Acessibilidade / Reportar erro

Checklist dos mamíferos do Estado de São Paulo, Brasil

Checklist of mammals from São Paulo State, Brazil

Resumos

A fauna de mamíferos do estado de São Paulo consta de 231 táxons, sendo este número uma estimativa da real diversidade presente na região, dado a falta de amostragem em grandes extensões do estado, e também de revisões taxonômicas para determinados grupos. Ainda assim, nosso conhecimento aumentou em 20% desde a última estimativa em 1998, principalmente em relação aos quirópteros e roedores. Estes dados são provenientes de inventários faunísticos, e também do estudo de espécimes depositados em coleções científicas oriundos de revisões taxonômicas. Também temos um maior volume de dados a respeito da distribuição dos mamíferos em relação às diferentes paisagens presentes no estado, o que nos permite dividir a mastofauna em três componentes distintos: o mais importante desses é o das espécies generalistas, que ocorrem em todas as principais paisagens do estado; o segundo grupo concentra espécies das formações abertas, e o terceiro grupo inclui as espécies essencialmente florestais. Além disso, o número de estudos que tem se preocupado com o efeito da fragmentação de hábitats sobre as comunidades de mamíferos, bem como a respeito da permeabilidade das espécies em áreas alteradas, também aumentaram. Dados a respeito da ocorrência, abundância e vulnerabilidade das espécies foram essenciais para traçar estratégias em relação à escolha de áreas e à indicação de ações prioritárias para a conservação dos mamíferos no estado, assim como classificar as espécies nas diferentes categorias de ameaças propostas, culminando na Lista das Espécies Ameaçadas do Estado de São Paulo. Entretanto, ainda existem inúmeras lacunas de conhecimento, que vão desde o número limitado de amostras zoológicas, até a falta de informações acerca da ecologia e história natural de várias espécies. É imprescindível que aumentemos as amostras de mamíferos em coleções zoológicas, principalmente em áreas de Floresta Ombrófila Densa, nos fragmentos de Cerrado, bem como em áreas do centro e oeste do Estado, que permanecem ainda pouco estudadas, com o objetivo de produzir um maior número de revisões taxonômicas em diversos grupos de mamíferos, e de estudos com abordagens filogeográficas e de genética de populações, para diagnosticarmos de forma efetiva a riqueza de mamíferos no estado, bem como os mecanismos evolutivos responsáveis por esta diversificação. Aliados a esses estudos serão necessárias abordagens ecológicas para gerarmos conhecimento, que em conjunto, nos permitirá avaliarmos o estado de conservação dos mamíferos de São Paulo e tomarmos decisões sobre as melhores estratégias para manejarmos e preservarmos estas espécies.

mamíferos; biota paulista; Programa BIOTA/FAPESP


São Paulo harbors 231 mammal species until now. This is an estimate of its real diversity since many regions of the State continue poorly surveyed, and also reflects the lack of taxonomic work for certain mammal taxa. Nevertheless, our knowledge of the São Paulo mammals has increased in 20% in the last 12 years, especially in relation to bats and rodents. These new data are based in mammal inventories and also in the analysis of specimens housed in scientific collections associated with taxonomic revisions. We also know better about the mammal distribution in the distinct vegetation units present in the State, permitting us to divide the mammals in three distinct components: the most important one is the generalists, represented by species occurring in every landscape in the State, while the second one concentrates species inhabiting the open formations, and the third component the species associated with the forest formations. Besides, the number of studies dealing with the effect of fragmentation and the permeability of mammals in altered areas also has increased. Occurrence, abundance and vulnerability data were essential to raise strategies in order to choose priority areas and to indicate priority actions to conserve the mammals of the State, as well as to classify the species in the different proposed threaten categories, culminating in the List of the Threaten Species of the São Paulo State. However, there are many points yet poorly developed or poorly known, such as the limited number of zoological samples, and the lack of information about the ecology and natural history of many species, respectively. It's extremely important that we increase our samples in the scientific collections, especially in areas of Dense Ombrofilous Forests, in the Cerrado fragments, as well as in central and western areas of the State that continue poorly surveyed. The objective is to produce more taxonomic work in several mammalian groups, and also studies focusing in the phylogeography and in the population genetics in order to effectively diagnose the mammal richness of the State, as well as the evolutionary processes responsible for this diversification. Additionally, ecological data accompanying this information is needed in order to evaluate the conservation status of the São Paulo mammals to decide about the better strategies to manage and conserve these mammals.

mammals; biodiversity of the State of São Paulo; BIOTA/FAPESP Program


INVENTÁRIOS

Checklist dos mamíferos do Estado de São Paulo, Brasil

Checklist of mammals from São Paulo State, Brazil

Mario de VivoI; Ana Paula CarmignottoII, * * Autor para correspondência: Ana Paula Carmignotto, e-mail: apcarmig@gmail.com ; Renato GregorinIII; Erika Hingst-ZaherIV; Gilson Evaristo Iack-XimenesV; Michel MiretzkiVI; Alexandre Reis PercequilloVII; Mario Manoel Rollo JuniorVIII; Rogério Vieira RossiIX; Valdir Antonio TaddeiX

IMuseu de Zoologia, Universidade de São Paulo - USP, CEP 04263-000, São Paulo, SP, Brasil

IIUniversidade Federal de São Carlos - UFSCar, Campus Sorocaba, CEP 18052-780, Sorocaba, SP, Brasil

IIIDepartamento de Biologia, Universidade Federal de Lavras - UFLA, CEP 37200-000, Lavras, MG, Brasil

IVMuseu Biológico, Instituto Butantan, CEP 05503-900, São Paulo, SP, Brasil

VZoologia Departamento de Ciências Naturais, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Campus de Vitória da Conquista, CEP 45083-900, Vitória da Conquista, BA, Brasil

VIInstituto Histórico e Geográfico do Paraná, CEP 80010-000, Curitiba, PR, Brasil

VIIDepartamento de Ciências Biológicas, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo - USP, CEP 13418-900, Piracicaba, SP, Brasil

VIICampus Experimental do Litoral Paulista, Universidade Estadual Paulista - UNESP, CEP 11330-900, São Vicente, SP, Brasil

IXDepartamento de Biologia e Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, CEP 78060-900, Cuiabá, MT, Brasil

XUniversidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal - UNIDERP, Rua Ceará, 333, Miguel Couto, CP 2354, CEP 15054-000, Campo Grande, MS, Brasil. http/:www.uniderp.br

RESUMO

A fauna de mamíferos do estado de São Paulo consta de 231 táxons, sendo este número uma estimativa da real diversidade presente na região, dado a falta de amostragem em grandes extensões do estado, e também de revisões taxonômicas para determinados grupos. Ainda assim, nosso conhecimento aumentou em 20% desde a última estimativa em 1998, principalmente em relação aos quirópteros e roedores. Estes dados são provenientes de inventários faunísticos, e também do estudo de espécimes depositados em coleções científicas oriundos de revisões taxonômicas. Também temos um maior volume de dados a respeito da distribuição dos mamíferos em relação às diferentes paisagens presentes no estado, o que nos permite dividir a mastofauna em três componentes distintos: o mais importante desses é o das espécies generalistas, que ocorrem em todas as principais paisagens do estado; o segundo grupo concentra espécies das formações abertas, e o terceiro grupo inclui as espécies essencialmente florestais. Além disso, o número de estudos que tem se preocupado com o efeito da fragmentação de hábitats sobre as comunidades de mamíferos, bem como a respeito da permeabilidade das espécies em áreas alteradas, também aumentaram. Dados a respeito da ocorrência, abundância e vulnerabilidade das espécies foram essenciais para traçar estratégias em relação à escolha de áreas e à indicação de ações prioritárias para a conservação dos mamíferos no estado, assim como classificar as espécies nas diferentes categorias de ameaças propostas, culminando na Lista das Espécies Ameaçadas do Estado de São Paulo. Entretanto, ainda existem inúmeras lacunas de conhecimento, que vão desde o número limitado de amostras zoológicas, até a falta de informações acerca da ecologia e história natural de várias espécies. É imprescindível que aumentemos as amostras de mamíferos em coleções zoológicas, principalmente em áreas de Floresta Ombrófila Densa, nos fragmentos de Cerrado, bem como em áreas do centro e oeste do Estado, que permanecem ainda pouco estudadas, com o objetivo de produzir um maior número de revisões taxonômicas em diversos grupos de mamíferos, e de estudos com abordagens filogeográficas e de genética de populações, para diagnosticarmos de forma efetiva a riqueza de mamíferos no estado, bem como os mecanismos evolutivos responsáveis por esta diversificação. Aliados a esses estudos serão necessárias abordagens ecológicas para gerarmos conhecimento, que em conjunto, nos permitirá avaliarmos o estado de conservação dos mamíferos de São Paulo e tomarmos decisões sobre as melhores estratégias para manejarmos e preservarmos estas espécies.

Número de espécies: No mundo: 5.490, no Brasil: 652, estimadas no estado de São Paulo: 231.

Palavras-chave: mamíferos, biota paulista, Programa BIOTA/FAPESP.

ABSTRACT

São Paulo harbors 231 mammal species until now. This is an estimate of its real diversity since many regions of the State continue poorly surveyed, and also reflects the lack of taxonomic work for certain mammal taxa. Nevertheless, our knowledge of the São Paulo mammals has increased in 20% in the last 12 years, especially in relation to bats and rodents. These new data are based in mammal inventories and also in the analysis of specimens housed in scientific collections associated with taxonomic revisions. We also know better about the mammal distribution in the distinct vegetation units present in the State, permitting us to divide the mammals in three distinct components: the most important one is the generalists, represented by species occurring in every landscape in the State, while the second one concentrates species inhabiting the open formations, and the third component the species associated with the forest formations. Besides, the number of studies dealing with the effect of fragmentation and the permeability of mammals in altered areas also has increased. Occurrence, abundance and vulnerability data were essential to raise strategies in order to choose priority areas and to indicate priority actions to conserve the mammals of the State, as well as to classify the species in the different proposed threaten categories, culminating in the List of the Threaten Species of the São Paulo State. However, there are many points yet poorly developed or poorly known, such as the limited number of zoological samples, and the lack of information about the ecology and natural history of many species, respectively. It's extremely important that we increase our samples in the scientific collections, especially in areas of Dense Ombrofilous Forests, in the Cerrado fragments, as well as in central and western areas of the State that continue poorly surveyed. The objective is to produce more taxonomic work in several mammalian groups, and also studies focusing in the phylogeography and in the population genetics in order to effectively diagnose the mammal richness of the State, as well as the evolutionary processes responsible for this diversification. Additionally, ecological data accompanying this information is needed in order to evaluate the conservation status of the São Paulo mammals to decide about the better strategies to manage and conserve these mammals.

Number of species: In the world: 5,490, in Brazil: 652, estimated in São Paulo State: 231.

Keywords: mammals, biodiversity of the State of São Paulo, BIOTA/FAPESP Program.

Introdução

A fauna de mamíferos do estado de São Paulo foi catalogada pela primeira vez pelo Dr. Hermann von Ihering, em 1894. Naquela ocasião, baseado na jovem coleção de mamíferos do então Museu Paulista (atual Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo), Ihering listou 94 espécies de mamíferos, essencialmente terrestres. Não havia na coleção espécimes da Ordem Cetacea e Ihering informava à comunidade: "Não sabemos por ora nada sobre as baleias da nossa costa, nem sobre as espécies menores de bôto, e toninha. Desejo receber ao menos crâneos dos respectivos representantes da costa de S. Paulo" (von Ihering 1894, p. 16).

Nos últimos 117 anos, muito conhecimento foi acumulado sobre os mamíferos do estado. A partir de poucas dezenas de espécimes na época de H. von Ihering, a coleção do MZUSP hoje conta com cerca de 50.000 exemplares e novas e importantes coleções foram estabelecidas no Estado. Novas linhas de pesquisa foram estabelecidas e considerável conhecimento foi produzido.

Ainda assim, a despeito do grande avanço no conhecimento, a frase de Ihering manifestando nosso desconhecimento sobre os cetáceos ainda é válida para muitos grupos de mamíferos no Estado de São Paulo e no Brasil. A presente contribuição apresenta uma lista das espécies presentes no estado, que é resultante do esforço individual e coletivo de diversos pesquisadores que aqui trabalham e trabalharam. Além disso, apresentamos um diagnóstico desta fauna e das principais perspectivas a serem seguidas nos anos vindouros.

Metodologia

Para a elaboração da presente lista foram consultadas diversas coleções científicas de mamíferos no Brasil e no exterior para avaliar o status taxonômico das espécies com registros para o Estado de São Paulo. Todos os registros aqui apresentados são decorrentes de espécimes-testemunho presentes nestes acervos, em especial na coleção de mamíferos do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), os quais se encontram citados na Lista de Espécimes Testemunho em anexo (Apêndice 1). Também foram considerados os trabalhos com material testemunho citado e depositado em coleções científicas. Não incluímos registros exclusivamente provenientes de literatura uma vez que muitos destes não são baseados em espécimes-testemunho, e por esta razão, a correta identificação da espécie não pode ser aferida e nem conferida. Isso é especialmente importante se considerarmos o grande número de novos táxons que foram descritos nos últimos anos (Abrawayaomys chebezi Pardiñas, Teta & D'Elía, 2009; Akodon paranaensis Christoff, Fagundes, Sbalqueiro, Mattevi & Yonenaga-Yassuda, 2000; Akodon philipmyersi Pardiñas, D'Elía, Cirignoli & Suarez, 2005; Akodon reigi González, Langguth & Oliveira, 1999; Brucepattersonius paradisus, B. guarani, B. misionensis Mares & Braun, 2000; Cerradomys langguthi and C. vivoi Percequillo, Hingst-Zaher & Bonvicino, 2008; Juliomys rimofrons Oliveira & Bonvicino, 2002; Juliomys ossitenuis Costa, Pavan, Leite & Fagundes, 2007; Phyllomys pattoni Emmons, Leite, Kock & Costa, 2002; P. sulinus Leite, Christoff & Fagundes, 2008 e Eptesicus taddeii Miranda, Bernardi & Passos, 2006).

A nomenclatura e o arranjo taxonômico seguem Wilson & Reeder (2005), exceto no caso de literatura taxonômica mais recente ou de dados de autores ainda não publicados, onde seguimos Voss et al. (2005) para Cryptonanus; Gregorin (2006) para Alouatta; Silva Jr. (2001) para Cebus; de Vivo (dados não publicados) para Guerlinguetus; Weksler et al. (2006) para Cerradomys, Euryoryzomys, Hylaeamys e Sooretamys; Oliveira (1998) para Oxymycterus; Iack-Ximenes (1999) para Dasyprocta; Bezerra & Oliveira (2010) para Clyomys e Iack-Ximenes (2005) para Trinomys. Os níveis taxonômicos supra-genéricos citados foram ordem, família e subfamília, e os gêneros e espécies dentro de cada táxon desses níveis foram colocados em ordem alfabética (Apêndice 2).

A lista se refere apenas às espécies nativas de mamíferos, assim as espécies introduzidas, tanto as brasileiras quanto as exóticas, não foram consideradas, e entre elas incluem-se o javali (Sus scrofa), o ratão-do-banhado (Myocastor coypus), os saguis Callithrix jacchus e C. geoffroyi, e os roedores domésticos dos gêneros Rattus e Mus.

Com relação aos cetáceos, foi o único grupo onde outros tipos de registros foram também considerados mediante a escassez de material em coleções científicas, sendo, portanto, incluídos registros baseados em animais encalhados e em avistamentos.

Resultados e Discussão

1. Comentários taxonômicos e biogeográficos

A lista aqui apresentada conta com 231 táxons de mamíferos. Este número ainda é uma estimativa da real diversidade presente na região, dado a falta de amostragens em grandes extensões do estado, e também de revisões sistemáticas para determinados grupos.

1.1. Marsupiais

Em relação aos marsupiais, recentemente, vários gêneros que abrigavam espécies crípticas tiveram sua diversidade incrementada, como foi o caso do gênero Didelphis (D. aurita e D. marsupialis - Cerqueira & Lemos 2000), Micoureus (M. demerarae e M. paraguayanus - Patton et al. 2000) e Philander (P. opossum e P. frenatus - Patton & Silva 1997) para espécies ocorrendo na Amazônia e Mata Atlântica; de Gracilinanus (G. agilis e G. microtarsus - Costa et al. 2003) para espécies presentes em áreas de Mata Atlântica e nas formações abertas; de Thylamys (T. karimii e T. velutinus - Carmignotto & Monfort 2006) para espécies habitantes das formações abertas; e de Marmosops (M. incanus e M. paulensis - Mustrangi & Patton 1997) para as habitantes da Mata Atlântica. Além das revisões baseadas em dados morfológicos, vários estudos moleculares têm observado uma grande divergência genética entre populações de um único táxon, identificando complexos de espécies (e.g., Gracilinanus microtarsus - Costa et al. 2003, Patton & Costa 2003). Não só a diversidade, mas a nomenclatura acaba por ser definida por meio destes trabalhos, culminando no nome e número de espécies que atualmente conhecemos, sendo importante ressaltar a ocorrência de três localidades-tipo no estado: Gracilinanus microtarsus (Wagner, 1842) em Ipanema; Monodelphis unistriata (Wagner, 1842) em Itararé; e Thylamys velutinus (Wagner, 1842) em Ipanema.

Das 24 espécies de marsupiais registradas, algumas apresentam ampla distribuição no estado, como é o caso de Didelphis aurita, D. albiventris, Gracilinanus microtarsus, Marmosops incanus, Micoureus paraguayanus, Monodelphis scalops e Philander frenatus, que embora também sejam delimitadas pelas paisagens distintas presentes no estado, apresentam registros em um número razoável de localidades, possibilitando a realização de estudos envolvendo a variação genética e morfológica destes táxons, bem como a obtenção de dados de ecologia e história natural destas populações, ainda escassos no estado (ver Martins & Bonato 2004, Martins et al. 2006a, b). Entretanto, há também espécies com distribuição restrita a determinados ambientes, como Caluromys lanatus, Gracilinanus agilis, Monodelphis kunsi e Thylamys velutinus que se encontram associadas aos poucos fragmentos inventariados de Cerrado (Carmignotto 2005); Marmosops paulensis a áreas de Floresta Ombrófila em altitudes elevadas (Mustrangi & Patton 1997); Monodelphis theresa em áreas de Floresta Ombrófila na Serra do Mar (Camardella et al. 2000, Voss & Jansa 2003), e M. unistriata restrita ao holótipo e à localidade-tipo, em Itararé, sendo seu status taxonômico não muito bem esclarecido (Gomes 1991, Gardner 2008). Assim como para M. unistriata, não há registros recentes para T. velutinus (Carmignotto & Monfort, 2006), sendo muito importante estabelecer se estas espécies ainda ocorrem no estado.

A realização de inventários de fauna com o emprego de métodos complementares de captura, como é o caso das armadilhas de queda (pitfalls), têm se revelado fundamental para a delimitação dos táxons e suas áreas de distribuição geográfica, em especial dos marsupiais. As várias espécies do gênero Monodelphis, que antes eram consideradas raras e representadas por poucos espécimes em coleções científicas (Gomes 1991), hoje são táxons abundantes, permitindo a resolução de diversos problemas taxonômicos (e.g., Vilela et al. 2010). De maneira semelhante, poucos representantes do gênero Cryptonanus, anteriormente considerados subespécies ou sinônimos de G. microtarsus (Voss et al. 2005), existiam nas coleções. Atualmente, as espécies deste gênero têm-se revelado mais abundante em certas localidades do estado do que a própria G. microtarsus (Carmignotto, 2005 - citado como Gracilinanus spp.). Cryptonanus trata-se de um gênero pouco conhecido em termos taxonômicos, principalmente no que diz respeito às espécies brasileiras, já que poucos exemplares provenientes do Brasil foram analisados por Voss et al. (2005). O emprego de Cryptonanus spp. para os táxons presentes no estado de São Paulo é provisório, e se baseia na revisão do gênero em andamento, que aponta três táxons distintos com ocorrência em São Paulo (A.P. Carmignotto, dados não publicados).

Considerando-se o grau de ameaça, não só espécies de distribuição restrita como Marmosops paulensis, Monodelphis iheringi e Thylamys velutinus encontram-se sob ameaça (categoria vulnerável), mas também as espécies relativamente abundantes, que vêm sofrendo com o processo de fragmentação de hábitats, como é o caso de Marmosops incanus, Metachirus nudicaudatus, Monodelphis americana e M. scalops (categoria quase ameaçados) (São Paulo 2008).

1.2. Mamíferos terrestres de médio e grande porte

Em relação aos mamíferos terrestres de médio e grande porte (45 espécies), apesar de suas espécies serem melhor delimitadas quanto comparadas aos mamíferos de menor porte, há ainda vários problemas taxonômicos, como por exemplo, em relação às espécies do gênero Conepatus (Kasper et al. 2009) e Galictis (Oliveira 2009), dificultando a delimitação de suas áreas de distribuição e, consequentemente, quais espécies ocorrem no estado. Mesmo grupos considerados bem estudados como os carnívoros apresentam variação geográfica ao longo de suas amplas distribuições geográficas, podendo vir a constituir táxons distintos. O único táxon de médio porte com locadidade-tipo restrita a São Paulo é o mico-leão-preto Leontopithecus chrysopygus (Mikan, 1823), com localidade-tipo em Ipanema.

Além disso, existem espécies que apresentam poucos registros de ocorrência no estado, como o mico-leão-de-cara-preta Leontopithecus caissara, o cachorro-do-mato-vinagre Speothos venaticus (Beisiegel 2009), a raposa-do-campo Lycalopex vetulus, o gato-do-mato Leopardus wiedii, e os veados Mazama nana e Mazama bororo, ambos recém reconhecidos como espécies válidas, e apresentando registros em São Paulo (Rossi 2000, Duarte & Jorge 2003). Existem espécies, ainda, que somente apresentam registros históricos no estado, como o tatu-canastra Priodontes maximus e a ariranha Pteronura brasiliensis. É necessário que estudos sejam delineados para o inventário destas espécies para que possamos delimitar os locais de ocorrência no estado, permitindo traçar estratégias voltadas para a conservação destas espécies, bem como o estudo de suas populações, principalmente devido ao fato deste grupo de mamíferos apresentar o maior número de espécies ameaçadas de extinção (São Paulo 2008).

1.3. Morcegos

Existem 79 espécies de quirópteros com registro em São Paulo. Os filostomídeos representam a maioria das espécies (38 ou 45,6%) seguidos dos molossídeos (17 ou 21,5%) e vespertilionídeos (15 ou 19%). Dentre as 79 espécies, seis apresentam localidade-tipo no estado: Micronycteris megalotis (Gray, 1842) em Perequê; Mimon bennettii (Gray, 1838) e Pygoderma bilabiatum (Wagner, 1843) em Ipanema; Uroderma bilobatum Peters, 1866 em São Paulo; Cynomops abrasus (Temminck, 1826) em Votuporanga e Lasiurus ebenus Fazzolari-Côrrea, 1994 no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, este último restrito à localidade-tipo (Gardner 2008, Gregorin 2008).

Existem também grandes lacunas de conhecimento com relação a este grupo no estado, e a maioria das espécies apresenta poucos registros, por exemplo: Saccopteryx leptura, Diclidurus scutatus, Mimon crenulatum, Glyphonycteris sylvestris, Trachops cirrhosus, Eumops glaucinus, E. hansae, E. maurus, Nyctinomops macrotis, Natalus espiritosantensis, Myotis alter e M. albescens, incluindo várias espécies que apresentam seu limite meridional de distribuição no estado, como Vampyrodes caraccioli (Velazco et al. 2010a), Thyroptera tricolor (Miretzki 2010) e Natulus espiritosantensis (Miretzki 2006). Porém, dentre as espécies consideradas ameaçadas no estado, encontram-se apenas duas espécies de morcegos hematófagos (Diaemus youngii e Diphylla ecaudata), Natalus espiritosantensis (citado como N. stramineus) e Thyroptera tricolor, todas apresentando baixas densidades populacionais onde ocorrem (Miretzki 2010). O quadro geral é de um conhecimento ainda incipiente, destacando-se que das 79 espécies registradas para o estado, 25 (31,6%) são listadas como de Dados Deficientes (Percequillo & Kierulff 2010).

Em termos taxonômicos, duas espécies ainda precisam de estudos mais aprofundados. Molossus cf. aztecus foi registrada para a região do planalto paulista, em área de mosaico de paisagens, e os estudos sobre o espécime estão em andamento (R. Gregorin, dados não publicados). De qualquer forma, há registro dessa espécie para o sul mineiro, também em área ecotonal (Lavras e Viçosa - Gregorin, R. com. pess.), o que estende consideravelmente sua distribuição geográfica. A outra espécie em estudo, e que provavelmente terá sua taxonomia modificada, é Thyroptera tricolor. Os espécimes da Mata Atlântica do Sudeste e Sul da Bahia mostram diferenças qualitativas na pelagem e tamanho menor que os típicos T. tricolor (Gregorin et al. 2006). Nesse sentido, a revalidação de Thyroptera juquiaensis Vieira, 1942 pode ocorrer. Em termos taxonômicos, estamos considerando Platyrrhinus incarum em detrimento de P. helleri que foi restrita para a América Central (Velazco et al. 2010b) e Natalus espiritosantensis em vez de N. stramineus, táxon que ficou restrito às Antilhas (Tejedor et al. 2005, Tejedor 2006).

1.4. Cetáceos

Com relação aos cetáceos, hoje temos um cenário muito mais consistente do que aquele apresentado por von Ihering (1894): são conhecidas do litoral do Estado de São Paulo, 22 gêneros e 25 espécies desta ordem, dentre as baleias das famílias Balaenidae e Balaenopteridae, e golfinhos, botos, orcas, cachalotes, toninhas e baleias-bicudas das famílias Delphinidae, Physeteridae, Iniidae e Ziphiidae. Muitas das espécies são animais oceânicos, vagrantes (como as espécies do gênero Balaenoptera e os zifídeos), cujos registros se tratam de encalhes ocasionais na costa do estado (representados na coleção do MZUSP). Outros táxons, como Pontoporia blainvillei e Sotalia guianensis, por outro lado, apresentam populações residentes no estado (Rollo 2002, Higa 2003). Destas, três espécies encontram-se ameaçadas: Balaenoptera musculus, B. physalus e P. blainvillei, sendo as duas primeiras na categoria "criticamente em perigo", e a última "em perigo" (Rollo 2010). Por outro lado, 10 espécies (entre elas, Eubalaena australis, Balaenoptera acutorostrata, Megaptera novaeangliae, Delphinus capensis, Stenella frontalis, Physeter macrocephalus) encontram-se na lista de espécies com "dados deficientes" (São Paulo 2008).

1.5. Roedores

Considerando as 58 espécies de roedores, incluindo os esquilos, roedores sigmodontíneos e caviomorfos com ocorrência para o estado, oito espécies válidas apresentam a localidade tipo no Estado de São Paulo: Akodon sanctipaulensis Hershkovitz, 1990 com localidade-tipo em Primeiro Morro; Drymoreomys albimaculatus Percequillo, Weksler & Costa, 2011 com localidade-tipo no Parque Estadual de Intervales; Euryoryzomys russatus (Wagner, 1848), Kannabateomys amblyonyx (Wagner, 1845) e Phyllomys nigrispinus (Wagner, 1842) com localidade-tipo em Ipanema; Nectomys squamipes (Brants, 1827), Phyllomys thomasi (Ihering, 1897) e Trinomys iheringi (Thomas, 1911) com localidade-tipo restrita à Ilha de São Sebastião. Duas destas localidades, Ipanema e Ilha de São Sebastião, aparecem como localidade-tipo para mais de um táxon. A antiga Fazenda Ipanema, atualmente localizada no município de Iperó, situava-se em uma importante rota de comércio, tendo sido percorrida por inúmeros naturalistas-viajantes como Johann Natterer (coletor da maioria dos holótipos das espécies descritas nesta localidade), Spix e Martius, entre outros, durante o século XIX (Papavero 1973). A segunda localidade foi amostrada por H. von Ihering, que descreveu P. thomasi, e ainda enviou alguns espécimes a Oldfield Thomas, curador do British Museum of Natural History, que descreveu Trinomys iheringi (Thomas, 1911).

Muitas espécies da ordem Rodentia ainda apresentam problemas de definição e delimitação, como Akodon sanctipaulensis e Holochilus brasiliensis, por exemplo. A primeira é conhecida apenas da sua localidade-tipo, uma região da Serra do Mar, e sua validade tem sido questionada (v. Christoff et al. 2000); a segunda espécie foi revista por Hershkovitz (1955) e seus limites permanecem obscuros, devido à falta de amostras adequadas e à carência de estudos recentes. Todavia, os limites de distribuição da maioria das espécies de roedores ainda são pouco claros, uma vez que várias destas foram registradas apenas recentemente no estado e de forma pontual, como Abrawayaomys ruschii, Cerradomys scotti, Bibimys labiosus, Oecomys catherinae, Pseudoryzomys simplex e Rhagomys rufescens. Além disso, novas espécies foram descritas, com parte de seus limites de distribuição alcançando o estado, como Phyllomys sulinus Leite, Christoff & Fagundes, 2008 e P. pattoni Emmons, Leite, Kock & Costa, 2002. Ainda dentro do gênero Phyllomys, uma espécie importante regionalmente é P. thomasi, que é endêmica da Ilha de São Sebastião, e uma espécie ameaçada de extinção, segundo a Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do Estado de São Paulo (São Paulo 2008, Iack-Ximenes 2010). Há, ainda, táxons a serem descritos, como é o caso de um novo táxon de Rhipidomys, citado como Rhipidomys cf. macrurus por Tribe (1996), e reconhecido como Rhipidomys sp. nov. por Pinheiro & Geise (2008), o qual ocorre em algumas localidades da Serra do Mar em São Paulo.

Não são conhecidas espécies extintas de roedores no estado de São Paulo, mas na revisão da lista estadual (Percequillo & Kierulff 2010), algumas espécies apresentaram algum grau de ameaça (em perigo - EN, vulnerável - VU, e quase ameaçada - NT) e várias outras espécies apresentaram conhecimento insuficiente (DD), não sendo possível atribuir a elas qualquer categoria. Dentre as ameaçadas podem ser citadas, além de P. thomasi (em perigo), Euryoryzomys russatus, Cerradomys scotti, Pseudoryzomys simplex, Phaenomys ferrugineus e Thaptomys nigrita, todas vulneráveis. Na lista de espécies deficientes de dados, foram incluídos 16 táxons, entre eles, Akodon paranaensis, Brucepattersonius igniventris, Holochilus brasilensis, Juliomys ossitenuis, Rhagomys rufescens, Phyllomys kerri e Trinomys dimidiatus. É importante um esforço de pesquisa com relação ao estudo destes táxons, para que em próximas revisões da lista estadual ou mesmo nacional, tenhamos elementos mais claros e objetivos para estabelecer o estado de conservação destes táxons.

2. Comentários sobre a lista e riqueza do estado comparado com outras regiões

O Estado de São Paulo possui 231 espécies de mamíferos, o que representa pouco mais de um terço de toda a fauna de mamíferos do Brasil, que é de aproximadamente 650 espécies (Reis et al. 2006). Considerando que o estado possui um pouco menos que 3% da área do País, a representação de espécies de mamíferos parece realmente desproporcional. Existem algumas razões importantes para isso, algumas ligadas aos mamíferos como grupo, e outras à posição de São Paulo no contexto dos biomas brasileiros. De fato, o número de espécies de ampla distribuição na América do Sul tropical é grande e assim, muitas delas ocorrem em toda parte, incrementando o número total de espécies de uma determinada região (Carmignotto et al.no prelo). Isso significa que qualquer estado da Federação terá proporcionalmente mais espécies de mamíferos que sua área permitiria prever. Mas São Paulo também possui uma considerável riqueza de espécies por sua diversidade de biomas (de Vivo 1998).

Clima e vegetação são bastante variáveis no estado (Tabela 1). Embora as médias de temperatura mensais sejam relativamente semelhantes entre localidades, a precipitação pode ser consideravelmente distinta: o resultado dessa variação é que os meses de inverno em São Paulo podem apresentar condições de déficit hídrico em certas regiões, enquanto em outras não. Como resultado desse padrão climático, a região costeira e serrana de São Paulo apresenta cobertura vegetal de Floresta Ombrófila Densa, enquanto que no interior predominam fitofisionomias de Floresta Semi-Decidual e áreas savânicas, incluindo todas as principais facies do Cerrado, desde o campo limpo até o cerradão. Além dessas fitofisionomias, numerosas outras de menor expressão geográfica são encontradas, tais como campos de altitude, mangues, restingas e fitofisionomias ecotonais (Kronka et al. 2005). Todo esse conjunto de biomas nativos se encontra hoje geralmente em retração frente à ocupação humana. Essa tem dois grandes componentes que possuem distintas implicações sobre a mastofauna: o espaço urbano é importantíssimo no Estado de São Paulo, e geralmente pode ser considerado como implicando na total ou quase total erradicação da mastofauna; os ambientes agro-pastoris representam uma intervenção na paisagem que também resulta em alguma extinção localizada de mamíferos, mas tem outra consequência importante no sentido de que muitas facies dessas paisagens agrícolas podem ser percebidas pelos mamíferos como um "ambiente aberto" genérico, onde pouca interação é possível com a vegetação plantada, mas que permite o deslocamento e mesmo relações de predação. Assim, ambientes agrícolas não são imediatamente deletérios à mastofauna. Em geral, pode-se dizer que a expansão agrícola causa também alguma expansão de espécies não demasiadamente especializadas que preferem formações abertas (Umetsu & Pardini 2007).

Algumas características importantes da biogeografia da mastofauna paulista são agora melhor definidas, em consequência do trabalho que se desenvolveu desde a implantação do Programa BIOTA pela FAPESP (v. de Vivo 1998, para uma avaliação sobre essa mesma mastofauna no início do Programa).

A mastofauna pode ser claramente dividida em três conjuntos. O mais importante desses conjuntos é o das espécies generalistas, que ocorrem em todas as principais paisagens do estado. Entre esses mamíferos se encontram quase todos os carnívoros terrestres, quase todos os morcegos, e muitos roedores. Exemplos incluem os felídeos Panthera onca (onça-pintada), Puma concolor (suçuarana), Leopardus pardalis (jaguatirica), o mão-pelada (Procyon cancrivorus), a anta (Tapirus terrestris), e os tatus dos gêneros Dasypus e Cabassous. Outro grupo concentra espécies das formações abertas, tais como o tatu-peba Euphractus sexcinctus, os canídeos Lycalopex vetulus (raposa-do-campo) e Chrysocyon brachyurus (lobo-guará), os roedores dos gêneros Calomys, Cerradomys, Thrichomys e Clyomys, e as catitas do gênero Cryptonanus. O terceiro grupo inclui as espécies essencialmente florestais, tais como todos os primatas, os marsupiais Marmosops incanus, Monodelphis iheringi, os roedores equimídeos arbóreos dos gêneros Phyllomys e Kannabateomys, e a preguiça do gênero Bradypus. Esse último grupo, entretanto, pode ser subdividido entre táxons que habitam indistintamente as florestas perenifólias e semi-caducifólias (como as preguiças e o primata Callicebus personatus), os que habitam somente as florestas ombrófilas densas (os dois equimídeos supracitados; os primatas Callithrix aurita e Cebus nigritus); e um terceiro componente florestal que está principalmente associado às florestas semi-caducifólias do interior, como os primatas Callithrix penicillata, Alouatta caraya, e o marsupial Caluromys lanatus.

Existem poucas listas regionais sobre riqueza de mamíferos associadas a limites políticos; além disso, as listas existentes têm todas mais de três anos, e, considerando-se o ritmo atual de descrição de novas espécies e da ampliação de registros de distribuição geográfica, é factível supor que a maioria delas já esteja levemente desatualizada. Ainda assim, quando comparados aos números do Paraná, onde foram reconhecidas 176 espécies (Margarido & Braga 2004), as 231 espécies observadas em São Paulo, e 206 excluindo-se os cetáceos, são bastante expressivas. O mesmo vale para o Estado de Santa Catarina, onde foram reconhecidas 152 espécies de forma inequívoca (Cherem et al. 2004). Nestes dois estados, a tradição em estudos de mamíferos é bem mais recente que em São Paulo, e por esta razão, contam com maiores lacunas amostrais e acervos menores, o que pode explicar a menor diversidade de espécies. Outro aspecto que pode ser considerado para explicar a menor diversidade nos estados do Sul é a diminuição das temperaturas médias durante o inverno, o que pode limitar a distribuição de alguns táxons, como primatas, marsupiais e morcegos, grupos que apresentam os limites de distribuição geográfica para a maioria das espécies na porção Sul do Estado de São Paulo (Ávila-Pires 1987, de Vivo 1998).

No Estado do Rio de Janeiro, Bergallo et al. (1998) listaram 176 espécies de mamíferos, um número semelhante àquele observado para Paraná e Santa Catarina. O Estado do Rio de Janeiro apresenta uma menor diversidade de biomas, apresentando uma fauna tipicamente de Floresta Atlântica. Em Minas Gerais foram listadas 238 espécies de mamíferos terrestres (Biodiversitas 2007), um número superior ao encontrado em São Paulo. Esta maior riqueza pode estar relacionada ao fato de Minas Gerais apresentar uma área muito maior que São Paulo, abrangendo áreas mais significativas do bioma Cerrado (que ocorre apenas de forma marginal em São Paulo), e também de Caatinga e florestas deciduais (ambientes não representados no estado de São Paulo). Soma-se a isso o relevo acidentado em duas porções no estado de Minas Gerais e que aparentemente mostram diversificação expressiva. São as cadeias do Sul de Minas Gerais que mesmo próximas, apresentam elevada diferenciação em níveis específicos ou populacionais, com faunas distintas nos complexos da Mantiqueira ao sul, e da Serra do Caparaó a leste e norte (e.g. Gonçalves et al. 2007).

Para o estado de Mato Grosso do Sul, apesar de sua grande área e diversidade de biomas incluindo Cerrado, Floresta Atlântica, e Pantanal, foram listadas apenas 151 espécies de mamíferos terrestres, um número próximo ao registrado para outros estados, e inferior ao encontrado em São Paulo e Minas Gerais. Além do fato deste estado também estar distante dos centros onde se concentra a maior parte dos pesquisadores, possuindo enormes lacunas de inventário de fauna, a maior parte de sua área já se encontra desmatada, restando poucos fragmentos de Mata Atlântica e de Cerrado, sendo o Pantanal, uma das poucas áreas bem preservadas (Cáceres et al. 2008).

3. Principais avanços relacionados ao Programa BIOTA

No início do Programa BIOTA FAPESP, de Vivo (1998) registrou a presença de 194 espécies de mamíferos para o estado. Considerando-se os dados atuais, este número sofreu um acréscimo de 20%, sendo os quirópteros (64 para 79 espécies) e os roedores (42 para 58 espécies), os grupos que mais incrementaram este aumento de conhecimento. Estes dados são basicamente provenientes de inventários faunísticos (e.g., Pardini & Umetsu 2006), proporcionando a extensão da distribuição geográfica anteriormente conhecida para a espécie (e.g., Velazco et al. 2010a), ou simplesmente a confirmação da presença do táxon no estado (e.g., Percequillo et al. 2008). A descrição de espécies novas, tanto advindas de espécimes recém inventariados (e.g., Miranda et al. 2006), como do estudo de espécimes depositados em coleções científicas oriundos, principalmente, de revisões taxonômicas (e.g., Leite et al. 2008) também auxiliaram no aumento da diversidade encontrada no estado.

Além de conhecermos um pouco mais a respeito de quais espécies ocorrem no estado, também temos um maior volume de dados a respeito de sua ocorrência, ou seja, podemos começar a discutir a distribuição dos mamíferos em relação às diferentes paisagens presentes no estado (e.g., Carmignotto 2005). Além disso, o número de estudos que tem se preocupado com o efeito da fragmentação de hábitats sobre as comunidades de mamíferos (e.g., Pardini et al. 2005); bem como a respeito da permeabilidade das áreas alteradas, como as áreas agrícolas, silviculturas e pastagens para estas espécies (e.g., Umetsu & Pardini 2007) também aumentaram. Estes estudos são extremamente importantes frente ao cenário que encontramos hoje no estado, onde restam apenas 12% de remanescentes de Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica & INPE 2008), e 0,96% de Cerrado (São Paulo 1998), os quais estão representados, na maioria, por fragmentos de até 50 ha de área no caso das formações florestais (Ribeiro et al. 2009), e menos de 10 ha para as fisionomias de Cerrado (São Paulo 1997).

Estes dados, a respeito da ocorrência, abundância e vulnerabilidade das espécies foram essenciais para traçar estratégias em relação à escolha de áreas e à indicação de ações prioritárias para a conservação dos mamíferos no estado (Kierulff et al. 2008), assim como classificar as espécies nas diferentes categorias de ameaças propostas, culminando na Lista das Espécies Ameaçadas do Estado de São Paulo (Percequillo & Kierulff 2010).

4. Principais grupos de pesquisa

A maior parte das universidades e institutos isolados de pesquisa no estado apresenta profissionais que estudam algum aspecto da biologia, sistemática e evolução de mamíferos. Existem profissionais atuantes em diversos campi da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (UNESP), na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), no Instituto Butantan (IB) e em diversos outros centros não acadêmicos, como o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), o Centro Nacional de Predadores (CENAP), o Instituto de Pesquisas de Cananéia (IPEC), entre outros.

5. Principais acervos

Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), Mastozoologia - possui cerca de 50.000 exemplares de todas as ordens presentes no Brasil e ao redor de 25 holótipos e parátipos.

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Museu de História Natural - o acervo reúne cerca de 2.200 exemplares, e possui material-tipo.

Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de São José do Rio Preto, Departamento de Zoologia, Laboratório de Quiropterologia - esta coleção apresenta cerca de 10.000 exemplares, com predomínio de espécies da ordem Chiroptera, e possui dois holótipos e seis parátipos.

6. Principais lacunas do conhecimento

Existem inúmeras lacunas do conhecimento da mastofauna do estado de São Paulo, que vão desde o número limitado de amostras zoológicas até a falta de informações acerca da ecologia e história natural de várias espécies.

É imprescindível que sejam produzidas mais revisões taxonômicas com diversos grupos de mamíferos, pois estas alteram o conhecimento dos táxons de uma forma mais ampla, e consequentemente, dos que ocorrem no estado de São Paulo. Podem ser citados como exemplos o registro de Cerradomys scotti em São Paulo (Percequillo et al. 2008), e a ocorrência de táxons distintos do gênero Cryptonanus (A.P. Carmignotto, dados não publicados).

São necessários mais trabalhos e mais amostragens em áreas de Florestas Ombrófilas Densas (p.ex., um novo gênero e espécie de roedor sigmodontíneo da Floresta Atlântica foi descrito para este tipo de vegetação Percequillo et al. 2011), nos fragmentos de Cerrado (Carmignotto 2005), bem como em áreas do centro e oeste do estado, que permanecem ainda pouco estudadas (Kierulff et al. 2008).

Os resultados aqui apresentados mostram que a diversidade, o conhecimento acerca da distribuição das espécies, e seu estado de conservação no estado de São Paulo evoluíram de forma significativa desde a publicação de von Ihering (1894). Embora novos grupos de pesquisa venham produzindo importantes informações ecológicas, ainda existem poucos estudos sobre densidades populacionais de mamíferos, preferência de hábitat, autoecologia, ecologia de populações para pequenos mamíferos, bem como primatas e animais de médio e grande porte. Além disso, faltam dados publicados, apesar do grande número de relatórios de iniciação científica, dissertações e teses desenvolvidas no estado (v. bibliografia citada para o estado, Apêndice 3).

7. Perspectivas de pesquisa para os próximos 10 anos

Nos últimos 10 anos, aproximadamente uma dezena de mastozoólogos foi contratada em universidades e centros de pesquisa no estado de São Paulo, praticamente triplicando o número de profissionais em atuação no estado, o que representa um grande avanço. O papel multiplicador desta nova geração seguramente irá impulsionar o estudo de mamíferos no estado pela próxima década, o que representa uma excelente perspectiva.

Nos próximos 10 anos ainda precisaremos aumentar as nossas amostras de mamíferos em coleções zoológicas, mas também amostras que contemplem a obtenção de material para análises genéticas. Serão necessários estudos taxonômicos, revisões e filogenias, mas também abordagens filogeográficas e de genética de populações, para diagnosticarmos de forma efetiva a riqueza de mamíferos no estado, bem como os mecanismos evolutivos responsáveis por esta diversificação.

Aliados a esses estudos serão necessárias abordagens ecológicas (autoecologia e sinecologia), para gerarmos conhecimento, que em conjunto com as informações de diversidade e evolução, nos permitirá avaliarmos o estado de conservação dos mamíferos de São Paulo e tomarmos decisões sobre as melhores estratégias para manejarmos e preservarmos estas espécies.

Agradecimentos

Gostaríamos de agradecer em especial à FAPESP, projeto Temático Processo 98/05075-7, Programa BIOTA; Processo 00/06642-4 (APC); CNPq Processo 310490/2009-0 (RG).

À técnica Juliana Gualda pelo auxílio na busca do material testemunho na coleção de mamíferos do MZUSP. À Dra. Caroline Aires e Dr. Fabio Nascimento pelo auxílio na busca de literatura.

Referências Bibliográficas

AIRES, C.C. 2008. Caracterização das espécies brasileiras de Myotis Kaup, 1829 (Chiroptera: Vespertilionidae) e ensaio sobre filogeografia de Myotis nigricans (Schinz, 1821) e Myotis riparius Handley, 1960. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

ANDERSEN, A. 1908. A monograph of the chiropteran genera Uroderma, Enchistenes and Artibeus. Proc. Zool. Soc. London, 1908:204-319.

ÁVILA PIRES, F.D. 1987. Introdução à Mastozoologia do Brasil Meridional. Rev. Bras. Zool. 4(2):115-128.

BEISIEGEL, B.M. 2009. First câmera trap record of bush dogs in the state of São Paulo, Brazil. Canid News 12(5): http://www.canids.org/canidnews/12/Bush_dogs_in_Sao_Paulo.pdf (último acesso em 13/10/2010).

BERGALLO, H.G., GEISE, L., BONVICINO, C.R., CERQUEIRA, R., D'ANDREA, P.S., ESBERÁRD, C.E., FERNANDEZ, F.A.S., GRELLE, C.E., PERACCHI, A., SICILIANO, S. &, VAZ, S.M. 1998. Lista das espécies ameaçadas de extinção da fauna do Estado do Rio de Janeiro. Editora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

BEZERRA, A.M.R. & OLIVEIRA, J.A. 2010. Taxonomic implications of cranial morphometric variation in the genus Clyomys Thomas, 1916 (Rodentia: Echimyidae). J. Mammal. 91(1):260-272. http://dx.doi.org/10.1644/08-MAMM-A-320R1.1

BIODIVERSITAS. 2007. Lista das espécies ameaçadas de extinção da fauna do Estado de Minas Gerais. Biodiversitas, Belo Horizonte.

CÁCERES, N.C., CARMIGNOTTO, A.P., FISCHER, E. & SANTOS, C.F. 2008. Mammals from Mato Grosso do Sul, Brazil. Check List 4(3):321-335.

CAMARDELLA, A.R., ABREU, M.F. & WANG, E. 2000. Marsupials found in felid scats in southeastern Brazil, and a range extension of Monodelphis theresa. Mammalia 64:379-382.

CARMIGNOTTO, A.P. 2005. Pequenos mamíferos terrestres do bioma Cerrado: padrões faunísticos locais e regionais. Tese de Doutorado em Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.

CARMIGNOTTO, A.P. & MONFORT, T. 2006. Taxonomy and distribution of the Brazilian species of Thylamys (Didelphimorphia: Didelphidae). Mammalia 70(1-2):126-144. http://dx.doi.org/10.1515/MAMM.2006.013

CARMIGNOTTO, A.P., DE VIVO, M. & LANGGUTH, A. No prelo. Mammals of the Cerrado and Caatinga: distribution patterns of the tropical open biomes of South America. In Bones, clones, and biomes: the history and geography of recent Neotropical mammals (B.D. Patterson & L.P. Costa, eds.). University of Chicago Press, chapter 14, p.1-62.

CERQUEIRA, R. & LEMOS, B. 2000. Morphometric differentiation between neotropical black-eared opossums, Didelphis marsupialis and D. aurita (Didelphimorphia, Didelphidae). Mammalia 64(3):319-327.

CHEREM, J.J., SIMÕES LOPES, P.C., ALTHOFF, S.L. & GRAIPEL, M.E. 2004. Lista dos mamíferos do estado de Santa Catarina, sul do Brasil. Mastozool. Neotrop. 11:151-184.

CHRISTOFF, A.U., FAGUNDES, V., SBALQUERO, I. J. MATTEVI, M.S. & YONENAGA-YASSUDA, Y. 2000. Description of a new species of Akodon (Rodentia: Sigmodontinae) from southern Brazil. J. Mammal. 81:838-851.

COSTA, L.P., LEITE, Y.L.R. & PATTON, J.L. 2003. Phylogeography and systematic notes on two species of gracile mouse opossums, genus Gracilinanus (Marsupialia: Didelphidae) from Brazil. Proc. Biol. Soc. Wash. 116(2):275-292.

DUARTE, J.M.B. & JORGE, W. 2003. Morphologic and cytogenetic description of the small red brocket (Mazama bororo Duarte, 1996) in Brazil. Mammalia 67(3):403-410.

GARBINO, G.S.T. & DE VIVO, M. 2009. Amostragem e distribuição de morcegos (Mammalia, Chiroptera) do Estado de São Paulo, Brasil. Iniciação Científica, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo.

GARDNER, A.L. 2008. Mammals of South America. Marsupials, xenarthrans, shrews and bats. The University of Chicago Press, Chicago, London, vol.1. [Data de 2007, mas publicado em 2008] .

GERALDES, M.P. 2005. Diversidade e estratificação altitudinal de conjuntos taxonômicos de morcegos na Mata Atlântica da Serra do Mar, São Paulo. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

GOMES, N.F. 1991. Revisão sistemática do gênero Monodelphis. Dissertação de Mestrado, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo.

GONÇALVES, P.R., MYERS, P., VILELA, J.F. & OLIVEIRA, J.A. 2007. Systematics of species of the genus Akodon (Rodentia: Sigmodontinae) in southeastern Brazil and implications for the biogeography of the campos de altitude. Misc. Publ. Mus. Zool. Univ. Mich. 197:1-24.

GREGORIN, R. 2006. Taxonomia e variação geográfica das espécies do gênero Alouatta Lacépède (Primates, Atelidae) no Brasil. Rev. Bras. Zool. 23(1):64-144. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81752006000100005

GREGORIN, R., GONÇALVES, E., LIM, B.K. & ENGSTROM, M.D. 2006. New species of disk-winged bat genus Thyroptera and range extension for T. discifera. J. Mammal. 87(2):238-246.

GREGORIN, R. 2008. Lasiurus ebenus. In Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (A.B.M. Machado, G.M. Drummond & A.P. Paglia). Ministério do Meio Ambiente, Brasília, p.719-720.

HERSHKOVITZ, P. 1955. South American marsh rats, genus Holochilus, with a summary of sigmodontinae rodents. Field. Zool. 37:639-673.

HIGA, A. 2003. Taxonomia de Pontoporia (Cetacea, Pontoporiidae). Dissertação de Mestrado em Biologia Comparada, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

HOFFMANN, F.G., LESSA, E. & SMITH, M.F. 2002. Systematics of Oxymycterus with description of a new species from Uruguay. J. Mammal. 83(2):408-420.

IACK-XIMENES, G.E. 1999. Sistemática da família Dasyproctidae Bonaparte, 1838 (Rodentia, Hystricognathi) no Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

IACK-XIMENES,G.E. 2005. Revisão de Trinomys Thomas, 1921 (Rodentia: Echimyidae). Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

IACK-XIMENES, G.E. 2010. Phyllomys thomasi (Ihering, 1897). In Fauna Ameaçada de Extinção no estado de São Paulo: Vertebrados (P.M. Bressan, M.C.M. Kierulff & A.M. Sugieda). Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, p.78.

KASPER, C.B., FONTOURA-RODRIGUES, M.L., CAVALCANTI, G.N., FREITAS, T.R.O., RODRIGUES, F.H.G., OLIVEIRA, T.G. & EIZIRIK, E. 2009. Recent advances in the knowledge of Molina's Hog-nosed Skunk Conepatus chinga and Striped Hog-nosed Skunk C. semistriatus in South America. Small Carn. Cons. 41:25-28.

KIERULFF, M.C.M., B.M., BEISIEGEL, CARMIGNOTTO, A.P., COUTINHO, D.M., CIOCHETI, G., DITT, E.H., MARTINS, R.R., LIMA, F., NASCIMENTO, A.T.A., NALI, C., TAMBOSI, L.R., SETZ, E.Z. F., GOMES, M.T., MORATO, R.G. ALBERTS, C.C., VENDRAMI, J., FREITAS, S., GASPAR, D.A., PORT-CARVALHO, M. & PAGLIA, A. 2008. Mamíferos. In Diretrizes para a Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo (R.R. Rodrigues, C.A. Joly, M.C.W. Brito, A. Paese, J.P. Metzger, L. Casatti, M.A. Nalon, N. Menezes, N.M. Ivanauskas, V. Bolzani, V.L.R. Bononi, orgs.). FAPESP, São Paulo, p.73-76.

KRONKA, F.J.N., NALON, M.A., MATSUKUMA, C.K. , KANASHIRO, M.M., YWANE, M.S.S., PAVÃO, M., DURIGAN, G., LIMA, L.M.P.R., GUILLAUMON, J.R., BAITELLO, J.B., BORGO, S.C., MANETTI, L.A., BARRADAS, A.M.F., FUKUDA, J.C., SHIDA, C.N., MONTEIRO, C.H.B., PONTINHA, A.A.S., ANDRADE, G.G., BARBOSA, O. & SOARES, A.P. 2005. Inventário florestal da vegetação natural do estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente; Instituto Florestal; Imprensa Oficial, São Paulo.

LEITE, Y.R.L., CHRISTOFF, A.U. & FAGUNDES, V. 2008. A new species of Atlantic Forest tree rat, genus Phyllomys (Rodentia, Echimyidae) from Southern Brazil. J. Mammal.89(4): 845-851. http://dx.doi.org/10.1644/07-MAMM-A-343.1

MAGALHÃES, A.C. 1939. Ensaio sobre a Fauna do Brasil. Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, São Paulo.

MARCHESIN, S.R.C. 2006. Divergência genética e relacionamento filogenético em espécies de morcegos das famílias Molossidae e Phyllostomidae baseado em análises de PCR-RFLP. Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São José do Rio Preto.

MARGARIDO, T.C.C. & BRAGA, F. 2004. Mamíferos. In Lista das espécies ameaçadas de extinção da fauna do Estado do Paraná (S.B. Mikich & R.S. Bérnils). Curitiba, Instituto Ambiental do Paraná .

MARTINS, E.G. & BONATO, V. 2004. On the diet of Gracilinanus microtarsus (Marsupialia, Didelphidae) in an Atlantic rainforest fragment in southeastern Brazil. Mammal. Biol. 69:58-60.

MARTINS, E.G., BONATO, V., SILVA, C.Q. & REIS, S.F. 2006a. Seasonality in reproduction, age structure and density of the gracile mouse opossum Gracilinanus microtarsus (Marsupialia: Didelphidae) in a Brazilian cerrado. J. Trop. Ecol. 22(4):461-468.

MARTINS, E.G., BONATO, V., PINHEIRO, H.P. & REIS, S.F. 2006b. Diet of the gracile mouse opossum (Gracilinanus microtarsus) (Didelphimorphia: Didelphidae) in a Brazilian cerrado: patterns of food consumption and intrapopulation variation. J. Zool. 269(1):21-28.

MARTUSCELLI, P., MILANELO, M. & OLMOS, F. 1995. First records of Arnoux's beaked whale (Berardius arnuxii) and Southern right-whale dolphin (Lissodelphis peronii) from Brazil. Mammalia 59(2):274-275.

MIRETZKI, M. 2006. Diversidade de mamíferos da Floresta Atlântica. Tese de Doutorado em Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.

MIRETZKI, M. 2010. Diaemus youngi (Jentink, 1893) e Diphylla ecaudata Spix, 1823 Chiroptera, Phyllostomidae; Thyroptera tricolor Spix, 1823 Chiroptera, Thiropteridae; Natalus stramineus Gray, 1838 Chiroptera, Natalidae. In Fauna ameaçada de extinção no estado de São Paulo: vertebrados (P.M. Bressan, M.C.M. Kierulff & A.M. Sugieda). Fundação Parque Zoológico de São Paulo; Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, p.51-54.

MOTTA JUNIOR, J. 1996. Ecologia alimentar de corujas (Aves, Strigiformes) na região central do Estado de São Paulo: biomassa, sazonalidade e seletividade de suas presas. Tese de Doutorado, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

MUSTRANGI, M.A. & PATTON, J.L. 1997. Phylogeography and systematics of the slender mouse opossum Marmosops (Marsupialia, Didelphidae). Univ. Cal. Publ., Zool. 130:1-86.

OLIVEIRA, J.A. 1998. Morphometric assesment of species groups in the South American rodent genus Oxymycterus Sigmodontinae, with taxonomic notes based on the analysis of type material. PhD Dissertation, Texas Tech University, Lubbock.

OLIVEIRA, T.G. 2009. Notes on the distribution, status, and research priorities of little-known small carnivores in Brazil. Small Carn. Cons. 41:22-24.

PAPAVERO, N. 1973. Essays on the History of Neotropical Dipterology, with special reference to collectors (1750-1905). Museu de Zoologia; Universidade de São Paulo, São Paulo, vol.2.

PARDINI, R., SOUZA, S.M., BRAGA-NETTO, R. & METZGER, J.P. 2005. The role of forest structure, fragment size and corridors in maintaining small mammal abundance and diversity in a tropical forest landscape. Biol. Cons. 124:253-266.

PARDINI, R. & UMETSU, F. 2006. Pequenos mamíferos não voadores da Reserva Florestal do Morro Grande - distribuição das espécies e da diversidade em uma área de Mata Atlântica. Biota Neotrop. 6(2): http://www.scielo.br/pdf/bn/v6n2/v6n2a06.pdf (último acesso em 13/10/2010).

PATTON, J.L. & SILVA, M.N.F. 1997. Definition of species of pouched four-eyed opossums (Didelphidae, Philander). J. Mammal. 78(1):90-102.

PATTON, J.L., SILVA, M.N.F. & MALCOLM, J.R. 2000. Mammals of the Rio Juruá and the evolutionary and ecological diversification of Amazonia. Bull. Am. Mus. Nat. Hist. 244.

PATTON, J.L. & COSTA, L.P. 2003. Molecular phylogeography and species limits in rainforest didelphid marsupials of South America. In Predators with pouches - the biology of carnivorous marsupials. (M. Jones & C.R. Dickman, eds.). CSIRO Publishing, Australia. p.63-81.

PERCEQUILLO, A.R., HINGST-ZAHER, E. & BONVICINO, C.R. 2008. Systematic review of genus Cerradomys Weksler, Percequillo and Voss, 2006 (Rodentia: Cricetidae: Sigmodontinae: Oryzomyini), with description of two new species from eastern Brazil. Am. Mus. Novit. 3622:1-46.

PERCEQUILLO, A.R. & KIERULFF, M.C.M. 2010. Mamíferos, Introdução. In Fauna Ameaçada de Extinção no estado de São Paulo: vertebrados (P.M. Bressan, M.C.M. Kierulff & A.M. Sugieda). São Paulo, Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente, p.33-35.

PERCEQUILLO, A.R., WEKSLER, M. & COSTA, L.P. 2011 . A new genus and species of rodent from the Brazilian Atlantic Forest (Rodentia, Cricetidae, Sigmodontinae, Oryzomyini), with comments on oryzomyine biogeography. Zool. J. Linn. Soc. 161: 357-390. http://dx.doi.org/10.1111/j.1096-3642.2010.00643.x

PERSSON, V.G. & LORINI, M.L. 1993. Notas sobre o mico-leão-de-cara-preta, Leontopithecus caissara Lorini & Persson, 1990, no sul do Brasil (Primates, Callitrichidae). In A primatologia no Brasil 4 (M.E. Yamamoto & M.B.C. Souza, eds.). Sociedade Brasileira de Primatologia, p.169-181.

PINHEIRO, P.S. & GEISE, L. 2008. Non-volant mammals of Picinguaba, Ubatuba, state of São Paulo, southeastern Brazil. Bol. Mus. Biol. Mello Leitão (N. Sér.) 23:51-59.

PORTER, C.A., HOOFER, S.R., CLINE, C.A., HOFFMANN, F.G. & BAKER, R.J. 2007. Molecular phylogenetics of the Phyllostomid bat genus Mycronycteris with the descriptions of two new subgenera. J. Mammal. 88(5):1205-1215. http://dx.doi.org/10.1644/06-MAMM-A-292R.1

REIS, N.R., SHIBATTA, O.A., PERACCHI, A.L., PEDRO, W.A. & LIMA, I.P. 2006. Sobre os mamíferos do Brasil. In Mamíferos do Brasil (N.R. Reis, A.L. Peracchi, W.A. Pedro & I.P. Lima, eds.). Londrina, Paraná, p.17-25.

RIBEIRO, M.C., METZGER, J.P., PONZONI, F., MATERSEN, A.C. & HIROTA, M. 2009. Brazilian Atlantic Forest: how much is left and how the remaining Forest is distributed? Implications for conservation. Biol. Cons. 142:1141-1153. http://dx.doi.org/10.1016/j.biocon.2009.02.021

ROLLO, M.M. 2010. Balaenoptera musculus (Linnaeus 1758), Balaenoptera physalus (Linnaeus, 1758) Cetacea, Balaenopteridae e Pontoporia blainvillei (Gervais & D'Orbigny, 1844) Cetacea, Pontoporidae. In Fauna ameaçada de extinção no estado de São Paulo: vertebrados (P.M. Bressan, M.C.M. Kierulff & A.M. Sugieda). Fundação Parque Zoológico de São Paulo; Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, p.70-72.

ROSSI, R.V. 2000. Taxonomia de Mazama Rafinesque, 1817 do Brasil (Artiodactyla, Cervidae). Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

SANTOS, M.C.O., ZAMPIROLLI, E., VICENTE, A.F.C. & ALVARENGA, F.S. 2003. A Gervais' beaked whale (Mesoplodon europaeus) washed ashore in southeastern Brazil: extra limital record? Aqu. Mamm. 29(3):404-410.

SÃO PAULO (Estado). 1997. Cerrado: bases para a conservação e uso sustentável das áreas de Cerrado do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo. Série PROBIO/SP.

SÃO PAULO (Estado). 1998. Áreas de domínio do Cerrado no Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo.

SÃO PAULO (Estado). 2008. Decreto no. 53.494, de 2 de outubro de 2008. Diário Oficial do Estado de São Paulo, vol.118, n.187, São Paulo.

SILVA JUNIOR, J.S. 2001. Especiação nos macacos-prego e caiararas, gênero Cebus Erxleben, 1777 (Primates, Cebidae). Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

SIMMONS, N, VOSS, R.S. & FLECK, D.W. 2002. A new Amazonian species of Micronycteris (Chiroptera: Phyllostomidae) with notes of roosting behavior of sympatric congeners. Am. Mus. Novit. 3358:1-14.

SODRÉ, M.M., ROSA, A.R., GREGORIN, R. & GUIMARÃES, M.M. 2008. Range extension of Thomas' mastiff bat Eumops maurus (Chiroptera: Molossidae) in northern, central and southeastern Brazil. Rev. Bras. Zool. 25(2):379-382. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81752008000200027

SOS MATA ATLÂNTICA & INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS - INPE. 2008. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2000-2005. Fundação SOS Mata Atlântica; Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São Paulo.

SOUZA, S.P., SICILIAN, S., SANCTIS, B. & CASO, F.N. 2004. Uma baleia-bicuda no meio do caminho: Primeiro registro de Mesoplodon mirus (True, 1913) para o Brasil. 11° Reunión de Trabajo de Especialistas em Mamíferos Acuáticos de América del Sur, 11- 17 de septiembre 2004, Quito, Ecuador, Resúmenes, 125p.

TADDEI, V.A. & VICENTE-TRANJAN, E.C. 1998. Biological and distributional notes on Platyrrhinus helleri (Chiroptera: Phyllostomidae) in Brazil. Mammalia 62:112-17.

TEJEDOR, A., TAVARES, V.C. & SILVA-TABOADA, G. 2005. A revision of extant Greater Antillean bats of the genus Natalus (Chiroptera: Natalidae). Am. Mus. Novit. 3493:1-22.

TEJEDOR, A. 2006. The type locality of Natalus stramineus (Chiroptera: Natalidae): implications for the taxonomy and biogeography of the genus Natalus. Acta Chirop. 8(2):361-380. http://dx.doi.org/10.3161/1733-5329(2006)8[361:TTLONS]2.0.CO;2

THOMAS, O. 1921. A new short-tailed opossum from Brazil. Ann. Mag. Nat. Hist., Zool., Bot. and Geol., Lond. (9)8:441-442.

TRIBE, C.J. 1996. The neotropical rodent genus Rhipidomys (Cricetidae, Sigmodontinae) - a taxonomic revision. PhD Dissertation, University College, London.

UMETSU, F. & PARDINI, R. 2007. Small mammals in a mosaic of forest remnants and anthropogenic habitats - evaluating matrix quality in an Atlantic forest landscape. Landscape Ecol. 22:517-530.

VARELLA-GARCIA, M.E., MORIELLE-VERSUTE, E. & TADDEI, V.A. 1989. A survey of cytogenetic data on Brazilian bats. Rev. Bras. Gen. 12:761-793.

VELAZCO, P.M., AIRES, C.C., CARMIGNOTTO, A.P. & BEZERRA, A.M.R. 2010a. Mammalia, Chiroptera, Phyllostomidae, Vampyrodes caraccioli (Thomas, 1889): range extension and revised distribution map. Check List 6(1):49-51. http://dx.doi.org/10.1111/j.1096-3642.2009.00610.x

VELAZCO, P.M., GARDNER, A.L. & PATTERSON, B.D. 2010b. Systematics of the Platyrrhinus helleri species complex (Chiroptera: Phyllostomidae), with descriptions of two new species. Zool. J. Linn. Soc. 159:785-812.

VILELA, J.F. 2005. Filogenia molecular de Brucepattersonius (Sigmodontinae: Akodontini) com uma análise morfométrico craniana do gênero. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Rio de Janeiro.

VILELA, J.F., OLIVEIRA, J.A. & BONVICINO, C.R. 2006. Taxonomic status of Brucepattersonius albinasus (Rodentia: Sigmodontinae). Zootaxa 1199:61-68.

VILELA, J.F., RUSSO, C.A.M. & OLIVEIRA, J.A. 2010. An assessment of morphometrics and molecular variation in Monodelphis dimidiata (Wagner, 1847) (Didelphimorphia:Didelphidae). Zootaxa 2646:26-42.

VIVO, M. 1998. Diversidade de mamíferos do Estado de São Paulo. In Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. Vertebrados (R.M.C. Castro, C.A. Joly & C.E.M. Bicudo, orgs.). FAPESP, São Paulo, vol.6.

VON IHERING, H. 1894. Os mammiferos de São Paulo. Typ. Diario Official, São Paulo.

VOSS, R.S. & JANSA, S.A. 2003. Phylogenetic studies on didelphid marsupials 2. Nonmolecular data and new IRBP sequences: separate and combined analyses of didelphine relationships with denser taxon sampling. Bull. Am. Mus. Nat. Hist., 276:1-82.

VOSS, R.S., LUNDE, D.P. & JANSA, S.A. 2005. On the contents of Gracilinanus Gardner & Creighton, 1989, with the description of a previously unrecognized clade of small didelphid marsupials. Am. Mus. Novit. 3482:1-36.

WEKSLER, M., PERCEQUILLO, A.R. & VOSS, R.S. 2006. Ten new genera of oryzomyine rodents (Cricetidae: Sigmodontinae). Am. Mus. Novit. 3537:1-29.

WILSON, D.E. & REEDER, D.M. 2005. Mammal species of the world - a taxonomic and geographic reference. 3th ed. The John Hopkins University Press, Baltimore.

ZERBINI, A.N., SECCHI, E.R., SICILIANO, S. & SIMÕES-LOPES, P.C. 1997. Review of the occurrence and distribution of whales of the genus Balaenoptera along the Brazilian coast. Rep. Intern. Whal. Comm. 47:407-417.

ZERBINI, A.N. & SANTOS, M.C.O. 1997. First record of the pygmy killer whale, Feresa attenuata (Gray, 1874) for the Brazilian coast. Aquat. Mamm. 23:105-109.

Recebido em 04/09/2010

Versão reformulada recebida em 13/10/2010

Publicado em 15/12/2010

Clique para ampliar

Clique para ampliar

Clique para ampliar

  • AIRES, C.C. 2008. Caracterização das espécies brasileiras de Myotis Kaup, 1829 (Chiroptera: Vespertilionidae) e ensaio sobre filogeografia de Myotis nigricans (Schinz, 1821) e Myotis riparius Handley, 1960. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • ANDERSEN, A. 1908. A monograph of the chiropteran genera Uroderma, Enchistenes and Artibeus Proc. Zool. Soc. London, 1908:204-319.
  • ÁVILA PIRES, F.D. 1987. Introdução à Mastozoologia do Brasil Meridional. Rev. Bras. Zool. 4(2):115-128.
  • BEISIEGEL, B.M. 2009. First câmera trap record of bush dogs in the state of São Paulo, Brazil. Canid News 12(5): http://www.canids.org/canidnews/12/Bush_dogs_in_Sao_Paulo.pdf (último acesso em 13/10/2010).
  • BERGALLO, H.G., GEISE, L., BONVICINO, C.R., CERQUEIRA, R., D'ANDREA, P.S., ESBERÁRD, C.E., FERNANDEZ, F.A.S., GRELLE, C.E., PERACCHI, A., SICILIANO, S. &, VAZ, S.M. 1998. Lista das espécies ameaçadas de extinção da fauna do Estado do Rio de Janeiro. Editora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  • BEZERRA, A.M.R. & OLIVEIRA, J.A. 2010. Taxonomic implications of cranial morphometric variation in the genus Clyomys Thomas, 1916 (Rodentia: Echimyidae). J. Mammal. 91(1):260-272. http://dx.doi.org/10.1644/08-MAMM-A-320R1.1
  • BIODIVERSITAS. 2007. Lista das espécies ameaçadas de extinção da fauna do Estado de Minas Gerais. Biodiversitas, Belo Horizonte.
  • CÁCERES, N.C., CARMIGNOTTO, A.P., FISCHER, E. & SANTOS, C.F. 2008. Mammals from Mato Grosso do Sul, Brazil. Check List 4(3):321-335.
  • CAMARDELLA, A.R., ABREU, M.F. & WANG, E. 2000. Marsupials found in felid scats in southeastern Brazil, and a range extension of Monodelphis theresa Mammalia 64:379-382.
  • CARMIGNOTTO, A.P. 2005. Pequenos mamíferos terrestres do bioma Cerrado: padrões faunísticos locais e regionais. Tese de Doutorado em Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • CARMIGNOTTO, A.P. & MONFORT, T. 2006. Taxonomy and distribution of the Brazilian species of Thylamys (Didelphimorphia: Didelphidae). Mammalia 70(1-2):126-144. http://dx.doi.org/10.1515/MAMM.2006.013
  • CARMIGNOTTO, A.P., DE VIVO, M. & LANGGUTH, A. No prelo. Mammals of the Cerrado and Caatinga: distribution patterns of the tropical open biomes of South America. In Bones, clones, and biomes: the history and geography of recent Neotropical mammals (B.D. Patterson & L.P. Costa, eds.). University of Chicago Press, chapter 14, p.1-62.
  • CERQUEIRA, R. & LEMOS, B. 2000. Morphometric differentiation between neotropical black-eared opossums, Didelphis marsupialis and D. aurita (Didelphimorphia, Didelphidae). Mammalia 64(3):319-327.
  • CHEREM, J.J., SIMÕES LOPES, P.C., ALTHOFF, S.L. & GRAIPEL, M.E. 2004. Lista dos mamíferos do estado de Santa Catarina, sul do Brasil. Mastozool. Neotrop. 11:151-184.
  • CHRISTOFF, A.U., FAGUNDES, V., SBALQUERO, I. J. MATTEVI, M.S. & YONENAGA-YASSUDA, Y. 2000. Description of a new species of Akodon (Rodentia: Sigmodontinae) from southern Brazil. J. Mammal. 81:838-851.
  • COSTA, L.P., LEITE, Y.L.R. & PATTON, J.L. 2003. Phylogeography and systematic notes on two species of gracile mouse opossums, genus Gracilinanus (Marsupialia: Didelphidae) from Brazil. Proc. Biol. Soc. Wash. 116(2):275-292.
  • DUARTE, J.M.B. & JORGE, W. 2003. Morphologic and cytogenetic description of the small red brocket (Mazama bororo Duarte, 1996) in Brazil. Mammalia 67(3):403-410.
  • GARBINO, G.S.T. & DE VIVO, M. 2009. Amostragem e distribuição de morcegos (Mammalia, Chiroptera) do Estado de São Paulo, Brasil. Iniciação Científica, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • GARDNER, A.L. 2008. Mammals of South America. Marsupials, xenarthrans, shrews and bats. The University of Chicago Press, Chicago, London, vol.1. [Data de 2007, mas publicado em 2008]
  • GERALDES, M.P. 2005. Diversidade e estratificação altitudinal de conjuntos taxonômicos de morcegos na Mata Atlântica da Serra do Mar, São Paulo. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • GOMES, N.F. 1991. Revisão sistemática do gênero Monodelphis Dissertação de Mestrado, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo.
  • GONÇALVES, P.R., MYERS, P., VILELA, J.F. & OLIVEIRA, J.A. 2007. Systematics of species of the genus Akodon (Rodentia: Sigmodontinae) in southeastern Brazil and implications for the biogeography of the campos de altitude. Misc. Publ. Mus. Zool. Univ. Mich. 197:1-24.
  • GREGORIN, R. 2006. Taxonomia e variação geográfica das espécies do gênero Alouatta Lacépède (Primates, Atelidae) no Brasil. Rev. Bras. Zool. 23(1):64-144. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81752006000100005
  • GREGORIN, R., GONÇALVES, E., LIM, B.K. & ENGSTROM, M.D. 2006. New species of disk-winged bat genus Thyroptera and range extension for T. discifera J. Mammal. 87(2):238-246.
  • GREGORIN, R. 2008. Lasiurus ebenus In Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (A.B.M. Machado, G.M. Drummond & A.P. Paglia). Ministério do Meio Ambiente, Brasília, p.719-720.
  • HERSHKOVITZ, P. 1955. South American marsh rats, genus Holochilus, with a summary of sigmodontinae rodents. Field. Zool. 37:639-673.
  • HIGA, A. 2003. Taxonomia de Pontoporia (Cetacea, Pontoporiidae). Dissertação de Mestrado em Biologia Comparada, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
  • HOFFMANN, F.G., LESSA, E. & SMITH, M.F. 2002. Systematics of Oxymycterus with description of a new species from Uruguay. J. Mammal. 83(2):408-420.
  • IACK-XIMENES, G.E. 1999. Sistemática da família Dasyproctidae Bonaparte, 1838 (Rodentia, Hystricognathi) no Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • IACK-XIMENES,G.E. 2005. Revisão de Trinomys Thomas, 1921 (Rodentia: Echimyidae). Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • IACK-XIMENES, G.E. 2010. Phyllomys thomasi (Ihering, 1897). In Fauna Ameaçada de Extinção no estado de São Paulo: Vertebrados (P.M. Bressan, M.C.M. Kierulff & A.M. Sugieda). Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, p.78.
  • KASPER, C.B., FONTOURA-RODRIGUES, M.L., CAVALCANTI, G.N., FREITAS, T.R.O., RODRIGUES, F.H.G., OLIVEIRA, T.G. & EIZIRIK, E. 2009. Recent advances in the knowledge of Molina's Hog-nosed Skunk Conepatus chinga and Striped Hog-nosed Skunk C. semistriatus in South America. Small Carn. Cons. 41:25-28.
  • KIERULFF, M.C.M., B.M., BEISIEGEL, CARMIGNOTTO, A.P., COUTINHO, D.M., CIOCHETI, G., DITT, E.H., MARTINS, R.R., LIMA, F., NASCIMENTO, A.T.A., NALI, C., TAMBOSI, L.R., SETZ, E.Z. F., GOMES, M.T., MORATO, R.G. ALBERTS, C.C., VENDRAMI, J., FREITAS, S., GASPAR, D.A., PORT-CARVALHO, M. & PAGLIA, A. 2008. Mamíferos. In Diretrizes para a Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo (R.R. Rodrigues, C.A. Joly, M.C.W. Brito, A. Paese, J.P. Metzger, L. Casatti, M.A. Nalon, N. Menezes, N.M. Ivanauskas, V. Bolzani, V.L.R. Bononi, orgs.). FAPESP, São Paulo, p.73-76.
  • KRONKA, F.J.N., NALON, M.A., MATSUKUMA, C.K. , KANASHIRO, M.M., YWANE, M.S.S., PAVÃO, M., DURIGAN, G., LIMA, L.M.P.R., GUILLAUMON, J.R., BAITELLO, J.B., BORGO, S.C., MANETTI, L.A., BARRADAS, A.M.F., FUKUDA, J.C., SHIDA, C.N., MONTEIRO, C.H.B., PONTINHA, A.A.S., ANDRADE, G.G., BARBOSA, O. & SOARES, A.P. 2005. Inventário florestal da vegetação natural do estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente; Instituto Florestal; Imprensa Oficial, São Paulo.
  • LEITE, Y.R.L., CHRISTOFF, A.U. & FAGUNDES, V. 2008. A new species of Atlantic Forest tree rat, genus Phyllomys (Rodentia, Echimyidae) from Southern Brazil. J. Mammal.89(4): 845-851. http://dx.doi.org/10.1644/07-MAMM-A-343.1
  • MAGALHÃES, A.C. 1939. Ensaio sobre a Fauna do Brasil. Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, São Paulo.
  • MARCHESIN, S.R.C. 2006. Divergência genética e relacionamento filogenético em espécies de morcegos das famílias Molossidae e Phyllostomidae baseado em análises de PCR-RFLP. Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São José do Rio Preto.
  • MARGARIDO, T.C.C. & BRAGA, F. 2004. Mamíferos. In Lista das espécies ameaçadas de extinção da fauna do Estado do Paraná (S.B. Mikich & R.S. Bérnils). Curitiba, Instituto Ambiental do Paraná
  • MARTINS, E.G. & BONATO, V. 2004. On the diet of Gracilinanus microtarsus (Marsupialia, Didelphidae) in an Atlantic rainforest fragment in southeastern Brazil. Mammal. Biol. 69:58-60.
  • MARTINS, E.G., BONATO, V., SILVA, C.Q. & REIS, S.F. 2006a. Seasonality in reproduction, age structure and density of the gracile mouse opossum Gracilinanus microtarsus (Marsupialia: Didelphidae) in a Brazilian cerrado. J. Trop. Ecol. 22(4):461-468.
  • MARTINS, E.G., BONATO, V., PINHEIRO, H.P. & REIS, S.F. 2006b. Diet of the gracile mouse opossum (Gracilinanus microtarsus) (Didelphimorphia: Didelphidae) in a Brazilian cerrado: patterns of food consumption and intrapopulation variation. J. Zool. 269(1):21-28.
  • MARTUSCELLI, P., MILANELO, M. & OLMOS, F. 1995. First records of Arnoux's beaked whale (Berardius arnuxii) and Southern right-whale dolphin (Lissodelphis peronii) from Brazil. Mammalia 59(2):274-275.
  • MIRETZKI, M. 2006. Diversidade de mamíferos da Floresta Atlântica. Tese de Doutorado em Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • MIRETZKI, M. 2010. Diaemus youngi (Jentink, 1893) e Diphylla ecaudata Spix, 1823 Chiroptera, Phyllostomidae; Thyroptera tricolor Spix, 1823 Chiroptera, Thiropteridae; Natalus stramineus Gray, 1838 Chiroptera, Natalidae. In Fauna ameaçada de extinção no estado de São Paulo: vertebrados (P.M. Bressan, M.C.M. Kierulff & A.M. Sugieda). Fundação Parque Zoológico de São Paulo; Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, p.51-54.
  • MOTTA JUNIOR, J. 1996. Ecologia alimentar de corujas (Aves, Strigiformes) na região central do Estado de São Paulo: biomassa, sazonalidade e seletividade de suas presas. Tese de Doutorado, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.
  • MUSTRANGI, M.A. & PATTON, J.L. 1997. Phylogeography and systematics of the slender mouse opossum Marmosops (Marsupialia, Didelphidae). Univ. Cal. Publ., Zool. 130:1-86.
  • OLIVEIRA, J.A. 1998. Morphometric assesment of species groups in the South American rodent genus Oxymycterus Sigmodontinae, with taxonomic notes based on the analysis of type material. PhD Dissertation, Texas Tech University, Lubbock.
  • OLIVEIRA, T.G. 2009. Notes on the distribution, status, and research priorities of little-known small carnivores in Brazil. Small Carn. Cons. 41:22-24.
  • PAPAVERO, N. 1973. Essays on the History of Neotropical Dipterology, with special reference to collectors (1750-1905). Museu de Zoologia; Universidade de São Paulo, São Paulo, vol.2.
  • PARDINI, R., SOUZA, S.M., BRAGA-NETTO, R. & METZGER, J.P. 2005. The role of forest structure, fragment size and corridors in maintaining small mammal abundance and diversity in a tropical forest landscape. Biol. Cons. 124:253-266.
  • PARDINI, R. & UMETSU, F. 2006. Pequenos mamíferos não voadores da Reserva Florestal do Morro Grande - distribuição das espécies e da diversidade em uma área de Mata Atlântica. Biota Neotrop. 6(2): http://www.scielo.br/pdf/bn/v6n2/v6n2a06.pdf (último acesso em 13/10/2010).
  • PATTON, J.L. & SILVA, M.N.F. 1997. Definition of species of pouched four-eyed opossums (Didelphidae, Philander). J. Mammal. 78(1):90-102.
  • PATTON, J.L., SILVA, M.N.F. & MALCOLM, J.R. 2000. Mammals of the Rio Juruá and the evolutionary and ecological diversification of Amazonia. Bull. Am. Mus. Nat. Hist. 244.
  • PATTON, J.L. & COSTA, L.P. 2003. Molecular phylogeography and species limits in rainforest didelphid marsupials of South America. In Predators with pouches - the biology of carnivorous marsupials. (M. Jones & C.R. Dickman, eds.). CSIRO Publishing, Australia. p.63-81.
  • PERCEQUILLO, A.R., HINGST-ZAHER, E. & BONVICINO, C.R. 2008. Systematic review of genus Cerradomys Weksler, Percequillo and Voss, 2006 (Rodentia: Cricetidae: Sigmodontinae: Oryzomyini), with description of two new species from eastern Brazil. Am. Mus. Novit. 3622:1-46.
  • PERCEQUILLO, A.R. & KIERULFF, M.C.M. 2010. Mamíferos, Introdução. In Fauna Ameaçada de Extinção no estado de São Paulo: vertebrados (P.M. Bressan, M.C.M. Kierulff & A.M. Sugieda). São Paulo, Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente, p.33-35.
  • PERCEQUILLO, A.R., WEKSLER, M. & COSTA, L.P. 2011 . A new genus and species of rodent from the Brazilian Atlantic Forest (Rodentia, Cricetidae, Sigmodontinae, Oryzomyini), with comments on oryzomyine biogeography. Zool. J. Linn. Soc. 161: 357-390. http://dx.doi.org/10.1111/j.1096-3642.2010.00643.x
  • PERSSON, V.G. & LORINI, M.L. 1993. Notas sobre o mico-leão-de-cara-preta, Leontopithecus caissara Lorini & Persson, 1990, no sul do Brasil (Primates, Callitrichidae). In A primatologia no Brasil 4 (M.E. Yamamoto & M.B.C. Souza, eds.). Sociedade Brasileira de Primatologia, p.169-181.
  • PINHEIRO, P.S. & GEISE, L. 2008. Non-volant mammals of Picinguaba, Ubatuba, state of São Paulo, southeastern Brazil. Bol. Mus. Biol. Mello Leitão (N. Sér.) 23:51-59.
  • PORTER, C.A., HOOFER, S.R., CLINE, C.A., HOFFMANN, F.G. & BAKER, R.J. 2007. Molecular phylogenetics of the Phyllostomid bat genus Mycronycteris with the descriptions of two new subgenera. J. Mammal. 88(5):1205-1215. http://dx.doi.org/10.1644/06-MAMM-A-292R.1
  • REIS, N.R., SHIBATTA, O.A., PERACCHI, A.L., PEDRO, W.A. & LIMA, I.P. 2006. Sobre os mamíferos do Brasil. In Mamíferos do Brasil (N.R. Reis, A.L. Peracchi, W.A. Pedro & I.P. Lima, eds.). Londrina, Paraná, p.17-25.
  • RIBEIRO, M.C., METZGER, J.P., PONZONI, F., MATERSEN, A.C. & HIROTA, M. 2009. Brazilian Atlantic Forest: how much is left and how the remaining Forest is distributed? Implications for conservation. Biol. Cons. 142:1141-1153. http://dx.doi.org/10.1016/j.biocon.2009.02.021
  • ROLLO, M.M. 2010. Balaenoptera musculus (Linnaeus 1758), Balaenoptera physalus (Linnaeus, 1758) Cetacea, Balaenopteridae e Pontoporia blainvillei (Gervais & D'Orbigny, 1844) Cetacea, Pontoporidae. In Fauna ameaçada de extinção no estado de São Paulo: vertebrados (P.M. Bressan, M.C.M. Kierulff & A.M. Sugieda). Fundação Parque Zoológico de São Paulo; Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, p.70-72.
  • ROSSI, R.V. 2000. Taxonomia de Mazama Rafinesque, 1817 do Brasil (Artiodactyla, Cervidae). Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • SANTOS, M.C.O., ZAMPIROLLI, E., VICENTE, A.F.C. & ALVARENGA, F.S. 2003. A Gervais' beaked whale (Mesoplodon europaeus) washed ashore in southeastern Brazil: extra limital record? Aqu. Mamm. 29(3):404-410.
  • SÃO PAULO (Estado). 1997. Cerrado: bases para a conservação e uso sustentável das áreas de Cerrado do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo. Série PROBIO/SP.
  • SÃO PAULO (Estado). 1998. Áreas de domínio do Cerrado no Estado de São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo.
  • SÃO PAULO (Estado). 2008. Decreto no. 53.494, de 2 de outubro de 2008. Diário Oficial do Estado de São Paulo, vol.118, n.187, São Paulo.
  • SILVA JUNIOR, J.S. 2001. Especiação nos macacos-prego e caiararas, gênero Cebus Erxleben, 1777 (Primates, Cebidae). Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  • SIMMONS, N, VOSS, R.S. & FLECK, D.W. 2002. A new Amazonian species of Micronycteris (Chiroptera: Phyllostomidae) with notes of roosting behavior of sympatric congeners. Am. Mus. Novit. 3358:1-14.
  • SODRÉ, M.M., ROSA, A.R., GREGORIN, R. & GUIMARÃES, M.M. 2008. Range extension of Thomas' mastiff bat Eumops maurus (Chiroptera: Molossidae) in northern, central and southeastern Brazil. Rev. Bras. Zool. 25(2):379-382. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81752008000200027
  • SOS MATA ATLÂNTICA & INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS - INPE. 2008. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2000-2005. Fundação SOS Mata Atlântica; Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São Paulo.
  • SOUZA, S.P., SICILIAN, S., SANCTIS, B. & CASO, F.N. 2004. Uma baleia-bicuda no meio do caminho: Primeiro registro de Mesoplodon mirus (True, 1913) para o Brasil. 11° Reunión de Trabajo de Especialistas em Mamíferos Acuáticos de América del Sur, 11- 17 de septiembre 2004, Quito, Ecuador, Resúmenes, 125p.
  • TADDEI, V.A. & VICENTE-TRANJAN, E.C. 1998. Biological and distributional notes on Platyrrhinus helleri (Chiroptera: Phyllostomidae) in Brazil. Mammalia 62:112-17.
  • TEJEDOR, A., TAVARES, V.C. & SILVA-TABOADA, G. 2005. A revision of extant Greater Antillean bats of the genus Natalus (Chiroptera: Natalidae). Am. Mus. Novit. 3493:1-22.
  • TEJEDOR, A. 2006. The type locality of Natalus stramineus (Chiroptera: Natalidae): implications for the taxonomy and biogeography of the genus Natalus Acta Chirop. 8(2):361-380. http://dx.doi.org/10.3161/1733-5329(2006)8[361:TTLONS]2.0.CO;2
  • THOMAS, O. 1921. A new short-tailed opossum from Brazil. Ann. Mag. Nat. Hist., Zool., Bot. and Geol., Lond. (9)8:441-442.
  • TRIBE, C.J. 1996. The neotropical rodent genus Rhipidomys (Cricetidae, Sigmodontinae) - a taxonomic revision. PhD Dissertation, University College, London.
  • UMETSU, F. & PARDINI, R. 2007. Small mammals in a mosaic of forest remnants and anthropogenic habitats - evaluating matrix quality in an Atlantic forest landscape. Landscape Ecol. 22:517-530.
  • VARELLA-GARCIA, M.E., MORIELLE-VERSUTE, E. & TADDEI, V.A. 1989. A survey of cytogenetic data on Brazilian bats. Rev. Bras. Gen. 12:761-793.
  • VELAZCO, P.M., AIRES, C.C., CARMIGNOTTO, A.P. & BEZERRA, A.M.R. 2010a. Mammalia, Chiroptera, Phyllostomidae, Vampyrodes caraccioli (Thomas, 1889): range extension and revised distribution map. Check List 6(1):49-51. http://dx.doi.org/10.1111/j.1096-3642.2009.00610.x
  • VELAZCO, P.M., GARDNER, A.L. & PATTERSON, B.D. 2010b. Systematics of the Platyrrhinus helleri species complex (Chiroptera: Phyllostomidae), with descriptions of two new species. Zool. J. Linn. Soc. 159:785-812.
  • VILELA, J.F. 2005. Filogenia molecular de Brucepattersonius (Sigmodontinae: Akodontini) com uma análise morfométrico craniana do gênero. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Rio de Janeiro.
  • VILELA, J.F., OLIVEIRA, J.A. & BONVICINO, C.R. 2006. Taxonomic status of Brucepattersonius albinasus (Rodentia: Sigmodontinae). Zootaxa 1199:61-68.
  • VILELA, J.F., RUSSO, C.A.M. & OLIVEIRA, J.A. 2010. An assessment of morphometrics and molecular variation in Monodelphis dimidiata (Wagner, 1847) (Didelphimorphia:Didelphidae). Zootaxa 2646:26-42.
  • VIVO, M. 1998. Diversidade de mamíferos do Estado de São Paulo. In Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. Vertebrados (R.M.C. Castro, C.A. Joly & C.E.M. Bicudo, orgs.). FAPESP, São Paulo, vol.6.
  • VON IHERING, H. 1894. Os mammiferos de São Paulo. Typ. Diario Official, São Paulo.
  • VOSS, R.S. & JANSA, S.A. 2003. Phylogenetic studies on didelphid marsupials 2. Nonmolecular data and new IRBP sequences: separate and combined analyses of didelphine relationships with denser taxon sampling. Bull. Am. Mus. Nat. Hist., 276:1-82.
  • VOSS, R.S., LUNDE, D.P. & JANSA, S.A. 2005. On the contents of Gracilinanus Gardner & Creighton, 1989, with the description of a previously unrecognized clade of small didelphid marsupials. Am. Mus. Novit. 3482:1-36.
  • WEKSLER, M., PERCEQUILLO, A.R. & VOSS, R.S. 2006. Ten new genera of oryzomyine rodents (Cricetidae: Sigmodontinae). Am. Mus. Novit. 3537:1-29.
  • WILSON, D.E. & REEDER, D.M. 2005. Mammal species of the world - a taxonomic and geographic reference. 3th ed. The John Hopkins University Press, Baltimore.
  • ZERBINI, A.N., SECCHI, E.R., SICILIANO, S. & SIMÕES-LOPES, P.C. 1997. Review of the occurrence and distribution of whales of the genus Balaenoptera along the Brazilian coast. Rep. Intern. Whal. Comm. 47:407-417.
  • ZERBINI, A.N. & SANTOS, M.C.O. 1997. First record of the pygmy killer whale, Feresa attenuata (Gray, 1874) for the Brazilian coast. Aquat. Mamm. 23:105-109.
  • *
    Autor para correspondência: Ana Paula Carmignotto, e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      02 Out 2012
    • Data do Fascículo
      Dez 2011

    Histórico

    • Aceito
      15 Dez 2010
    • Revisado
      13 Out 2010
    • Recebido
      04 Set 2010
    Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP Departamento de Biologia Vegetal - Instituto de Biologia, UNICAMP CP 6109, 13083-970 - Campinas/SP, Tel.: (+55 19) 3521-6166, Fax: (+55 19) 3521-6168 - Campinas - SP - Brazil
    E-mail: contato@biotaneotropica.org.br