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Floresta Ombrófila Densa, Fabaceae, fitofisionomias, tipos de vegetação

Resumo

Estudos sobre variações florísticas e estruturais da floresta em relação è altitude têm contribuído para o conhecimento dos padrões e causas da distribuição espacial de plantas na Floresta Atlântica. Variáveis geográficas como latitude, longitude e altitude resultam em diferentes fitofisionomias, cujos limites recentemente estabelecidos não são um consenso. No litoral norte do estado de São Paulo as altitudes variam desde a Floresta de Restinga, próximo ao nível do mar, até a vegetação do topo do morro do Cuscuzeiro a 1.279 m de altitude. Para avaliar a riqueza, a diversidade taxonômica, similaridade florística e o potencial indicador de Leguminosae na caracterização das diferentes fitofisionomias da Floresta Ombrófila Densa no litoral norte de São Paulo foi construída uma matriz com a presença e ausência de 142 espécies em 15 diferentes faixas altitudinais. A maior riqueza de espécies foi observada na Floresta de Restinga (0-10 m), com 84 espécies, e na Floresta Montana (500-1.200 m), com 69 espécies. A faixa altitudinal com maior número de espécies arbóreas foi a de 10-50 m, com 34 espécies. Nas maiores altitudes esse número foi expressivamente menor, seis espécies de 1.100-1.200 m e nenhuma acima dessa cota. A análise de agrupamento (índice de Jaccard) revelou dissimilaridade das faixas 0-10 m e 1.100-1.200 m em relação ès faixas intermediárias. A Floresta de Terras baixas e a Submontana compartilham o maior número de espécies (25). Algumas espécies caracterizam certas formações ou têm o seu ambiente preferencial localizado em uma altitude específica, como é o caso de Abarema brachystachya e Inga subnuda (0-20 m), Inga lanceifolia, Inga mendoncaei e Ormosia minor (800-1.200 m). Destacam-se por ocupar todas as fitofisionomias: Abarema langsdorffii e Senna macranthera. Leguminosae, embora bem adaptada è primeira colonização e exploração de diversos ambientes, está pobremente representada acima de 1.100 m de altitude.

Publicado

03/01/2016

Como Citar

Silva, E. D. da, Tozzi, A. M. G. de A., & Meireles, L. D. (2016). Leguminosae em um gradiente altitudinal na Floresta Atlântica do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, 16(1). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1379

Edição

Seção

Artigos
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