Área de vida e uso do espaço por Didelphis albiventris (Lund 1840) (Marsupialia, Didelphidae) na ilha Mutum, rio Paraná, Brasil

Autores

  • Vítor Quadros Altomare Sanches Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação
  • Mariuciy Menezes de Arruda Gomes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação
  • Fernando de Camargo Passos Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Laboratório de Biodiversidade, Conservação e Ecologia de Animais Silvestres
  • Gustavo Graciolli Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação
  • Augusto Cesar de Aquino Ribas Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação

Palavras-chave:

Mata Atlântica, captura-recaptura, mínimo polígono convexo, uso vertical do hábitat, gambá-de-orelha-branca

Resumo

Área de vida é a área usada por um animal em suas atividades diárias. Estudos de área de vida oferecem dados sobre os sistemas reprodutivos e comportamento territorial das espécies. Nosso objetivo foi estimar a área de vida de Didelphis albiventris (Lund 1840) na ilha Mutum, no rio Paraná, Brasil. O estudo foi realizado em 2008 de março a outubro em uma grade de 19,20 ha. Esta ilha é parte da área de proteção de ilhas e várzeas do rio Paraná e sua vegetação é composta por floresta estacional semidecidual aluvial sazonal com clima subtropical úmido. O esforço amostral foi de 3.360 armadilhas-noite resultando em 152 capturas de Didelphis albiventris (Lund 1840). Foram capturados 41 indivíduos nas 42 estações compostas por uma armadilha no solo e a dois metros de altura. A maioria dos animais foi capturada no solo, independente de idade ou sexo. Quatro fêmeas e cinco machos foram recapturados pelo menos cinco vezes e foram usados para calcular a área de vida mediante método de polígono mínimo convexo. A área de vida média estimada foi de 2,33 ha ± 2,32, similar às estimativas previamente descritas por outros métodos, sugerindo que o tamanho da grade de captura, maior que a usualmente empregada em estudos de marcação-recaptura com esta espécie, não subestimou as áreas de vida. Evidências da relação entre a área de vida e massa corporal dos indivíduos foram observadas. Sobreposição das áreas de vida (média = 33,74%) ocorreu entre machos, entre fêmeas e de machos com fêmeas, o que pode ser relacionado a um sistema de acasalamento promíscuo e territorialidade de fêmeas.

Publicado

12/01/2012

Como Citar

Sanches, V. Q. A., Gomes, M. M. de A., Passos, F. de C., Graciolli, G., & Ribas, A. C. de A. (2012). Área de vida e uso do espaço por Didelphis albiventris (Lund 1840) (Marsupialia, Didelphidae) na ilha Mutum, rio Paraná, Brasil. Biota Neotropica, 12(4). Recuperado de //www.biotaneotropica.org.br/BN/article/view/1023

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