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Checklist do filo Chaetognatha do Estado de São Paulo, Brasil

Checklist of chaetognatha phyllum from São Paulo State, Brazil

Resumos

O filo Chaetognatha é constituído de um pequeno número de animais marinhos deuterostomados, filogeneticamente isolados, de simetria bilateral e corpo alongado em forma de torpedo ou seta, cujo comprimento pode variar de 2 a 120 mm. O corpo é dividido em três regiões: cabeça, tronco e cauda. A cabeça apresenta um par de olhos e a boca situada no vestíbulo ventral, a qual é circundada por uma coroa de espinhos fortes e por uma ou duas fileiras de dentes. O tronco possui um ou dois pares de nadadeiras laterais e a cauda uma nadadeira na extremidade posterior. São hermafroditas protândricos sendo em geral a fecundação cruzada, interna, e o desenvolvimento direto. São predadores que se alimentam de uma grande variedade de organismos. O canibalismo também é observado no grupo. Os quetógnatos desempenham papel fundamental na teia trófica marinha, como carnívoros primários e item alimentar de organismos planctófagos especialmente peixes de interesse comercial. São considerados bons indicadores de áreas de pesca, potencialmente importantes, grandes produtores de matéria orgânica particulada e peça chave no fluxo do carbono nos oceanos. Mais recentemente, foram reconhecidos como hospedeiros intermediários no ciclo de vida de vários grupos de parasitas marinhos. Os quetógnatos são encontrados em todos os mares, oceanos e regiões estuarinas, sendo mais abundantes entre os 100 e 200 m de profundidade. Com exceção dos componentes da família Spadellidae, que agrupa espécies bentônicas, a grande maioria é planctônica. A distribuição desses organismos é influenciada em geral pelas condições hidrológicas, sendo algumas espécies usadas como indicadoras de massas de água. No momento, 209 espécies de Chaetognatha foram descritas no mundo, das quais 29 ocorrem no Atlântico Sul e 25 em águas brasileiras. No estado de São Paulo, apenas, 14 espécies foram encontradas nas regiões costeiras e oceânicas.

chaetognatha; biota paulista; Programa BIOTA/FAPESP


The species of Chaetognatha, commonly called arrow-worms, are considered one of the most taxonomically isolated animal groups, with obscure phyletic origin. They are deuterostomes of small size, between 2 and 12 mm, with bilateral symmetry and transparent torped-shaped body, although some species have pigmentation. The body consists of the head, the trunk and the tail. The head bears a ventrally placed mouth, surrounded by two sets of rigid hooks and rows of small teeth, both used in prey capture. There are two dorsal eyes, which are absents in some deep living species. The trunk bears paired lateral fins and the tail a single fin. They are protandrous hermaphrodites with direct development, being the cross-fertilization probably typical in this phylum. Fertilization is internal and the eggs released directly into the water. Although chaetognaths are eaten by numerous larger carnivorous organisms, in the food web they are important predators and a significant trophic link between small herbivores and larger predators, including important commercial fish species. Cannibalism is known, particularly in some species. They have been recognized as important producers of large quantities of fecal pellets, which must play a significant role in the flux of organic carbon in the oceans. Chaetognaths are also considered good indicators of potentially important fishery areas, and more recently, they gained recognition as vectors in the life cycles of various parasite groups. They are exclusively marine and can be found in all oceans from surface to great depths and in estuarine regions. Generally are most abundant around 100-200 m depths. With exception to the epibenthic family Spadellidae, the chaetognaths are conspicuous members of the zooplankton. Their distribution pattern is influenced by the hydrobiological conditions and some species are known as indicators of water masses. A total of 209 species were recorded in the world's oceans, and 29 for the South Atlantic. Twenty five species are known from the Brazilian waters and only 14 species from coastal and offshore waters of São Paulo State.

chaetognatha; biodiversity of the State of São Paulo; BIOTA/FAPESP Program


INVENTÁRIOS

Checklist do filo Chaetognatha do Estado de São Paulo, Brasil

Checklist of chaetognatha phyllum from São Paulo State, Brazil

Luz Amelia Vega-Pérez* * Autor para correspondência: Luz Amelia Vega-Pérez, e-mail: lavega@usp.br ; Katya Patrícia Schinke

Departamento de Oceanografia Biológica, Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo - USP, Praça do Oceanográfico, n. 191, Butantã, CEP 05508-120, São Paulo, SP, Brasil

RESUMO

O filo Chaetognatha é constituído de um pequeno número de animais marinhos deuterostomados, filogeneticamente isolados, de simetria bilateral e corpo alongado em forma de torpedo ou seta, cujo comprimento pode variar de 2 a 120 mm. O corpo é dividido em três regiões: cabeça, tronco e cauda. A cabeça apresenta um par de olhos e a boca situada no vestíbulo ventral, a qual é circundada por uma coroa de espinhos fortes e por uma ou duas fileiras de dentes. O tronco possui um ou dois pares de nadadeiras laterais e a cauda uma nadadeira na extremidade posterior. São hermafroditas protândricos sendo em geral a fecundação cruzada, interna, e o desenvolvimento direto. São predadores que se alimentam de uma grande variedade de organismos. O canibalismo também é observado no grupo. Os quetógnatos desempenham papel fundamental na teia trófica marinha, como carnívoros primários e item alimentar de organismos planctófagos especialmente peixes de interesse comercial. São considerados bons indicadores de áreas de pesca, potencialmente importantes, grandes produtores de matéria orgânica particulada e peça chave no fluxo do carbono nos oceanos. Mais recentemente, foram reconhecidos como hospedeiros intermediários no ciclo de vida de vários grupos de parasitas marinhos. Os quetógnatos são encontrados em todos os mares, oceanos e regiões estuarinas, sendo mais abundantes entre os 100 e 200 m de profundidade. Com exceção dos componentes da família Spadellidae, que agrupa espécies bentônicas, a grande maioria é planctônica. A distribuição desses organismos é influenciada em geral pelas condições hidrológicas, sendo algumas espécies usadas como indicadoras de massas de água. No momento, 209 espécies de Chaetognatha foram descritas no mundo, das quais 29 ocorrem no Atlântico Sul e 25 em águas brasileiras. No estado de São Paulo, apenas, 14 espécies foram encontradas nas regiões costeiras e oceânicas.

Número de espécies: no mundo: 209, no Brasil: 25, estimadas no Estado de São Paulo: 25.

Palavras-chave: chaetognatha, biota paulista, Programa BIOTA/FAPESP.

ABSTRACT

The species of Chaetognatha, commonly called arrow-worms, are considered one of the most taxonomically isolated animal groups, with obscure phyletic origin. They are deuterostomes of small size, between 2 and 12 mm, with bilateral symmetry and transparent torped-shaped body, although some species have pigmentation. The body consists of the head, the trunk and the tail. The head bears a ventrally placed mouth, surrounded by two sets of rigid hooks and rows of small teeth, both used in prey capture. There are two dorsal eyes, which are absents in some deep living species. The trunk bears paired lateral fins and the tail a single fin. They are protandrous hermaphrodites with direct development, being the cross-fertilization probably typical in this phylum. Fertilization is internal and the eggs released directly into the water. Although chaetognaths are eaten by numerous larger carnivorous organisms, in the food web they are important predators and a significant trophic link between small herbivores and larger predators, including important commercial fish species. Cannibalism is known, particularly in some species. They have been recognized as important producers of large quantities of fecal pellets, which must play a significant role in the flux of organic carbon in the oceans. Chaetognaths are also considered good indicators of potentially important fishery areas, and more recently, they gained recognition as vectors in the life cycles of various parasite groups. They are exclusively marine and can be found in all oceans from surface to great depths and in estuarine regions. Generally are most abundant around 100-200 m depths. With exception to the epibenthic family Spadellidae, the chaetognaths are conspicuous members of the zooplankton. Their distribution pattern is influenced by the hydrobiological conditions and some species are known as indicators of water masses. A total of 209 species were recorded in the world's oceans, and 29 for the South Atlantic. Twenty five species are known from the Brazilian waters and only 14 species from coastal and offshore waters of São Paulo State.

Number of species: in the world: 209, in Brazil: 25, estimated in São Paulo State: 25.

Keywords: chaetognatha, biodiversity of the State of São Paulo, BIOTA/FAPESP Program.

Introdução

O filo Chaetognatha é constituído de um pequeno número de animais marinhos deuterostomados, filogeneticamente isolados, de simetria bilateral marcada e corpo alongado em forma de torpedo ou seta. O nome deriva do grego "Ghaite" que significa espinho e "Gnathos" mandíbula, maxila.

O corpo, cujo comprimento pode variar de 2 a 120 mm, é dividido por septos transversais em três regiões: cabeça, tronco e cauda. A cabeça, que tem forma triangular e é separada do tronco por um estreito pescoço, apresenta um par de olhos pigmentados invertidos na parte posterior da superfície dorsal, e a boca situada no vestíbulo ventral. A boca é circundada por uma coroa de espinhos curvados fortes e por uma ou duas fileiras de pequenos dentes quitinosos. O número e formato dessas duas estruturas variam de espécie para espécie, podendo diminuir ou serem perdidos em animais mais velhos. A dobra antero-lateral da parede do corpo forma um capuz retrátil que serve para envolver e proteger o vestíbulo.

O tronco possui um ou dois pares de nadadeiras laterais, cuja parte posterior prolonga-se até o segmento caudal. Este último apresenta o celoma dividido por um septo longitudinal e uma nadadeira de forma espatulada na extremidade posterior. As nadadeiras são enrijecidas por duas fileiras de "raios" quitinosos, derivados aparentemente da membrana basal da epiderme.

As espécies pelágicas são transparentes, translúcidas, enquanto as que habitam as camadas mais profundas podem apresentar coloração rosa, azul clara, amarelada, avermelhada e em alguns casos cor marrom. A bioluminescência é um fenômeno raro no grupo, restringindo-se a uma ou duas espécies.

O trato digestivo dos quetógnatos é simples, formado pela boca, a faringe muscular e bulbosa, o intestino reto e o ânus ventral localizado na junção tronco-cauda. Não possuem órgãos excretores ou para troca gasosa, sendo esta realizada por meio de difusão. Os gânglios cerebral (cabeça) e ventral (subentérico), que são grandes e se interligam por conectivos circum-entéricos, atuam como centros nervosos, enquanto o fluido celômico como meio circulatório. Os quetógnatos apresentam no corpo cerdas ciliares que servem para detectar as vibrações geradas na água, e uma alça ciliada ou "corona ciliata" anterior de função incerta. Esses organismos caracterizam-se também por apresentar músculos longitudinais atrofiados, arranjados em quadrantes, e pela ausência de musculatura circular (Hyman 1959, Boltovskoy 1981a, Bone et al. 1991, Casanova 1999, Brusca & Brusca 2007).

São hermafroditas protândricos, sendo o aparelho reprodutor constituído por um par de ovários alongados localizados no celoma do tronco e por um par de testículos na região caudal. De um modo geral, a fecundação é cruzada, interna, sendo a autofecundação praticada por alguns grupos. Os ovos fertilizados são liberados no ambiente onde podem flutuar, quando rodeados de uma substância gelatinosa, aderir-se a objetos imóveis ou afundar. Algumas espécies de Eukrhonia que habitam águas profundas carregam os embriões em duas bolsas de natureza gelatinosa ("marsúpio"), localizadas próximo à cauda, até a eclosão. O desenvolvimento é direto e tem aproximadamente 48 horas de duração. Independente da época do ano e do local, as populações de quetógnatos são constituídas basicamente de estágios jovens, o que indica que a reprodução ocorre o ano todo (Alvariño 1963, Fagetti 1968, Owre 1960, Reeve 1970, Duró & Gili 2000, Liang & Vega-Pérez 2001, 2002, Liang et al. 2003).

Os quetógnatos são carnívoros vorazes que se alimentam de uma grande variedade de organismos incluindo ovos e larvas de peixes, sendo os copépodes o item principal na sua dieta. O canibalismo intra e interespecífico também é observado no grupo. O tipo de alimento consumido reflete de um modo geral a composição do zooplâncton local e está relacionado à abundância, tamanho, padrão de migração da presa, idade e tamanho do predador (Reeve & Walter 1972, Pearre 1976, Terazaki & Marumo 1982, Alvariño 1985, Øresland 1990, Liang 1998, Liang & Vega-Pérez 1995, 2001).

Algumas espécies são parasitadas por Annelida, Nematoda e Trematoda que se localizam geralmente no trato digestivo ou no celoma do corpo (Pierrot-Bults 1996, Del Prado-Rosas et al. 2005, Øresland & Bray 2005, Daponte et al. 2008), outros carregam epiparasitas especialmente no tronco (Vega-Pérez & Schinke 2008).

Os quetógnatos possuem ampla distribuição, sendo encontrados em todos os mares e oceanos do mundo, bem como em regiões estuarinas e mangues. Com exceção dos componentes da família Spadellidae, que agrupa espécies bentônicas, a grande maioria é planctônica. São frequentes e abundantes em regiões neríticas e oceânicas, entre os 100 e 200 m de profundidade, sendo a fauna mais diversificada nas camadas de 0 a 300 m e 800 a 1000 m (Pierrot-Bults & Nair 1991, Hossfeld 1996, Casanova 1999).

Em geral, a distribuição desses organismos é limitada pelas propriedades das massas de água devido à sua sensibilidade às variações de temperatura e salinidade (Alvariño 1969, Cheney 1985a,b, McLelland 1984, 1991). Assim, algumas espécies são consideradas boas indicadoras de massas de água, contribuindo juntamente com outros organismos para delimitar regiões biogeográficas marinhas (Russel 1939, Bieri 1959, Alvariño 1965, 1969, Boltovskoy 1981b, Bieri 1991).

Os quetógnatos são um dos principais componentes do ecossistema marinho devido ao papel que desempenham na teia trófica, como carnívoros primários e item alimentar de organismos planctófagos especialmente peixes de interesse comercial. Em certos locais e épocas do ano, devido à sua abundância e hábitos alimentares podem regular o tamanho da população-presa e competir com as larvas de peixes pelo alimento, afetando com isso o recrutamento desses organismos. Além disso, o fato de serem grandes produtores de matéria orgânica particulada os torna peça chave no fluxo do Carbono nos oceanos (Pearre 1980, Nagasawa & Marumo 1981, Feigenbaum & Maris 1984, Øresland 1990, Dilling & Alldredge 1993, Terazaki 1998, Bone et al. 1991).

De acordo com o histórico detalhado feito por Kuhl (1938) e Hyman (1959), o primeiro desenho de um Chaetognatha foi feito por Slabber em 1774, quem os chamou de verme seta ou sagitta. Quoy & Gaimard (1927) fizeram uma breve descrição de espécimes coletados no Estreito de Gibraltar em 1826, porém, sem fornecer nenhuma figura desses organismos. No entanto, nenhum desses autores soube como classificar esses organismos. No século XIX, numerosos artigos foram publicados abordando aspectos relacionados com a anatomia, embriologia, histologia e sistemática dos quetógnatos. Foi Leuckart (1854 In: Hyman, 1959) quem os denominou Chaetognathi e sugeriu que fossem colocados em um grupo separado, entre Annelida e Nematoda. Os estudos de embriologia feitos por Genenbaur (1858 In: Hyman, 1959) permitiram que em 1870 o autor aceitasse o nome proposto por Leuckart. Posteriormente, esse nome foi modificado para Chaetognatha (Hyman 1959).

O problema das afinidades do filo Chaetognatha foi discutido por diversos autores como Kuhl (1938), Hyman (1959), Ghirardelli (1968), Ducret (1968) e Casanova (1985, 1986, 1987). Contudo, a origem e o desenvolvimento evolutivo do grupo ainda são desconhecidos (Kapp, 2005).

A primeira coleta de espécimes desse filo no Atlântico Sul foi realizada por Darwin em 1833 durante a expedição a bordo do "Beagle". Com base nos dados obtidos, Darwin (1844) concluiu que os quetógnatos eram abundantes nas regiões afastadas das costas do Brasil, Argentina e Chile. Os trabalhos pioneiros abordando aspectos da sistemática e distribuição das espécies que ocorrem em águas brasileiras foram feitos a partir de amostras de plâncton obtidas durante as expedições oceanográficas, esporádicas e espaçadas, realizadas por navios estrangeiros. Dentre esses destacam-se: "Nave Liguria" (Baldasseroni, 1915), "Meteor" (Thiel 1938) e "Terra Nova" (Burfield 1930). Posteriormente, outros trabalhos foram realizados por Vanucci & Hosoe (1952), Hosoe (1956), Alvariño (1980), Gusmão (1986), Nair & Sankarankutti (1988), Liang (1998), Liang & Vega-Pérez (2001), Sousa & Lopes (1998), Araújo & Ribeiro (2005), Loureiro et al. (2005) e Ávila et al. (2006), que estudaram os quetógnatos coletados na costa leste e central do Brasil, enquanto Almeida-Prado (1960, 1961a,b, 1963, 1968), Costa (1970, 1971), Coelho (1993), Liang (1993), Liang & Vega-Pérez (2002), Resgalla & Montú (1995), Marazzo-Nogueira et al. (1996), Vega-Pérez & Liang (1999), Liang et al. (2003) e Vega-Pérez & Schinke (2008), estudaram a ocorrência e distribuição das que ocorrem nas regiões sudeste e sul. Aspectos relacionados aos hábitos alimentares dos quetógnatos foram abordados por Almeida-Prado (1968), Vega-Pérez & Liang (1992, 2004), Liang & Vega-Pérez (1995) e Marazzo et al. (1997).

O filo no momento é formado por 209 espécies, sendo a família Sagittidae a mais bem sucedidas pois reúne o maior número de gêneros e espécies (Alvariño 1969, Bieri 1991, Bone et al. 1991, Casanova 1999). No Brasil o filo é representado por 25 espécies (Tabela 1), das quais 14 ocorrem no Estado de São Paulo, o que evidencia que a fauna de Chaetognatha no país ainda é pouco conhecida.

Metodologia

A lista das espécies de Chaetognatha que ocorrem no Estado de São Paulo (Tabelas 1 e 2) foi elaborada baseada nos trabalhos de: Almeida Prado (1960; 1961a,b, 1968), Alvariño (1969, 1980), Boltovskoy (1981a), Liang (1993, 1998), Liang & Vega-Pérez (1994, 2001, 2002), Vega-Pérez & Schinke (2008). Além dessas referências foram consultados os seguintes sites: World Register of Marine Species - WORMS (2010): www.marinespecies.org/. e Ocean Biogeographic Information System - OBIS (2010): www.iobis.org/.

Resultados e Discussão

1. Espécies de Chaetognatha que ocorrem nas águas do Estado de São Paulo

Filo Chaetognatha

Ordem Aphragmophora

Família Sagittidae Claus and Grobben, 1905

Ferosagitta hispida (Conant, 1895)

Flaccisagitta enflata (Grassi, 1881)

Flaccisagitta hexaptera (d'Orbigny, 1836)

Mesosagitta minima (Grassi, 1881)

Parasagitta friderici Ritter-Záhony, 1911

Parasagitta tenuis (Conant, 1896)

Pseudosagitta lyra (Krohn, 1853)

Pseudosagitta maxima (Conant, 1896)

Sagitta bipunctata Quoy & Gaimard, 1828

Serratosagitta pacifica (Tokioka, 1940)

Serratosagitta serratodentata (Krohn, 1853)

Família Pterosagittidae Tokioka, 1965

Pterosagitta draco (Krohn, 1853)

Família Krohnittidae Tokioka, 1965

Krohnitta pacifica (Aida, 1897)

Krohnitta subtilis (Grassi, 1881)

2. Comentários sobre a lista, riqueza do Estado comparado com outras regiões

A fauna de Chaetognatha do estado de São Paulo apresenta de um modo geral composição específica semelhante à relatada para outras regiões do mundo e, especialmente, às do Sul-Sudeste e Nordeste do Brasil. Os trabalhos publicados evidenciam que São Paulo é um dos estados que possuem a fauna melhor conhecida e representada, uma vez que detém 14 (56%) das 25 espécies assinaladas para as águas brasileiras. Se levarmos em consideração o total desconhecimento da fauna bentônica de São Paulo, é muito provável que esse número seja facilmente superado. Isso, porque em outras regiões do mundo já foram descritas pouco mais de 30 espécies de águas profundas e bentônicas (Casanova 1999, Kasatkina & Selivanova 2003, Cassanova et al. 2006, Tovar & Suárez-Morales 2007).

3. Principais avanços relacionados ao Programa BIOTA/FAPESP

Apesar dos esforços realizados pelas instituições envolvidas no Programa BIOTA/FAPESP, no tocante ao conhecimento dos invertebrados marinhos do Estado de São Paulo, podemos afirmar que poucos são os avanços obtidos para o filo Chaetognatha nestes últimos dez anos. Esse fato pode ser comprovado pelo reduzido número de trabalhos publicados e, principalmente, pela ausência de monografias, dissertações e teses defendidas nesse período em São Paulo.

4. Principais grupos de pesquisa

O número de pesquisadores dedicados ao estudo da fauna de Chaetognatha no Brasil é bastante reduzido. No momento, no Estado de São Paulo apenas dois pesquisadores pertencentes ao Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo vêm estudando as espécies que ocorrem no Sistema Estuarino da Baixada Santista, da região de Ubatuba e São Sebastião.

5. Principais acervos

No país, no momento, não se conta com coleções de referência completas de Chaetognatha. As coleções existentes pertencem aos próprios pesquisadores, ou estão sob sua guarda, e são mantidas muitas vezes no seu ambiente de trabalho. Várias instituições de ensino, ainda, contam com coleções didáticas.

Algumas espécies de Chaetognatha planctônicos retirados de amostras de zooplâncton, pertencentes ao acervo do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, estão depositadas no Laboratório de Zooplâncton do Departamento de Oceanografia Biológica.

6. Principais lacunas do conhecimento

Apesar da abundância dos quetógnatos no zooplâncton de águas brasileiras e de sua importância na trofodinâmica do ecossistema marinho, o grupo continua sendo pouco estudado.

A baixa diversidade apresentada pelo filo no Estado de São Paulo (6,7% das 209 espécies descritas no mundo) pode ser atribuída, em parte, ao reduzido número de estudos taxonômicos e sinecológicos, sendo estes em sua maioria contribuições isoladas. Isso significa que a sistemática do filo encontra-se ainda em estágios iniciais. Mesmo em outras regiões do mundo, onde o conhecimento taxonômico do filo está bastante adiantado, novas espécies vêm sendo descritas.

Outro problema no tocante ao conhecimento do filo é a baixa representatividade de habitats amostrados. Nesse sentido, estudos detalhados da distribuição batimétrica desses organismos é necessário que sejam feitos porque, com certeza, revelaria a ocorrência de maior número de espécies no Estado de São Paulo. A análise das publicações existentes evidencia que a maioria das espécies estudadas foi coletada no litoral norte, em profundidades menores que 200 m, existindo poucos registros disponíveis para as regiões de Santos e Cananéia, no litoral sul. Assim, é essencial que sejam intensificados os estudos nesses locais e em regiões oceânicas de grandes profundidades, o que pode aumentar o número de espécies do filo no estado. Há ainda os problemas de metodologia de coleta, principalmente a relacionada ao equipamento e embarcações utilizados, que também devem ser levados em consideração porque diminuem a chance de captura desses organismos.

A falta de uma coleção de referência das espécies de Chaetognatha do Estado de São Paulo é um problema sério porque dificulta muito os trabalhos de identificação e, conseqüentemente, o conhecimento do estado atual da biodiversidade do grupo.

Com relação à biodiversidade da fauna de Chaetognatha bentônicos, até o momento não se tem conhecimento de sua ocorrência no estado. No entanto, recentemente, Ávila et al. (2006) registram a presença de dois espécimes de Paraspadella (Spadellidae), na divisa dos Estados da Bahia e Espírito Santo, em 2004.

Por outro lado, o número reduzido de trabalhos que tratam da flutuação natural das populações de espécies conhecidas e do monitoramento faunístico, não permite detectar espécies em extinção, invasoras ou introduzidas e endemismo. Este último, contudo, é pouco provável que seja evidenciado uma vez que as espécies identificadas em águas brasileiras possuem ampla distribuição nos oceanos do mundo.

7. Perspectivas de pesquisa em filo Chaetognatha para os próximos 10 anos

O número de espécies que ocorrem em águas brasileiras está longe de ser totalmente conhecido devido, principalmente, ao reduzido número de pesquisadores dedicados ao estudo do grupo. Portanto, é necessário incentivar a formação de especialistas, mediante a concessão de bolsas de estudo e de políticas que favoreçam sua permanência no Estado de São Paulo, para que possam dar continuidade aos estudos dos componentes deste importante grupo.

Esforços devem ser feitos para a criação e manutenção de coleções didáticas e de referência, o que facilitaria o trabalho dos pesquisadores dedicados ao estudo taxonômico da fauna de Chaetognatha. O fácil acesso às espécies que ocorrem em águas brasileiras e no estado de São Paulo, em particular, aumentaria o interesse de alunos de iniciação científica e de pós-graduação pelo grupo. Além disso, é importante estimular o desenvolvimento de estudos taxonômicos com material já coletado e que ainda não foi analisado.

Ênfase deve ser dada ao estudo dos quetógnatos bentônicos, a fim de poder inventariar as espécies que ocorrem em São Paulo, uma vez que ainda são totalmente desconhecidas. O mesmo deve ser feito com as que habitam maiores profundidades, estuários, mangues e marismas, porque é muito provável que outras espécies venham a ser encontradas. Para atingir essas metas é fundamental que projetos multidisciplinares, ou mesmo individuais, que tenham como objetivo o estudo de invertebrados marinhos e que apresentem planejamento minucioso recebam apoio financeiro. Atenção especial deve ser dada à infra-estrutura necessária às coletas desses organismos, as quais exigem utilização de equipamento específico (redes, dragas, CTD, etc.), embarcações de médio e grande porte, bem como a participação de técnicos especializados para realização dos trabalhos de campo e laboratório. Apoio financeiro também deve ser dado para a modernização de laboratórios, equipamentos para análise das amostras e para publicação dos resultados em revistas internacionais e nacionais.

Recebido em 23/07/2010

Versão reformulada recebida em 10/10/2010

Publicado em 15/12/2010

Clique para ampliar

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  • *
    Autor para correspondência: Luz Amelia Vega-Pérez, e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      03 Out 2012
    • Data do Fascículo
      Dez 2011

    Histórico

    • Revisado
      10 Out 2010
    • Recebido
      23 Jul 2010
    • Aceito
      15 Dez 2010
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