Acessibilidade / Reportar erro

Ocorrência e caracterização de galhas de insetos em áreas de restinga de Bertioga (São Paulo, Brasil)

Occurrence and characterization of insect galls at restinga áreas of Bertioga (São Paulo, Brazil)

Resumos

Levantamentos de galhas entomógenas em restingas do Estado de São Paulo são muito raros, e a diversidade dos insetos galhadores nessas áreas é completamente desconhecida. Neste estudo, ambientes de restinga foram investigados no município de Bertioga (S.P.), com o objetivo de contribuir para o conhecimento das galhas e da taxonomia dos insetos galhadores nesse Estado. Foram encontrados 233 morfotipos de galha de insetos em 123 espécies de plantas e 48 famílias em áreas de restinga de Bertioga. As Myrtaceae e Asteraceae apresentaram maior número de espécies atacadas (14 e 13, respectivamente) e maior riqueza de galhas (31 e 29, respectivamente). A maioria das galhas (cerca de 60%) ocorreu em folhas. Foram encontradas galhas de Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera e Thysanoptera, sendo a maioria (cerca de 57%) induzida por Cecidomyiidae (Diptera). Em 117 morfotipos de galhas (cerca de 50%), foram detectados outros habitantes: inquilinos; sucessores; predadores e parasitóides. Dentre esses, os parasitóides e os inquilinos foram mais freqüentes. Os parasitóides encontrados pertencem a oito famílias distintas de Hymenoptera: Eurytomidae, Platygastridae, Pteromalidae, Torymidae, Braconidae, Encyrtidae, Mymaridae e Eupelmidae, destacando-se as três primeiras como as mais freqüentes. Os inquilinos encontrados pertencem a cinco ordens de insetos: Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera e Thysanoptera, sendo os Diptera os mais freqüentes.

Cecidomyiidae; Diptera; Lepidoptera; Coleoptera; Hemiptera; Thysanoptera; galhas


Studies on entomogenous galls at restinga areas in the State of São Paulo are very scarce, and the diversity of galling insects is completely unknown in these areas. In this study, we investigated restinga environments in Bertioga (S.P.) in order to contribute to the knowledge of the galls and the taxonomy of the galling insects in this State. Two hundred thirty three kinds of insect gall were found on 123 plant species and 48 families. The Myrtaceae and Asteraceae showed the greatest number of attacked species (14 and 13, respectively) and the greatest richness of galls (31 and 29, respectively). Most galls (about 60%) were observed on leaves. Galls of Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera e Thysanoptera were found, being the majority (about 57%) induced by Cecidomyiidae (Diptera). Other dwellers were found in 117 kinds of gall (about 50%): inquilinous; sucessors; predators and parasitoids. Among them, the parasitoids and the inquilinous were the most frequent ones. The parasitoids belong to eigth families of Hymenoptera: Eurytomidae, Platygastridae, Pteromalidae, Torymidae, Braconidae, Encyrtidae, Mymaridae and Eupelmidae, being the first three the most frequent ones. The inquilinous belong to five insect orders: Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera and Thysanoptera, being the Diptera the most frequent.

Cecidomyiidae; Diptera; Lepidoptera; Coleoptera; Hemiptera; Thysanoptera; galls


INVENTÁRIOS

Ocorrência e caracterização de galhas de insetos em áreas de restinga de Bertioga (São Paulo, Brasil)

Occurrence and characterization of insect galls at restinga áreas of Bertioga (São Paulo, Brazil)

Valeria Cid MaiaI, 1 1 Autor para correspondência: Valeria Cid Maia, e-mail: maiavcid@acd.ufrj.br ; Mara Angelina Galvão MagentaII; Suzana Ehlin MartinsIII

IDepartamento de Entomologia, Museu Nacional, Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, CEP 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

IIUniversidade Santa Cecília – UNISANTA, CP 734, CEP 11045-907, Santos, SP, Brasil

IIIInstituto de Botânica – IBt, CP 3005, CEP 01061-970, São Paulo, SP, Brasil

RESUMO

Levantamentos de galhas entomógenas em restingas do Estado de São Paulo são muito raros, e a diversidade dos insetos galhadores nessas áreas é completamente desconhecida. Neste estudo, ambientes de restinga foram investigados no município de Bertioga (S.P.), com o objetivo de contribuir para o conhecimento das galhas e da taxonomia dos insetos galhadores nesse Estado. Foram encontrados 233 morfotipos de galha de insetos em 123 espécies de plantas e 48 famílias em áreas de restinga de Bertioga. As Myrtaceae e Asteraceae apresentaram maior número de espécies atacadas (14 e 13, respectivamente) e maior riqueza de galhas (31 e 29, respectivamente). A maioria das galhas (cerca de 60%) ocorreu em folhas. Foram encontradas galhas de Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera e Thysanoptera, sendo a maioria (cerca de 57%) induzida por Cecidomyiidae (Diptera). Em 117 morfotipos de galhas (cerca de 50%), foram detectados outros habitantes: inquilinos; sucessores; predadores e parasitóides. Dentre esses, os parasitóides e os inquilinos foram mais freqüentes. Os parasitóides encontrados pertencem a oito famílias distintas de Hymenoptera: Eurytomidae, Platygastridae, Pteromalidae, Torymidae, Braconidae, Encyrtidae, Mymaridae e Eupelmidae, destacando-se as três primeiras como as mais freqüentes. Os inquilinos encontrados pertencem a cinco ordens de insetos: Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera e Thysanoptera, sendo os Diptera os mais freqüentes.

Palavras-chave: Cecidomyiidae, Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera, Thysanoptera, galhas.

ABSTRACT

Studies on entomogenous galls at restinga areas in the State of São Paulo are very scarce, and the diversity of galling insects is completely unknown in these areas. In this study, we investigated restinga environments in Bertioga (S.P.) in order to contribute to the knowledge of the galls and the taxonomy of the galling insects in this State. Two hundred thirty three kinds of insect gall were found on 123 plant species and 48 families. The Myrtaceae and Asteraceae showed the greatest number of attacked species (14 and 13, respectively) and the greatest richness of galls (31 and 29, respectively). Most galls (about 60%) were observed on leaves. Galls of Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera e Thysanoptera were found, being the majority (about 57%) induced by Cecidomyiidae (Diptera). Other dwellers were found in 117 kinds of gall (about 50%): inquilinous; sucessors; predators and parasitoids. Among them, the parasitoids and the inquilinous were the most frequent ones. The parasitoids belong to eigth families of Hymenoptera: Eurytomidae, Platygastridae, Pteromalidae, Torymidae, Braconidae, Encyrtidae, Mymaridae and Eupelmidae, being the first three the most frequent ones. The inquilinous belong to five insect orders: Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera and Thysanoptera, being the Diptera the most frequent.

Keywords: Cecidomyiidae, Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera, Thysanoptera, galls.

Introdução

As restingas se estendem por quase toda costa brasileira, numa extensão total de aproximadamente cinco mil quilômetros. As principais formações estão localizadas na Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. A aparência desse ecossistema é muito variada, já que resulta da associação de ambientes diferentes podendo ser constituído por matas de até 12 metros de altura, campos com predominância de gramíneas ou brejos (lagunas) com vegetação aquática (Neiman 1989).

Compreendem uma grande variedade de comunidades vegetais, devido à diversidade de sua topografia e das condições ambientais que ali vicejam, incluindo influências marinhas e continentais. Esta diversidade propicia a formação de muitos habitats e, conseqüentemente, de uma flora rica e variada (Araújo et al. 1984).

As restingas ainda são pouco conhecidas com respeito a sua composição florística, e não existe uma flora comum ao nível de espécies. Não é possível indicar uma só família que caracterize bem a vegetação de restinga como um todo. Várias famílias contribuem de maneira significativa para a caracterização de suas comunidades vegetais, como as Asteraceae (comuns nas comunidades psamófitas reptantes), Cyperaceae (nos brejos herbáceos), Myrtaceae (em " thickets" ), Clusiaceae e Palmaceae (em " scrubs" ), Bignoniaceae (nas florestas permanentemente inundadas), Bromeliaceae e Cactaceae (Araújo & Henriques 1984).

As restingas, conforme demonstrado por Monteiro et al. (1994), Maia (2001) e Monteiro et al. (2004), apresentam grande riqueza de galhas entomógenas, apesar de não possuírem uma flora tão diversificada quanto o cerrado, a floresta amazônica e outros biomas brasileiros.

Vários fatores foram relacionados à riqueza de galhas, entre eles estresse higrotérmico (Fernandes & Price 1992), disponibilidade de nutrientes no solo (White 1969), riqueza de espécies de plantas (Southwood 1960, 1961), complexidade estrutural da planta (Lawton 1983), tamanho da família ou do gênero da planta, idade geológica da família de planta (Fernandes 1992), além da distribuição geográfica da planta hospedeira (Southwood 1960). Os contrastes diários de temperatura, umidade, as rajadas de ventos, a forte radiação e o solo arenoso da restinga sugerem que tal ambiente seja restritivo ou com características de estresse higrotérmico (Monteiro et al. 2004).

Levantamentos de galhas de insetos em restingas brasileiras foram realizados quase que exclusivamente no Estado do Rio de Janeiro. De acordo com a literatura, foram investigadas as seguintes localidades nesse Estado: Maricá (Barra de Maricá e Itaipuaçu) (Monteiro et al. 1994, Maia 2001), Arraial do Cabo (Monteiro et al. 1994); Carapebus (Maia 2001), Rio de Janeiro (Grumari) (Oliveira & Maia 2005) e Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (Monteiro et al. 2004), totalizando cerca de 140 morfotipos de galhas de insetos. No Estado de São Paulo, foi realizado um único levantamento, de caráter preliminar, no município de Bertioga (Lima et al. 2000), onde foram registrados 73 morfotipos de galhas.

Material e Métodos

Bertioga situa-se no litoral central do Estado de São Paulo (46° 08’19" W e 23° 51’ 16" S). Compreende uma área com cerca de 482 km2 de Mata Atlântica, 85% dos quais constituem uma área de proteção ambiental. O clima é tropical úmido com verão chuvoso; a temperatura média anual é de cerca de 27 °C e a precipitação média é de 3.200 mm anuais. As regiões de estudo, Itaguaré, Guaratuba e São Lourenço, apesar de urbanizadas em alguns trechos, ainda possuem vegetação de restinga bem preservada, em uma faixa que se estende desde a praia até próximo à Serra do Mar.

Lima et al. 2000 realizaram um levantamento preliminar de galhas na vegetação de restinga em Bertioga, registrando 73 morfotipos em 51 espécies de plantas hospedeiras distribuídas em 26 famílias. Esse estudo evidenciou a riqueza de galhas da região, mas não apresentou informações taxonômicas sobre os indutores, de forma que a entomofauna galhadora continua, até o momento, desconhecida.

O objetivo principal do presente trabalho é complementar o levantamento realizado anteriormente e identificar os insetos indutores, contribuindo desta forma para o conhecimento da diversidade da entomofauna galhadora do Estado de São Paulo.

Galhas de insetos foram coletadas mensalmente em Bertioga (São Paulo) no período de abril de 2004 a março de 2005, em quatro localidades distintas: 1) Fazenda Pinto, situada em Itaguaré, entre a rodovia Manoel Hipólito do Rego e o sopé da Serra do Mar, apresentando vegetação florestal de restinga, sobre substrato úmido; 2) Praia do Itaguaré, situada entre a rodovia e a praia, com vegetação florestal de restinga sobre substrato arenoso seco, vegetação arbustiva de restinga (escrube) e vegetação de praia e dunas; 3) Fazenda Três Marias, situada em Guaratuba, entre a rodovia e o sopé da Serra do Mar, apresentando vegetação florestal de restinga sobre substrato arenoso seco e também úmido; e 4) Jardim São Lourenço, entre a Praia de Itaguaré e Praia de São Lourenço, com vegetação florestal de restinga, sobre substrato arenoso seco.

A vegetação de cada localidade foi vistoriada à procura de galhas durante um período de oito horas por coleta, uniformizando assim o esforço amostral entre as diferentes localidades.

Em campo, amostras das plantas hospedeiras, preferencialmente com flores e frutos, foram coletadas. A identificação das espécies vegetais foi realizada principalmente por comparação com material depositado no Herbário da Universidade Santa Cecília e no Herbário do Instituto de Botânica de São Paulo (SP). Uma exsicata de cada espécie encontra-se depositada no Herbário da Universidade de Santa Cecília. A listagem dos táxons foi organizada em ordem alfabética de família, gênero e espécie, seguindo-se o sistema de classificação do APG II (2003).

Cada morfotipo de galha foi fotografado, utilizando-se uma câmera digital. Amostras de ramos galhados foram removidas das plantas hospedeiras, acondicionadas em sacos plásticos etiquetados e levadas para o laboratório de Diptera do Museu Nacional. Alguns exemplares de cada morfotipo de galha foram dissecados sob estereomicroscópio para a observação do número de câmaras internas e obtenção dos imaturos encontrados nas mesmas. Esses imaturos foram inicialmente preservados em etanol 70% em microtubos etiquetados. O restante da amostra destinou-se à criação dos insetos galhadores e da fauna associada (parasitóides, predadores e inquilinos). Para tal, cada morfotipo de galha foi acondicionado em potes plásticos fechados, etiquetados e forrados com papel umedecido (no caso das espécies cuja pupa ocorre na galha) ou contendo terra no fundo (no caso das espécies cuja pupa ocorre no solo). Os potes foram vistoriados diariamente para a verificação da emergência dos adultos.

Todo o material obtido a partir da criação foi preservado em etanol 70%. Os Cecidomyiidae (Diptera) foram preparados e montados em lâminas permanentes de microscopia, de acordo com a metodologia de Gagné (1994). Para a identificação dos gêneros de Cecidomyiidae foram utilizadas as chaves de Gagné (1994). Os microhimenópteros obtidos foram identificados em família por Maria Antonieta Pereira de Azevedo (Pesquisadora Associada, Museu Nacional), os obtidos apenas na fase de larva ou pupa permaneceram em nível de ordem.

A média dos morfotipos de galhas por espécie de planta foi calculada considerando-se apenas as espécies vistoriadas com galhas.

Resultados e Discussão

Foram encontrados 233 morfotipos de galhas de insetos em 123 espécies de plantas distribuídas em 48 famílias (Tabela 1). Apenas um morfotipo foi encontrado em pteridófita, todos os demais foram observados em angiospermas. Lima et al. 2000 registraram para Bertioga 73 morfotipos de galhas em 51 espécies de plantas distribuídas em 26 famílias, havendo, portanto, um acréscimo de 160 morfotipos de galhas, 72 espécies vegetais e 22 famílias de plantas. Esse acréscimo não pode ser atribuído a um maior esfoço de coleta desprendido por nós, uma vez que Lima et al. 2000 investigaram as mesmas áreas quinzenalmente, durante 18 meses, enquanto em nosso estudo a investigação foi mensal, durante 12 meses.

Nesse mesmo artigo, as Lauraceae e as Melastomataceae foram apontadas como as duas famílias com maior número de espécies atacadas, seguidas pelas Myrtaceae. Já no nosso estudo foram as Myrtaceae que apresentaram maior número de espécies atacadas (n = 14), seguidas pelas Asteraceae (n = 13) e Fabaceae (n = 10) (Tabela 1).

As famílias de planta com maior riqueza de galhas foram Myrtaceae (n = 31), Asteraceae (n = 29), Melastomataceae (n = 18) e Fabaceae (n = 17) (Tabela 1). Trabalhos realizados em áreas de restinga do Estado do Rio de Janeiro (Maricá, Carapebus, Grumari e Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba) também indicaram as Myrtaceae como a família com maior riqueza de galhas de insetos (Maia 2001, Monteiro et al. 2004, Oliveira & Maia 2005). De acordo com Rizzini (1979), as Myrtaceae estão muitas bem representadas nas restingas e contribuem significativamente para a caracterização de sua flora, sendo Eugenia Linnaeus o maior gênero em número de espécies. Em outros ecossistemas brasileiros, as famílias de planta com maior riqueza de galhas também são as melhores representadas e mais diversificadas, como por exemplo, as Asteraceae no cerrado (Maia & Fernandes 2004).

Os gêneros de espécies vegetais com maior riqueza de galhas de insetos foram: Myrcia DC. ex. Guill. (Myrtaceae) (n = 10); Ocotea Aubl. (Lauraceae) (n = 9); Paullinia L. (Sapindaceae) (n = 8) e Guapira Aubl. (Nyctaginaceae) (n = 7). Esse resutado difere do encontrado para restingas do Estado do Rio de Janeiro, onde os gêneros que mais se destacam são Eugenia L. (Myrtaceae); Protium Burm. f. (Burseraceae); Guapira Aubl. e Erythroxylum P. Browne (Erythroxylaceae) (Maia 2001, Oliveira & Maia 2005).

Em Bertioga, Myrcia fallax (Rich.) DC. (n = 7); Paullinia sp. (n = 7); Ocotea pulchella (Nees) Mez. (n = 6) e Guapira opposita (Vell.) Reitz. (n = 6) foram as espécies de planta com maior riqueza de galhas. Já nas restingas de Maricá e Carapebus, Eugenia multiflora Cambess. e Guapira opposita (Vell.) Reitz foram o destaque (Maia 2001) e, em Grumari, Erythroxylum ovalifolium Peyr. (Oliveira & Maia 2005). Portanto, restingas de diferentes localidades mostraram particularidades referentes às espécies vegetais com maior riqueza de galhas.

A média de morfotipos de galhas por espécie de planta foi 1,9. Valores similares foram encontrados para a restinga de Jurubatiba (RJ), por Monteiro et al. 2004, e para a restinga de Grumari (RJ), por Oliveira & Maia 2005 (2,5 e 1,7 respectivamente).

Galhas foram observadas nas seguintes partes das plantas hospedeiras: folha; caule; gema; botão floral e inflorescência; gavinha e raiz. Nenhuma galha foi verificada em frutos, embora os mesmos tenham sido investigados. As folhas representaram o órgão da planta mais atacado por galhadores, com cerca de 56% do total (Tabela 2). Resultados parecidos foram encontrados em restingas do Estado do Rio de Janeiro (em Grumari: 62,8%; em Maricá e Carapebus: 62,4%) (Maia 2001, Oliveira & Maia 2005), corroborando com o padrão mundial assinalado por Mani (1964). O segundo órgão mais atacado foi o caule com cerca de 30% do total. Galhas desenvolvidas a partir das gemas, em inflorescência ou botões florais, em gavinhas e raízes aéreas também foram encontradas, porém em menor freqüência. As galhas de botões florais ocorreram em Rollinia sericea R.E.Fr (Annonaceae) e em Baccharis dracunculifolia DC (Asteraceae); as das inflorescências em Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schultz (Boraginaceae) e Codonanthe gracilis (Mart) Hanst (Gesneriaceae); as de gavinhas em Parabignonia unguiculata (Vell.) A. H. Gentry (Bignoniaceae) e Paullinia sp. (Sapindaceae) e as de raízes adventícias em Philodendron appendiculatum Nadruz & Mayo (Araceae) e em Codonanthe gracilis.

A maioria dos morfotipos de galhas ocorreu em uma única parte da planta, mas seis ocorreram simultaneamente na gema e no caule (em Asteraceae, Lauraceae, Melastomataceae e Rubiaceae); três na nervura e caule (em Asteraceae, Euphorbiaceae e Myrtaceae); cinco na folha e caule (em Asteraceae, Lauraceae, Loranthaceae e Melastomataceae); três na nervura central e pecíolo (em Asteraceae e Melastomataceae); um na gema e folha (em Celastraceae); cinco na nervura, caule e pecíolo (em Asteraceae, Bignoniaceae, Gesneriaceae e Lamiaceae) e um na nervura, pecíolo e gavinha (em Sapindaceae).

Foi identificado, pelo menos em nível de ordem, o indutor de 158 morfotipos; do restante (n = 75, cerca de 32%) não foi possível determinar o galhador, ou porque as galhas estavam vazias, ou por haver mais de uma espécie de inseto habitando a mesma galha em condições similares, não sendo possível determinar o seu hábito. Dentre os insetos galhadores, foram encontrados representantes de cinco ordens: Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera e Thysanoptera, com amplo destaque para os Diptera, responsáveis por cerca de 58% do total de morfotipos de galhas (Tabela 3). Se considerarmos apenas os 158 morfotipos, esse valor aumenta para cerca de 86% (Tabela 4). Resultados similares foram encontrados para restingas do Estado do Rio de Janeiro, onde as mesmas ordens citadas também foram registradas como galhadores, havendo igual predomínio dos Diptera (Monteiro et al. 1994, Monteiro et al. 2004, Oliveira & Maia 2005). No entanto, nas restingas fluminenses há alguns registros de galhas induzidas por Hymenoptera ou modificadas por eles, o que não ocorreu em Bertioga.

Na região neotropical, seis ordens de insetos são citadas por possuírem representantes galhadores: Diptera, Lepidoptera, Hymenoptera, Coleoptera, Hemiptera e Thysanoptera. Dentre essas, há um amplo predomínio de galhas induzidas por Diptera, havendo registro de mais de mil morfotipos, induzidos principalmente por Cecidomyiidae. As galhas de Hemiptera e os Lepidoptera ocupam o segundo e o terceiro lugares em número de morfotipos, com valores muito abaixo dos Diptera (entre 100 e 200), e finalmente os Hymenoptera, Coleoptera e Thysanoptera são citados, nessa seqüência, com valores progressivamente menos expressivos ainda (entre 50 e 14 morfotipos) (Maia, 2006). Em nosso estudo, as galhas induzidas por Lepidoptera ocuparam o segundo lugar em termos de diversidade, as de Coleoptera e de Hemiptera o terceiro e quarto, porém com valores não significativamente diferentes, e por fim, com a menor diversidade observada, as galhas de Thysanoptera. Portanto, os nossos resultados assemelham-se bastante ao padrão geral da região neotropical.

Os Diptera galhadores estão representados por duas famílias: Tephritidae (com apenas um morfotipo de galhas em Asteraceae) e Cecidomyidae (com 134 morfotipos de galhas). Esses últimos representam o grupo de inseto galhador predominante em todas as regiões zoogeográficas do mundo (Felt 1940).

Dentre os Cecidomyiidae foram encontrados representantes de 21 gêneros: Alycaulus Rübsaamen, 1916 (duas espécies); Asphondylia Loew, 1850 (cinco espécies); Bruggmannia Tavares, 1906 (quatro espécies); Bruggmanniella Tavares, 1909 (uma espécie); Clinodiplosis Kieffer, 1895 (19 espécies); Contarinia Rondani, 1860 (duas espécies); Cordiamyia Maia, 1996 (uma espécie); Dasineura Rondani, 1840 (duas espécies); Eugeniamyia Maia, Mendonça & Romanowski 1996 (uma espécie); Guareamyia Maia, 2007 (uma espécie); Iatrophobia Rübsaamen, 1916 (uma espécie); Liodiplosis Gagné, 2001(quatro espécies); Lopesia Rübsaamen, 1908 (nove espécies); Mikaniadiplosis Gagné, 2001(uma espécie); Neolasioptera Felt, 1908 (doze espécies); Paulliniamyia Maia, 2001 (uma espécie); Perasphondylia Möhn, 1960 (uma espécie); Pisphondylia Möhn, 1960 (uma espécie); Proasphondylia Felt, 1915(uma espécie); Schizomyia Kieffer, 1889 (uma espécie) e Sphaeromyia Maia, 2007 (uma espécie), com destaque para Clinodiplosis, Neolasioptera e Lopesia, por apresentarem maior número de espécies. Clinodiplosis e Neolasioptera são gêneros muito diversificados, com 93 espécies e 133 espécies conhecidas, respectivamente. Clinodiplosis é cosmopolita e Neolasioptera ocorre nas regiões Neártica e Neotropical. Lopesia inclui apenas 13 espécies com ocorrência nas regiões Neártica, Neotropical e Afrotropical.

Os Lepidoptera induziram 11 morfotipos de galhas em oito famílias vegetais: Anacardiaceae (n = 1); Asteraceae (n = 1); Boraginaceae (n = 1); Clusiaceae (n = 1); Gesneriaceae (n = 1); Melastomataceae (n = 4), Myrsinaceae (n = 1) e Sapindaceae (n = 1), ocorrendo principalmente em Melastomataceae. Esta associação preferencial entre Lepidoptera galhadores e Melastomataceae já tinha sido apontada por Houard, 1933.

Os Coleoptera (Curculionidae) induziram cinco morfotipos de galhas em cinco famílias vegetais: Annonaceae (em Rollinia sericea R. E. Fr., n = 1); Ebenaceae (em Diospyros brasiliensis Mart. ex. Miq., n = 1); Fabaceae (em Andira fraxinifolia Benth.; n = 1); Melastomataceae (Tibouchina pulchra Cogn., n = 1) e Myrtaceae (em Gomidesia fenzliana O. Berg, n = 1). Na região neotropical, a associação de Coleoptera galhadores com Diospyros brasiliensis e Gomidesia fenzliana já era conhecida. As espécies de Annonaceae registradas, até então, como hospedeiras de Coleoptera galhadores eram Portulaca oleracea L. e Xilopia aromatica (Lam.) Mart., portanto esse é o primeiro registro em Rollinia sericea. Em Fabaceae, galhas de Coleoptera ocorrem em seis espécies de plantas, incluindo Andira sp. Com relação às Melastomataceae, não havia registros prévios. Os Coleoptera galhadores estavam associados, até o momento, na região neotropical, com 14 famílias de plantas, sendo mais freqüentes nas Fabaceae e Asteraceae (Maia 2006).

Os Hemiptera induziram quatro morfotipos de galhas, nos seguintes hospedeiros: em Ocotea lobbii (Meisn.) Rohwer, n = 1 e Ocotea pulchella (Nees) Mez, n = 1 (Lauraceae); em Smilax quinquenervia Vell., n = 1 (Smilacaceae) e em Ilex theezans Mart., n = 1 (Aquifoliaceae). Registros de galhas de Hemiptera já eram conhecidos nessas mesmas famílias e gêneros de planta, mas não nas espécies citadas. Na região neotropical, Hemiptera galhadores estão associados a 37 famílias de plantas, sendo mais freqüentes nas Myrtaceae, Asteraceae e Fabaceae (Maia 2006).

Os Thysanoptera induziram apenas dois morfotipos de galhas, em Rollinia sericea R. E. Fr. (Annonaceae) e em Myrcia multiflora (Lam.) DC. (Myrtaceae). A ocorrência de galhas de Thysanoptera em Myrcia spp. era conhecida, mas não na espécie citada. Já em Annonaceae, trata-se do primeiro registro. Na região neotropical, os Thysanoptera galhadores estavam associados, até o momento, a sete famílias de planta, sendo mais comuns em Myrtaceae e Moraceae (Maia 2006).

Em 117 morfotipos de galhas (cerca de 50% do total) foram encontrados, além do galhador, outros habitantes, que compuseram a entomofauna associada. De acordo com o hábito de vida, esses habitantes foram divididos em inquilinos (quando em galhas ainda ocupadas pelo indutor), sucessores (em galhas já abandonadas pelo indutor e geralmente em decomposição), predadores e parasitóides. Dentre esses, os parasitóides e os inquilinos predominaram, representando cerca de 48 e 40% da entomofauna associada, respectivamente (Tabela 5).

Em restingas, a presença de parasitóides em galhas é muito comum. No Estado do Rio de Janeiro, ocorrem em cerca de 60% dos morfotipos conhecidos (Maia 2001). E várias espécies de parasitóides podem estar associadas a um mesmo morfotipo de galha, como em Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), onde 26 espécies diferentes de microhimenópteros parasitóides estão associados às galhas induzidas por Bruggmannia elongata Maia & Couri, 1993 (Diptera: Cecidomyiidae) (Maia & Monteiro 1999). Em outros ecossistemas brasileiros, a ocorrência de parasitóides é significativamente menor, como no cerrado, onde apenas 35% dos morfotipos de galhas conhecidos apresentam parasitóides associados.

Os parasitóides encontrados em Bertioga pertencem a oito famílias distintas de Hymenoptera: Eurytomidae, Platygastridae, Pteromalidae, Torymidae, Braconidae, Encyrtidae, Mymaridae e Eupelmidae, as três primeiras destacando-se como as mais freqüentes, com ocorrência registrada em 18, 12 e oito morfotipos de galhas, respectivamente (Tabela 6). Nas restingas fluminenses, 11 famílias são encontradas, as oito citadas para Bertioga, além de Eulophidae, Elasmidae e Signophoridae, com destaque para Eulophidae, Eurytomidae e Platygastridae (Maia & Monteiro 1999, Maia 2001, Maia & Azevedo 2001a, b). Comparando-se à composição da guilda de parasitóides entre as restingas de Bertioga e do Estado do Rio de Janeiro, podemos observar diferenças na riqueza de famílias (n = 8 em Bertioga e n = 11 no Estado do Rio), na freqüência de parasitismo (48 e 60%, respectivamente) e na família predominante de parasitóides (Eurytomidae em Bertioga e Eulophidae no Estado do Rio). No entanto, oito famílias são comuns a ambas. Vale a pena ressaltar que o volume das informações publicadas sobre galhas, galhadores e parasitóides para as restingas fluminenses é muito maior que o de Bertioga, e que as primeiras são estudadas, com esse enfoque, há muito mais tempo.

Em outros biomas brasileiros, como no cerrado, sete famílias de microhimenópteros parasitóides estão associadas às galhas: Eurytomidae, Braconidae, Platygastridae, Eulophidae, Pteromalidae, Encyrtidae (também registradas em restingas) e Ichneumonidae (Maia & Fernandes 2004).

O inquilismo em galhas também é comum, tendo sido registrado em restingas fluminenses e em ambientes de cerrado. Como inquilinos de galhas foram encontrados, em Bertioga, representantes de cinco ordens de insetos: Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera e Thysanoptera (Tabela 7). Os Diptera foram os mais freqüentes, ocorrendo em 16 morfotipos de galhas e representados por apenas duas famílias: Cecidomyiidae e Sciaridae. Os Cecidomyiidae ocorreram em 10 morfotipos de galhas e foram representados por quatro gêneros distintos: Clinodiplosis, Contarinia, Resseliella Seitner, 1906 e Trotteria Kieffer, 1901. Os três primeiros compreendem espécies galhadoras e inquilinas, já Trotteria inclui apenas espécies inquilinas. Clinodiplosis, Contarinia e Resseliella estão associados com diversas famílias de planta e com vários táxons galhadores. Já Trotteria ocorre principalmente em galhas induzidas por Asphondyliini (Gagné 1994). Os Sciaridae ocorreram em seis morfotipos de galhas.

Os Lepidoptera destacaram-se como a segunda ordem de insetos mais freqüente como inquilinos de galhas, ocorrendo em 13 morfotipos, seguidos pelos Coleoptera (em 11 morfotipos), Hemiptera (em seis) e por fim Thysanoptera, em um único morfotipo de galha.

Os Coleoptera inquilinos foram representados quase que exclusivamente por Curculionidae (em 10 morfotipos), já os Hemiptera foram representados por Tingidae, Membracidae e Coccidae.

Nas restingas fluminenses, as mesmas ordens de inquilinos são encontradas, com exceção dos Hemiptera. Os Diptera também prevalecem e estão igualmente representados por Sciaridae e pelos mesmos gêneros de Cecidomyiidae (Clinodiplosis, Contarinia, Resseliella e Trotteria), sendo os Cecidomyiidae os mais freqüentes. Os Coleoptera estão, da mesma forma, representados por Curculionidae. Resultados similares são encontrados também para o cerrado (Maia & Fernandes 2004).

Como sucessores foram encontrados principalmente Collembola (em sete morfotipos de galhas), mas também Psocoptera e Thysanoptera (em três e um morfotipo de galha, respectivamente). Como predadores foram observadas formigas (Hymenoptera: Formicidae) em dois morfotipos de galhas e Lestodiplosis (Diptera: Cecidomyiidae) em três morfotipos (Tabela 7).

Para as restingas fluminenses, registros de Formicidae e Lestodiplosis são conhecidos, além de pseudoscorpiões (não encontrados em galhas em Bertioga). Para o cerrado, os resultados são semelhantes, com adição da ocorrência de Friebrigella sp. (Diptera, Chloropidae) como predador em galhas de Lepidoptera em Leandra aurea (Cham.) Cogn. (Melastomataceae) e a inclusão de um Muscomorpha não identificado, de um Psyliidae e de um Heteroptera como inquilinos.

A seguir, são apresentados os dados de cada morfotipo de galha, organizados por ordem alfabética da família vegetal hospedeira. Incluem uma breve descrição da galha, a identificação do galhador, a(s) localidade(s) de ocorrência da mesma, informações sobre insetos associados (parasitóides, inquilinos, predadores e sucessores) e comentários sobre registros em outras localidades ou galhas morfologicamente similares nos mesmos gêneros de planta.

ACANTHACEAE

1. Avicennia schaueriana Stapf & Leechm. ex Moldenke

Galha globóide, unilocular, na folha. Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Itaguaré. Comentários: Galha similar descrita por Tavares 1918 em A. tomentosa Jacq., do Brasil. Primeiro registro de galha em Avicennia schaueriana.

ANACARDIACEAE

1. Schinnus terebinthifolius Raddi

Galha caulinar (Figura 1). Indutor: Lepidoptera: 1 lagarta (Itaguaré: 20.X.2004); 1 pupa (Itaguaré: 20.I.2005). Localidade: Itaguaré. Comentários: Galha registrada por Maia 2006 para o Estado do Rio de Janeiro. Novo registro de localidade.




2. Tapirira guianensis Aubl.

Galha cônica foliar. Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Itaguaré. Comentários: Primeiro registro de galha nessa espécie de planta.

ANNONACEAE

1. Guatteria hilariana Schltdl.

Galha formada por um espessamento fusiforme acentuado do caule, multilocular. Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré.

Galha globóide, na folha (Figura 2). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Houard 1924 registrou uma galha similar à globóide, induzida por um inseto não identificado, em G. schomburgkiana Mart., da Guiana. Primeiro registro de galhas em Guatteria hilariana.

2. Rollinia sericea R. E. Fr.

Nome vulgar: cortiça.

Galha parenquimática, unilocular, na folha. Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto.

Galha formada por um espessamento do pecíolo, unilocular. Indutor: Coleoptera Curculionidae (2 adultos, Fazenda Pinto, 22.V.2004 e 23.II.2005; 4 larvas, Fazenda Pinto, 18.I.2005). Localidade: Fazenda Pinto.

Galha no botão floral. Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 3 larvas (Fazenda Pinto, 19.X.2004). Localidade: Fazenda Pinto.

Galha foliar rendilhada (Figura 3). Indutor: Thysanoptera. Localidade: Fazenda Pinto.

Comentários: Houard 1926 registrou uma galha morfologicamente distinta dessas e induzida por um inseto não identificado em R. resinosa Spruce, da Venezuela. Primeiro registro de galhas em Rollinia sericea.

APOCYNACEAE

1. Forsteronia leptocarpa (Hook. & Arn). A. DC.

Galha cônica, verde, unilocular, na folha (Figura 4). Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: Hymenoptera (parasitóides).

Galha formada por um espessamento fusiforme da nervura central. Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto.

Comentários: Rübsaamen 1907 registrou uma galha induzida por ácaro (Eriophyidae) em F. pubescens DC., do Brasil. Primeiro registro de galhas em Forsteronia leptocarpa.

AQUIFOLIACEAE

1. Ilex pseudobuxus Reissek

Galha desenvolvida a partir das gemas laterais e apicais. Indutor: Cecidomyiidae: 2 larvas (Guaratuba, 21.IV.2004). Localidade: Guaratuba. Comentários: galha registrada para Bertioga por Lima et al. 2000.

Galha da gema, achatada, plurilocular (Figura 5). Indutor: Cecidomyiidae: 1 larva (Itaguaré, 24.VIII.2004). Localidade: Itaguaré.

Espessamento caulinar globoso. Indutor: Cecidomyiidae: 2 larvas (Itaguaré, 30.VII.2004). Localidade: Itaguaré.

Comentários: Os dois últimos morfotipos (gema achatada e espessamento caulinar) representam novos registros na nessa planta hospedeira.

2. Ilex theezans Mart.

Galha parenquimática, unilocular, na folha. Indutor: Cecidomyiidae: 4 larvas (abandonam a galha) (Guaratuba, 15.XII.2004). Localidade: Guaratuba.

Galha foliar, bursiforme (Figura 6). Indutor: Psyllidae (Hemiptera). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: Encyrtidae (parasitóide). Comentários: Houard, 1933 catalogou uma galha similar induzida por Metaphalara spegazziniana Lizer, 1917 (Psyllidae) em I. paraguensis A. St-Hil.

Galha formada por um espessamento globóide do caule (Figura 7). Indutor: Cecidomyiidae: 2 larvas (Itaguaré, 30. VII.2004). Localidade: Itaguaré.

Comentários: Primeiro registro de galhas de Cecidomyiidae em Ilex theezans.

ARACEAE

1. Philodendron appendiculatum Nadruz & Mayo

Galha elíptica, amarelada, unilocular, na folha (Figura 8). Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Insetos associados: Hymenoptera (2 adultos). Comentários: Novo registro de galha em P. appendiculatum.

Galha ovóide, unilocular, na raiz (Figura 9). Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al. 2000. Rübsaamen 1908 descreveu uma galha de raiz similar a essa, induzida por Cecidomyiidae, em Philodendron sp., do Brasil e Costa Rica.

ASTERACEAE

1. Achyrocline satureioides (Lam.) DC.

Galha: espessamento do caule ou da gema (Figura 10). Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Primeiro registro de galhas em Achyrocline satureioides.

2. Baccharis conyzoides DC.

Galha preta, globosa, unilocular, na folha (Figura 11). Indutor: Asphondylia sp. (Cecidomyiidae): 1 fêmea e 1 exúvia (21.IX.2004); 1 pupa (Itaguaré, 21.IX.2004). Localidade: Itaguaré.

Galha parenquimática, foliar (Figura 12). Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto.

3. Baccharis dracunculifolia DC.

Galha do botão floral (Figura 13). Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto.

4. Baccharis singularis (Vell.) G. M. Barroso

Galha da gema, verde, ovóide com folha saindo apicalmente (Figura 14). Indutor: Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae): 1 pupa (Itaguaré, 24.VI.2004). Localidades: Itaguaré e Guaratuba.

Galha: espessamento da nervura ou caule. Indutor não determinado. Inquilino: Thysanoptera. Localidade: Itaguaré.

Comentários: Primeiro registro de galhas em Baccharis singularis.

5. Baccharis speciosa DC.

Galha globóide, unilocular, lateral, no caule. Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré.

Galha: espessamento do caule ou da gema. Indutor: Alycauliini gen. nov.: 6 machos (Guaratuba: 3 em 24.VI.2004; Fazenda Pinto: 1 em 23.II.2005; Itaguaré: 1 em 22.II.2005; 1 em 26.IV.2005); 6 fêmeas (Guaratuba: 1 em 24.VI.2004; Fazenda Pinto: 1 em 23.II.2005; Itaguaré: 2 em 20.I.2005; 2 em 22.II.2005). Localidade: Guaratuba, Fazenda Pinto e Itaguaré. Outros insetos associados: Collembola (sucessor) e Lepidoptera (inquilino): 1 lagarta e 1 adulto (Itaguaré: 23.IV.2004); Hymenoptera: Platygastridae (parasitóide).

Comentários: Primeiro registro de galhas em Baccharis speciosa.

6. Mikania argyreiae DC.

Galha: espessamento caulinar (Figura 15). Indutor: Cecidomyiidae: 1 larva (Itaguaré, 23.VI.2004). Localidades: Itaguaré e Guaratuba.

Galha foliar globóide (Figura 16). Indutor não determinado. Localidade: Guaratuba.

Comentários: Primeiro registro de galhas em Mikania argyreiae.

7. Mikania cf. biformis DC.

Galha globosa suculenta na folha ou caule. Indutor: Liodiplosis spherica Gagné, 2001 (Cecidomyiidae): 5 machos (Itaguaré: 3 em 20.X.2004; 2 em 23.V.2004); 4 fêmeas (Itaguaré: 1 em 20.X.2004; 1 em 23.V.2004 e 1 em 13.XII.2004; Guaratuba: 1 em 31.VII.2004); 1 pupa (Itaguaré, 20.X.2004); 11 exúvias (Itaguaré: 3 em 23.V.2004; 3 em 20.X.2004; 1 em 13.XII.2004; 2 em 25.VI.2005 e 2 em 30.VII.2004) e 13 larvas (Itaguaré: 1 em 25.VI.2004; 4 em 30.VII.2004; 2 em 24.IX.2004; 1 em 16.XI.2004; Itaguaré: 3 em 20.X.2004 e 1 em 20.I.2005; Guaratuba: 1 em 21.IV.2004). Localidades: Itaguaré e Guaratuba. Outros insetos associados: inquilinos: Coleoptera Curculionidae, 1 larva (Itaguaré, 20.X.2004); Acanthocheilla sp. (Hemiptera, Tingidae): 1 adulto (Fazenda Pinto, 26.VIII.2004); ninfas de Hemiptera (Coccidae e Membracidae); parasitóides: Hymenoptera (Eupelmidae, Braconidae e Pteromalidae; predador: Hymenoptera (Formicidae). Comentários: Novo registro de planta hospedeira para L. spherica (registro anterior em Mikania glomerata Spreng., do Rio de Janeiro).

Espessamento do caule, pecíolo ou nervura. Indutor: Mikaniadiplosis annulipes Gagné, 2001 (Cecidomyiidae): 1 macho, 1 fêmea e 3 exúvias (Guaratuba, 25.VIII.2004). Localidade: Guaratuba. Outros insetos associados: inquilino: Contarinia ubiquita Gagné, 2001 (Cecidomyiidae): 2 larvas (Guaratuba, 24.II.2005). Comentários: Novo registro de planta hospedeira para M. annulipes (registro anterior em Mikania glomerata Spreng., do Rio de Janeiro).

Espessamento do caule. Indutor: Asphondylia moehni Skuhravá, 1989 (Cecidomyiidae): 5 machos, 1 fêmea, 8 exúvias (Guaratuba, 25.VIII.2004) e 1 larva (Guaratuba, 24.II.2005). Localidade: Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera (Eurytomidae). Comentários: Novo registro de planta hospedeira para A. moehni (registro anterior em Mikania glomerata Spreng., do Rio de Janeiro).

Galha cônica na folha ou caule (Figura 17). Indutor: Liodiplosis conica Gagné, 2001 (Cecidomyiidae): 3 machos (Guaratuba: 1 em 25.VIII.2004 e 1 em 18.XI.2004; Itaguaré: 1 em 16. XI.2004); 2 fêmeas (Guaratuba: 1 em 25.VII.2004; Itaguaré: 1 em 29.III.2005); 8 exúvias (Guaratuba: 5 em 18.XI.2004; 1 em 25.VII.2004; Fazenda Pinto: 1 em 23.IX.2004; Itaguaré: 1 em 29.III.2005) e 18 larvas (Guaratuba: 4 em 31.VII.2004; 2 em 18.XI.2004; 1 em 18.V.2005; Itaguaré: 2 em 25.VI.2004; 1 em 29.III.2005; Fazenda Pinto: 7 em 23.IX.2004 e 1 em 23.II.2005). Localidade: Guaratuba, Fazenda Pinto e Itaguaré. Outros insetos associados: inquilino: Trotteria sp. (Cecidomyiidae): 1 larva (Guaratuba, 18.XI.2004). Comentários: Novo registro de planta hospedeira para L. conica (registro anterior em Mikania glomerata Spreng., do Rio de Janeiro).






Galha: espessamento discreto da nervura central. Indutor: Alycaulus globulus Gagné, 2001 (Cecidomyiidae): 4 machos (Itaguaré: 2 em 23.V.2004 e 2 em 21.IX.2004); 1 fêmea (Itaguaré, 23.V.2005) e 1 exúvia (Itaguaré, 23.V.2004). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera (Platygastridae). Comentários: Novo registro de planta hospedeira para A. globulus (registro anterior em Mikania glomerata Spreng., do Rio de Janeiro).

Galha: espessamento acentuado da nervura ou pecíolo. Indutor: Asphondylia glomeratae Gagné, 2001 (Cecidomyiidae): 4 machos (Itaguaré: 1 em 21.IX.2004, 1 em 20.I.2005; 1 em 20.X.2004; Guaratuba: 1 em 22.IX.2004); 1 fêmea (Itaguaré, 13.XII.2004); 1 pupa (Itaguaré, 29.III.2005) e 4 exúvias (Itaguaré: 1 em 13.XII.2004; 1 em 20.I.2005; Guaratuba: 1 em 22.IX.2004 e 1 em 18.V.2005). Localidade: Itaguaré e Guaratuba. Outros insetos associados: inquilinos: Coleoptera Curculionidae: 10 larvas (Guaratuba: 1 em 18.XII.2004; 1 em 21.IV.2004; 2 em 25.VIII.2004; Itaguaré: 1 larva, 23.V.2004; Fazenda Pinto: 4 em 25.VI.2004; 1 em 17.XI.2004); 3 pupas (Fazenda Pinto, 19.X.2004); 2 adultos (Guaratuba, 25.VIII.2004); parasitóides: Hymenoptera. Comentários: Novo registro de planta hospedeira para A. glomeratae (registro anterior em Mikania glomerata Spreng., do Rio de Janeiro).

Galha foliar cilíndrica delgada (Figura 18). Indutor: Liodiplosis cylindrica Gagné, 2001 (Cecidomyiidae): 4 fêmeas (Itaguaré: 2 em 30.VII.2004; 1 em 25.VIII.2004 e 1 em 26.IV.2005); 8 exúvias (Guaratuba: 4 em 25.VIII.2004; Itaguaré: 1 em 30.VII.2004 e 3 em 26.IV.2005) e 18 larvas (Guaratuba: 1 em 24.VI.2004; 3 em 25.VIII.2004; 5 em 23.IX.2004, 2 em 21.X.2004 e 1 em 31.III.2005; Itaguaré: 3 em 22.II.2005; 1 em 26.IV.2005; Fazenda Pinto: 2 em 23.IX.2004). Localidade: Fazenda Pinto, Guaratuba e Itaguaré. Outros insetos associados: sucessor: Psocoptera: 1 adulto (Itaguaré, 24.VIII.2004); parasitóide: Hymenoptera (Braconidae). Comentários: Novo registro de planta hospedeira para L. cylindrica (registro anterior em Mikania glomerata Spreng., do Rio de Janeiro).

Comentários: Primeiro registro de galhas em Mikania cf. biformis.

Galha da gema (Figura 19). Indutor: Perasphondylia mikaniae Gagné, 2001 (Cecidomyiidae): 1 macho (Guaratuba, 22.IX.2004); 3 fêmeas (Guaratuba, 22.IX.2004) e 4 exúvias (Guaratuba; 3 em 22.IX.2004; Itaguaré: 1 em 16.XI.2004). Localidade: Guaratuba. Outros insetos associados: inquilinos: Sciaridae: 2 adultos; 2 exúvias da pupa e 17 larvas (Guaratuba, 21.X. 2004); Coleoptera Curculionidae: 1 larva (Itaguaré, 26.IV.2005); parasitóides: Hymenoptera (Pteromalidae eTorymidae). Comentários: Novo registro de planta hospedeira para P. milkaniae (registro anterior em Mikania glomerata Spreng., do Rio de Janeiro).

8. Mikania cf. glomerata Spreng.

Espessamento peciolar. Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 2 machos e 3 fêmeas (Fazenda Pinto, 18.I.2005). Localidade: Fazenda Pinto. Comentário: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

Espessamento caulinar. Indutor: Asphondylia glomeratae (Cecidomyiidae).

Galha globosa na folha. Indutor: Liodiplosis spherica (Cecidomyiidae). Localidade: Fazenda Pinto.

Comentários: Gagné et al., 2001 descreveram diversas galhas em Mikania glomerata, incluindo as duas últimas citadas.

9. Mikania involucrata Hook. & Arn.

Galha formada por um espessamento irregular do caule. Indutor: Cecidomyiidae: 2 machos, 1 pupa, 2 exúvias e 1 larva (Itaguaré, 20.X.2004). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera (Torymidae).

Galha formada por um espessamento fusiforme da nervura. Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré.

Comentários: Primeiro registro de galhas nessa espécie de planta.

10. Mikania cf. micrantha Kunth.

Galha formada por um espessamento fusiforme da nervura central ou pecíolo. Indutor: Alycaulus trilobatus Möhn, 1964 (Cecidomyiidae). Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Möhn, 1964 registrou essa mesma galha em Mikania micrantha, da Colômbia e El Salvador, e descreveu o galhador.

11. Mikania ternata (Vell.) B. L. Rob.

Galha da gema, esférica (Figura 20). Indutor: Lopesiini (Cecidomyiidae): 9 fêmeas (Fazenda Pinto: 7 em 22.V.2004; 2 em 25.VI.2004); 10 exúvias (Fazenda Pinto: 9 em 22.V.2004; Guaratuba: 1 em 24.VI.2004) e 2 larvas (Fazenda Pinto: 1 em 25.VI.2004 e 1 em 23.IX.2004). Localidades: Fazenda Pinto e Guaratuba.

Espessamento caulinar (Figura 21). Indutor: Lepidoptera: 1 pupa (Fazenda Pinto, 27.IV.2005). Localidade: Fazenda Pinto.

Comentários: Primeiro registro de galhas em Mikania ternata.

12. Piptocarpha cf. cinerea Baker

Galha ovóide, unilocular, no caule, gema ou nervura (Figura 22). Localidade: Itaguaré, Fazenda Pinto e Guaratuba. Indutor: Cecidomyiidii sp.: 3 machos (Guaratuba: 1 em 24.VI.2004; Itaguaré: 1 em 16.XI.2004; Fazenda Pinto: 1 em 25.VI.2004); 2 fêmeas (Fazenda Pinto, 25.VI.2004) e 4 exúvias (Fazenda Pinto: 2 em 25.VI.2004; Guaratuba: 1 em 24.VI.2004 e 1 em 22.IX.2004); 1 macho (Fazenda Pinto, 22.V.2004); 2 fêmeas (Guaratuba: 1 em 21.VII.2004 e 1 em 31.VII.2004); 3 exúvias (Guaratuba: 1 em 21.VII.2004 e 1 em 31.VII.2004; Fazenda Pinto: 1 em 23.IX.2004). Localidades: Fazenda Pinto e Guaratuba. Outros insetos associados: inquilino: Lepidoptera: 1 adulto (Fazenda Pinto, 25.VI.2004); parasitóide: Hymenoptera (Eurytomidae).

Galha globosa no pecíolo, gema ou caule (Figura 23). Indutor: Asphondylia sp. (Cecidomyiidae): 2 machos e 1 exúvia (Itaguaré, 16.XI.2004); 1 macho e 1 fêmea (Itaguaré, 26.IV.2005); 2 fêmeas (Guaratuba, 28.IV.2005) e 4 exúvias (Itaguaré: 1 em 16.XI.2004; Guaratuba: 3 em 28.IV.2005). Localidades: Itaguaré e Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera (Eurytomidae, Braconidae e Pteromalidae); inquilinos: Lepidoptera: 1 lagarta (Guaratuba, 28.IV.2005); Coleoptera Curculionidae: 3 larvas (Itaguaré, 26.IV.2005).

Comentários: Lima et al. 2000 descreveram galhas globóides similares na folha em Piptocarpha sp. Trata-se do primeiro registro de galha em Piptocarpha cf. cinerea.

Rübsaamen, 1908 descreveu galhas hemiesféricas na nervura mediana em Piptocarpha sp.

13. Vernonia beyrichii Less.

Galha formada por um espessamento do caule ou da gema (Figura 24). Indutor: Tephritidae (Diptera). Localidade: Guaratuba. Outros insetos associados: inquilinos: Sciaridae (Diptera): 1 adulto (Itaguaré, 16.XI.2004); Lepidoptera; sucessor: Collembola. Comentários: Houard, 1933 catalogou galhas de Eriophyidae e Lepidoptera em Vernonia sp. Maia, 2001 descreveu uma galha induzida por Asphondylia sp. (Cecidomyiidae) em Vernonia rugogrisea A. St-Hil. e Maia & Fernandes 2004 registraram uma galha caulinar induzida por Tomoplagia rudolphi (Lutz & Lima, 1918) (Tephritidae) em Vernonia polyanthes Less. Primeiro registro de galha em Vernonia beyrichii.

BIGNONIACEAE

1. Anemopaegma chamberlaynii (Sims) Bureau & K. Schum.

Galha: espessamento do caule, pecíolo ou nervura (Figura 25). Indutor: Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae): 8 larvas (Fazenda Pinto: 4 larvas em 19.X.2004; 3 larvas em 17.XI.2004; Guaratuba: 1 larva em 21.X.2004). Localidades: Fazenda Pinto e Guaratuba. Comentários: Primeiro registro de galhas nessa espécie de planta.

2. Lundia virginalis DC. var. nitidula (DC.) A. H. Gentry

Larvas livres no caule: Clinodiplosis sp.(Cecidomyiidae): 7 larvas (Itaguaré: 5 em 23.V.2004; Fazenda Pinto: 2 em 17.XI.2004). Localidades: Itaguaré e Fazenda Pinto. Comentários: Tavares 1925 registrou uma galha induzida por Cecidomyidae nas folhas ou inflorescência de Lundia sp., do Brasil.

3. Parabignonia unguiculata (Vell.) A. H. Gentry

Galha parenquimática, unilocular, na folha (Figura 26). Indutor: Cecidomyiidae: 3 larvas (Itaguaré, 23.V.2004). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: inquilino: Resseliella sp. (Cecidomyiidae): 1 larva (Itaguaré, 30.VII.2004).

Galha formada por um espessamento do caule (Figura 27). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré.

Galha formada por um espessamento da gavinha (Figura 28). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré.

Comentários: Primeiro registro de galhas nessa espécie de planta.

4. Tabebuia sp.

Galha formada por intumescimento e enrolamento da folha (Figura 29). Indutor: Clinodiplosis sp.: 4 larvas (Itaguaré, 20.IV.2004). Localidade: Itaguaré.

Comentários: Houard (1933) catalogou duas galhas induzidas por Eriophyidae em Tabebuia spp; Fernandes et al. (1988) descreveram galhas esferóides na base das folhas em Tabebuia ochracea (Minas Gerais). Primeiro registro de galhas em Tabebuia para Bertioga.

BORAGINACEAE

1. Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult.

Galha globosa, pilosa, verde, na folha (Figura 30). Indutor: Cordiamyia globosa Maia, 1996 (Cecidomyiidae): 5 machos (Itaguaré: 2 em 16.XI.2004; 2 em 20.I.2005; 1 em 26.IV.2005); 5 fêmeas (Itaguaré: 1 em 23.IV.2004; 2 em 16.XI.2004; 1 em 20.I.2005 e 1 em 26.IV.2005); 6 exúvias (Itaguaré: 2 em 20.I.2005 e 2 em 26.IV.2005; Jardim São Lourenço: 2 em 15.V.2005). Localidades: Itaguaré e Jardim São Lourenço. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al. 2000.

Galha caulinar, com uma única câmara interna (Figura 31). Indutor: Lepidoptera: 6 lagartas (Itaguaré: 1 em 22.II.2005; 1 em 23.IV. 2004; Itaguaré: 3 em 20.IV.2004; Itaguaré: 1 em 23.V.2004). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Eurytomidae (1 adulto). Comentários: Galha registrada pela primeira vez por Rübsaamen, 1905 (Brasil).

Galha ovóide, pilosa, unilocular, na inflorescência (Figura 32). Indutor: Asphondylia sp. (Cecidomyiidae): 4 machos (Itaguaré: 1 em 24.VI.2004; Jardim São Lourenço: 2 em 25.IV.2005; Fazenda Pinto: 1 em 26.IV.2005); 3 fêmeas (Itaguaré:1 em 22.II.2005; Itaguaré:1 em 30.VII.2004; Fazenda Pinto:1 em 26.IV.2005) e 11 exúvias (Itaguaré: 3 em 24.VI.2004; Itaguaré: 2 em 30.VII.2004; Itaguaré: 1 em 22.II.2005, 1 em 16.V.2005; Jardim São Lourenço: 2 em 25.IV.2005; 1 em 15.V.2005; Fazenda Pinto: 1 exúvia em 26.IV.2005). Localidades: Itaguaré, Jardim São Lourenço e Fazenda Pinto. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera. Comentários: Galha similar descrita por Maia, 2001 em Cordia verbenacea (= C. curassavica) no Estado do Rio de Janeiro. Novo registro de galha para Bertioga.

Galha alongada, irregular na largura, unilocular, na folha (Figura 33). Indutor: Lopesiini (Cecidomyiidae): 5 larvas (Itaguaré: 4 em 16.XI.2004; Jardim São Lourenço: 1 em 15.V.2005). Localidades: Itaguaré e Jardim São Lourenço. Outros insetos associados: inquilino: Coleoptera Curculionidae: 1 adulto (Itaguaré, 16.XI.2004); parasitóide: Hymenoptera (Eurytomidae, Torymidae e Platygastridae). Comentários: Galha similar descrita por Maia, 2001 em Cordia verbenacea (= C. curassavica) no Estado do Rio de Janeiro. Novo registro de galha para Bertioga.

2. Cordia sellowiana Cham.

Galha esférica, pilosa, marrom, unilocular, na folha. Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Galha descrita por Fernandes et. al. 1988 (Minas Gerais). Novo registro de localidade: SP.

Galha parenquimática, na folha (Figura 34). Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Novo registro de galha em Cordia sellowiana.






CELASTRACEAE

1. Elachyptera micrantha (Cambess.) A. C. Sm.

Galha sulcada da gema ou folha (Figura 35). Indutor: Cecidomyiidae: 5 larvas (Itaguaré: 16.XI.2004). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: inquilino: Lepidoptera: 1 pupa (Itaguaré, 22.II.2005).

Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

2. Maytenus robusta Reissek

Galha globóide, unilocular, na folha (Figura 36). Indutor: Cecidomyiidae: 3 larvas (Itaguaré: 2 em 30.VII.2004; Jardim São Lourenço: 1 em 21.II.2005). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera (Platygastridae); sucessor: Psocoptera: 1 adulto (Jardim São Lourenço, 28.III.2005). Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al., 2000 e semelhante à descrita por Maia, 2001 em Maytenus obtusifolia Mart., induzida por Mayteniella robusta Maia, 2001.

CHRYSOBALANACEAE

1. Licania nitida Hook. f.

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule (Figura 37). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Maia & Fernandes, 2004 descreveram uma galha similar em Licania sp. (Minas Gerais).

Galha foliar ao longo das nervuras laterais, discreta na superfície superior e protuberante na superfície inferior (Figura 38). Indutor: Lopesia sp.: 4 machos (Fazenda Pinto: 3 em 23.IX.2004; 1 em 27.IV.2005); 6 fêmeas (Fazenda Pinto, 23.IX.2004). Localidades: Itaguaré e Fazenda Pinto. Comentários: Gagné & Hibbard 1996 descreveram galhas caulinares subterrâneas em Licania michauxii Prance na Flórida (USA).

Primeiro registro de galha em Licania nitida.

CLETHRACEAE

1. Clethra scabra Pers. var. laevigata (Meisn.) Sleumer

Galha formada por um espessamento irregular do caule, unilocular. Indutor: Cecidomyiidae: 10 larvas (Guaratuba: 5 em 18.XI.2004; 1 em 31.III.2005; 4 em 28.IV.2005). Localidade: Guaratuba.

Galha da gema, lenhosa, verde, estriada, com uma folha projetando-se do ápice. Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 7 larvas (Guaratuba: 2 em 18.IV.2005; 5 em 28.IV.2005). Larvas abandonam a galha.

Comentários: Primeiro registro de galhas nessa família de planta.

CLUSIACEAE

1. Calophyllum brasiliense Cambess.

Galha linear, projetando-se verticalmente, unilocular, na folha. Indutor: Lopesia linearis Maia, 2003 (Cecidomyiidae). Localidade: Guaratuba.

Galha parenquimática, elíptica, unilocular, na folha (Figura 39). Indutor: Lopesia elliptica Maia, 2003 (Cecidomyiidae): 1 fêmea e 1 exúvia (Guaratuba, 18.V.2005). Localidade: Guaratuba. Outros insetos associados: inquilino: Coleoptera; parasitóide: Hymenoptera Eurytomidae (2 adultos).

Galha formada por um espessamento globoso do caule, unilocular (Figura 40). Indutor: Lopesia caulinaris Maia, 2003 (Cecidomyiidae): 1 pupa (Itaguaré, 16.V.2005). Localidades: Itaguaré e Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera.

Galha globóide, unilocular, desenvolvida a partir das gemas apicais (Figura 41). Indutor: Contarinia gemmae Maia, 2003 (Cecidomyiidae): 1 macho e 1 exúvia (Guaratuba, 18.V.2005). Localidade: Guaratuba.

Comentários: Essas galhas foram registradas anteriormente em Bertioga por Lima et al. 2000, e no Estado do Rio de Janeiro por Madeira, Maia & Monteiro 2002.

2. Clusia criuva Cambess. subsp. parviflora Vesque

Galha parenquimática, elíptica, unilocular, na folha (Figura 42). Indutor: Lepidoptera. Localidade: Itaguaré. Comentários: Primeiro registro de galha nessa espécie de planta. Galhas foliares igualmente induzidas por Lepidoptera foram registradas por Maia 2006 no Estado do Rio de Janeiro, em Clusia lanceolata Cambess.

COMMELINACEAE

1. Commelina diffusa Burm. f.

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule. Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 7 fêmeas (Fazenda Pinto, 19.X.2004). Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Primeiro registro de galha nessa família de planta.

CYATHEACEAE (PTERYDOPHYTA)

1. Cyathea sp.

Galha parenquimática, verde, na folha (Figura 43). Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Martins & Pimenta (1988) registraram uma galha em Pteridium aquilinum Kuhn. (Pterydophyta: Dennstaedtiaceae) induzida por Phaonia gallicola Albuquerque 1958 (Diptera: Muscidae). Esse é o primeiro registro de galha em Cyathea.

DILLENIACEAE

1. Doliocarpus glomeratus Eichler

Galha formada por um espessamento do caule (Figura 44). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Primeiro registro de galha nessa espécie de planta.

DIOSCOREACEAE

1. Dioscorea monadelpha (Kunth) Griseb.

Espessamento do pecíolo: Indutor não determinado. Inseto associado: Thysanoptera. Localidades: Fazenda Pinto e Itaguaré. Comentários: Gagné 1989 registrou galhas na base foliar em Dioscorea villosa L. em Nova Iorque, E.U.A. Trata-se do primeiro registro de galha nessa espécie de planta.

EBENACEAE

1. Diospyros brasiliensis Mart. ex. Miq.

Galha formada por intumescimento e enrolamento da borda foliar (Figura 45). Indutor: Curculionidae (Coleoptera): 1 adulto (Fazenda Pinto, 19.X.2004). Localidade: Fazenda Pinto. Insetos associados: Psyllidae, Coccidae (Hemiptera) e Thysanoptera. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Souza et al. 2006 registraram a ocorrência de galhas caulinares em Diospyros hispida DC. induzidas por Apion sp. (Coleoptera: Brentidae).

ELAEOCARPACEAE

1. Sloanea guianensis (Aubl.) Benth.

Nome vulgar: laranjeira-do-mato.

Galha parenquimática, unilocular, na folha. Indutor: Lasiopteridi (Cecidomyiidae): 1 fêmea (Guaratuba, 19.I.2005), 2 larvas (Itaguaré, 20.I.2005). Localidades: Itaguaré e Guaratuba.

Galha: borda foliar enrolada. Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 2 larvas (Itaguaré, 20.I.2005). Localidade: Itaguaré.

Galha cônica, unilocular, desenvolvida a partir das gemas laterais. Indutor não determinado. Localidade: Guaratuba.

Comentários: Primeiro registro de galhas nessa família de planta.

ERYTHROXYLACEAE

1. Erythroxylum amplifolium (Mart.) O. E. Schulz

Galha da gema, cônica, unilocular (Figura 46). Indutor: Lopesia sp.(Cecidomyiidae): 2 larvas (Guaratuba, 24.II.2005). Localidade: Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Eurytomidae. Comentários: Galhas similares foram descritas por Maia 2001 no Estado do Rio de Janeiro em Erythroxylum ovalifolium Peyr. Primeiro registro de galha em ErythFroxylum amplifolium.

EUPHORBIACEAE

1. Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.

Nome vulgar: tanheiro.

Espessamento caulinar fusiforme, plurilocular. Indutor: Cecidomyiidae (Diptera). Localidades: Fazenda Pinto e Guaratuba.

Comentários: Galhas similares foram descritas por Rübsaamen, 1905 em Alchornea sp., do Amazonas. Primeiro registro de galha em Alchornea triplinervia.

2. Dalechampia leandrii Baill.

Galha complexa de gema, formando um emaranhado (Figura 47). Indutor: Schizomyiina (Cecidomyiidae): 1 macho (Itaguaré, 20.X.2004). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Torymidae. Comentários: Primeiro registro de galha nessa espécie de planta. Rübsaamen, 1905 descreveu uma galha de Cecidomyiidae distinta dessa em Dalechampia sp.

3. Manihot sp.

Galha cilíndrica, unilocular, na folha (Figura 48). Indutor: Iatrophobia brasiliensis Rübsaamen, 1916 (Cecidomyiidae): 2 machos, 6 fêmeas e 1 exúvia (Fazenda Pinto, 14.XII.2004). Localidade: Fazenda Pinto (esta planta foi coletada próximo à estrada, não sendo nativa da vegetação de restinga). Comentários: Rübsaamen 1907 e 1916 descreveu essa galha em várias espécies de Manihot.

4. Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.

Nome vulgar: coração-de-bugre.

Galha formada por um espessamento fusiforme da nervura central ou caule. Indutor não determinado. Localidades: Itaguaré e Guaratuba. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al. 2000.

Galha ovóide com projeções apicais filiformes, unilocular, desenvolvida a partir das gemas apicais e laterais. Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

Galha ovóide agregada, desenvolvida a partir das gemas (Figura 49). Indutor: Cecidomyiidae: 1 larva e 1 exúvia (Itaguaré, 30. VII.2004). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: sucessor: Collembola. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

Galha globóide, lenhosa, desenvolvida a partir das gemas. Indutor: Cecidomyiidae: 2 larvas (Itaguaré, 30. VII.2004). Localidade: Itaguaré. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

Galha foliar, cônica, unilocular (Figura 50). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.






Comentários: Houard, 1933 catalogou uma galha de Eriophyidae em Pera sp., do Peru. Primeiro registro de galhas de Cecidomyiidae em Pera glabrata.

FABACEAE

1. Abarema brachystachya (DC.) Barneby & J. W. Grimes

Galha formada por intumescimento e enrolamento da borda da folha (Figura 51). Indutor: Cecidomyiidae: 9 larvas (Jardim São Lourenço, 15.XII.2004). Localidade: Jardim São Lourenço. Comentários: Primeiro registro de galha nesse gênero de planta.

2. Andira fraxinifolia Benth.

Galha vermiforme, unilocular, na folha (Figura 52). Indutor: Cecidomyiidi gen nov.: 7 machos (Itaguaré, 20.IV.2004); 5 fêmeas (Itaguaré: 3 em 20.I.2005; Fazenda Pinto: 1 em 18.I.2005; 1 em 23.II.2005); 9 exúvias (Itaguaré: 6 em 20.IV.2004; Fazenda Pinto: 2 em 18.I.2005; 1 em 23.II.2005) e 5 larvas (Itaguaré: 1 em 20.IV.2004; 4 em 22.IX.2004). Localidades: Guaratuba, Itaguaré e Fazenda Pinto. Outros insetos associados: inquilino – Curculionidae (Coleoptera): 3 adultos ( Fazenda Pinto: 1 em 18.I.2005; Guaratuba: 2 em 25.VIII.2004); Lepidoptera: 1 lagarta (Itaguaré, 20.IV.2004). Comentários: Tavares, 1920 descreveu uma galha similar induzida por Andirodiplos bahiensis Tavares, 1920, do Brasil.

Galha globosa na folha (Figura 53). Indutor: Asphondyliina (Cecidomyiidae): 1 pupa e 1 larva (Guaratuba, 31.VII.2004). Localidade: Guaratuba. Outros insetos associados: inquilino: Coleoptera Curculionidae (1 adulto). Comentários: Maia & Fernandes 2004 descreveram uma galha similar (MG).

Galha caulinar: Indutor: Curculionidae (Coleoptera), 1 adulto (Fazenda Pinto, 18.I.2005). Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Maia & Fernandes, 2004 descreveram essa galha de Minas Gerais. Novo registro de localidade: SP.

3. Dalbergia frutescens (Vell.) Britton

Galha discóide, unilocular, na folha (Figura 54). Indutor: Lopesia grandis Maia, 2001 (Cecidomyiidae): 1 macho (Jardim São Lourenço, 17.I.2005). Localidades: Itaguaré e Jardim São Lourenço. Outros insetos associados: parasitóides: Hymenoptera Platygastridae e Pteromalidae. Comentários: Galha similar e galhador descritos por Maia (2001 a, b), com base em material do Rio de Janeiro, associado com D. ecastophylla (L.) Taub. Maia & Fernandes, 2004 registraram a mesma galha em Minas Gerais. Novo registro para SP e novo registro de planta hospedeira para Lopesia grandis.

4. Dalbergia sampaioana Kuhlm. & Hoehne

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule. Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Insetos associados: Formicidae. Comentários: Primeiro registro de galha em Dalbergia sampaioana.

5. Dalbergia sp.

Galha formada pelo espessamento do caule espiralado (Figura 55). Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Rübsaamen 1907 descreveu uma galha caulinar induzida por Cecidomyiidae em Dalbergia sp.

6. Desmodium adscendens (Sw.) DC.

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule (Figura 56). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Möhn 1960 descreveu uma galha do botão floral induzida por Asphondylia cabezasa em D. nicaraguense Oerst, de El Salvador. Primeiro registro de galha em Desmodium adscendens.

7. Inga edulis Mart.

Galha globóide, na nervura da folha (Figura 57). Indutor: Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae): 1 macho (Fazenda Pinto, 27.IV.2005); Cecidomyiidi: 1 pupa (Fazenda Pinto, 27.IV.2005). Localidades: Itaguaré e Fazenda Pinto. Comentários: Galha registrada por Urso-Guimarães et al. 2003 para Minas Gerais. Novo registro de localidade: SP.

Galha elíptica, amarela na folha (Figura 58). Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

Galha formada por um espessamento conspícuo da nervura da folha (Figura 59). Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

Espessamento da nervura (discreta, parenquimóide). Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

Comentários: Houard, 1933 catalogou várias galhas em Inga spp., mas não nas espécies citadas. Maia, 2001 descreveu uma galha no caule, pecíolo e nervura central induzida por Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae) em Inga maritima Benth. Urso-Guimarães & Amorim 2005 descreveram uma galha em Inga edulis induzida por Bruggmanniella ingae Urso-Guimarães & Amorim, 2005 (Diptera, Cecidomyiidae)

8. Inga sellowiana Benth.

Galha: espessamento da nervura (Figura 60). Indutor: Lasiopteridi (Cecidomyiidae): 1 macho (Fazenda Pinto, 17.XI.2004). Localidade: Fazenda Pinto.

Galha formada por um dobramento da folha (Figura 61). Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 2 machos, 1 fêmea e 4 larvas (Guaratuba, 15.XII.2004). Localidade: Guaratuba.

Comentários: Primeiro registro de galha em Inga sellowiana.

9. Machaerium uncinatum (Vell.) Benth.

Folha dobrada ao longo da nervura central (Figura 62). Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 7 larvas (Fazenda Pinto, 23.IX..2004) e 1 larva jovem (Itaguaré, 20.IV.2004). Localidades: Itaguaré e Fazenda Pinto.

Galha globosa amarela na folha (Figura 63). Indutor: Cecidomyiidae: 1 larva (Guaratuba, 19.I.2005). Localidade: Guaratuba.

Comentários: Houard 1933 catalogou cinco galhas de Cecidomyiidae em Machaerium spp., nenhuma semelhante a essas. Primeiro registro de galhas em M. uncinatum.

10. Swartzia langsdorffii Raddi

Galha: lâmina foliar coalescente (Figura 64). Indutor: Schizomyiina: 2 machos (Fazenda Pinto, 26.VIII.2004); 6 fêmeas (Fazenda Pinto: 1 em 22.V.2004; 1 em 26.VIII.2004; 2 em 30.III.2005; 2 em 27.IV.2005); 1 pupa (Fazenda Pinto, 30.III.2005) e 5 exúvias (Fazenda Pinto: 2 em 26.VIII.2004; 1 em 30.III.2005; 2 em 27.IV.2005). Outros insetos associados: Lepidoptera: 1 lagarta (Fazenda Pinto, 23.II.2005). Comentários: Rübsaamen 1908 descreveu uma galha de Cecidomyiidae em S. stipulifera Harms e outra em Swartzia sp, nenhuma semelhante a essa. Primeiro registro de galha em Swartzia langsdorffii.

GESNERIACEAE

1. Codonanthe gracilis (Mart.) Hanst.

Galha globosa, unilocular, na folha. Indutor: Cecidomyiidae: 13 machos, 8 fêmeas e 21 exúvias (Fazenda Pinto, 23.IX.2004). Localidade: Fazenda Pinto.

Galha formada por um espessamento da inflorescência. Indutor: Cecidomyiidae: 2 fêmeas e 3 exúvias (Fazenda Pinto, 23.IX.2004). Localidade: Fazenda Pinto.

Galha formada por um espessamento da nervura central. Indutor não determinado. Localidade: Guaratuba.

Galha na raiz. Indutor: Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae): 1 fêmea (Fazenda Pinto, 14.XI.2004); 1 exúvia (Fazenda Pinto, 14.XI.2004) e 2 larvas (Jardim São Lourenço: 1 em 21.II.2005; Itaguaré: 1 em 22.II.2005). Localidades: Fazenda Pinto, Jardim São Lourenço e Itaguaré.

Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

2. Nematanthus fritschii Hoehne

Galha: espessamento do caule, pecíolo ou nervura. Indutor: Lepidoptera: 8 lagartas (Fazenda Pinto: 4 em 18.XI.2004; 1 em 14.XII.2004; 1 em 18.I.2005; 1 em 23.II.2005; 1 em Guaratuba, 28.IV.2005); 1 pupa (Fazenda Pinto, 23.II.2005). Localidade: Guaratuba.

Galha parenquimática, na folha. Indutor não determinado. Insetos associados: Hymenoptera Eurytomidae e Pteromalidae.

Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

LAMIACEAE

1. Hyptis fasciculata Benth. subsp. fasciculata

Galha formada por um espessamento do pecíolo, caule ou nervura (Figura 65). Indutor: Cecidomyiidae: 07 larvas e 1 fêmea (Fazenda Pinto: 1 fêmea em 18.I.2005; 2 larvas em 15.VI.2004; 1 larva em 27.IV.2005; 4 larvas em 17.IX.2004). Localidade: Fazenda Pinto. Outros insetos associados: inquilino: Coleoptera Curculionidae: 1 adulto (Fazenda Pinto, 17.XI.2004).

2. Hyptis lacustris A. St.-Hil. ex. Benth.

Espessamento caulinar. Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto.

Comentários: Houard, 1933 catalogou galhas de Hemiptera e Eriophyidae em Hyptis sp.; Möhn, 1964 descreveu uma galha caulinar induzida por Neolasioptera hyptis Möhn, 1964 em H. suaveolens (L.) Poit., de El Salvador; e Maia & Fernandes, 2004 descreveram uma galha similar em Hyptis sp., de Minas Gerais (Brasil).

Comentários: Primeiro registro de galhas em Hyptis fasciculata e H. lacustris.

3. Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze

Espessamento caulinar. Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

LAURACEAE

1. Nectandra oppositifolia Nees

Nome vulgar: canela-amarela.

Galha cilíndrica, avermelhada, agregada, na folha (Figura 66). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré.

Galha pilosa, foliar, marrom (Figura 67). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré.

Galha ovóide ou globóide, avermelhada na folha ou caule (Figura 68). Indutor: Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae): 1 macho (Fazenda Pinto, 19.X.2004); 1 fêmea (Itaguaré, 20.I.2005); 5 exúvias (Itaguaré: 1 em 13.XII.2004; 1 em 20.I.2005; Fazenda Pinto: 3 em 19.X.2004). Localidades: Fazenda Pinto e Itaguaré. Outros insetos associados: parasitóides: Hymenoptera Pteromalidae e Platygastridae. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al., 2000.





Comentários: Houard, 1933 catalogou diversas galhas de insetos em Nectandra spp., nenhuma na espécie citada.

2. Ocotea lobbii (Meisn.) Rohwer

Galha foliar protuberante, aberta (Figura 69). Indutor: Coccidae (Hemiptera). Localidade: Guaratuba.

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule. Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: inquilino: Trotteria sp. (Cecidomyiidae): Itaguaré, em 30.VII.2004, 1 macho, 1 exúvia da pupa e 1 larva.

3. Ocotea pulchella (Nees) Mez

Galha foliar, formando uma concavidade aberta (Figura 70). Indutor: Coccidae (Hemiptera). Comentários: Monteiro et al., 1994 e Maia & Fernandes, 2004 descreveram uma galha similar em O. notata (Nees ex. C. Martius ex Nees) Mez, do Rio de Janeiro e Ocotea sp., de Minas Gerais, respectivamente.

Galha: globosa, verde, pilosa, na folha. Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto.

Galha: espessamento da nervura (Figura 71). Indutor: Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae): 1 larva (Guaratuba, 31.VII.2004). Localidade: Guaratuba.

Galha da gema, semelhante a um botão floral (Figura 72). Indutor: Clinodiplosis sp.: 4 larvas (Guaratuba, 31.III.2005). Localidade: Guaratuba.

Galha da gema ou caule (fusiforme). Indutor: Cecidomyiidae: 6 larvas (Itaguaré: 1 em 16.XI.2004; 1 em 20.I.2005; 1 em 26.IV.2005; Guaratuba: 3 em 28.IV.2005). Localidades: Guaratuba e Itaguaré. Outros insetos associados: inquilino: ninfa de Hemiptera; parasitóides: Hymenoptera Eurytomidae e Platygastridae.

Galha caulinar. Indutor: não determinado. Inquilino: Trotteria: 1 macho, 1 exúvia e 1 larva (Itaguaré, 30.VII.2004). Localidade: Itaguaré.

Galha cilíndrica, vertical, caulinar. Indutor: não determinado. Localidade: Guaratuba.

Comentários: Houard, 1933 catalogou galhas de insetos em Ocotea spp, mas não nas espécies citadas. Primeiro registro de galhas em Ocotea lobbii e em O. pulchella.

LORANTHACEAE

1. Struthanthus concinnus Mart.

Galha ovóide, com projeções apicais filiformes, bilocular, desenvolvida a partir das gemas laterais e apicais. Indutor: Schizomyia sp.: 2 larvas (Guaratuba, 15.XII.2004). Localidade: Guaratuba.

Galha suculenta, gotiforme, na folha ou ramo (Figura 73). Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré.

Comentários: Rübsaamen, 1916 descreveu uma galha induzida por Asphondylia struthanthi Rübsaamen, 1916 (Cecidomyiidae) em Struthanthus sp., do Brasil. Möhn 1960 descreveu galhas no fruto de S. marginatus (Desr.) Blume induzidas por Asphondylia spp., de El Salvador. Arduin et. al. 1991 descreveram uma galha foliar induzida por Cecidomyiidae em S. vulgaris Eichler, do Brasil. Maia & Couri 1992 in Maia et al. 1992 descreveram uma galha da nervura central induzida por Asphondylia maricensis Maia & Couri, 1992 em S. maricensis Rizzini, também do Brasil. Primeiro registro de galha em Struthanthus concinnus.

MALPIGHIACEAE

1. Heteropterys nitida (Lam.) Kunth

Galha parenquimática, na folha (Figura 74). Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Rübsaamen 1907 descreveu uma galha de Cecidomyiidae em H. salicifolia Kunth, do Brasil; e Maia 2001 descreveu uma galha no botão floral induzida por Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae) em H. nitida, do Brasil. Novo registro de galha em Heteropterys nitida.

2. Stigmaphyllon arenicola C. E. Anderson

Espessamento caulinar fusiforme, unilocular (Figura 75). Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Monteiro et al. 1994 descreveram uma galha similar induzida por Lepidoptera em S. paralias A. Juss., do Rio de Janeiro; e Fernandes et al. 1988 uma galha foliar em S. lalandianum A. Juss., de Minas Gerais. Primeiro registro de galhas em Stigmaphyllon arenicola.

MELASTOMATACEAE

1. Clidemia neglecta D. Don

Galha globosa (mais ou menos ovóide), verde e pilosa, na folha (Figura 76). Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Guaratuba. Comentários: Tavares 1917a descreveu uma galha similar induzida por Cecidomyiidae em Clidemia sp., do Brasil. Primeiro registro de galhas em Clidemia neglecta.

2. Huberia ovalifolia DC.

Espessamento caulinar. Indutor: Lepidoptera: 3 lagartas (Itaguaré, 21.IX.2004). Localidade: Itaguaré.

Galha cilíndrica, unilocular, desenvolvida a partir das gemas laterais. Indutor: Clinodiplosis sp. (4 larvas em 21.IX.2004). Localidade: Itaguaré.

Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

3. Leandra cf. ionopogon (Mart.) Cogn.

Galha globosa, vermelha, pilosa, na folha (Figura 77). Indutor: Lopesia sp.: Fazenda Pinto: 7 machos - 4 em 22.V.2004; 1 em 23.IX.2004; 2 em 17.XI.2004; 6 fêmeas - 3 em 22.V.2004; 1 em 23.IX.2004; 2 em 17.XI.2004. Localidades: Itaguaré e Fazenda Pinto. Sucessores: Collembola e Thysanoptera. Parasitóides: Eurytomidae, Pteromalidae e Platygastridae. Comentários: Maia & Fernandes 2004 descreveram uma galha foliar induzida por Lepidoptera em L. aurea (Cham.) Cogn., de Minas Gerais. Primeiro registro de galha em Leandra cf. ionopogon.

4. Miconia fasciculata Gardner

Galha marrom fendida, na folha (Figura 78). Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Itaguaré. Insetos associados: Lepidoptera: 1 larva (Itaguaré, 29.III.2005); Collembola.

5. Miconia hymenonervia (Raddi) Cogn.

Galha semelhante a um carapicho, na folha (Figura 79). Indutor: não determinado. Localidades: Itaguaré, Fazenda Pinto e Guaratuba. Insetos associados: Cecidomyiidae (Itaguaré: 1 pupa em 20.X.2004; Fazenda Pinto: 1 larva em 27.IV.2005). Curculionidae: 1 adulto (Fazenda Pinto, 17.XI.2004).

6. Miconia pusilliflora (DC.) Naudin

Galha semelhante a um carapicho, na folha (Figura 80). Indutor: não determinado. Insetos associados: Cecidomyiidae: 1 pupa (Itaguaré, 20.X.2004) e 1 larva (Fazenda Pinto, 27.IV.2005); Lepidoptera: 1 lagarta (Itaguaré, 13.XII.2004) e Collembola.

7. Miconia rigidiuscula Cogn.

Espessamento da nervura, unilocular. Indutor: não determinado. Localidade: Guaratuba.

Comentários: Houard 1933 catalogou 37 zoocecídeas em Miconia spp., nenhuma nas espécies citadas. Maia 2001 descreveu uma galha induzida por Epihormomyia miconiae Maia 2001 em Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin, do Brasil. Primeiro registro de galhas em Miconia hymenonervia; M. pusilliflora e M. rigidiuscula.

8. Pterolepis glomerata (Rottb.) Miq.

Espessamento do caule tênue com uma pequena abertura. Indutor: não determinado. Localidade: Guaratuba. Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

9. Tibouchina clavata (Pers.) Wurdack

Galha formada por um espessamento do caule, abrindo-se em fenda (Figura 81). Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré.

10. Tibouchina pulchra Cogn.

Galha formada por um espessamento globóide do pecíolo ou da nervura central, unilocular (Figura 82). Indutor: Curculionidae (Coleoptera): 1 larva (Itaguaré, 29.III.2005). Localidade: Guaratuba. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

Galha formada por um espessamento globóide, plurilocular, da gema. Indutor: Lepidoptera. Localidade: Guaratuba. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al. 2000.

Galha globosa, verde, pilosa, na folha (Figura 83). Indutor: Lopesia sp. (Cecidomyiidae): 3 machos (Itaguaré: 1 em 23.V.2004; 1 em 30.VII.2004; 1 em 16.V.2005); 6 fêmeas (Fazenda Pinto: 1 em 26.VIII.2004; 2 em 27.IV.2005; Itaguaré: 2 em 24.VIII.2004; 1 em 16.V.2005); 11 exúvias (Fazenda Pinto: 2 em 22.V.2004; 2 em 27.IV.2005; Itaguaré: 5 em 30.VII.2004; 2 em 16.V.2005) e 12 larvas (Fazenda Pinto: 8 em 25.VI.2004; Itaguaré: 4 em 23.IV.2004). Localidades: Itaguaré e Fazenda Pinto. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

11. Tibouchina trichopoda (DC.) Baill.

Galha globóide, pilosa, na folha ou caule. Indutor: Lasiopteridi (Cecidomyiidae): 5 machos (Guaratuba: 2 em 31.VII.2004; 2 em 21.X.2004; Itaguaré: 1 em 30.VII.2004); 8 fêmeas (Guaratuba: 2 em 31.VII.2004; 5 em 21.X.2004; Itaguaré: 1 em 20.X.2004) e 12 exúvias (Guaratuba: 3 em 31.VII.2004; 8 em 21.X.2004; Itaguaré: 1 em 20.I.2005). Localidades: Guaratuba e Itaguaré. Outros insetos associados: inquilinos: Lepidoptera: 1 pupa (Itaguaré, 23.V.2004); sucessor: Collembola; parasitóide: Hymenoptera Braconidae. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al. 2000.

Galha: espessamento do pecíolo. Indutor não determinado. Lepidoptera: 4 lagartas (Guaratuba: 1 em 31.III.2005: 1 em 21.IV.2004; Fazenda Pinto: 1 em 17.XI.2004; 1 em 19.X.2004). Coleoptera Curculionidae: 3 larvas (Guaratuba: 2 em 31.III.2005; Itaguaré: 1 em 26.IV.2005). Comentários: Novo registro de galha na espécie de planta.

Galha: espessamento da nervura. Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Platygastridae. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al. 2000.

Galha: espessamento caulinar. Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: inquilino: Coleoptera Curculionidae: 1 larva (Itaguaré, 29.III.2005). Comentários: Novo registro de galha na espécie de planta.

Galha da gema ou caule (Figura 84). Indutor: Lepidoptera: 1 adulto (Itaguaré, 23.VI.2004); 2 lagartas (Fazenda Pinto: 1 em 22.V.2004; 1 em 14.XII.2004). Localidades: Itaguaré e Fazenda Pinto. Comentários: Novo registro de galha na espécie de planta.

Comentários: Houard 1933 catalogou 26 zoocecídeas em Tibouchina spp., nenhuma nas espécies citadas. Maia & Fernandes, 2004 descreveram três galhas em T. candolleana (Mart. ex DC.) Cogn., duas induzidas por Lepidotera e uma por Cecidomyiidae. Primeiro registro de galhas em Tibouchina clavata.

MELIACEAE

1. Guarea macrophylla Vahl subsp. tuberculata (Vell.) T. D. Penn.

Nome vulgar: pau-d’arco.

Galha globosa vermelha, na folha (Figura 85). Indutor: Guareamyia purpura Maia, 2007 (Cecidomyiidae): 7 machos (Itaguaré, 16.XI.2004); 5 fêmeas (Itaguaré, 16.XI.2004) e 10 exúvias (Itaguaré, 16.XI.2004). Localidade: Itaguaré. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al. 2000; descrição da espécie galhadora e ilustração da galha em Maia 2007.

Galha globosa amarela, na folha (Figura 86). Indutor: Sphaeromyia flava Maia, 2007 (Cecidomyiidae): 1 macho (Fazenda Pinto, 26.VIII.2004); 1 fêmea (Fazenda Pinto, 26.VIII.2004); 2 exúvias (Fazenda Pinto, 26.VIII.2004) e 1 larva (Fazenda Pinto, 26.VIII.2004). Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al., 2000; descrição da espécie galhadora e ilustração da galha em Maia, 2007. Tavares 1909 descreveu uma galha globosa similar em Guarea trichilioides L. (= Guarea guidonia (L.) Sleumer) induzida por Guarephila albida Tavares, 1909, do Brasil.



Galha: espessamento da nervura (Figura 87). Indutor: Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae): 2 fêmeas (Fazenda Pinto: 1 em 14.XII.2004; Itaguaré: 1 em 23.V.2004) e 2 larvas (Fazenda Pinto: 1 em 14.XII.2004 e 1 em 27.IV.2005). Localidades: Fazenda Pinto e Itaguaré. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al., 2000. Ilustração da galha em Maia, 2007.

Galha foliar bífida negra, na folha (Figura 88). Indutor: Cecidomyiidae: 1 larva. Localidades: Fazenda Pinto e Guaratuba. Comentários: Novo registro de galhas nessa planta hospedeira.

MORACEAE

1. Ficus enormis (Mart. ex. Miq.) Miq.

Galha parenquimática, na folha, circular, amarelada, unilocular (Figura 89). Indutor: Cecidomyiidae (larvas abandonam a galha). Localidades: Fazenda Pinto e Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóides: Hymenoptera.

2. Ficus guaranitica Chodat ex Chodat & Vischer

Galha formada por intumescimento e enrolamento da borda da folha (Figura 90). Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 7 larvas (Guaratuba: 3 em 24.II.2005; 4 em 31.III.2005). Localidades: Guaratuba e Itaguaré.

Comentários: Rübsaamen, 1907 descreveu galhas induzidas por Cecidomyiidae em Ficus spp., nenhuma similar às descritas, nem nas mesmas espécies de plantas. Já Tavares, 1917b descreveu uma galha similar à de Ficus guaranitica em Ficus sp., da Bahia. Primeiro registro de galhas em Ficus enormis e F. guaranitica.

MYRSINACEAE

1. Rapanea ferruginea (Ruiz & Pav.) Mez

Galha formada por um espessamento fusiforme, unilocular, no caule. Indutor: Lepidoptera. Localidade: Itaguaré. Comentários: Tavares, 1922 registrou uma galha similar em Rapanea sp., do Brasil.

Galha parenquimática, amarela, unilocular, na folha (Figura 91). Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Itaguaré. Comentários: Maia, 2001 descreveu uma galha similar em Rapanea parvifolia (A. DC.) Mez, do Rio de Janeiro. Primeiro registro de galhas em Rapanea ferruginea.

MYRTACEAE

1. Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg

Galha lenhosa na nervura. Indutor: não determinado. Localidade: Guaratuba. Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

2. Calyptranthes sp.

Galha parenquimática, unilocular, na folha. Indutor: não determinado. Localidade: Guaratuba.

Galha semelhante a uma folha dobrada. Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré.

Comentários: Houard, 1926 descreveu uma entomogalha na folha de C. affinis O. Berg, do Brasil.

3. Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk.

Galha globóide, unilocular, na nervura. Indutor: Clinodiplosis (Cecidomyiidae): 2 larvas (23.IX.2004). Localidade: Fazenda Pinto. Outros insetos associados: inquilino: Membracidae (Hemiptera). Comentários: Maia & Fernandes, 2004 descreveram uma galha circular na folha de C. pubescens (DC.) O. Berg induzida por Cecidomyiidae, de Minas Gerais. Primeiro registro de galha em Campomanesia guaviroba.

4. Eugenia monosperma Vell.

Galha amarela, globosa, unilocular, na folha (Figura 92). Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto.

Galha parenquimática, circular, unilocular, na folha. Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto.

Comentários: Primeiro registro de galha em Eugenia monosperma.

5. Eugenia speciosa Cambess.

Galha gotiforme, amarela, unilocular, na folha (Figura 93). Indutor: Schizomyiina (Cecidomyiidae): 1 macho (Itaguaré, 20.I.2005); 2 fêmeas (Itaguaré: 1 em 13.XII.2004; Fazenda Pinto: 1 em 30.III.2005); 3 exúvias (Itaguaré, T 13.XII.2004) e 2 larvas jovens (Itaguaré: 1 em 24.VIII.2004 e 1 em 16.XI.2004). Localidades: Itaguaré e Fazenda Pinto. Inquilino: Outros insetos associados: Sciaridae: 1 adulto (Fazenda Pinto, 26.VIII.2004). Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al., 2000.

Galha claviforme, na folha (Figura 94). Indutor: Schizomyiina (Cecidomyiidae): 7 machos (Itaguaré: 3 em 16.XI.2004; 3 em 20.I.2005; 1 em 29.III.2005); 1 fêmea (Itaguaré, 16.XI.2004); 2 pupas (Itaguaré, 16.XI.2004); 8 exúvias (Itaguaré: 6 em 16.XI.2004; 1 em 20.I.2005; 1 em 29.III.2005). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Platygastridae. Comentários: Novo registro de galha nessa espécie de planta.

6. Eugenia sulcata Spring

Galha cilíndrica, vermelha, unilocular, desenvolvida a partir das gemas laterais (Figura 95). Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré.

Galha da gema, verde (Figura 96). Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré

Comentários: Primeiro registro de galha em Eugenia sulcata.

7. Eugenia umbelliflora O. Berg

Galha parenquimática, circular, na folha (Figura 97). Indutor: Lasiopteridi. Localidade: Jardim São Lourenço. Comentários: Maia 2001 descreveu seis galhas de Cecidomyiidae em Eugenia umbelliflora, do Rio de Janeiro, uma delas igual a essa.

8. Eugenia uniflora L.

Galha foliar esponjosa (Fiura 98). Indutor: Eugeniamyia dispar Maia, Mendonça & Romanovski, 1996 (Cecidomyiidae): 12 fêmeas (15.XII.2004), 3 machos (2 em 15.XII.2004 e 1 em 19.I.2005), 8 exúvias (15.XII.2004) e 11 larvas (15.XII.2004). Localidade: Guaratuba (esta planta foi coletada próximo à estrada, não sendo nativa da vegetação de restinga). Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Eurytomidae. Comentários: Maia, Mendonça & Romanovski, 1996 descreveram essa galha e o galhador, com base em material do Rio Grande do Sul. Novo registro de localidade: SP.

9. Gomidesia fenzliana O. Berg

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule, unilocular. Indutor: Pacholenus pelliceus Boheman, 1836 (Coleoptera: Curculionidae). Localidade: Itaguaré. Comentários: Galhador registrado por Vanin et al. 2000, com base em material do Rio de Janeiro.

10. Gomidesia schaueriana O. Berg

Nome vulgar: guamirim-araçá.

Galha ovóide, purilocular, desenvolvida a partir das gemas laterais e apicais. Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré.

Galha parenquimática, na folha (Figura 99). Indutor: Bruggmanniella cfr. (Cecidomyiidae): 3 fêmeas e 3 exúvias (Itaguaré, 13.XII.2004). Localidade: Itaguaré.


Comentários: Primeiro registro de galhas nessa espécie vegetal.

11. Myrcia fallax (Rich.) DC.

Nome vulgar: guamirim-de-folha-fina.

Galha formada por um espessamento globóide do caule (Figura 100). Indutor: Oligotrophini gen. nov.1 (Cecidomyiidae): 3 machos (Jardim São Lourenço: 2 em 25.IV.2005; Itaguaré: 1 em 24.VIII.2004); 10 fêmeas (Jardim São Lourenço: 6 em 25.IV.2005; 2 em 16.V.2005; Itaguaré: 1 em 22.II.2005; Guaratuba: 1 em 21.X.2004); 10 exúvias (Jardim São Lourenço: 9 em 25.IV.2005; Itaguaré: 1 em 22.II.2005) e 1 larva (Itaguaré, 13.XII.2004). Localidades: Itaguaré e Jardim São Lourenço. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Platygastridae. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al. 2000.

Galha formada por um espessamento globóide da nervura (Figura 101). Indutor: Oligotrophini (Cecidomyiidae): gen. nov.2: 5 machos (Itaguaré: 2 em 24.VIII.2004; 1 em 13.XII.2004; Fazenda Pinto: 2 em 26.VIII.2004); 11 fêmeas (Itaguaré: 7 em 24.VIII.2004; 2 em 13.XII.2004; Guaratuba: 1 em 18.XI.2004; Fazenda Pinto: 1 em 26.VIII.2004); 20 exúvias (Itaguaré: 11 em 24.VIII.2004; 1 em 16.XI.2004; 4 em 13.XII.2004; Guaratuba: 3 em 18.XI.2004; Fazenda Pinto: 1 em 28.VIII.2004) e 1 larva jovem (Guaratuba, 18.XI.2004). Localidades: Itaguaré, Fazenda Pinto e Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Platygastridae. Comentários: Novo registro de galhas nessa planta.

Galha da gema. Indutor: Lasiopteridi (Cecidomyiidae): 3 machos (Itaguaré: 2 em 24.VIII.2004; Guaratuba: 1 em 19.I.2003); 1 fêmea (Guaratuba, 25.VIII.2004). Localidades: Itaguaré e Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Torymidae. Comentários: Novo registro de galhas nessa planta.

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule, plurilocular. Indutor: Cecidomyiidae: 1 larva (Itaguaré, 24.VI.2004). Localidade: Itaguaré. Comentários: Novo registro de galhas nessa planta.

Galha formada por intumescimento e enrolamento da folha jovem (Figura 102). Indutor: não determinado. Localidade: Guaratuba. Comentários: Galha similar registrada por Fernandes et al. 1988 em Myrcia itambensis O. Berg, de Minas Gerais.

Comentários: Novo registro de galhas em Mycia fallax.

Espessamento do caule ou da nervura. Indutor: Lasiopteridi (Cecidomyiidae): 2 machos (Itaguaré, 23.VI.2004); 3 fêmeas (Itaguaré, 23.VI.2004) e 6 exúvias (Itaguaré, 23.VI.2004). Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: inquilino: Hemiptera (Coccidae?); Trotteria sp.(Cecidomyiidae): 2 machos, 3 fêmeas, 3 exúvias e 2 larvas (Itaguaré, 30.VII.2004). Comentários: Novo registro de galhas nessa planta.

Galha da gema semelhante a um botão, gotiforme. Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré. Outros insetos associados: predador: Lestodiplosis sp.(Cecidomyiidae): 1 larva (Itaguaré, 23.VI.2004). Comentários: Novo registro de galhas nessa planta.

12. Myrcia multiflora (Lam.) DC.

Nome vulgar: camboim.

Galha: enrolamento da folha ou borda foliar. Indutor: Thysanoptera: 30 adultos (Fazenda Pinto: 20 em 23.II.2005; Guaratuba: 10 em 31.III.2005). Localidades: Fazenda Pinto e Guaratuba. Outros insetos associados: predador: Lestodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 2 machos (Fazenda Pinto, 23.II.2005) e 2 fêmeas (Fazenda Pinto: 1 em 23.II.2005; Guaratuba: 1 em 25.VIII.2004). Comentários: Primeiro registro de galhas em Myrcia multiflora.

13. Myrcia palustris DC.

Galha parenquimática, circular, unilocular, na folha. Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré.

Galha da gema, multilocular (Figura 103). Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Maia 1995 descreveu uma galha induzida por Myrciamyia maricaensis Maia 1995 em M. ovata Cambess., do Rio de Janeiro, que é modificada por uma espécie não determinada de Eulophidae. A galha em Myrcia palustris assemelha-se muito essa galha modificada.

Comentários: Primeiro registro de galhas em Myrcia palustris.

14. Psidium cattleyanum Sabine

Nome vulgar: araçazeiro-amarelo.

Galha tubular, unilocular, na folha (Figura 104). Indutor: Lasiopteridi (Cecidomyiidae): 1 macho (Itaguaré, 13.XII.2004); 1 pupa (Itaguaré, 13.XII.2004); 1 exúvia (Guaratuba, 31.III.2005) e 1 larva jovem (Itaguaré, 13.XII.2004). Localidades: Itaguaré e Guaratuba. Comentários: Novo registro de galha nessa planta.

Galha da gema, formada por uma roseta de folhas (Figura 105). Indutor: Dasineura gigantea Angelo & Maia, 1999 (Cecidomyiidae). Localidade: Guaratuba. Comentários: Galha e galhador descritos por Angelo & Maia 1999 com base em material do Paraná. Comentários: Novo registro de localidade: SP.

Galha cônica com pequenas projeções apicais, na folha (Figura 106). Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Guaratuba. Comentários: Novo registro de galhas nessa planta.

Galha globosa, unilocular, na folha. Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré inquilino: Lepidoptera: 2 exúvias da crisálida e 1 adulto. Comentários: Houard 1933 catalogou uma galha similar em Psidium sp., do Brasil. Comentários: Novo registro de galhas nessa planta.

Galha parenquimática ou na nervura foliar: Indutor: Cecidomyiidae: 1 larva (Itaguaré, 30. VII.2004). Localidade: Itaguaré. Comentários: Novo registro de galhas nessa planta.

NYCTAGINACEAE

1. Guapira nitida (Mart. ex Schmidt) Lundell

Galha parenquimática, foliar, verde, unilocular. Indutor: Bruggmannia sp.(Cecidomyiidae): 7 machos, 8 exúvias, 2 fêmeas (Itaguaré, 23.V.2004: 2 machos e 1 exúvia; 20.X.2004: 5 machos; 2 fêmeas e 7 exúvias). Localidade: Itaguaré. Comentários: Primeiro registro de galhas em Guapira nitida.

2. Guapira opposita (Vell.) Reitz

Nome vulgar: maria-mole.

Galha formada por um espessamento fusiforme discreto do caule, unilocular. Indutor: Bruggmannia sp. (Cecidomyiidae): 14 machos (Jardim São Lourenço: 11 em 12.XII.2004; Fazenda Pinto: 1 em 18.I.2005; Itaguaré: 1 em 16.XI.2004; 1 em 22.II.2005; 9 fêmeas (Jardim São Lourenço: 4 em 12.XII.2004; Itaguaré: 2 em 21.IX.2004; 1 em 20.X.2004; 1 em 16.XI.2004; 1 em 22.II.2005); 14 exúvias (Jardim São Lourenço: 8 em 12.XII.2004; Itaguaré: 3 em 21.IX.2004; 2 em 18.I.2005; Fazenda Pinto: 1 em 17.XI.2004) e 4 larvas (Guaratuba: 1 em 24.II.2005; Itaguaré: 2 em 22.II.2005; Fazenda Pinto: 1 em 18.I.2005). Localidades: Jardim São Lourenço, Fazenda Pinto, Itaguaré e Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Eurytomidae. Comentários: Novo registro de galha nessa planta.

Galha formada por um espessamento globóide do caule. Indutor: Proasphondylia guapirae Maia, 1993 (Cecidomyiidae): 2 exúvias (Guaratuba: 1 em 25.VIII.2004; Itaguaré: 1 em 20.X.2004). Localidades: Itaguaré e Guaratuba. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Eurytomidae. Comentários: Galha e galhador descritos por Maia 1994 com base em material do Rio de Janeiro. Novo registro de localidade: SP.

Galha globosa, vermelha, unilocular, na folha (Figura 107). Indutor: Bruggmannia robusta Maia & Couri, 1993 (Cecidomyiidae): 5 machos (Itaguaré: 1 em 20.X.2004; 1 em 13.XII.2004; 3 em 18.I.2005); 6 fêmeas (Itaguaré: 5 em 13.XII.2004; Fazenda Pinto: 1 em 18.I.2005); 27 exúvias (Itaguaré: 15 em 13.XII.2004; Jardim São Lourenço: 12 em 12.XII.2004). Localidades: Itaguaré, Fazenda Pinto e Jardim São Lourenço. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Eurytomidae; sucessor: Collembola. Comentários: Galha e galhador descritos por Maia & Couri 1993 com base em material do Rio de Janeiro. Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al. 2000. Novo registro de localidade para Bruggmannia robusta: SP.

Galha parenquimática, unilocular, na folha (Figura 108). Indutor: Bruggmannia elongata Maia & Couri, 1993 (Cecidomyiidae): 11 machos (Guaratuba: 1 em 15.XII.2004; 3 em 31.III.2005; Fazenda Pinto: 5 em 17.XI.2004; 1 em 23.II.2005; Itaguaré: 1 em 30.VII.2004); 11 fêmeas (Fazenda Pinto: 4 em 17.XI.2004; Itaguaré: 1 em 20.X.2004; Itaguaré: 1 em 21.IX.2004; 2 em 16.XI.2004; 1 em 30.VII.2004; Guaratuba: 1 em 21.XI.2004; 1 em 15.XII.2004). Localidades: Guaratuba, Itaguaré e Fazenda Pinto. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera Eurytomidae; inquilino: Lepidoptera: 2 adultos (Jardim São Lourenço, 28.III.2005). Comentários: Galha e galhador descritos por Maia & Couri, 1993 com base em material do Rio de Janeiro. Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al., 2000. Novo registro de localidade para Bruggmannia elongata: SP.

Galha da gema, formada por uma roseta de folhas. Indutor: Pisphondylia brasiliensis Couri & Maia, 1992 (Cecidomyiidae). Localidade: Jardim São Lourenço. Comentários: Galha e galhador descritos por Couri & Maia, 1992 com base em material do Rio de Janeiro. Novo registro de localidade para Pisphondylia brasiliensis: SP.

Galha globosa verde, unilocular, na folha (Figura 109). Indutor: Cecidomyiidae: 5 larvas (com cauda) (Guaratuba: 1 em 15.XII.2004; 3 em 24.II.2005; Itaguaré: 1 em 20.X.2004). Localidades: Guaratuba e Itaguaré. Outros insetos associados: predador: Hymenoptera Formicidae. Comentários: Novo registro de galha.

ONAGRACEAE

1. Ludwigia octovalvis (Jacq.) P. H. Raven

Galha da gema, cilíndrica, verde, pilosa, 1 a 3 larvas por galha (Figura 110). Indutor: Clinodiplosis sp.: 5 larvas (Itaguaré: 1 em 23.IV.2004; 4 em 21.IX.2004: 4 larvas). Localidade: Itaguaré. Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

PICRAMNIACEAE

1. Picramnia gardneri Planch.

Galha foliar globosa. Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

PIPERACEAE

1. Peperomia glabella (Sw.) A. Dietr.

Galha formada por um espessamento do caule, unilocular. Indutor: não determinado. Localidade: Guaratuba.

Galha parenquimática, unilocular, na folha. Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Fazenda Pinto. Outros insetos associados: sucessores: Collembola; inquilinos: ninfas de Hemiptera.

Comentários: Rübsaamen, 1908 descreveu uma galha de Cecidomyiidae na gema de P. controversa C. DC., do Brasil; e Houard, 1926 descreveu uma galha de inseto na flor de P. gayi C. DC., do Peru. Primeiro registro de galha em Peperomia glabella.

2. Piper arboreum Aubl.

Galha ovóide, unilocular, na folha. Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Houard 1933 catalogou diversas galhas de inseto em Piper sp., nenhuma em Piper arboreum. Primeiro registro de galha em Piper arboreum.

POACEAE

1. Paspalum maritimum Trin.

Galha foliar, unilocular (Figura 111). Indutor: não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Tavares, 1916 descreveu uma galha no caule de P. conjugatum P. J. Bergius induzida por Cleitodiplosis graminis Tavares, 1916 (Cecidomyiidae), do Brasil. Primeiro registro de galha em Paspalum maritimum.

POLYGONACEAE

1. Coccoloba mosenii Lindl.

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule (Figura 112). Indutor: Cecidomyiidae: 3 larvas, 16.XI.2004. Localidade: Itaguaré.

2. Coccoloba cf. warmingii Meisn.

Galha parenquimática, na folha. Indutor: Cecidomyiidae: 1 larva, 31.III.2005. Localidade: Guaratuba.

Galha foliar globóide. Indutor: não determinado. Localidade: Guaratuba.

Comentários: Rübsaamen, 1905 descreveu várias galhas de Cecidomyiidae em Coccoloba spp., do Brasil, nenhuma nas espécies citadas. Primeiro registro de galhas em Coccoloba mosenii e em Coccoloba cf. warmingii.

RUBIACEAE

1. Alibertia aff. myrciifolia K. Schum.

Espessamento caulinar (Figura 113). Indutor: não determinado. Localidades: Guaratuba e Fazenda Pinto. Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

2. Borreria cf. ocymifolia (Willd. ex Roem. & Schult.) Bacigalupo & E. L. Cabral

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule (Figura 114). Indutor: Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae): 1 macho e 1 larva (30.VII.2004). Localidade: Itaguaré. Comentários: Galha similar descrita por Rübsaamen, 1907 em B. verticillata (L.) G. Mey. induzida por Neolasioptera borreriae Rübsaamen, 1907, do Brasil. Primeiro registro de galhas em Borreria cf. ocymifolia.

3. Emmeorhiza umbellata (Spreng.) K. Schum.

Galha formada por um espessamento ovóide do caule ou gema, plurilocular. Indutor: não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

4. Psychotria carthagenensis Jacq.

Galha da gema, gema verde-rósea, globóide, suculenta, multilocular. Indutor: Oligotrophini (Cecidomyiidae): 8 machos (Itaguaré: 7 em 20.X.2004; 1 em 29.III.2005); 3 fêmeas (Itaguaré, 20.X.2004); 13 exúvias (Itaguaré: 12 em 20.X.2004; 1 em 29.III.2005) e 9 larvas (Itaguaré, 20.X.2004). Localidade: Itaguaré.

5. Psychotria hoffmannseggiana (Willd. & Hoffg. ex Roem. & Schult.) Müll. Arg.

Galha foliar, unilocular, globóide (Figura 115). Indutor: Neolasioptera sp.: 2 fêmeas (Itaguaré: 1 em 30.VII.2004; 1 em 29.III.2005) e 1 exúvia (Itaguaré, 29.III.2005).

6. Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl.

Galha foliar, unilocular, verde, globóide com sulcos longitudinais (Figura 116). Indutor: Dasineura sp. (Cecidomyiidae): 5 machos (Itaguaré, 30.VII.2004); 5 fêmeas (Jardim São Lourenço: 1 em 15.XI.2004; Fazenda Pinto: 1 em 19.X.2004; Itaguaré: 1 em 25.VI.2004; 2 em 30.VII.2004); 9 exúvias (Itaguaré, 30.VII.2004). Localidade: Itaguaré.



Comentários: Tavares 1922 descreveu várias galhas de Cecidomyiidae em Psychotria spp., nenhuma nas espécies citadas. Primeiro registro de galhas em Psychotria carthagenensis; P. hoffmannseggiana e P. leiocarpa.

SAPINDACEAE

1. Matayba guianensis Aubl.

Nome vulgar: camboatá.

Galha foliar globosa amarela, na folha (Figura 117). Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto.

Galha cônica, com sulcos longitudinais, unilocular, na folha (Figura 118). Localidade: Guaratuba. Indutor: Paulliniamyia ampla Maia, 2001 (Cecidomyidae): 2 machos (Guaratuba, 19.I.2005); 2 exúvias (Guaratuba, 19.I.2005) e 1 larva (Itaguaré, 29.III.2005). Outros insetos associados: parasitóide: Pteromalidae. Comentários: Maia 2001 descreveu galha similar em Paullinia weinmanniaefolia Mart., induzida pela mesma espécie de Cecidomyiidae, do Rio de Janeiro.

Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

2. Paullinia micrantha Cambess.

Galha formada por um espessamento discreto do caule, multilocular (Figura 119). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Primeiro registro de galhas nessa espécie de planta.

3. Paullinia sp.

Galha caulinar. Localidades: Guaratuba e Itaguaré. Indutor: Lepidoptera: 2 lagartas (Itaguaré: 1 em 23.V.2004; 1 em 21.IX.2004). Comentários: Novo registro de galha para Bertioga.

Galha formada por um espessamento do pecíolo, nervura ou gavinha, unilocular. Localidades: Guaratuba e Fazenda Pinto. Indutor: Neolasioptera sp.(Cecidomyiidae): 3 larvas (Itaguaré: 1 em 23.VI.2004; 2 em 26.IV.2005); 1 larva (Itaguaré, 21.IX.2004); 4 fêmeas (Guaratuba, 22.IX.2004); 6 exúvias (Guaratuba, 22.IX.2004) e 1 larva (Guaratuba, 22.IX.2004). Outros insetos associados: inquilino: Lepidoptera: 1 lagarta (Itaguaré, 23.VI.2004) e parasitóide: Eurytomidae. Comentários: Maia 2001 descreveu galha similar em Paullinia weinmanniaefolia Mart., do Rio de Janeiro. Novo registro de galha para Bertioga.

Galha formada por intumescimento e dobramento da folha (Figura 120). Localidade: Itaguaré. Indutor: Clinodiplosis costai Maia, 2005 (Cecidomyiidae): 1 macho (Guaratuba, 18.XI.2004); 4 fêmeas (Guaratuba: 2 em 18.XI.2004; 2 em 15.XII.2004) e 1 larva (Itaguaré, 21.IX.2004). Comentários: Maia 2001 descreveu galha similar em Paullinia weinmanniaefolia Mart. e a espécie galhadora foi descrita por Maia 2005 com base em material do Rio de Janeiro. Novo registro de galha para Bertioga.

Parenquimática linear, na folha (Figura 121). Localidade: Itaguaré. Indutor: Neolasioptera sp.: 1 macho (Guaratuba, 22.IX.2004); 8 fêmeas (Guaratuba: 7 em 22.IX.2004; Itaguaré: 1 em 30.VII.2004) e 5 exúvias (Guaratuba, 22.IX.2004). Comentários: Novo registro de galha para Bertioga.

Galha foliar globosa (Figura 122). Indutor: Cecidomyiidae: 1 larva jovem (Fazenda Pinto, 17.XI.2004). Comentários: Novo registro de galha para Bertioga.

Galha gotiforme na folha. Indutor: Cecidomyiidae: 7 larvas (Guaratuba, 18.XI.2004). Parasitóide: Eurytomidae (Hymenoptera). Comentários: Novo registro de galha para Bertioga.

Rübsaamen, 1908 descreveu duas galhas de Cecidomyiidae em Pauliinia sp., uma caulinar e uma foliar cilíndrica.

4. Serjania communis Cambess.

Galha da gema agregada (Figura 123). Indutor: Clinodiplosis sp.: 1 macho (Itaguaré, 21.IX.2004) e 9 larvas (Fazenda Pinto: 3 em 19.X.2004; Itaguaré: 6 em 21.IX.2004)

Localidades: Itaguaré, Fazenda Pinto e Guaratuba. Outros insetos associados: inquilino: Sciaridae: 2 adultos (Itaguaré: 1 em 21.IX.2004; Guaratuba: 1 em 18.XI.2004).

Comentários: Rübsaamen, 1908 descreveu uma galha foliar de Cecidomyiidae nessa mesma espécie de planta. Novo registro de galha nessa espécie de planta.

SAPOTACEAE

1. Pouteria venosa (Mart.) Baehni

Galha ovóide, verde, na folha. Indutor: Lopesia singularis Maia, 2001 (Cecidomyiidae): 1 fêmea (Guaratuba, 21.X.2004); 9 larvas (Guaratuba: 2 em 21.X.2004; Fazenda Pinto: 4 em 23.II.2005; 3 em 27.IV.2004). Localidades: Guaratuba e Fazenda Pinto. Outros insetos associados: sucessor: Psocoptera: 2 ninfas (Guaratuba: 1 em 18.III.2004; 1 em 24.VI.2004); inquilino: Lepidoptera: 1 adulto (Guaratuba, 21.X.2004). Comentários: Maia 2001 descreveu essa galha e seu galhador com base em material do Rio de Janeiro. Novo registro de localidade para Lopesia singularis: SP.

SMILACACEAE

1. Smilax quinquenervia Vell.

Galha formada por um espessamento fusiforme da nervura central, unilocular (Figura 123). Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Jardim São Lourenço. Outros insetos associados: parasitóide: Hymenoptera. Comentários: Maia 2001 descreveu uma galha similar em S. rufescens Griseb., do Rio de Janeiro.

Galha parenquimática, unilocular, na folha (Figura 125). Indutor: Cecidomyiidae. Localidade: Itaguaré. Comentários: Galha semelhante descrita por Möhn 1975 em S. mexicana Griseb ex. Kunth induzida por Smilasioptera candelariae Möhn, 1975, de El Salvador; Maia, 2001 descreveu uma galha similar em S. rufescens Griseb., do Rio de Janeiro; e Maia & Fernandes 2004 descreveram uma galha similar em S. elastica Griseb., de Minas Gerais.

Galha cônica, na folha (Figura 126). Indutor: Sternorrhyncha (Hemiptera). Localidade: Itaguaré. Comentários: Monteiro et al., 1994 descreveram galha semelhante em S. rufescens Griseb., do Rio de Janeiro.

Comentários: Primeiro registro de galha em Smilax quinquenervia.

SOLANACEAE

1. Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn.

Galha formada por um espessamento do caule (Figura 127). Indutor: Asphondylia sp. (Cecidomyiidae): 1 macho, 1 exúvia da pupa e 1 larva em 31.VII.2004. Localidade: Guaratuba. Comentários: Galha registrada anteriormente para Bertioga por Lima et al., 2000.

Galha formada por um espessamento fusiforme da nervura central. Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 1 larva jovem (Guaratuba, 15.XII.2004). Localidade: Guaratuba. Outros insetos associados: predador: Lestodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 1 larva (Guaratuba, 31.VII.2004); inquilino: Coleoptera Curculionidae: 1 larva (Guaratuba, 31.VII.2004) e Sciaridae: 9 adultos (Guaratuba, 18.XI.2004). Comentários: Novo registro de galha em Aureliana fasciculata.

Comentários: Maia 2001 descreveu duas galhas de Cecidomyiidae em Aureliana fasciculata, nenhuma similar a essas.

2. Aureliana glomuliflora Sendtn.

Espessamento da nervura central. Indutor não determinado. Localidade: Fazenda Pinto. Comentários: Primeiro registro de galhas nessa espécie de planta.

3. Cestrum laevigatum Schltdl.

Galha globosa, unilocular, lateral no caule (Figura 128). Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré.

Galha formada por um espessamento da nervura central, unilocular. Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré.

Comentários: Houard 1933 descreveu uma galha de Aphidae (Hemiptera) em folhas de C. campestre Griseb, da Argentina; Tavares, 1915 descreveu duas galhas de Aphidae, uma em folhas de C. parqui L’Hér. e a outra em C. pseudoquina Mart., da Argentina e Tavares, 1909 descreveu uma galha de Cecidomyiidae na gema de Cestrum sp., do Brasil. Nenhuma delas similar às encontradas em Bertioga. Primeiro registro de galha em Cestrum laevigatum.

4. Solanum cf. pseudoquina A. St.-Hil.

Galha formada por um espessamento fusiforme do caule (Figura 129) Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Houard, 1933 catalogou uma galha de Eriophyidae em Solanum pseudoquina, do Peru e diversas galhas de insetos em outras espécies de Solanum, da América do Sul. Möhn, 1964 descreveu galha similar a essa induzida por Neolasioptera exigua Möhn 1964 em S. umbellatum Mill., de El Salvador. Novo registro de galha em Solanum cf. pseudoquina.

STYRACACEAE

1. Styrax glaber Sw.

Espessamento da nervura foliar. Indutor não determinado. Localidade: Itaguaré. Comentários: Tavares 1915 descreveu várias galhas de insetos em Styrax spp., nenhuma formada por um espessamento da nervura. Primeiro registro de galha em Styrax glaber.

THEACEAE

1. Gordonia fruticosa (Schrad.) H. Keng.

Galha ovóide, unilocular, desenvolvida a partir das gemas laterais e apicais, unilocular. Localidades: Itaguaré e Guaratuba. Indutor: Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae): 4 larvas (Guaratuba, 31.III.2005). Inquilino: 1 lagarta de Lepidoptera (Guaratuba, 28.IV.2005).

Galha: espessamento da nervura foliar. Indutor: Neolasioptera sp. (Cecidomyiidae): 2 larvas (Guaratuba, 31.III.2005).

Comentários: Primeiro registro de galhas nesse gênero de planta.

URTICACEAE

1. Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini

Nome vulgar: mata-pau.

Galha: espessamento caulinar globoso. Indutor não determinado. Insetos associados: Sciaridae: 15 adultos e 6 exúvias da pupa (Guaratuba, 22.IX.2004: 11 adultos e 6 exúvias; Jardim São Lourenço, 21.II.2005: 4 adultos). Comentários: Rübsaamen, 1907 descreveu uma galha de Cecidomyiidae nas raízes aéreas de Coussapoa sp., do Brasil.

Comentários: Primeiro registro de galhas nessa espécie de planta.

VERBENACEAE

1. Lantana undulata Schrank

Galha globosa, pilosa, unilocular, na folha (Figura 130). Indutor: Clinodiplosis sp.: 1 macho (Itaguaré, 16.XI.2004) e 1 larva (Jardim São Lourenço, 28.III.2005). Localidade: Itaguaré. Comentários: Galha similar descrita por Rübsaamen 1907 em Lantana sp. induzida por Schismatodiplosis lantanae Rübsaamen, 1907 (Cecidomyiidae), do Brasil. Maia, 2001 registrou galha similar em Lantana camara L. induzida também por S. lantanae. Primeiro registro de galha em Lantana undulata.

Foram assinalados vários registros novos de plantas hospedeiras em diversos níveis taxonômicos (famílias, gêneros e espécies), a saber:

1. Primeiro registro de galhas em quatro famílias de planta no Brasil: Clethraceae; Cyatheaceae Commelinaceae e Elaeocarpaceae;

2. Primeiro registro de galhas em 14 gêneros de planta: Elachyptera A. C. Sm. (Celastraceae), Abarema Pittier (Fabaceae); Codonanthe (Mart.) Hanst.; Nematanthus Schrad. (Gesneriaceae); Marsypianthes Mart. ex Benth. (Lamiaceae); Huberia DC.; Pterolepis (DC.) Miq. (Melastomataceae); Blepharocalyx O. Berg (Myrtaceae); Ludwigia L. (Onagraceae); Picramnia Sw. (Picramniaceae); Alibertia A. Rich. ex. DC.; Emmeorhiza Pohl ex. Endl. (Rubiaceae); Matayba Aubl. (Sapindaceae) e Gordonia J. Ellis (Theaceae).

3. Primeiro registro de galhas em 66 espécies de plantas: Avicennia schaueriana (Acanthaceae); Tapirira guianensis (Anacardiaceae); Guatteria hilariana e Rollinia sericea (Annonaceae); Forsteronia leptocarpa (Apocynaceae); Achyrocline satureioides; Baccharis conyzoides; B. singularis; Mikania argyreiae; M. cf. biformis; M. ternata; Piptocarpha cf. cinerea e Vernonia beyrichii (Asteraceae); Anemopaegma chamberlaynii e Parabignonia unguiculata (Bignoniaceae); Licania nitida (Chrysobalanaceae); Clusia criuva (Clusiaceae); Doliocarpus glomeratus (Dilleniaceae); Dioscorea monadelpha (Dioscoreaceae); Erythroxylum amplifolium (Erythroxylaceae); Alchornea triplinervia e Dalechampia leandrii (Euphorbiaceae); Dalbergia frutescens; D. sampaioana; Desmodium adscendens; Inga sellowiana; Machaerium uncinatum e Swartzia langsdorffii (Fabaceae); Hyptis fasciculata e H. lacustris (Lamiaceae); Ocotea lobbii e O. pulchella. (Lauraceae); Struthanthus concinnus (Loranthaceae); Heteropterys nitida e Stigmaphyllon arenicola (Malpighiaceae); Clidemia neglecta; Leandra cf. ionopogon; Miconia hymenonervia; M. pusilliflora e M. rigidiuscula (Melastomataceae); Ficus enormis e F. guaranitica (Moraceae); Rapanea ferruginea (Myrsinaceae); Campomanesia guaviroba; Eugenia monosperma; E. sulcata; Gomidesia schaueriana; Myrcia multiflora e M. palustris (Myrtaceae); Guapira nitida (Nyctaginaceae); Peperomia glabella e Piper arboreum (Piperaceae); Paspalum maritimum (Poaceae); Coccoloba mosenii e C. cf. warmingii (Polygonaceae); Borreria cf. ocymifolia; Psychotria carthagenensis; P. hoffmannseggiana e P. leiocarpha (Rubiaceae); Paullinia micrantha (Sapindaceae); Smilax quinquenervia (Smilacaceae); Aureliana glomuliflora e Cestrum laevigatum (Sapotaceae); Styrax glaber (Styracaceae); Coussapoa microcarpa (Urticaceae) e Lantana undulata (Verbenaceae);

4. Primeiro registro de Maytenus robusta (Celastraceae) como planta hospedeira de Mayteniella robusta (Cecidomyiidae);

5. Primeiro registro de Dalbergia frutescens (Fabaceae) como planta hospedeira de Lopesia grandis robusta (Cecidomyiidae);

6. Primeiro registro de Matayba guianensis (Sapindaceae) como planta hospedeira de de Paulliniamyia ampla (Cecidomyiidae).

Todas as ocorrências de Cecidomyiidae em Bertioga representam novos registros de localidade para essa família de Diptera.

Foram assinalados 30 registros novos de morfotipos de galhas em 15 espécies de plantas já conhecidas como hospedeiras:

Ilex pseudobuxus (Aquifoliaceae): galha da gema (achatada e plurilocular) e espessamento caulinar globoso; Philodendron appendiculatum (Araceae): galha elíptica na folha; Mikania cf. glomerata (Asteraceae): espessamento peciolar induzido por Clinodiplosis sp.; Cordia sellowiana (Boraginaceae): galha parenquimática foliar; Inga edulis (Fabaceae): galha elíptica na folha; galha formada por um espessamento conspícuo da nervura foliar da folha; espessamento discreto da nervura; Tibouchina pulchra (Melastomataceae): espessamento globóide do pecíolo ou da nervura central induzido por Curculionidae; galha globosa na folha induzida por Lopesia sp. (Cecidomyiidae); Tibouchina trichopoda (Melastomataceae): espessamento da nervura induzido por Cecidomyiidae; espessamento caulinar induzido por Cecidomyiidae e galha da gema ou caule induzida por Lepidoptera; Guarea macrophylla (Meliaceae): galha foliar bífida negra; Eugenia speciosa (Myrtaceae): claviforme; Myrcia fallax (Myrtaceae): espessamento globóide da nervura induzido por Oligotrophini (Cecidomyiidae); galha da gema induzida por Lasiopteridi (Cecidomyiidae); espessamento fusiforme do caule, plurilocular, induzido por Cecidomyiidae; intumescimento e enrolamento da folha jovem; espessamento do caule ou da nervura induzido por Lasiopteridi; galha da gema semelhante a um botão, gotiforme; Psidium cattleyanum (Myrtaceae): galha tubular na folha induzida por Lasiopteridi; galha cônica com duas projeções apicais, na folha, induzida por Cecidomyiidae; galha globosa; galha parenquimática na folha ou nervura induzida por Cecidomyiidae; Guapira opposita (Nyctaginaceae): espessamento fusiforme discreto do caule induzido por Bruggmannia sp. (Cecidomyiidae) e galha globosa verde, na folha; Serjania communis (Sapindaceae): galha da gema agregada induzida por. Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae); Aureliana fasciculata (Solanaceae): espessamento fusiforme da nervura central induzido por Clinodiplosis sp. (Cecidomyiidae); Solanum cf. pseudoquina (Solanaceae): espessamento fusiforme do caule.

Agradecimentos

A Antonio Clóvis Britto de Araújo (Museu Nacional) pelo auxílio nos trabalhos de campo e fotografia das galhas e a FAPERJ pelo auxílio financeiro (E-26/171.290/2006).

Recebido em 14/08/07

Versão reformulada recebida em 15/02/07

Publicado em 22/02/08

  • ANGELO, A. & MAIA, V.C. 1999. Dasineura gigantea n. sp. (Diptera, Cecidomyiidae) associada com Psidium cattleyanum (Myrtaceae) no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Paraná, 16(1):191-195.
  • APG II. 2003. An update of APG classification for the orders and families of flowering plants. Botanical Journal of the Linnean Society 141:399-436.
  • ARAÚJO, D.S.D. & HENRIQUES, P.B. 1984. Análise florística das restingas do Estado do Rio de Janeiro, 159-193. In: Restingas: origem, estrutura e processos. Lacerda, L.D.; D.S.D. Araújo, R. Cerqueira & B. Turq (orgs). CEUFF, Niterói, 475p.
  • ARDUIN, M.J., KRAUS E. & VENTURELLI, M. 1991. Estudo morfológico de galha achatada em folha de Strutthanthus vulgaris Mart. (Loranthaceae). Revista Brasileira de Botânica, 14:147-156.
  • COURI, M.S., MAIA, V.C. 1992. Considerações sobre Pisphondylia Mohn, 1960 (Diptera, Cecidomyiidae, Asphondyliidi) com descrição de uma espécie nova para o Brasil. Revista Brasileira de Entomologia, 36(4):729-730.
  • FELT, E.P. 1940. Plant Galls and Gall Makers. Comstock Publishing Co., Ithaca, N. Y., viii + 364p.
  • FERNANDES, G.W. 1992. Plant family size and age effects on insular gall-forming species richness. Global Ecology and Biogeography Letters 2:71-74.
  • FERNANDES, G.W. & PRICE, P.W. 1992. The adaptative significance of insect gall distribution: survivorship of species in xeric and mesic habitats.Oecologia 90:14-20.
  • FERNANDES, G.W., NETO, E.T. & MARTINS, R.P. 1988. Ocorrência e caracterização de galhas entomógenas na vegetação do campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais. Revista Brasileira de Zoologia 5:11-29.
  • GAGNÉ, RJ. 1989. The Plant-Feeding gall midegs of North America. Comstock, Cornell University Press, Ithaca. 356p.
  • GAGNÉ, R.J. 1994. The gall midges of the Neotropical region. Ithaca, Comstock Cornell University Press, 352p.
  • GAGNÉ, R.J. & HIBBARD, K.L. 1996. A new species of gall midge (Diptera: Cecidomyiidae) from subterranean stem galls of Licania michauxii (Chrysobalanaceae) in Florida. Florida Entomologist, 79(3):428-434.
  • GAGNÉ, R.J., ODA, R.A.M. & MONTEIRO, R.F. 2001. The gall midges (Diptera, Cecidomyiidae) of Mikania glomerata (Asteraceae) in southeastern Brasil. Proceedings of the Entomological Society of Washington 103(1):110-134.
  • HOUARD, C. 1924. Les collections cécidologiques du laboratoire dentomologie du Muséum dHistoire Naturelle de Paris: galles de la Guyana Française. Marcellia 21:97-128.
  • HOUARD, C. 1926. Lês collections cecidologiques du Laboratoire dEntomologie du Museúm dHistoire Naturelle de Paris: Galles de lAmérique tropicale. Marcellia 23:95-124.
  • HOUARD, C. 1933. Les Zoocécidies dês plantes de lAmérique du Sud et de lAmérique Central. Hermann et Cie, Paris. 519p.
  • LAWTON, J. H.1983. Plant architecture and the diversity of phytophagous insects. Annual Review
  • LIMA, E. de S., MAGENTA, M.A.G., KRAUS, J.E., VECHI, C. & MARTINS, S.E. 2000. Levantamento preliminar de galhas entomógenas ocorrentes em plantas das restingas de Beertioga (SP). Anais do V Simpósio de Ecossistemas Brasileiros: Conservação. III. ACIESP 109:39-46.
  • MADEIRA, J.A., MAIA, V.C. & MONTEIRO, R.F. 2002. Gall makers (Cecidomyiidae: Diptera) on Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae): descriptions and biology. Arquivos do Museu Nacional, 61(1):31-48.
  • MAIA, V.C. 1993. Considerações sobre Proasphondylia Felt, 1915 (Diptera, Cecidomyiidae, Asphondyliidi) com descrição de duas espécies novas associadas com Guapira opposita (Velloso) Reitz. (Nyctaginaceae). Revista Brasileira de Zoologia 10(2):215-218.
  • MAIA, V.C. 1995. Dois gêneros novos de Cecidomyiidae (Diptera) associados a Myrtaceae, na Restinga da Barra de Maricá, Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 12(3):567-574.
  • MAIA, V.C. 2001a. The gall midges (Diptera, Cecidomyiidae) from three restingas of Rio de Janeiro State, Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 18(2):583-629.
  • MAIA, V.C. 2001b. New genera and species of gall midges (Diptera, Cecidomyiidae) from three restingas of Rio de Janeiro State, Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 18(Supl. 1):1-32.
  • MAIA, V.C. 2005. Clinodiplosis costai, a new galler species (Diptera, Cecidomyiidae) associated with Paullinia weinmanniaefolia Mart. (Sapindaceae). Revista Brasileira de Zoologia, 22(3):676-679.
  • MAIA, V.C. 2006. Galls of Hemiptera, Lepidoptera and Thysanoptera from Central and South America. Publicações Avulsas do Museu Nacional, 110:01-24.
  • MAIA, V.C. 2007. New genera and species of gall midges (Diptera, Cecidomyiidae) associated with Guarea macrophylla (Meliaceae). Revista Brasileira de Zoologia, 24(3):449-456.
  • MAIA, V.C. & COURI, M.S. 1993. Descrição de três espécies de Bruggmannia Tavares, 1915 (Diptera, Cecidomyiidae, Asphondyliidi) do Brasil, associadas com Guapira opposita (Nyctaginaceae). Revista Brasileira de Biologia, 53(2):209-215.
  • MAIA, V.C. & G.W. FERNANDES. 2004. Insect galls from Serra de São José (Tiradentes, MG, Brazil). Brazilian Journal of Biology 64(3):423-445.
  • MAIA, V.C. & MONTEIRO, R.F. 1999. Espécies cecidógenas (Diptera, Cecidomyiidae) e parasitóides (Hymenoptera) associados a Guapira opposita (Vell.) Reitz. (Nyctaginaceae) na Restinga da Barra de Maricá, Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Zoologia, 16(2):483-487.
  • MAIA, V.C., COURI, M.S. & MONTEIRO, R.F. 1992. Sobre seis espécies de Asphondylia Loew, 1850 do Brasil (Diptera, Cecidomyiidae). Revista Brasileira de Entomologia, 36(3):653-661.
  • MAIA, V.C., MENDONÇA JÚNIOR, M. & ROMANOVSKY, H. 1996. Eugeniamyia dispar, n. gen. and n. sp (Diptera, Cecidomyiidae, Lasiopteridi) associated with Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) in Brazil. Revista Brasileira de Zoologia 13(4):1087-1090.
  • MANI, M.S. 1964. Ecology of plant galls. Junk, The Hague.
  • MARTINS, R.P. & PIMENTA, H.R. 1988. Phaonia gallicola Albuquerque, 1958 (Diptera, Muscidae) a gall maker in Pteridium aquilinum Kuhn (Ptedophyta). Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, 17: 181-182.
  • MÖHN, E. 1960. Gallmücken (Diptera, Itonididae) aus El Salvador. 2. Teil. Senckenbergiana Biologica, 40:197-368.
  • MÖHN, E. 1964. Gallmücken (Diptera, Itonididae) aus El Salvador. 6. Teil, Lasiopteridi. Deutsche Entomologische Zeitschrift, 11:47-143.
  • MÖHN, E. 1975. Gallmücken (Diptera, Itonididae) aus El Salvador. 8. Teil, Lasiopteridi. Sttutgarter Beitäge zur Naturkunde (A) 276:1-101.
  • MONTEIRO, R.F., FERRAZ, F.F.F., MAIA, V.C. & de AZEVEDO, M.A.P. 1994. Galhas entomógenas em restingas: uma abordagem preliminar. Anais da Academia de Ciências de São Paulo ACIESP, 3(87):210-220.
  • MONTEIRO, R.F., ODA, R.A.M., NARAHARA, K.L. & CONSTANTINO, P. de A.L. 2004. Galhas: Diversidade, Especificidade e Distribuição. In Pesquisa de Longa Duração na Restinga de Jurubatiba: Ecologia, História Natural e Conservação. ROCHA, C.F.D. da; F. de A. Esteves & F.R. Scarano (Orgs.). RiMa Editora: 127-141.
  • OLIVEIRA & MAIA, 2005. Ocorrência e caracterização de galhas de insetos na restinga de Grumari (Rio de Janeiro, RJ, Brasil). Arquivos do Museu Nacional, 63(4):669-676.
  • RIZZINI, C.T. 1979. Tratado de Fotogeografia do Brasil. São Paulo. Hucitec 2, 54p.
  • RÜBSAAMEN, E.H. 1905. Beiträge zur Kenntnis aussereuropäischer Zoocecidien. II. Beitrag: Gallen aus Brasilien und Peru. Marcellia, 4: 65-85:115-138.
  • RÜBSAAMEN, E.H. 1907. Beiträge zur Kenntnis aussereuropäischer Zoocecidien. III. Beitrag: Gallen aus Brasilien und Peru. Marcellia, 6: 110-173.
  • RÜBSAAMEN, E.H. 1908. Beiträge zur Kenntnis aussereuropäischer Zoocecidien. III. Beitrag: Gallen aus Brasilien und Peru. Marcellia, 7: 15-79.
  • RÜBSAAMEN, E.H. 1916. Beiträge zur Kenntnis aussereuropäischer Gallmücken. Sitzungsberitche der Gesellschaft Naturforschebder Frende zur Berlin, 1915:431-481.
  • SOUZA, R.A., NESSIM, R., SANTOS, J.C. & FERNANDES, G.W. 2006. influence of Apion sp. (Brentidae, Apioninae) stem-galls on induced resistance and leaf area of Diospyros hispida (Ebenaceae). Revista Brasileira de Entomologia, 50(3):433-435.
  • SOUTHWOOD, T.R.E. 1960. The abundance of the Hawaiian trees and the number of their associated insect species. Proceedings of Hawaiian Entomology Society, 17:299-303.
  • SOUTHWOOD, T.R.E. 1961. The number of insect associated with various tree. Journal of Animal Ecology, 30:1-8.
  • TAVARES, J.S. 1909. Contributio prima ad cognitionem cecidologiae Braziliae. Brotéria (Zoológica), 5:5-28.
  • TAVARES, J.S. 1915. As céciias das pantas do gênero Styrax no Brazil. Brotéria (Zoológica), 13:146-159.
  • TAVARES, J.S. 1917a. As cecídias do Brazil que se criam nas plantas da família das Melastomataceae. Brotéria (Zoológica), 15:18-59.
  • TAVARES, J.S. 1917b. Cecídias brazileiras que se criam em plantas das famílias das Compositae, Rubiaceae, Lythraceae e Artocarpaceae. Brotéria (Zoológica), 15:113-181.
  • TAVARES, J.S. 1918. Cecidologia brazileira. Cecídias que se criam em plantas das famílias das Verbenaceae, Euphorbiaceae, Malvaceae, Anacardiaceae, Labiatae, Rosaceae, Anonaceae, Ampleidaceae, Bignoniaceae, Aristochiaceae e Solanaceae. Brotéria (Zoológica), 16:21-68.
  • TAVARES, J.S. 1920. Cecidologia brazileira. Cecídias que se criam em plantas das famílias das Leguminosae, Sapotaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Punicaceae, Aurantiaceae, Malpighiaceae, Sapindaceae, Umbelliferae, Loranthaceae, Apocynaceae, Urticaceae, Salicaceae e Graminae. Brotéria (Zoológica), 18:82-125.
  • TAVARES, J.S. 1922. Cecidologia Brazileira. As restantes famílias. Brotéria (Zoológica), 20:5-48.
  • TAVARES, J.S. 1925. Nova contribuição para o conhecimento da Cecidologia Brazileira. Brotéria (Zoológica), 22:5-55.
  • URSO-GUIMARÃES, M.V. & D.S. AMORIM. 2005. Two new species of Bruggmanniella Tavares, 1909 (Diptera, Cecidomyiidae) from Brazil. Zootaxa, 11(2):429-436.
  • URSO-GUIMARÃES, M.V., SCARELI-SANTOS, C. & BONIFÁCIO-SILVA, A.C. 2003. Occurrence and characterization of entomogen galls in plants from natural vegetation áreas in Delfinópolis, MG, Brazil. Brazilian Journal of Biology, 63(4):705-715.
  • VANIN, S.A., MONTEIRO, R.F., FERRAZ, F.F.F. 2000. Ecological notes of Pacholenus pelliceus Boheman, 1836, a stem gall former with description of full-grown larva (Curculionidae: Molytinae). Papéis Avulsos do Museu de Zoologia da USP, 41(17):247-257.
  • WHITE, T.C. 1969. An index to measure weather-induced stress of trees associated with outbreaks of psyllids in Australia. Ecology, 50:90-999.
  • 1
    Autor para correspondência: Valeria Cid Maia, e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      26 Maio 2008
    • Data do Fascículo
      Mar 2008

    Histórico

    • Aceito
      22 Fev 2008
    • Revisado
      15 Fev 2007
    • Recebido
      14 Ago 2007
    Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP Departamento de Biologia Vegetal - Instituto de Biologia, UNICAMP CP 6109, 13083-970 - Campinas/SP, Tel.: (+55 19) 3521-6166, Fax: (+55 19) 3521-6168 - Campinas - SP - Brazil
    E-mail: contato@biotaneotropica.org.br