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Checklist de Porifera do Estado de São Paulo, Brasil

Checklist of Porifera from São Paulo State, Brazil

Resumos

As esponjas (Filo Porifera) são um dos metazoários mais antigos existentes, mas ainda facilmente encontradas em uma grande variedade de ambientes aquáticos. São um componente fundamental em diversos ecossistemas, influenciando diretamente a qualidade da água em seus habitats. Em tempos recentes são um dos grupos que mais fornece novas moléculas bioativas ou com estruturas incomuns. No entanto, são historicamente considerados um grupo de taxonomia complexa e ainda são comuns discussões acerca da sistemática ao nível de ordens ou mesmo da monofilia do grupo. Este cenário começou a ser alterado de forma marcante na última década, a partir de iniciativas multinacionais voltadas a fornecer uma base taxonômica mais sólida. No Brasil, este processo foi acompanhado pela publicação de guias de identificação para as esponjas do nosso litoral. Partindo dos dados esporádicos disponíveis em períodos anteriores, diversas iniciativas foram feitas especificamente voltadas para o levantamento das espécies de Porifera, principalmente nas regiões costeiras. Tais ações fornecem atualmente aos pesquisadores iniciantes uma base de conhecimento bem mais abrangente do que a disponível na década anterior. Nos dez anos passados desde as últimas listagens feitas para o Estado de São Paulo, houve uma alteração significativa no quadro apresentado. Conforme pôde ser verificado neste trabalho, o período foi sem sombra de dúvida o mais prolífico no que se refere ao conhecimento da espongiofauna local.

Porifera; biota paulista; Programa BIOTA/FAPESP


The sponges (Porifera) are one of the oldest extant metazoans, but still easily found in a wide variety of aquatic environments. They are key components in several ecosystems, directly influencing the quality of water in their habitat. In recent times, these organisms have become one of the most productive groups in providing new compounds with bioactivity or unusual structures. However, sponges are historically considered a group of complex taxonomy, and systematic discussions at order level or even about the monophyly of the group are still common. This situation began to change markedly in the last decade, with multinational initiatives aimed at providing a more solid taxonomic basis. In Brazil, this process was accompanied by the publication of identification guides of the native species. Starting from the sporadic data available in earlier periods, several initiatives were specifically targeted at the survey of Porifera species, particularly in coastal regions. Such actions now provide the researchers with a knowledge base far more comprehensive than that available a decade earlier. In the ten years since the last checklists for the São Paulo State were published, there was a significant change in the scenario. As verified by this study, the period was undoubtedly the most prolific regarding the knowledge of the local spongiofauna.

Porifera; biodiversity of the State of São Paulo; BIOTA/FAPESP Program


INVENTÁRIOS

Checklist de Porifera do Estado de São Paulo, Brasil

Checklist of Porifera from São Paulo State, Brazil

Márcio Reis CustódioI, II; Eduardo HajduIII, *

IDepartamento de Fisiologia Geral, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo - USP, Rua do Matão, Travessa 14, n. 101, CEP 05508-900, São Paulo, SP, Brasil, e-mail: mcust@usp.br

IICentro de Biologia Marinha, Universidade de São Paulo - USP, Rod. Manoel Hypolito do Rego, Km 131,5. CEP 11600-000, São Sebastião, SP, Brasil

IIIDepartamento de Invertebrados, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Quinta da Boa Vista, s/n., CEP 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

RESUMO

As esponjas (Filo Porifera) são um dos metazoários mais antigos existentes, mas ainda facilmente encontradas em uma grande variedade de ambientes aquáticos. São um componente fundamental em diversos ecossistemas, influenciando diretamente a qualidade da água em seus habitats. Em tempos recentes são um dos grupos que mais fornece novas moléculas bioativas ou com estruturas incomuns. No entanto, são historicamente considerados um grupo de taxonomia complexa e ainda são comuns discussões acerca da sistemática ao nível de ordens ou mesmo da monofilia do grupo. Este cenário começou a ser alterado de forma marcante na última década, a partir de iniciativas multinacionais voltadas a fornecer uma base taxonômica mais sólida. No Brasil, este processo foi acompanhado pela publicação de guias de identificação para as esponjas do nosso litoral. Partindo dos dados esporádicos disponíveis em períodos anteriores, diversas iniciativas foram feitas especificamente voltadas para o levantamento das espécies de Porifera, principalmente nas regiões costeiras. Tais ações fornecem atualmente aos pesquisadores iniciantes uma base de conhecimento bem mais abrangente do que a disponível na década anterior. Nos dez anos passados desde as últimas listagens feitas para o Estado de São Paulo, houve uma alteração significativa no quadro apresentado. Conforme pôde ser verificado neste trabalho, o período foi sem sombra de dúvida o mais prolífico no que se refere ao conhecimento da espongiofauna local.

Número de espécies: no mundo: 8.344, no Brasil: 400, estimadas no Estado de São Paulo: 300.

Palavras-chave: Porifera, biota paulista, Programa BIOTA/FAPESP.

ABSTRACT

The sponges (Porifera) are one of the oldest extant metazoans, but still easily found in a wide variety of aquatic environments. They are key components in several ecosystems, directly influencing the quality of water in their habitat. In recent times, these organisms have become one of the most productive groups in providing new compounds with bioactivity or unusual structures. However, sponges are historically considered a group of complex taxonomy, and systematic discussions at order level or even about the monophyly of the group are still common. This situation began to change markedly in the last decade, with multinational initiatives aimed at providing a more solid taxonomic basis. In Brazil, this process was accompanied by the publication of identification guides of the native species. Starting from the sporadic data available in earlier periods, several initiatives were specifically targeted at the survey of Porifera species, particularly in coastal regions. Such actions now provide the researchers with a knowledge base far more comprehensive than that available a decade earlier. In the ten years since the last checklists for the São Paulo State were published, there was a significant change in the scenario. As verified by this study, the period was undoubtedly the most prolific regarding the knowledge of the local spongiofauna.

Number of species: in the world: 8,344, in Brazil: 400, estimated in São Paulo State: 300.

Keywords: Porifera, biodiversity of the State of São Paulo, BIOTA/FAPESP Program.

Introdução

As esponjas (Filo Porifera) são consideradas como um dos metazoários mais antigos existentes, com origens estimadas em torno de 800-900 milhões de anos (Müller 1998). São um dos organismos mais comuns em uma grande variedade de ambientes aquáticos. Componentes abundantes em regiões tropicais, são facilmente encontradas nas regiões polares, e em profundidades que vão desde a zona entre-marés até as fossas abissais. Mesmo em corpos de água doce podem representar parte importante da biomassa da megafauna bentônica (Frost et al. 1982, Melão & Rocha 1999). Seu sistema de filtração é extremamente eficiente. Já foi verificado que esponjas de cerca de 1 kg são capazes de bombear mais de 10.000 L de água por dia, retendo desde matéria orgânica coloidal até partículas de 50 µm (De Goeij et al. 2008, Weisz et al. 2008). Neste processo, podem absorver carbono correspondente a dois terços de sua massa, sem apresentar crescimento significativo (De Goeij et al. 2009). Desta forma, são extremamente importantes nos ecossistemas onde se encontram, influenciando diretamente a qualidade da água em seus habitats.

Esponjas são conhecidas também por abrigar diversos organismos. Estas associações são extremamente variadas, e incluem crustáceos (Ribeiro et al. 2003, Abdo 2007), poliquetos (Çinar et al. 2002), equinodermos (Turon et al. 2000, Henkel & Pawlik 2005) e peixes (Rocha et al. 2000). Além dos componentes da macrofauna associada, há também uma microfauna abundante e bastante diversificada, que inclui bactérias, algas e fungos, em alguns casos representando mais de 60% da biomassa total (Wilkinson 1978, Bugni & Ireland 2004). Embora as exatas relações sejam em grande parte ainda desconhecidas, sabe-se que estes microorganismos são fundamentais para a fisiologia dos hospedeiros. Desta forma, são especificamente mantidos e controlados, fato evidenciado pela presença de tipos celulares especializados que mantém bactérias em seu citoplasma (bacteriócitos - Vacelet & Donadey 1977) e também pela transmissão parental de cepas específicas (Enticknap et al. 2006, Sharp et al. 2007).

Poríferos têm portanto uma posição filogenética basal de alta relevância para estudos da evolução dos sistemas multicelulares e são um componente fundamental em estudos ecológicos. Adicionalmente, ocupam uma posição de destaque no que se refere à pesquisa aplicada. Em anos recentes, este grupo tem sido um dos mais prolíficos, dentre toda a diversidade biológica, em fornecer novas moléculas bioativas ou com estruturas incomuns (ver Blunt et al. 2009, e revisões anteriores desta série). Vários compostos foram isolados de diferentes espécies e testados quanto a uma grande variedade de mecanismos de ação, que vão desde atividade antimicrobiana e antiviral, à citotóxica e anti-inflamatória. A diversidade de estruturas químicas é enorme, incluindo terpenos, nucleosídeos, peptídeos cíclicos e alcalóides (Sipkema et al. 2005). Tendo em vista este potencial para a pesquisa de cunho aplicado, diversas iniciativas têm sido tomadas especificamente focando a investigação de novos compostos, inclusive com a formação de empresas dedicadas ao tema, e.g. BIOTECHmarin (Alemanha), PoriFarma (Holanda), PharmaMar (Espanha). Pesquisas feitas com material coletado no litoral de São Paulo também têm sido bastante promissoras. Compostos isolados de diferentes esponjas obtidas em São Sebastião (litoral norte) mostraram atividades citotóxicas específicas contra células tumorais (Rangel et al. 2006), contra o vírus causador da síndrome respiratória aguda severa (SARS). Lira et al. 2007), além de antibioticidade contra diversas cepas de microorganismos patogênicos (Seleghim et al. 2007).

Todas estas iniciativas necessitam fundamentalmente de uma base taxonômica bem estabelecida. No entanto, esponjas são organismos extremamente diversos, que apresentam relativamente poucos caracteres morfológicos suficientemente estáveis nos quais se basear para uma identificação segura. Além disso, sua fisiologia é pouco conhecida, o que torna difícil estabelecer corretamente parâmetros de variabilidade de seus caracteres, mesmo intraespecificamente. Desta forma, são historicamente consideradas um grupo de taxonomia complexa. Atualmente persistem discussões acerca do arranjo e relações sistemáticas ainda ao nível de ordens (Boury-Esnault 2006), e mesmo a respeito da monofilia do grupo (Borchiellini et al. 2001). Um marco importante no sentido de resolver este problema foi a publicação do Systema Porifera (Hooper & van Soest 2002). Nesta obra, que consiste de mais de 1700 páginas divididas em dois volumes, todos os táxons superiores em Porifera foram revisados com base preponderantemente no exame de seu material tipo. Desta forma, propuseram-se extensas listas de sinônimos, diagnoses e chaves de identificação para todos os táxons julgados válidos, e pela primeira vez em quase dois séculos unificaram-se os sistemas paralelos de classificação, em um único sistema aceito pela ampla maioria dos taxonomistas dedicados ao estudo do filo. Esta pedra fundamental viabilizou algumas iniciativas multinacionais que visam consolidar a taxonomia, tais como a World Porifera Database (WPD), o Sponge Barcoding Project (SBP) e o The Porifera Tree of Life Project (PORTOL). Ao nível nacional, este processo foi acompanhado pela publicação de guias de identificação com descrições detalhadas e específicos para as esponjas do nosso litoral (e.g. Mothes et al. 2003, Muricy & Hajdu 2006, Muricy et al. 2008). Embora ainda em constante desenvolvimento, essas ações atualmente fornecem aos pesquisadores iniciantes pontos de partida bem mais sólidos do que os disponíveis até a década de 1990.

Nos dez anos passados desde as últimas listagens feitas para o Estado de São Paulo (Hajdu et al. 1999, Volkmer-Ribeiro 1999), houve uma alteração significativa no quadro apresentado. Partindo dos dados esporádicos disponíveis em períodos anteriores, diversas iniciativas foram feitas especificamente voltadas para o levantamento das espécies de Porifera, principalmente nas regiões costeiras. Conforme mostrado a seguir, o período foi sem sombra de dúvida o mais prolífico no que se refere ao conhecimento da espongiofauna local.

Metodologia

Para a elaboração da lista, foram feitas consultas ao Banco de Dados de Porifera (Museu Nacional. UFRJ), somados a buscas na ISI Web of Knowledge (Thomson Reuters. Todas as databases, incluindo anais e patentes), PubMed (NCBI) e SCIELO. Buscas complementares também foram efetuadas nos acervos digitais de teses e dissertações de diversas instituições nacionais de ensino superior com reconhecida atuação na área (viz. USP, UNICAMP, UNIFESP, UNESP, UFRJ, UERJ, UFPR, UEL, UFSC e UFRGS). Em todas as buscas, foram utilizadas expressões de pesquisa pouco restritas: [(porifera OR sponge*) AND (brasil* OR brazil*)] para os bancos de dados estrangeiros, e [porifera OU esponja*] no caso dos nacionais. Obtidos os resultados, estes foram verificados para exclusão de duplicatas e referências a outras "esponjas" (eg. vegetais, cirúrgicas ou metálicas) ou a trabalhos em paleontologia e sedimentologia. As publicações contendo descrições taxonômicas completas, citações de ocorrência e utilização de esponjas no Estado de São Paulo foram então selecionadas e utilizadas para compor a lista de espécies. Sempre que possível, a identificação atribuída a alguns exemplares nas publicações originais foram atualizadas de acordo com a classificação vigente. A organização taxonômica das espécies segue a sistemática adotada no Systema Porifera (Hooper & van Soest 2002) e no World Porifera Database (van Soest et al. 2008).

Resultados e Discussão

Segundo o WPD, em julho de 2010 havia no mundo exatas 8.344 espécies reconhecidas de poríferos, de um total estimado acima de 15.000. No entanto, estes registros ainda são desiguais em termos geográficos. Áreas com atividade de pesquisa historicamente mais ativas, como o Caribe e Mediterrâneo, concentram a maioria dos registros. Outras, como os entornos da América do Sul e África são ainda muito pouco investigadas. O Brasil conta com cerca de 350 espécies descritas, sendo 295 para o ambiente marinho (Zilberberg et al. 2009) e 55 para águas continentais (Batista et al. 2007, Pinheiro 2007, Volkmer-Ribeiro et al. 2009, 2010). Embora o número de trabalhos publicados em sistemática e biogeografia tenha aumentado expressivamente nos últimos anos, esta ainda é considerada como uma das áreas menos exploradas do mundo (Muricy et al. 2008, Zilberberg et al. 2009).

O último levantamento realizado a respeito de esponjas marinhas em São Paulo (Hajdu et al. 1999) mostrava que das cerca de 140 espécies registradas em São Paulo, apenas 34 haviam sido publicadas (De Laubenfels 1956, Rocha 1995). E destas, apenas seis haviam sido descritas apropriadamente (Boury-Esnault 1973, Mothes 1980, Hajdu & Boury-Esnault 1991, Hajdu & Desqueyroux-Faúndez 1994, Carballo & Hajdu 1998). No levantamento correspondente sobre esponjas de águas continentais (Volkmer-Ribeiro 1999), apenas seis espécies haviam sido registradas.

A revisão da literatura disponível e dos bancos de dados revela que existem atualmente 158 espécies de Porifera citadas para os ambientes marinho e de águas continentais no estado (Tabela 1). Destas, 144 são pertencentes à classe Demospongiae e 13 à classe Calcarea, uma adição importante à listagem atual. Anteriormente, apenas duas espécies haviam sido registradas: Clathrina primordialis e Guancha blanca (Borojevic 1971, Mothes 1985). Da mesma forma, a Classe Hexactinellida passou a contar com um registro (Hyalonema sp.), feito recentemente em águas profundas (Sumida et al. 2004). Para águas continentais, o número de esponjas passou das seis registradas até 1999 para 12.

Embora expressivos, estes números ainda são mais baixos do que a realidade, mesmo considerando o material já trabalhado. Na relação existem 51 espécies citadas apenas ao nível de gênero em diferentes publicações (e.g. Cliona sp., Haliclona sp., Bubaris sp.). Embora estejam computadas nesta lista como apenas um registro, é bastante provável que parte delas represente espécies diferentes. Da mesma forma, existem pelo menos outras 15 citações adicionais de exemplares com identificações preliminares, ao nível de classe, ordem ou mesmo como "unidentified sponge" (nove registros em Seleghim et al. 2007).

A produção em termos de publicações com esponjas de São Paulo mais que triplicou em relação à década anterior (Figura 1). Saltou de uma média de 2,1 para 7,2 por ano, chegando a ultrapassar dez publicações por ano em alguns períodos (2003, 2004 e 2007). Um fato interessante foi o aumento substancial no número de Dissertações e Teses. Estes trabalhos passaram de apenas um (Rocha 1993, em ecologia de costões) no período de 1990-1999 para 16 entre 2000-2009. Considerando as temáticas abordadas, tal fato sugere não apenas a formação de especialistas em taxonomia, mas também em outras áreas, como química de produtos naturais ou genética. No entanto, pode ser notado que existe uma tendência de queda nos anos mais recentes, com a média do último biênio (2008-2009) estando abaixo da registrada nos dois primeiros anos da década.


A listagem apresentada na Tabela 1 é possivelmente a maior dentre as Unidades da Federação. Em termos de biomassa, é marcante a diferença entre as Ecorregiões Sudeste (22° 55'-28° 33' S) e Leste do Brasil (12° 49'-22° 55' S), o que pode ser constatado contrastando-se os dados de Amaral et al. (2004) e Lavrado (2006). Porém esta diferença aparentemente não se mostra tão clara na riqueza de espécies. Apesar da riqueza conhecida de Porifera ser menor para a plataforma continental paulista que para a capixaba ou baiana, a riqueza total é compensada pelo grande número de espécies oriundas de costões rochosos, uma feição costeira característica da Ecorregião Sudeste do Brasil. Seus equivalentes na Ecorregião Leste do Brasil, os recifes costeiros, por um lado ainda não estão bem amostrados, e por outro, possivelmente não apresentam espongiofauna tão distinta daquela da plataforma, uma vez que neste setor a mesma é notadamente carbonática (Knoppers et al. 2009). A equivalência apontada aqui refere-se apenas à maior complexidade tridimensional conferida aos habitats marinhos consolidados e rasos.

Dentre as identificações aparentemente incompletas listadas na Tabela 1, muitas certamente se provarão espécies novas após descrição e comparações detalhadas. Estas espécies ampliarão a lista de endêmicos provisórios do estado, porém talvez não de forma mais rápida que a expansão da lista de novos registros de espécies compartilhadas com Ecorregiões vizinhas. Os comentários biogeográficos que se seguem estão centrados nas 108 espécies totalmente identificadas - 12 de águas continentais e 96 marinhas.

Os grandes ecossistemas dulciaquícolas paulistas subdividem-se em três grandes bacias hidrográficas. A Bacia do Paraná que abarca mais de 80% da área do estado, e duas bacias menores, a Bacia do Atlântico Sudeste e a do Atlântico Sul, esta última apenas no extremo sul do estado. Corvomeyenia thumi, Dosilia pydanieli, Eunapius fragilis e Trochospongilla variabilis não tiveram suas localidades exatas de coleta registradas, e consequentemente não podem ser assinaladas a uma bacia específica. As demais espécies foram todas registradas na Bacia do Paraná, porém Corvospongilla seckti, Oncosclera navicella, Radiospongilla amazonensis e Uruguaia corallioides também foram registradas para a Bacia do Atlântico Sul. Desta forma, a Bacia do Atlântico Sudeste ainda permanece sem um registro sequer de porífero no Estado de São Paulo.

As esponjas marinhas também podem ser classificadas segundo seus padrões de distribuição. Treze espécies são endêmicas provisórias do Estado de São Paulo: Clathrina alcatraziensis, Dragmaxia anomala, Esperiopsis bathyalis, Halichondria migottea, H. sulfurea, H. tenebrica, Hamacantha microxifera, Mycale beatrizae, M. lilianae, M. purpurata, Rhabderemia besnardi, Sycon pentactinalis e Tedania birhaphidora. Além destas, outras seis espécies novas de Timea já foram registradas (Santos 2004), mas ainda não foram publicadas, o que elevaria este número para 20. Dezessete espécies são endêmicas provisórias da Ecorregião Sudeste do Brasil: Amorphinopsis atlantica, Aplysina caissara, Asteropus brasiliensis, Ciocalypta alba, Clathrina conifera, C. tetractina, Erylus soesti, Guitarra sepia, Halichondria cebimarensis, Halicometes minuta, Mycale arcuiris, Pachychalina alcaloidifera, Raspailia bouryesnaultae, Spongia catarinensis, Stelletta beae, Tedania brasiliensis e Tetilla radiata. Oito espécies adicionais são endêmicas provisórias do Brasil, ocorrendo além da Ecorregião Sudeste do Brasil: Clathrina aurea, Desmanthus meandroides, Geodia glariosa, Leucascus roseus, Mycale escarlatei, Petromica citrina, Polymastia janeirensis e Tethya maza. Trinta e sete espécies são amplamente distribuídas no Atlântico Tropical Ocidental, em alguns casos alcançando até a costa sudeste dos Estados Unidos e/ou Arquipélago das Bermudas: Amphimedon erina, A. viridis, Aplysina fulva, Artemisina aff. melana, Axinella corrugata, Callyspongia pallida, Cinachyrella alloclada, Clathria campecheae, Cliona dioryssa, Darwinella rosacea, Desmacella aff. pumilio, Dragmacidon reticulatum, Dysidea etheria, D. janiae, Euryspongia rosea, Geodia corticostylifera, G. papyracea, Haliclona melana, H. tubifera, Hymeniacidon heliophila, Lissodendoryx isodictyalis, Monanchora arbuscula, Mycale americana, M. angulosa, M. laxissima, M. magnirhaphidifera, M. microsigmatosa, Myxilla mucronata, Neopetrosia carbonaria, Oceanapia nodosa, Ptilocaulis marquezi, Scopalina hispida, S. ruetzleri, Suberites aurantiacus, Tedania ignis, Terpios fugax e Tethya diploderma. Finalmente, uma parte das espécies registradas para São Paulo tem distribuição em áreas mais distantes e aparentemente isoladas, o que levanta a possibilidade de se tratar de complexos de espécies. Esta categoria compreende 20 espécies: Aplysilla rosea, Characella pachastrelloides, Chelonaplysilla erecta, Chondrilla nucula, Chondrosia aff. reniformis, Clathrina primordialis, Cliona aff. celata, Desmacella annexa, Geodia gibberosa, Guancha blanca, Higginsia strigilata, Hymenancora tenuissima, Myxilla chilensis, Pachastrella monilifera, Paraleucilla magna, Raspailia phakellina, Rhabderemia uruguaiensis, Suberites caminatus, Timea authia e T. stellata. Este grupo incluiu também espécies com registros mais austrais, o que é comum dentre as espécies de plataforma e talude de São Paulo, que neste caso, não devem ter suas identificações duvidadas a priori. As espécies de notória afinidade austral (Patagônica, Magalhânica, Sub-Antártica e mesmo Antártica) são Hymenancora tenuissima, Myxilla chilensis, Raspailia phakellina, Rhabderemia uruguaiensis e Suberites caminatus. O grupo preponderante é o de espécies amplamente distribuídas no Atlântico Tropical Ocidental (37). Porém o somatório dos grupos provisoriamente endêmicos de São Paulo (14), da Ecorregião Sudeste (17) e do Brasil (8), totaliza 39 espécies, ultrapassando assim ao primeiro, e denotando o valor estratégico de preservação de áreas marinhas neste setor do litoral brasileiro.

Principais Lacunas do Conhecimento

Embora várias espécies ainda devam ser adequadamente descritas, o número de registros certamente está mais próximo ao estimado. No entanto, ainda existem lacunas a serem preenchidas. O litoral norte está relativamente bem representado, mas certamente novos registros podem ser feitos no litoral e em ilhotas e lajes submersas mais ao sul e nas águas continentais no interior do estado. A fauna existente em águas mais profundas apenas começou a ser investigada de maneira mais intensiva. Como ilustração, apenas as esponjas pertencentes ao gênero Asbestopluma coletadas recentemente na Bacia de Campos (RJ) apresentaram oito espécies novas (D. Lopes & E. Hajdu, observação pessoal). É de se imaginar que a Bacia de Santos também tenha uma rica fauna associada a seus corais de profundidade. As poucas coletas efetuadas até o momento já colocam o Estado de São Paulo como o mais bem representado em termos de fauna de esponjas de águas profundas (Sumida et al. 2004, Hajdu & Lopes 2007). Tendo em vista o futuro aproveitamento da região para a produção de petróleo na camada do pré-sal, seria de extrema importância um olhar mais atento para esta área.

No caso das esponjas de água doce, embora se tratando de um universo menor de espécies, certamente ainda há o que ser trabalhado. Esponjas de águas continentais necessitam de substratos consolidados para fixação, que nos habitats naturais são representados por rochas ou mesmo troncos. No entanto, podem também perfeitamente se utilizar de substratos artificiais, como represas e pilares de pontes, e estes são abundantes no estado. Em São Paulo, a maioria dos registros está concentrada ao oeste, próximo ao Rio Paraná, mas há ocorrência de espécies mesmo em áreas impactadas e mais próximas a centros urbanos, como Metania spinata, presente em um pequeno açude em meio a pastagens em Brotas (Lagoa Dourada) (Melão & Rocha 1998, 1999; Pinheiro et al. 2003). Regiões bem preservadas podem guardar novas ocorrências. Por exemplo, apenas uma espécie, Radiospongilla amazonensis, já foi citada para as matas bastante preservadas da região de Ribeira do Iguape (Volkmer-Ribeiro 1999). Além disso, ainda há alguns registros que apontam a presença de espécies em outros estados ao norte e ao sul de São Paulo, e.g. Ephydatia facunda e Drulia brownii, já encontradas nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul (Pinheiro 2007). Desta forma, a intensificação de iniciativas voltadas especificamente para o levantamento da fauna de esponjas de águas continentais seriam bem vindas.

Perspectivas Para os Próximos 10 Anos

Nos últimos dez anos, houve um crescimento expressivo do conhecimento a respeito da fauna de esponjas do Estado de São Paulo. Um sintoma periférico, mas bastante ilustrativo deste aumento na base de conhecimento pode ser observado em teses e dissertações versando sobre ecologia de costões rochosos ou outros grupos de organismos. Nas mais antigas são frequentemente encontradas descrições tais como "associados a crostas de esponja"; nas mais recentes, estas já se encontram substituídas por "associados a Amphimedon viridis".

Ao se fazer este levantamento, a importância de uma base taxonômica sólida fica patente quando se verifica o número de espécies utilizadas em trabalhos voltados à prospecção de produtos naturais. De fato, boa parte do conhecimento faunístico sobre esponjas gerado na última década pode ser atribuído a uma única parceria, estabelecida entre o grupo de Química Orgânica de Produtos Naturais da USP de São Carlos (RGS Berlinck) e o Laboratório de Taxonomia de Poríferos (E Hajdu). No entanto, tais iniciativas são dinâmicas e tendem a voltar seus interesses para outras áreas, e isso é preocupante para a pesquisa em Porifera em São Paulo. Outro benefício claro e comum também a outros grupos é o conhecimento da biota local. Tais informações são fundamentais na definição de políticas de desenvolvimento e no diagnóstico de impactos locais, como detecção de espécies invasoras ou degradação ambiental. Isto é bem ilustrado neste levantamento pelas espécies Higginsia strigilata e Ptilocaulis marquezi. Estas espécies foram coletadas respectivamente em 1964 e 1988 no Canal de São Sebastião, mas desde então não foram mais registradas, a despeito das coletas intensivas na região (Carvalho 2003).

Como colocado no levantamento anterior feito em 1999 (Hajdu et al. 1999), o Estado de São Paulo ainda não conta com um único pesquisador especialista dedicado à taxonomia de Porifera. Seria, portanto, altamente recomendável o incentivo à formação e fixação de pessoal que pudesse garantir a continuidade das pesquisas no grupo.

Agradecimentos

Os autores agradecem à FAPESP, FAPERJ, CNPq, CAPES e PETROBRAS por bolsas e/ou financiamentos. Ao Prof. Marcos Tavares e a Dra. Aline Benetti pelas informações sobre a coleção de Porifera no Museu de Zoologia (USP). Ao Prof. Ulisses Pinheiro (Departamento de Zoologia, UFPE) por dados sobre as esponjas continentais.

Recebido em 27/07/2010

Versão reformulada recebida em 08/10/2010

Publicado em 15/12/2010

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  • *
    Autor para correspondência: Eduardo Hajdu, e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      02 Out 2012
    • Data do Fascículo
      Dez 2011

    Histórico

    • Recebido
      27 Jul 2010
    • Revisado
      08 Out 2010
    • Aceito
      15 Dez 2010
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