Distribuição espaço-temporal das larvas de peixes em relação à ontogenia e qualidade da água na zona oligohalina de um estuário norte brasileiro

Autores

  • Valérie Sarpedonti Universidade Federal do Pará – UFPA, Instituto de Ciências Biológicas, Grupo de Estudos em Ecologia e Desenvolvimento do Ictioplâncton
  • Érica Moema Silva da Anunciação Cidade Universitária José da Silveira Netto, Universidade Federal do Pará – UFPA, Pós-graduação em Ecologia Aquática e Pesca, Instituto de Ciências Biológicas
  • Adriana Oliveira Bordalo Universidade do Estado do Pará – UEPA, Laboratório de Hidrocarbonetos

Palavras-chave:

Ictioplâncton, Amazônia, impacto urbano, Belém

Resumo

O padrão de distribuição das larvas de peixes na Baía do Guajará foi estudado através de coletas trimestrais e discutido em relação aos estágios de desenvolvimento dos indivíduos e a exposição dos mesmos aos contaminantes despejados pela Capital do Estado do Pará, Belém. A densidade e a diversidade larval foram baixas com forte dominância dos clupeídeos, engraulídeos e, em menor grau, os cianídeos. O principal período de reprodução foi definido no início do período chuvoso. Larvas de Clupeiformes em pré-flexão e flexão foram encontradas nos pontos de coletas mais afastados da cidade, enquanto aquelas em pós-flexão prevaleceram nas margens da cidade. Por outro lado, os cianídeos em pré-flexão e flexão foram capturados perto dos centros de atividade urbana, enquando aqueles em pós-flexão foram pouco abundantes. É sugerido que a baía se encontra na rota migratória dos cianídeos entre a área de desova e os berçários mais distantes. Apesar das águas no entorno da cidade de Belém mostraram sinais de contaminação, a qualidade ambiental na Baía do Guajará no momento do estudo estava apropriada para a vida das larvas de peixes. Nitrato com pH foram as variáveis que melhor explicaram a distribuição larval.

Publicado

09/01/2013

Como Citar

Sarpedonti, V., Anunciação, Érica M. S. da, & Bordalo, A. O. (2013). Distribuição espaço-temporal das larvas de peixes em relação à ontogenia e qualidade da água na zona oligohalina de um estuário norte brasileiro. Biota Neotropica, 13(3). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1271

Edição

Seção

Artigos
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