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Lepidopterofauna (Papilionoidea e Hesperioidea) do Parque Estadual do Chandless e arredores, Acre, Brasil

Lepidopterofauna (Papilionoidea e Hesperioidea) of the Parque Estadual do Chandless and surroundings, Acre, Brazil

Resumos

Tendo em vista a ausência de inventários lepidopterológicos no Estado do Acre e sua escassez no bioma amazônico brasileiro, o presente estudo objetivou contribuir para a construção da lista de Hesperioidea e Papilionoidea presentes no Parque Estadual do Chandless, localizado em uma região de difícil acesso e sem infra-estrutura para pesquisa científica. Durante 14 dias foram realizadas coletas com redes entomológicas, armadilhas e técnica de Ahrenholz em diferentes ambientes que caracterizam o parque e seus arredores. Foram identificadas ao total 482 espécies, nenhuma delas presente em listas vermelhas de espécies ameaçadas. É esperado um número significativamente maior de espécies após a adição de novas coletas em outras estações do ano, visto a estimativa Jacknife 1 não atingir sua assíntota, ou mesmo em comparação a inventários em áreas próximas que listam, após um intenso esforço amostral, até cerca de 1700 espécies.

floresta amazônica; borboletas; inventário; unidade de conservação


Given the absence of Lepidoptera inventories in the State of Acre and its scarcity in the Brazilian Amazon forest, this study aimed to list the species of Hesperioidea and Papilionoidea present in the Parque Estadual do Chandless and surroundings. The access to the region is complicated and it has no infrastructure for scientific research. During 14 days, the butterflies were collected with entomological nets, traps and Ahrenholz's technique in different environments in the park and its surroundings. A total of 482 species were identified, none of them present in red lists of endangered species. It is expected a significantly greater number of species after the addition of new collections in other seasons, as the Jacknife 1 estimate does not reach its asymptote, or as compared to inventories in nearby areas that list nearly 1700 species after a greater sampling effort.

amazonian forest; butterflies; inventory; protected area


INVENTÁRIOS

Lepidopterofauna (Papilionoidea e Hesperioidea) do Parque Estadual do Chandless e arredores, Acre, Brasil

Lepidopterofauna (Papilionoidea e Hesperioidea) of the Parque Estadual do Chandless and surroundings, Acre, Brazil

Olaf Hermann Hendrik Mielke* * Autor para correspondência: Olaf Hermann Hendrik Mielke, e-mail: mielkeomhesp@ufpr.br ; Eduardo Carneiro; Mirna Martins Casagrande

Laboratório de Estudos de Lepidoptera Neotropical, Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná - UFPR, CP 19020, CEP 81531-980, Curitiba, PR, Brasil

RESUMO

Tendo em vista a ausência de inventários lepidopterológicos no Estado do Acre e sua escassez no bioma amazônico brasileiro, o presente estudo objetivou contribuir para a construção da lista de Hesperioidea e Papilionoidea presentes no Parque Estadual do Chandless, localizado em uma região de difícil acesso e sem infra-estrutura para pesquisa científica. Durante 14 dias foram realizadas coletas com redes entomológicas, armadilhas e técnica de Ahrenholz em diferentes ambientes que caracterizam o parque e seus arredores. Foram identificadas ao total 482 espécies, nenhuma delas presente em listas vermelhas de espécies ameaçadas. É esperado um número significativamente maior de espécies após a adição de novas coletas em outras estações do ano, visto a estimativa Jacknife 1 não atingir sua assíntota, ou mesmo em comparação a inventários em áreas próximas que listam, após um intenso esforço amostral, até cerca de 1700 espécies.

Palavras-chave: floresta amazônica, borboletas, inventário, unidade de conservação.

ABSTRACT

Given the absence of Lepidoptera inventories in the State of Acre and its scarcity in the Brazilian Amazon forest, this study aimed to list the species of Hesperioidea and Papilionoidea present in the Parque Estadual do Chandless and surroundings. The access to the region is complicated and it has no infrastructure for scientific research. During 14 days, the butterflies were collected with entomological nets, traps and Ahrenholz's technique in different environments in the park and its surroundings. A total of 482 species were identified, none of them present in red lists of endangered species. It is expected a significantly greater number of species after the addition of new collections in other seasons, as the Jacknife 1 estimate does not reach its asymptote, or as compared to inventories in nearby areas that list nearly 1700 species after a greater sampling effort.

Keywords: amazonian forest, butterflies, inventory, protected area.

Introdução

A grande e exuberante biodiversidade concentrada nos trópicos tem sido alvo de admiração do naturalismo desde a descoberta das Américas, culminando com a visita de naturalistas de expressão histórica como Darwin, Wallace, Bates e Müller (Lewinsohn et al. 2005). Entretanto, o conhecimento acumulado até então desta diversidade, tão qual comparada à diversidade estimada no mundo, ainda sugere uma larga ignorância de sua magnitude (ver Endler 1982, Erwin 1982, 1991, May 1988, Stork 1988, Gaston 1991). Como agravante, as políticas públicas brasileiras, ligadas a um país de maior biodiversidade do mundo (McNelly et al. 1990), ainda incentivam a conversão de grandes porções de hábitats naturais em paisagens antrópicas, onde se imagina que como consequência, resultou na extinção de muitas espécies antes mesmo de serem descritas (Stork 1988, Brown Jr. & Brown 1992, Casagrande et al. 1998, Dunn 2005).

Os estudos que tem por objetivo inventariar a fauna e a flora locais são as ferramentas mais efetivas para o suprimento dessas lacunas. Além de prestar auxílio para a descoberta de novas espécies, também são considerados hoje fundamentais para a implementação de unidades de conservação (Terborgh & Winter 1983, Scott et al. 1987), visando a contextualização da importância da área ou para a caracterização de suas particularidades. Além disso, os inventários também são ótimas ferramentas para a determinação dos limites de distribuição das espécies, contribuindo para o conhecimento de endemismos e áreas prioritárias para conservação (Lewinsohn et al. 2005). Seus resultados podem apontar a presença de espécies ameaçadas de extinção (Brown Jr. & Freitas 2000b, Carneiro et al. 2008a) ou mesmo redescobrir populações já consideradas extintas.

Embora Lepidoptera seja certamente o grupo de insetos melhor inventariado dentre as quatro ordens megadiversas de insetos (Gaston 1991), este grau de inventariamento é somente elevado no hemisfério norte, e mesmo assim, sua contribuição sistemática é pouco relevante frente a toda sistemática de Lepidoptera (Kristensen et al. 2007). No Brasil em especial, a escassez de estudos dessa natureza é agravada pela má distribuição destes, altamente correlacionada com a ocupação humana incluindo a residência de pesquisadores, e que acabam por gerar lacunas no conhecimento, representadas por enormes áreas ainda sem quaisquer registros de fauna (Carneiro et al. 2008b).

Além de atrair um imenso carisma devido à beleza exuberante de suas formas e cores, as borboletas são usualmente citadas com potencial uso como espécies-bandeira (DeVries & Walla 2001), espécies guarda-chuva (New 1997), indicadores ambientais (Brown Jr. & Freitas 2000a), por apresentarem alta sensibilidade à alterações ambientais, mesmo em curto prazo, ou caracterização da tipologia ambiental atual ou histórica de uma determinada região (Gutiérrez 1997).

Tendo em vista a ausência de informações sobre a lepidopterofauna do Acre, as grandes dificuldades de acesso e logística para produção científica na região e as recomendações para produção prioritária desse tipo de estudo no bioma amazônico (Carneiro et al. 2008b), este estudo objetiva listar as espécies de borboletas presentes no Parque Estadual do Chandless e seus arredores, e assim contribuir para a catalogação da lepidopterofauna do Brasil.

Material e Métodos

Entre os dias 3 e 16 de agosto de 2008 foram realizadas coletas diárias no interior do Parque Estadual do Chandless, Santa Rosa do Purús e seus arredores, na região Centro-Sul do Acre. Diferentes ambientes foram percorridos a fim de inventariar a maior diversidade possível de lepidópteros (Brown Jr. 1972), onde se destacam: floresta ombrófila aberta, floresta ombrófila aberta com predominância de bambus (tabocais), praias do Rio Purús e regiões antropizadas, como os arredores da cidade e estradas que levam ao parque.

Três diferentes metodologias foram empregadas para coletas de grupos distintos de borboletas. A busca ativa de exemplares, método tradicionalmente utilizado para coleta de grande parte das espécies de Lepidoptera, deu-se mediante o uso de rede entomológica, onde foram percorridas trilhas pelas referidas localidades, entre o período de 9:00 às 16:00 horas. Adicionalmente, 10 armadilhas para Lepidoptera (padrão DeVries 1987), com iscas de peixe em decomposição como atrativo, foram penduradas a aproximadamente 1 m do solo no sub-bosque da floresta e da floresta com bambús. As armadilhas eram vistoriadas constantemente para retirada dos exemplares. Por fim, ao longo de cada trilha, foram depositados sobre a superfície adaxial de folhas, inúmeros fragmentos de guardanapos brancos umedecidos com saliva humana, utilizados como atrativo principal para espécies de Hesperiidae (técnica de Ahrenholz), como proposto por Lamas et al. (1993).

Todos os espécimes capturados foram sacrificados através de aperto no tórax, metodologia tradicionalmente utilizada para evitar a danificação das asas e necessária para identificação precisa a nível específico. Os procedimentos de coleta e preparação do material se mantiveram de acordo com as normas internacionais, enquanto as identificações se basearam em revisões e descrições de gêneros e espécies em literatura, e comparações com exemplares previamente identificados e disponíveis na Coleção de Entomologia Padre Jesus Santiago Moure, Departamento de Zoologia na Universidade Federal do Paraná. Nessa mesma coleção encontram-se depositados os exemplares capturados durante a expedição. A classificação sistemática adotada segue basicamente aquela proposta por Lamas (2004).

1. Caracterização da área

Localizado no Centro-Sul do Estado do Acre (Figura 1) e marginando a fronteira brasileira com o Perú, o Parque Estadual do Chandless é a segunda maior unidade de conservação do estado com 695,3 mil ha. A vegetação amazônica predominante é denominada Floresta Ombrófila Aberta, considerada uma forma de transição entre a floresta amazônica e áreas extra-amazônicas. Caracterizada por uma fisionomia florestal aberta, com árvores de baixa altura, raramente excedendo 20 m, sub-bosque de três tipos característicos com predominância de bambus, palmeiras e cipós. O relevo é ondulado e varia entre 200-390 m de altitude. O clima da região é Ami quente e úmido, segundo a classificação de Köppen, e se caracteriza por uma pluviosidade relativamente baixa e alta sazonalidade, indicando variações pluviométricas entre 1566-2425 mm. com precipitação média anual de 2.152 mm e período seco se estendendo a quatro meses no ano (Daly & Silveira 2008).


Resultados

No Parque Estadual do Chandless e arredores foram confirmadas 482 espécies de borboletas, conforme Tabela 1, perfazendo a primeira lista de lepidopterofauna já publicada para uma localidade no Acre.

Sobre a composição de espécies encontradas, verificou-se Nymphalidae e Hesperiidae como as famílias mais ricas (172 e 168 spp. respectivamente), seguidos por Riodinidae (83 spp.), Lycaenidae (30 spp.), Pieridae (19 spp.) e Papilionidae (10 spp.) (Figura 2). Com relação às subfamílias, Pyrginae, Riodininae e Hesperiinae foram as mais representativas compreendendo cerca de metade de todas as espécies listadas (Figura 3).



Discussão

O número de espécies registrados no Parque Estadual do Chandless é consideravelmente baixo (apenas 482) quando comparado a inventários realizados em regiões próximas: Parque Nacional del Manu, Peru, 1300 spp. (Robbins et al. 1996); Tambopata, Peru, 1234 spp. (Lamas 1981, 1985); Vila Thaumaturgo, Acre, 1620 spp. (Brown Jr. & Freitas 2002); e Cacaulândia, Rondonia, 1730 spp. (Brown Jr. & Freitas 2002). Todavia, quando comparado com inventário realizado com esforço amostral comparável ou similar, já se mostra semelhante: Ilha de Maracá, Roraima (Mielke & Casagrande 1991).

A composição faunística é igualmente afetada pela discrepância amostral entre os levantamentos. Famílias como Hesperiidae, Lycaenidae e Riodinidae, as quais oferecem maiores dificuldades de amostragem, são normalmente subestimadas em estudos com duração inferior a um ou dois anos. Desta forma, Pieridae, Papilionidae e Nymphalidae são as famílias a serem melhor representadas neste tipo de estudo, a última superando significativamente os 25 a 29% do sugerido por Brown & Freitas (1999) para quaisquer comunidades neotropicais. A predodimnância de Pyrginae, Riodininae e Hesperiinae é um fator já relatado por Ebert (1969), por se tratarem de espécies de pequeno tamanho e baixa frequência. Segundo o autor, tais grupos juntos com Theclinae corresponderiam a cerca de um terço de um total de uma comunidade neotropical.

A ausência de espécies ameaçadas de extinção na região sugere que a mesma ainda esteja em bom estado de conservação, embora não haja quaisquer estudos representativos para o Estado do Acre. Na lista brasileira de espécies ameaçadas somente há uma espécie que ocorre no Acre: Paititia neglecta Lamas, 1979 (Nymphalidae, Ithomiinae). Considerando que a espécie é muito mal conhecida e que também não houve um trabalho de campo considerável para sua indicação, a espécie talvez não devesse constar na lista.

O levantamento mostrou uma composição da fauna lepidopterológica característica para o Acre e Leste do Peru, assim como do Oeste de Rondônia, pois em sua maioria compartilham das mesmas espécies ou mesmo subespécies. Não foi possível compará-lo com outras regiões amazônicas próximas, devido à falta de inventários publicados. Assim o sendo, julgamos que é de extrema necessidade realizar levantamentos mais demorados (aproximadamente 5 anos) e consequentemente detalhados, afim de poder realizar comparações mais bem elaboradas.

Agradecimentos

À organização não governamental SOS Amazônia pela coordenação geral do plano de manejo em nome de sua diretora geral Silvia Helena Costa Brilhante e de seu coordenador científico Roberto Antonelli Filho. A Pierre Jauffret, Santo Antonio de Tauá, Pará, pela identificação de parte dos exemplares de Riodinidae.

Recebido em 26/11/2009

Versão reformulada recebida em 13/08/2010

Publicado em 22/11/2010

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  • *
    Autor para correspondência: Olaf Hermann Hendrik Mielke, e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      29 Jul 2011
    • Data do Fascículo
      Dez 2010

    Histórico

    • Revisado
      13 Ago 2010
    • Recebido
      26 Nov 2009
    • Aceito
      22 Nov 2010
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